Eu sabia que ias responder assim. Mas onde é que se encontra essa definição? Eu não a encontrei e
procurei (provavelmente mal, mas procurei). Encontrei algumas bem piores (como dizer que um
eclipse é o "desaparecimento aparente de um astro pela interposição de outro, entre ele e o
observador" - o que inviabilizaria a classificação dos eclipses lunares como eclipse, por
exemplo), mas essa tua definição não encontrei.
Concordo que um eclipse implique que a sombra de um astro cubra outro, mas daí a dizer que só
esse outro é que pode ser considerado o eclipsado já não sei se concordo. Acho que isso depende
do ponto de vista do observador. Mas se calhar é mais um daqueles muitos casos em que a minha
interpretação é enviesada pelo sentido popular que se dá ao termo (eclipsar - fazer desaparecer)
e não pela sua definição "científica". Mas já agora gostava de encontrar essa definição em alguns
sítios para ficar completamente convencido (nada contra ti, é vício, mesmo ;) )
Paulo Aguiar
On Sex Jul 25 18:38 , Jorge Almeida <encyclopaed...@gmail.com> sent:
>
>
>
>On Jul 25, 6:33 pm, paulo.agu...@oninetspeed.pt> wrote:
>> Numa ocultação há uma altura em que apenas um dos astros está visível. Num trânsito estão
sempre
>> os dois visíveis, pelo menos parcialmente.
>> Num trânsito o astro mais próximo é sempre mais pequeno. Numa ocultação poderá ser ou não, a
>> distância.
>> Não sei se são diferenças assim muito "astronómicas", mas pronto, era só para não dizer que não
>> tentei...
>>
>> O que me deixou intrigado foi o comentário final. Porque é que uma ocultação da Lua ao Sol não
>> devia ser chamada de eclipse solar total? Procurei e encontrei várias definições de eclipse
>> (algumas mais correctas que outras) mas não encontrei nenhuma que invalide em absoluto essa
>> designação. Porque dizes que não é correcto? Qual a tua definição de eclipse? (ou será que tem
a
>> tua implicância tem a ver com o "total"? Mesmo assim não consigo chegar lá)
>
>
>Simples. Um eclipse implica que A SOMBRA DE UM ASTRO cobre a
>superfície do astro a ser eclipsado, o que acontece VERDADEIRAMENTE no
>eclipse lunar em que a uumbra da Terra recai precisamente sobre a
>superfície lunar originando o eclipse. No eclipse solar, não há corpo
>que o consiga eclipsar. :D a sombra da Lua não chega sequer a passar
>da áorbita de Vénus, nem de longe, quanto mais chegar ao Sol. Por isso
>não é correcto dizer que se trata de um eclipse do Sol pela Lua, MAS
>SIM uma OCULTAÇÃO DO SOL PELA LUA.
>
>>
>> Já agora, pus-me aqui no pensar na questão dos trânsitos e dos eclipse e na geometria e
cheguei a
>> algumas considerações engraçadas (vê lá se alguma delas serve para explicar as diferenças de
que
>> andavas à procura):
>> - a dita "Ocultação da Lua ao Sol", quando vista por um observador num ponto mais perto do Sol
>> que se situe nesse alinhamento e virado para a Terra/Lua é na verdade vista como um trânsito da
>> Lua pela Terra.
>> - se vista de um ponto suficientemente próximo da Lua será uma ocultação da Terra pela Lua
>> - e se vista de um ponto entre a Lua e a Terra, mas estando o observador virado para a Terra,
>> verá um eclipse da Terra (não sei é o nome, será anular?)
>>
>> E a designação Eclipse Anular do Sol está correcta ou também devia chamar-se em vez disso
>> trânsito da Lua?
>
>Em termos mais precisos, este eclipse anular é, literalmente, mais um
>trânsito, dado que não temos contacto com a umbra (sombra) e a
>penumbra pouca diferença faz. Mas ficou o nome: eclipse anular.
>
>
>>
>
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Mas já agora, e voltando ao tópico: as duas diferenças entre ocultação e trânsito serviram? Ou
esperavas outra coisa?
On Sex Jul 25 19:00 , Jorge Almeida <encyclopaed...@gmail.com> sent:
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2008/7/25 <paulo....@oninetspeed.pt>: