TV Digital: Governo impõe desligamento em Brasília ‘de qualquer jeito’

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Carlos Fernando Gonçalves

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Oct 21, 2016, 3:32:49 PM10/21/16
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TV Digital: Governo impõe desligamento em Brasília ‘de qualquer jeito’

Luís Osvaldo Grossmann ... 20/10/2016 ... Convergência Digital

A exemplo do que se viu na ‘piloto’ Rio Verde (GO), Brasília e região metropolitana terão os sinais analógicos de televisão desligados na quarta, 26/10, mesmo que a pesquisa que mede a preparação dos domicílios para a TV Digital mostre que ainda falta mais gente do que o previsto nas regras da transição. 

Como explicou a secretária de Radiodifusão do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Vanda Bonna Nogueira, em reunião do Gired realizada nesta quinta, 20/10, “a ordem do ministro Gilberto Kassab é para desligar de qualquer jeito”. Como também deixou claro no mesmo encontro, o governo vai usar seu ‘voto de minerva’ para impor a decisão na próxima semana.

Com esse espírito, não chega a surpreender que o grupo de teles, emissoras, Anatel e governo que coordena a transição para a TV Digital não tenha conseguido chegar a um consenso sobre a metodologia para medir o quão preparados estão os lares da capital e de seu entorno. Foi mais um pretexto para o governo usar o poder discricionário: para depois de Brasília, vai fixar uma nova metodologia em Portaria ministerial para evitar futuras discussões. 

“Excepcionalmente para Brasília a gente vai ter duas metodologias de pesquisa. As duas vão ser avaliadas na decisão do dia 25 e com todos os dados na mesa o Gired decide se atingiu ou não o percentual. Foi uma decisão dividida entre as teles e as tevês”, admite o conselheiro da Anatel Rodrigo Zerbone, que coordena o Gired. 

Pela regra da transição, os sinais analógicos só podem ser desligados quando for verificado que o município tiver 93% dos domicílios preparados para a TV Digital – o que torna crucial a metodologia da pesquisa que mede essa preparação. Não por menos, embates sobre os critérios a serem considerados acontecem desde o início desse processo, uma vez que eles vêm sendo sucessivamente alterados de forma a turbinar os números. 

Tela fina

No específico, as emissoras de televisão argumentam que a metodologia empregada, que considera todas as casas que tenham televisor de tela fina como preparadas para a TV Digital, pode deixar muita gente sem novela com o desligamento analógico. Por isso, defenderam o uso de indicadores adicionais – como a existência de conversor ou menção a canais .1, ou .2, etc, ou ainda a imagens efetivamente digitais. 

As teles, por sua vez, entendem que todas as telas finas devem ser consideradas, mas admitem o uso de um ‘deflator’ de 8%, como forma de garantir maior segurança. Segundo a defesa dessa metodologia, pesquisas anteriores já indicaram que cerca de 8% dos domicílios em Brasília com televisores de tela plana não possuem o conversor de sinais digitais – e assim basta retirar esse percentual do resultado final. Para as tevês, porém, essa distância seria maior – 30% das TVs de tela fina não teriam conversor. 

“Vamos pegar as duas metodologias, avaliar o resultado de cada uma, comparar com o resultado de Rio Verde, avaliar algum tipo de projeção para a última semana, que a pesquisa não mede, e decidir qual a posição que o Gired vai levar ao governo”, explica o conselheiro Rodrigo Zerbone. 

Na pesquisa realizada em agosto, a diferença entre ambas se mostrou razoável. Com o critério das teles, 85% dos lares da capital e região metropolitana já estariam aptos a receber os sinais digitais. Pela metodologia defendida pelas emissoras de televisão, esse percentual seria menor, de 79%. “É uma diferença grande, que se for aplicada em São Paulo, por exemplo, poderia impactar milhões de pessoas”, diz o diretor geral da Abert, Luis Roberto Antonik. 

A turma das tevês aceitou desligar os sinais analógicos de Rio Verde com menos de 93% (lá foi desligado com 85%), mas sustenta que tratava-se da ‘cidade-piloto’ do processo de transição.  Como a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, já se admite que alcançados 90% é possível desligar. Mas menos do que isso as emissoras não vão aceitar. 

“Se os dois resultados passarem de 90%, vamos todos comemorar. Mas a principio, se no critério do Gired não alcançar 90%, a radiodifusão vai se posicionar contrária ao desligamento. Em Rio Verde deixamos consignado que aquilo que fizemos só valia lá, não se aplicava em outras localidades. Era uma experiência”, afirma o diretor-geral da Abert.

Fonte:
http://m.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&infoid=43838&sid=14&utm%252525255Fmedium=



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