relato cartucho e pq oriental

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Jorge Soto

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Oct 30, 2020, 2:04:23 PM10/30/20
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O PARQUE ORIENTAL E A PEDRA DO CARTUCHO
Cerca de meia década atrás fui conhecer o Parque Municipal Milton Marinho de Moraes, uma área de conservação ás margens da represa Billings, em Ribeirão Pires (SP), mas voltei de mãos abanando ao saber que o mesmo estava fechado faz tempo, passando por revitalização. Pois bem, demorou longos cinco anos mas o parque finalmente foi reinaugurado meses atrás! Bastou saber disso pra então programar meu retorno ao lugar. Mas sabendo que era coisa rápida procurei emendar outro atrativo próximo, no caso, a Pedra do Cartucho, um rochedo que coroa o mirante situado no alto da antiga pedreira da São Paulo Railway. Não satisfeito, estiquei pra outros atrativos locais, como o Parque Pérola da Serra, o Mirante São José, o Mirante Santo Antônio e o Monte Serrano... Ufaaaa! Foi canseira...

O dia estava bastante incerto, relativamente nublado, quando saltei na Estação de Ribeirão Pires, por volta das 9:40hr. Como tinha em mente vistar muita coisa, me programei em fazer um circuito no sentido horário, de modo a começar de um lado da cidade, passar por outro e assim retornar ao ponto inicial. E meu primeiro pit-stop era o point mais perto de onde estava, isto é, o Mirante São José. Pra isso bastou tomar direção nordeste até tomar a Av. Francisco Monteiro, de onde se avistava o belo cocoruto esverdeado do morro almejado elevando-se a menos de 60m do chão, onde destoa uma estátua coroando seu topo.
Dali até a base do morro, na Av. Pref. Valdirio Prisco, foi um piscar de olhos. Daqui nasce uma sequência de graus numa simpática (porém, visguenta) escadaria pintada de branco, degraus vencidos num piscar de olhos, diga-se de passagem. Subidinha bacana e cercada de verdejante mata que forra toda encosta do morro, nos finalmentes. No alto me deparei com a entrada propriamente dita do lugar, onde uma cerca divide com placas informativas do atrativo. Em tempo, o lugar se encontra a aproximadamente 805m de altitude acima o nível do mar, e tem uma enorme estátua de São José – padroeiro de Ribeirão Pires - e permite uma vista de 180 graus do centro da cidade, a despeito da nebulosidade clara que agora vinha acompanhada de ráfagas de fina garoa. Logo de cara identifico as florestas verdejantes do Parque Pérola da Serra coroando o morro logo na frente, ao sul; além da alva capelinha que se encima no Morro Santo Antonio, á oeste, além dos braços da Billings refletindo o mau tempo que logo se debruçaria na região. Horário? Apenas 10:15hr da manhã.
Retornei então a Av. Francisco Monteiro e me pirulitei pela ingreme piramba da Rua Coronel Sazedas, pro sul. E depois de subir praticamente ao alto de outro pequeno morro, as 10:45hr pisava no portal de entrada do Parque Municipal Pérola da Serra. Logo de cara temos uma placa com um croqui do lugar, tudo bem didático e simples. Uma casarão de estilo colonial de influência mexicana, construído em 1945, domina o cume do morro ao lado dum rústico pergolado enquanto seus arredores estão preenchidos de muita mata secundária e várias passarelas que cortam suas encostas de ambos lados. Em tempo, o parque guarda é recente (foi criado em 2003) e possui uma história quase similar ao Parque Mun. Guapituba, situado uma estação antes dali. Ali era a “Chácara Preferida” e pertencia a uma família alemã pra depois ser incorporada pela prefeitura em 1986.
Seguindo pela via principal cheguei num belo quiosque, onde além da bonita vista da região despertou minha atenção os refinados lustres que pendiam do alto do teto. Dando a volta então no casarão principal – que agora serve tanto de administração, anfiteatro e núcleo de educação ambiental. A bela via vai dando a volta em meio a trocentas palmeiras e outros exemplares exóticos do lugar. Aqui a via se estreita e se torna uma trilha calçada, mas que requer cautela e atenção pois todas as vias deste tipo estão besuntadas de limo liso feito sabão e pra escorregar não custa muito.
