Fred: acho que tá passando da hora de você socializar algo mais organizado sobre o Design Livre que está em algum lugar aí :)
Como resposta para meus colegas, compilei uma série de propostas práticas para o Design Livre. É um documento colaborativo, aberto para quem quiser colaborar:
https://docs.google.com/document/d/1bgjW-KNSmrWhLTLJkNtFXm5ExSgBZkhPUQSiI1cVUlg/edit?hl=pt_BR
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De certa forma, por tabela, o que o Design Livre parece postular é que o designer não é realmente necessário para fazer o que faz hoje, e isso eu acho mais complicado [...]
1 - Me parece que uma consequência do Design Livre será a de algumas empresas julgarem que não é necessário ter um designer em suas equipes. Longe de defender reservas de mercado, o que me incomoda nisso é que as empresas estariam perdendo bastante.
2 - Considerando o que escrevi acima, de que forma o design livre contribuiria para melhorar a qualidade dos produtos? E de que forma contribuiria para um design mais "human centered"? Entendendo aí "human centered" não como UCD, ou como técnicas de pesquisa com usuários, mas sim como design focado em melhorar a vida humana, design que presta serviço ao ser humano. Isso é relevante?
Hugo, eu acho que o Design Livre é uma espécie de releitura do movimento Design Methods dos anos 60 e 70, citado pelo Renato. Esse pessoal fez muita pesquisa séria sobre como os designers trabalham. Alguns deles chamaram isso de Design Thinking, muito antes da IDEO transformar em conceito de marketing. Esse Design Thinking anterior não é top-down, mas é bem diferente do Design Livre.
A diferença principal é que não temos os mesmos objetivos. Enquanto naquela época se tentava atingir a essência do design, seja por princípios universais ou por reincidência de práticas, no momento o que estamos tentando é criar espaços de convivência e hibridização entre várias visões e metodologias de design. Nós queremos mesmo é profanar o design, desmistificá-lo, gerar métodos mestiços e projetos recombinantes. Enfim, comer o rizoma com vatapá.
Mas se o foco é gerar métodos, por mais canibalizante que seja a estratégia e por mais que a intenção seja profanar o design, seu problema continua na sistematização dos processos, não?
Aí é que está a contradição: o rizoma cresce 'entre' as coisas e 'apesar' dos esforços a favor ou contra seu crescimento. A consistência da produção de sentido se dá por agencimentos (jogos de força) e não por sistematizações. Em outros termos, uma metodologia efetivamente rizomática é a da deriva, não a do programa. Todo o modernismo do Design Methods não consegue dividir um vatapá com os Situacionistas.
A propósito, a "versão corporativa" do Design Livre do Faber-Ludens se chama DRIFT ;)
http://www.faberludens.com.br/pt-br/node/5862
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O DRIFT é basicamente uma aplicação de alguns (não todos) os conceitos do Design Livre para organizações. A gente vai até onde dá, mas as corporações em geral são sistemas bastante fechados.
O Faber-Ludens não é só uma comunidade virtual, nem só uma escola, mas também um escritório de consultoria.
A oposição que você faz entre design tático e estratégico é nova pra mim. Entendo essas abordagens como diferentes níveis na gestão do design e não como oposições ou jeitos distintos de projetar.
Isso quer dizer que o design livre tem que gerar dinheiro? Melhor ainda, gerar dinheiro pra vocês? É uma pergunta sincera.
Imagine um cenário onde todo e qualquer projeto tivesse que ter aprovação de um designer para ser executado?
Mas o Design não é uma ciência exata em que basta aplicar fórmulas para ter um resultado. O talento para desenvolver soluções e a experiência acumulada do indivíduo é fundamental para fazer bom design. Quando os vejo falando de design livre ou de tirar o foco do produto e colocar no processo (caso do Hugo), tenho a impressão que concebem o Design mais ou menos como um receita de bolo ou uma fórmula: dado o problema X, aplique a técnica e o processo Y e obtenha o resultado Z.
Fred disse:Imagine um cenário onde todo e qualquer projeto tivesse que ter aprovação de um designer para ser executado?Trevas! Concordo que seria péssimo, por isso às vezes até me exalto defendendo a não regulamentação da profissão. Mas tem algo que ainda me incomoda na proposta do design livre, se é que entendi direito. E essa questão também vai para o Hugo, com relação a resposta que me deu: parece que vocês estão sugerindo que para fazer bom design não é necessária a existência de um bom designer. O conhecimento sobre design, tanto quanto o sobre carpintaria, já é livre, basta comprar livros ou pesquisar no Google. Iniciativas como o Corais são excelentes por facilitarem o acesso a esse conhecimento. Mas o Design não é uma ciência exata em que basta aplicar fórmulas para ter um resultado. O talento para desenvolver soluções e a experiência acumulada do indivíduo é fundamental para fazer bom design. Quando os vejo falando de design livre ou de tirar o foco do produto e colocar no processo (caso do Hugo), tenho a impressão que concebem o Design mais ou menos como um receita de bolo ou uma fórmula: dado o problema X, aplique a técnica e o processo Y e obtenha o resultado Z.Além disso, ter uma "casta" de designers dedicados a pensar processos e ao metadesign, e outra "casta" que usa o conhecimento produzido pelos primeiros para aplicar no dia-a-dia, não me parece que torna o design mais livre, e sim mais proprietário.Não chega a ser uma crítica porque não sei se entendi corretamente, nem sei se o conceito está suficientemente evoluído para que caiba uma crítica. Mas é um preocupação.Abraços,
Em vez de imaginar tijolos um sobre o outro, imagine tijolos um ao
lado do outro. :) #filosofiaprática