Whatscine no Cinema Brasileiro

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Elton Vergara-Nunes

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Apr 11, 2014, 9:01:36 AM4/11/14
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Como tenho dito, a inovação tecnológica na área de acessibilidade deve desenvolver-se no campo dos aplicativos... pelo menos para o usuário, para seus smartphones, tablets ou mesmo notebooks e computadores de mesa. A tecnologia Whatscine é um exemplo de que se pode fazer coisas grandes sem representar custos extras nos usuários finais.

No Brasil muita coisa tem sido feita como softwares capazes de reconhecer cores, cédulas, luz etc. através do uso integrado com a câmera do celular. O mesmo poderia ser desenvolvido para outras aplicações como identificador de linhas de ônibus (especialmente se o sistema exigir uma transmissão de sinal a partir do usuário), identificador de etiquetas para roupas, remédios ou recipientes. Existem projetos para usar os smartphones como escâner e leitor de textos portátil. Lembremos também dos diversos projetos que vêm disponibilizando recursos para comunicação em libras entre usuários desta língua de sinais e usuários da língua portuguesa. Não se justifica que ainda seja necessário em um museu que todas as pessoas precisem depender de aparelhinhos extras com fones de ouvido comunitários (claro super bem higienizados, com garantia da Anvisa).

São diversas aplicações que só dependem da disposição honesta de quem está mais preocupado com a inclusão social das pessoas com deficiência do que com a venda de equipamentos. É bem mais barato e útil uma pessoa com deficiência comprar um smartphone comum, cujos preços a cada dia estão caindo mais e mais, com uma diversidade de marcas e modelos, com autonomia de escolha, disponibilidade em qualquer cidadezinha do interior, sem necessidade de comprovação de deficiência ou de fazer-se amiguinho no cadastro dos institutos, fundações e sociedades protetores das coitadinhas pessoas com deficiência.

Na contramão disso estão alguns pesquisadores mais preocupados em faturar do que servir, financiados por empresas e por atravessadores que querem intermediar as vendas de suas grandes invenções de atraso tecnológico. Claro, as pessoas com deficiência, vão se tornar uma espécie de Batman, com um cinto com mil e um aparelhos. Um aparelho para identificar cor, uma canetinha para ler código de barras, outra canetinha para ler pequenos textos, outra canetinha para ler etiquetas, uma calculadora que fala, um relógio que fala, um escâner grande que fala, um aparelho para identificar linha de ônibus, talvez outro específico para identificar cédulas de real... qualquer dia alguém vai inventar um aparelho capaz de identificar com precisão moedas de cinco centavos, com resultados tanto em braile como em áudio estéreo (bastando para isso o uso de fones de ouvido), com opções para 23 idiomas. Credo! Pobre ceguinho. Um cinto, mesmo o do Batman não dá conta de levar tudo. Precisará ser a armadura do Homem de Ferro.

A menos que o pessoal perceba que os atuais equipamentos que as pessoas já têm (ou podem adquirir gastando menos dinheiro do que comprar um ou dois desses aparelhos citados antes) dão conta de realizar tudo isso, com aplicativos específicos.


Bueno, desculpem o longo texto. Mas aí vai a notícia, já conhecida por muitos.

elton

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Boletim informativo RINAM
 
Lançamento do Recurso de Acessibilidade Whatscine no Cinema Brasileiro

 Estreia exclusiva no Espaço Itau de Cinema Frei Caneca, com o filme Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
 
Em cartaz de 10 a 16 de abril de 2014, com sessões às 14, 16, 18, 20 e 22h
 
 
WHATSCINE
Acessibilidade para Pessoas com Deficiência
Audiodescrição, Subtitulação e Janela de LIBRAS
 
 
Serviço:
Data: 10 a 16 de abril de 2014
Sessões: 14, 16, 18, 20 e 22h
Local: Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca
Rua Frei Caneca, 569 – Consolação
São Paulo-SP
Tel. (11) 3472-2368
 
 
Sobre o Whatscine
O Whatscine – tecnologia desenvolvida pela Universidad Carlos III, de Madri – oferece acessibilidade a pessoas com deficiência em smartphones e tablets. Isso é possível graças aos recursos de (a) audiodescrição via fones de ouvidos; (b) imagens nas telas dos dispositivos de intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS); (c) e subtítulos também nos visores. Sua utilização não gera desconforto aos espectadores sem deficiência, pois possui baixa luminosidade e o áudio não é transmitido por alto falante. O aplicativo oferece ainda opções de interatividade e publicidade aos espectadores, trazendo novas opções de entretenimento.
 
 
Leia a notícia com todas as informações no site RINAM - www.rinam.com.br
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