Dali uma sequência de estreitas escadarias de pedra (igualmente escorregadias) desce a encosta de mato aos ziguezagues e me leva onde seria um suposto playground, mas o lugar só guarda bancos enferrujados e quebrados,  ao lado dum banheiro fechado. Volto ao topo e me deparo com o que diz ser uma “Gruta de Pedra”, mas pra mim o negócio guarda mais semelhança com o altar de alguma santa. Em tempo, como o parque ta no alto dum morro, nas vias e trilhas laterais quando não se está subido se etá descendo...
Aqui reparei uma grande diferença em relação a minha última visita. Na encosta supracitada havia uma bonita ponte de madeira que interligava este setor do parque com outro do lado, separado por uma pequena rua. Sim, esta ponte não existe mais assim como toda a infra alocada do outro lado da rua, que detinha estruturas de arvorismo e muito mais. “Ninguém deu continuidade á manutenção e ficou assim mesmo, largado!”, me explica a moça que recebe os visitantes e mede a temperatura deles no parque. Uma pena, pois aquele outro setor do parque tinha a entrada dum túnel que cruzava o morro e, dizem, saia atrás dum armário na casa da sede do parque!? Coisa de filme mesmo! Ele serviria como rota de fuga pra família alemã durante a 2ª Guerra Mundial.
Me despedi das moças da entrada e, tendo praticamente conhecido tudo, dali minha única opção foi ir pro meu próximo atrativo, o Parque Oriental. Uma última olhadela praquela curiosa área de conservação urbana por sobre o ombro e pus sebo-nas-canelas pra retornar na direção da estação ferroviária de Ribeirão Pires. Uma vez lá, cruzo pro outro lado da via férrea onde tomo a Av. Santo André sentido Mauá e Santo André. No caminho passo pela bela Igreja Matriz de Ribeirão Pires e pela curiosa “Primeira Parada de Ônibus de Ribeirão Pires”, datada de 1958. E por falar em história local, as construções e algumas ruinas de chaminés a minha direita remontam ao tempo áureo da Familia Pires, precursora do desenvolvimento da cidade. Ali existe até um museu reservado exclusivamente a ela.
Dali tomei a Rua José Mortari, e tocar por ela indefinidamente pra oeste, em meio a uma região predominantemente residencial. Não tem segredo pois o trajeto esta repleto de placas e boa sinalização indicando o parque. Não deu nem meia hora de chinelada até a entrada do mesmo, ás 12hrs daquele dia de sábado de nebulosidade clara. Lembro que a última vez que aqui pisei dei com os burros nágua porque estava tudo fechado e o parque, chamado de “Parque Municipal Milton Marinho de Moraes”, estava fechado passando por revitalização.Sim, fechado desde 2014!
No entanto, agora o que via na minha frente era um bonito portal de entrada com estilo oriental, de 3,5m de altura. Sim, o parque adotou o nome “oriental” pra homenagear a importância da história da imigração japonesa na cidade, que se iniciou em meados da década de 1940. O parque lembra muito uma unidade de conservação linear, porém as margens da represa Billings com belo projeto paisagísta. Além da infra tradicional pra receber visitantes, o lugar tem um Pavilhão de Exposições, Jardim Oriental, Jardim Zen, a Casa do Origami, o Monumento Sadako Sasaki, um atelié de artes, um lago de carpas, etc.
Mas o que eu mais curti do parque foi a trilha de menos de 1km que percorre toda sua extensão. Sim, chamado de “Caminho da Evolução, é uma trilha calçada composta por 260 pedras de até uma tonelada cada uma, especialmente esculpidas pro parque com representações dos bichos de cada era geológica, especialmente dinossauros! A trilha finda num pier, não finalizado, as margens do espelho dágua, onde estão planejados passeios de barco pela represa. Ali do lado, ainda tem representações em pedra, onde são esculpidos indígenas e temas correlatos.
