G20: UNAIDS pede apoio dos governos à Aliança Global para Produção de Medicamentos

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Jun 6, 2024, 4:13:04 PMJun 6
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G20: UNAIDS pede apoio dos governos à Aliança Global para Produção de Medicamentos

06 junho 2024

Na reunião preparatória do G20 no Brasil, encerrada hoje em Salvador (BA), a Diretora Executiva do UNAIDS e subsecretária-geral das Nações Unidas, Winnie Byanyima, apelou diretamente aos governos presentes a apoiarem uma nova Aliança do G20, proposta pelo governo brasileiro, para permitir a produção de medicamentos que salvam vidas em todas as partes do mundo. 

A iniciativa visa criar uma aliança global de fabricantes locais e regionais de medicamentos, vacinas e outras tecnologias de saúde. Busca, também, unir uma rede diversificada de produtores locais e regionais para garantir o fornecimento adequado de medicamentos e tecnologias para todas as pessoas, em todos os lugares.

Subsecretária-geral das Nações Unidas e Diretora Executiva do UNAIDS, Winnie Byanyima, apelou aos governos reunidos em reunião do G20 a apoiarem uma nova Aliança em prol da produção de medicamentos.
Legenda: Subsecretária-geral das Nações Unidas e Diretora Executiva do UNAIDS, Winnie Byanyima, apelou aos governos reunidos em reunião do G20 a apoiarem uma nova Aliança em prol da produção de medicamentos. Foto: © Ministério da Saúde_PH

Sir Michael Marmot, copresidente do Conselho Global sobre Desigualdades, AIDS e Pandemias, lançado em 2023 com apoio do UNAIDS, por sua vez, pediu aos delegados do G20 que abordassem os determinantes sociais, como educação e direitos humanos, como parte concreta dos esforços de preparação para pandemias do G20.

A subsecretária-geral, Winnie Byanyima, demandou do G20 que a aliança, uma vez criada, adote uma abordagem ousada para fortalecer os esforços para combater a dengue e outras doenças negligenciadas, melhorar as defesas globais contra futuras pandemias e acelerar o acesso às mais modernas tecnologias contra o HIV.

“Focar conjuntamente nas doenças negligenciadas e naquelas que mais matam pessoas e populações em situação de vulnerabilidade não é apenas estratégico. Pode, também, ajudar durante pandemias futuras”, ressaltou a diretora executiva do UNAIDS. 

“Devemos reconhecer que, apesar de toda a devastação que causou, a COVID-19 respondeu a uma vacina, ao contrário do HIV. Não há razão para acreditar que a próxima pandemia será como a de COVID-19. Precisamos construir capacidade para ter vacinas e tratamento.”

Winnie Byanyima chamou a atenção ainda para o fato de que as respostas a muitas doenças que afetam, hoje, populações em vulnerabilidade – do Ebola à Mpox e ao HIV – poderiam se beneficiar muito da aliança.

“Esta iniciativa pode turbinar a resposta ao HIV, amplificando a capacidade de produção de inovações”

“A aliança também poderia construir capacidade onde ela não existe. A maioria das pessoas que vive com HIV, que se levanta todos os dias e toma os medicamentos que salvam suas vidas, está na África. Mas poucos desses medicamentos são realmente fabricados em países africanos.”

Winnie Byanyima destaca que a liderança e experiência do Brasil nesta área inspiraram este esforço global em favor da aliança e agora é preciso o apoio de todo o G20 para torná-lo um sucesso.

Conselho Global sobre Desigualdades, HIV e Pandemias

A agenda do Grupo de Trabalho de Saúde do G20 está ajudando a impulsionar a política global para combater as desigualdades sistêmicas que promovem a má saúde. O UNAIDS está coordenando um Conselho Global sobre Desigualdade, AIDS e Pandemias, que está reunindo evidências sobre como as disparidades aprofundam e prolongam as pandemias, incluindo HIV e COVID-19. Essas informações estão sendo compartilhadas com formuladores de políticas no G20 e em outros fóruns internacionais.

No início da semana, durante sua apresentação no G20, Sir Michael Marmot já havia instado os representantes governamentais a focarem nos determinantes sociais para fortalecer a preparação para pandemias, prever a gravidade de futuras crises de saúde e melhorar a eficácia das respostas.

“Melhorar a saúde leva a uma economia melhor. E a maneira de melhorar a saúde não é apenas investir em cuidados médicos, mas também nos determinantes sociais da saúde”, afirmou o professor Marmot. 

“Por exemplo, em Botsuana, há evidências claras de que quanto mais tempo os jovens permanecem na educação, menores são as taxas de HIV.”

Abordar os determinantes sociais, construir capacidade de fabricação e garantir que pessoas em todo o mundo tenham acesso a todas as opções de prevenção e tratamento do HIV, incluindo as mais recentes tecnologias de ação prolongada, é vital para assegurar o fim da AIDS como uma ameaça à saúde pública. As iniciativas do G20 desempenhariam um papel fundamental na realização desse objetivo de forma sustentável, além de contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e apoiar os esforços para responder rapidamente à próxima pandemia.

Nota Adicional

A principal proposta do Brasil para o Grupo de Trabalho de Saúde do G20 é a criação de uma Aliança para Produção e Inovação Regional. Esta iniciativa pretende estabelecer uma rede que reúna atores-chave, incluindo países, academia, setor privado e organizações internacionais, para pesquisa, desenvolvimento e produção de vacinas, medicamentos, diagnósticos e suprimentos estratégicos. O objetivo é combater doenças com fortes determinantes sociais, que afetam principalmente populações vulneráveis, como dengue, Aids, malária, tuberculose, doença de Chagas e hanseníase. Para mais informações sobre o Grupo de Trabalho de Saúde do G20, consulte o site do G20

Contato para imprensa: 

Renato Guimarães, UNAIDS - depaivag...@unaids.org  

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