Diretrizes Internacionais de Acesso à Web “Ineficazes”

Elton Vergara-Nunes

unread,

Jun 2, 2013, 1:38:53 PM6/2/13

to Lista de discussão do projeto webGD, we...@googlegroups.com

Acho que interessa ao grupo que vem trabalhando com as questões de acessibilidade web com base nas diretrizes internacionais.

elton

__________________________________
www.vergaranunes.com
www.audiodescricaoemvideo.com
http://paper.li/vergaranunes/1317738944

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Jorge Fernandes <jor...@netcabo.pt>
Data: 2 de junho de 2013 14:25
Assunto: [acessibilidade] Diretrizes Internacionais de Acesso à Web “Ineficazes”, Reivindica Académico
Para: "acessib...@yahoogrupos.com.br" <acessib...@yahoogrupos.com.br>

As conclusões estão em tese de doutoramento apresentada na Universidade de York por André Pimenta Freire, que não conheço mas a quem deixo os meus parabéns.

+01: Diretrizes Internacionais de Acesso à Web “Ineficazes”, Reivindica Académico

fonte: Boletim E-Access de Maio de 2013.

Estar em conformidade para com as Diretrizes de Acessibilidade para o Conteúdo da Web (WCAG), norma internacional da indústria, pode ser “ineficaz” como método para reduzir os problemas encontrados na Web pelos utilizadores cegos e com baixa visão, reivindicou um académico da área das Tecnologias da Informação (TI).

As diretrizes WCAG foram criadas pela organização internacional World Wide Web Consortium, a qual supervisiona as normas aplicáveis à Web. Na sua tese de doutoramento para a Universidade de York, “Pessoas com Incapacidade e a Web: medição da acessibilidade baseada no Utilizador”, André Pimenta Freire – um especialista em interação homem-computador – escreve que um número vasto de problemas existentes nas páginas dos sítios Web encontrados pelos utilizadores de computador, com incapacidade para ler material impresso, não ficarão resolvidos através da conformidade dos critérios das WCAG.

“Atingir determinados níveis de conformidade para com as WCAG 1.0 e WCAG 2.0 pode ser muito ineficaz como meio para reduzir o número de problemas encontrados pelos utilizadores incapacitados”, escreve Freire. “A forma como os requisitos de conformidade estão estruturadas não parece ir ao encontro das preocupações verdadeiramente importantes que permitam fazer sítios Web em que os utilizadores com incapacidade usem melhor e nos quais se confrontem com poucos problemas.”

As afirmações estão baseadas num estudo levado a efeito como parte da sua tese, o qual envolveu avaliações de utilizador com base em tarefa de 16 sítios Web com 64 utilizadores. Destes, 32 utilizadores eram cegos, 19 tinham baixa visão e 13 disléxia. A auditoria manual foi usada para determinar a conformidade dos sítios Web para com as WCAG 1.0 e 2.0.

Os dois objetivos principais do estudo foram o de caracterizar os problemas que os utilizadores de computador com incapacidade para ler material impresso encontram nos sítios Web, e investigar a relação entre as questões de acessibilidade definidas pelo utilizador e as diretrizes de acessibilidade, com um foco nas WCAG 1.0 e 2.0.

O estudo demonstrou que a conformidade para com os pontos de verificação e os critérios de sucesso das WCAG não tornam necessariamente, por si só, sítios Web acessíveis a utilizadores incapacitados para ler material impresso, diz Freire.

Falando ao Boletim E-Access, Helen Petrie, Professora de Interação Homem Computador na Universidade de York e co-supervisora do doutoramento de Freire e do académico sénior que liderou a investigação para a tese de Freire, disse que embora as WCAG tenham feito “um grande esforço” e destaquem problemas importantes, os sítios Web com níveis de conformidade elevados para com as diretrizes não são fáceis de usar pelas pessoas cegas. “Não existe uma diferença significativa no número de problemas de utilizador encontrados em sítios não conformes e em sítios conformes”, diz Petrie.

Isto tem implicações problemáticas se a legislação ou as políticas sobre acessibilidade Web forem feitas e baseadas na conformidade das WCAG, diz Petrie. Um problema adicional é que “os desenvolvedores estão a lutar para compreender [as WCAG]”, disse Petrie, significando que testes diretos com utilizadores, nomeadamente com utilizadores com incapacidade, devem ser encorajados como um meio de testar a acessibilidade, disse ela.

Petrie e Freire expressaram a importância de envolver utilizadores com incapacidade diretamente na concepção e no processo de avaliação de construção de sítios Web. e de nos afastarmos “da abordagem de conformidade técnica” da acessibilidade.

“As conclusões voltam a reforçar a importância de envolver pessoas com incapacidade na concepção e avaliação de sítios Web como uma atividade chave para melhorar a acessibilidade Web … O status quo atual de propôr implementações baseadas na opinião de um especialista, ou em estudos de utilizador limitados, não tem produzido soluções para muitos dos atuais problemas encontrados na Web pelos utilizadores com incapacidade para ler material impresso”, escreve Freire.

A tese está disponível em PDF a partir dos links abaixo:

Link completo: http://etheses.whiterose.ac.uk/3873/

Link curto: http://bit.ly/14y6M1G

E pode comentar sobre este artigo agora, no EAB Live:
http://www.headstar.com/eablive/?p=873

⠨⠚⠕⠗⠛⠑ ⠨⠋⠑⠗⠝⠁⠝⠙⠑⠎
 universalaccess.blogspot.com

__._,_.___

| através de email | Responder através da web | Adicionar um novo tópico

Mensagens neste tópico (1)

Atividade nos últimos dias:

Visite seu Grupo

<*> Rodapé da Lista da Acessibilidade <*>

A administração da lista da Acessibilidade
é da responsabilidade do CERTIC/UTAD.
www.acessibilidade.net

<*> Rodapé do Yahoo! Grupos <*>

Trocar para: SÃ³ Texto, Resenha DiÃ¡ria • Sair do grupo • Termos de uso

.

__,_._,___