Satisfeito e depois de descansar num dos trocentos bancos a margem do caminho calçado (e de beliscar meu lanche!), zarpei daquele belo parque que apesar de pequeno (se comparado a outros) tem seu charme e simpatia orientiais estampados nos detalhes. Retornei tranquilamente pela Rua José Mortari até seu comecinho, na junção com a Av. Humberto de Campos, onde ja consigo avistar meu próximo destino elevando-se graciosamente a noroeste, o Morro Santo Antonio!
Já bem próximo do morro cruzo sobre um ribeirão que marulha mansamente, mas que corta e nomina a cidade, o Ribeirão Grande, assustando uma garça que meditava de boas num galho. Na sequência, uma estátua de Santo Antonio me recebe de braços abertos na base do morro. O acesso ao alto se dá por uma escadaria de baixa declividade que percorre a encosta sul, pra depois virar no sentido norte. O chão é liso e repleto de musgo, o que me obriga a estar sempre segurando o corrimão que garante algo de segurança na tranquila e simplória ascensão. O trajeto está repleto de pontos de parada e bancos pros menos condicionados.Em tempo, a subida pela escada representa a Via Crucis de Jesus e cada destas paradas representa uma estação determinada, representada artísticamente num painel logo ao lado.
A escadaria desemboca enfim no acesso oficial do morro, isto é, do outro lado, na rua Bela Vista, onde visitantes motorizados deixam seu veiculo pra subir a simpática escadaria de madeira restante (mais bonitinho e apresentável que o anterior), que não dá nem 10m de extensão. O alto do morro é coroado pela simpática Capela de Santo Antônio, com estilo arquitetônico colonial, uma bandeira nacional trepidando ao vento daquele início de tarde lembrava do tempo incerto. No entanto, isso não impediu vislumbrar uma panorâmica de 360 graus bastante generosa da região, que se estendia desde a abaulada morraria do Guapituba, passava pelo centro da cidade  - com destaque pras elevações do Mirante São José e do morro do parque Pérola da Serra -  e se estendia até o espelho dágua da Billings. Sim, o morro não chega nem a 900m de altitude e o desnível sequer chega a 100m, mas foi um gosto que me dei, pois sempre que passava de trem ficava com aquela vontade de um dia subir aquela modesta elevação. Horário? Apenas 13hrs!!!
Parti do morro pelo outro lado e num piscar de olhos caí na Av. Humberto de Campos, onde atravessei pro outro lados dos trilhos da Linha Turquesa até pisar na Av. Capitão José Gallo, que bastou seguir na direção oeste. Mas quando esta via faz curva pro sul a abandono e tomo uma minúscula ruazinha que segue seu curso sentido oeste, acompanhando os trilhos da via férrea e que atende pelo nome de Yutaka Nogami.
Esta via é bem precária, passa por umas poucas residencias e logo se vê sem mais nada, parcialmente coberta de mato. Pois bem, é preciso ir até o final dela, onde é possivel avistar uma torre de alta tensão perto. O final da rua é coberto com mato alto, mas é possivel ver um rabicho de trilha que se mantém na mesma direção anterior. Logo me vejo cruzando trilhos sobre o manso Ribeirão Pires, sim, aquel que dá nome ao município.
E após serpentear mais um trecho de mato a vereda cai num caminho gramado do lado dos trilhos da Linha Turquesa. Tranquilamente e sem pressa, passo por cima do Rodoanel Mario Covas (SP-021) e logo desemboco num amplo descampado repleto de mato baixo, muitos barrancos e rochedos altos e trilhas pra todas as direções. Pois bem, este terreno era o que correspondia á da Antiga Pedreira da São Paulo Railway, de onde saiu todo cascalho que preencheu os trilhos dessa histórica via ferroviária.
Uma vez ali comecei a explorar o entorno da pedreira, que já não tem muito o aspecto de pedreira pelo fato de estar coberta de mato baixo, embora algumas encostas verticais guardem alguns vestígios bem evidentes. Olhando bem o chão é possível encontrar as fundações das antigas construções que ali haviam e, com mais esforço, encontrar pisos azulejados e loças quebradas.
