Oi Marlei,
então, existe uma área cinzenta fuerte na separação dos poderes.
Uma das atribuições do legislativo é, de fato, fiscalizar o executivo. O que o governador de Sampa alega é que não cabe ao legislativo dizer 'como' ele deve fazer as coisas dentro do executivo, saca?
Estou levantando essa lebre, porque depois de um ano negociando e construindo um texto sobre Recursos Educacionais Abertos, tomamos um veto total do governador baseado nessa premissa.
E ai, em teoria, a Assembléia tinha que ter colhões de derrubar o veto - porque ele é bastante estupido. Mas derrubar um veto do executivo é uma manobra política MUITO mais cara do que passar um projeto 'não-tão-importante' (do ponto de vista dos governo, não do nosso) em uma rodada de acordo qualquer.
(Em tempos, o PL de Rea falava também de formatos livres)
Tiveram 653 vetos totais (e 177 parciais):
E em 578 casos foi Mantido o Veto:
Não dei uma olhada extensa ainda, mas batendo o olho, as 10 primeiras proposições com veto total são todas de origem do legislativo.
Curiosamente não consigo acessar o texto dos vetos pelo site... o que dificulta uma análise mais aprofundada :P
Em 18 de março de 2013 14:19, Pedro Markun
<pe...@markun.com.br> escreveu:
Ah,
perfeito Marlei :)
Eu sei que lá a lei ficou assim justamente pq na hora da discussão, os deputados não quiseram ceder. Minha sugestão então é a gente deixar o PL com o maior número de 'dentes' possível... isso é, a proposta inicial tem que ser sempre tão radical e impactante como a gente gostaria que a lei fosse, já que na tramitação ela certamente vai perder força e ceder a pressões (as vezes até justas) de outros grupos da sociedade.
Concordo, temos que ter uma margem para negociar.
No mais, vale ficar atento... em São Paulo, o governador deixou de sancionar várias leis propostas e aprovadas na Assembléia alegando inconstitucionalidade e interferência do Legislativo sobre o Executivo. (Fiz até um appzinho sobre isso :P
http://apps.thacker.com.br/thinklikealckmin/ )
Inconstitucional não é, interferência do Legislativo no executivo??? não é esse o papel do legislativo? fiscalizar o executivo? hehhehe
É um argumento xarope e sempre acho uma boa briga, mas tem que levar isso em conta se eventualmente não é um projeto para ser apresentado via executivo.
Na verdade não temos transito no executivo daqui, penso que o legislativo permite que o projeto seja debatido. Como já temos a lei estadual de uso do Software Livre, que foi um pouco esquecida, este pode ser um momento para relembrarmos dela.
Abraços
Marlei