Será que posso ajudar?

[Joana]

Boa noite a todos.
Tenho 35 anos e hidrosadenite há 4 anos, com incidência na zona das
virilhas.
Depois de vários especialistas, crises consecutivas e inúmeros
antibióticos e pomadas, consultei um dermatologista conceituado que me
falou da existência de um medicamento, o Proscar (Finasteride),
medicamento este que é utilizado no tratamento de doenças da prostata
e da calvície. Daquilo que entendi até ao presente, não é ainda
cientificamente claro o porquê, mas existem cada vez mais casos
clínicos de sucesso (ou de sucesso relativo, dadas as variantes da
doença e toda a indefinição à sua volta) no tratamento da
hidrosadenite. O meu dermatologista tem acompanhado alguns casos com
resultados bastante positivos.
Certo é, que senti melhoras extraordinárias, sendo que nunca mais tive
crises significativas. Foram diminuindo progressivamente de
intensidade, tendo ainda tomado nos primeiros meses 2 ou 3 vezes a
combinação do Rifadin e do Dalacin C, em simultâneo com o Proscar, em
momentos de maior inflamação (bastante menos intensas do que as
anteriores). Não me surgiu mais nenhum quisto desde o início da
medicação (tinha 5).
Comecei com o Proscar (1 comprimido por dia) em Setembro de 2006 e em
Dezembro último, como permanecia um dos quistos, com características
diferentes dos outros (com muito menos dor, sem inflamação e sem
supuração) o dermatologista substituiu o Proscar pelo Avodart, que é
um medicamento do mesmo espectro, mas mais forte. Em Março acabei por
seguir a sugestão de uma outra dermatologista que conheço e o quisto
foi-me removido cirurgicamente, não tendo sido conclusiva a biopsia
(continuo a ter muitas dúvidas quanto a tratar-se de um dos focos da
hidrosadenite, porque realmente sempre me pareceu significativamente
diferente)
Terminei por iniciativa própria com o Avodart em Março e estou sem
qualquer tipo de medicação desde então. Sem pensos constantes,
pomadas, anti inflamatórios e antibióticos. Posso dizer que estou
bastante bem. Pontualmente alguns dos quistos ficam ligeiramente
inflamados, normalmente antes do período menstrual, mas não passa
disso. O incómodo, quando existe, é mínimo. Dentro em breve vou voltar
ao dermatologista sabendo se me aconselha a tomar mais algum tempo o
Proscar ou o Avodart.
Preocupa-me o futuro, como é evidente, mas saber que existe um
medicamento que a maioria dos dias me faz esquecer este problema de
saúde é, só por si, uma forte esperança.

Não posso terminar sem antes me desculpar por só agora partilhar esta
minha experiência.

Um abraço
Joana