Dali tomei uma vereda que ia pra parte alta da pedreira, passando por dobras do morro mais florestadas (onde havia uma senhor morando numa lona!) até cair num primeiro patamar mais elevado da pedreira. Tudo bem tranquilo, sem dificuldade alguma de navegação, feita visualmente. Depois tomei outra vereda que subia o restante do morro e, pouco depois, alcancei o ponto máximo do morrote, marcado por uma pocha de porte mediano, com algumas pixações. Pronto, essa é a tal Pedra do Cartucho que divide uma ampla clareira descampada com restos de fogueira. O visual é panorâmico e permite visual de 360 graus de todo entorno. Ja logo na frente temos uma ampla paisagem, em primeiro plano, das edificações da CDC (Cia Brasileira de Cartuchos), fábrica que tem o monopólio da produção de munição no país e que provavelmente seja o motivo do nome da pedra. Mas o visu não se resume a isso, uma vez que além dos bairros próximos é possivel avistar as elevações significativas do entorno, como o Morro Santo Antonio, o Parque Guapituba, a Reserva Florestal do Bertoldo e o Monte Serrano. Horas? 13:30hr!!
Depois de descansar um pouco e de trocar rapidamente palavras com um casal que subia até ali, decidi que era hora de retornar e dar continuidade ao meu rolê. Desci á base da pedreira por outra vereda que, aos ziguezagues, passou por focos maiores de mata e voçorocas de bambus. Uma vez na margem da linha férrea tomei outra vereda que ja tinha visto antes e que, pelo estudo prévio, me deixaria perto do meu próximo destino. Segui então na direção norte ladeando um muro, passei por um grande represamento do Ribeirão Pires e depois de um tempo, caí num cafundó dum bairro riopirense da Vila Belmiro.
Cruzei o pacato bairro supracitado e num piscar de olhos caí no asfalto da Av. Capitão José Gallo, onde bastou acompanhá-la pro norte, pra depois se chamar Rua Coronel José Lima, já atentando á entrada da trilha nalguma parte da encosta florestada á direita, mas esta surge inconfundível e bastante óbvia em frente ás proximidades da Faculdade Integrada de Ribeirão Pires.
Mergulho então na mata e logo me deparo com um caminho bem erodido, coberto de lama e até com trocentas pedras que servem até de degraus irregulares. Mas conforme se avança o caminho se torna mais ameno, seco e menos sujo, por assim dizer. A subida prossegue tranquila e compassada em meio a espessa e úmida floresta, e nalguns trechos mais baixos é preciso desviar de verdadeiros atoleiros deixados por motos. Um improvável e pitoresco túnel vegetativo com cipós pendendo do alto conferem á trilha uma rara beleza, complementada pelas flores coloridas que ornam a margem da vereda. Surgem então fitas e marcações agarradas em galhos e troncos, mas elas não são necessárias pois o caminho é bastante óbvio.
Pouco tempo depois abandono a floresta pra sair no aberto em meio a um chaparral de samambáias, sendo que boa parte delas tende a cair sobre a trilha. Mas conforme se avança o caminho torna a se limpar novamente, agora avançando através de um vasto e alto capinzal. Os horizontes então se ampliam permitindo contemplar largos e amplos visus á nossas costas, além de nos dar uma noção do quanto já se ganhou de altitude. O trajeto vai ganhando lentamente a encosta da serra em largos ziguezagues e sempre no aberto, quando uma fina brisa vinda do norte refresca o rosto, já com gotas de suor escorrendo pelo nariz.
E após um último trecho mais íngreme e salpicado de cupinzeiros, o caminho se torna mais amigável até estabilizar de vez em meio ao pasto ralo. Não são nem 14:30hr quando piso nos quase 900m do amplo cume no ponto mais alto do tal Monte Serrano. Uma enorme clareira com vestígios de fogueira e cercada de capim divide espaço com um enorme monolito de pedra, onde um desconfiado urubu se empoleira. Me brindo então com um breve descanso, pra em seguida dar continuidade á jornada pelo restante da crista. E sim, a paisagem revela uma bela panorâmica que lembra á dos picos do Parque Pedroso ou Morro do Batistini; o quadrante norte é tomado pela urbe horizontal do ABC parcialmente oculta pelas corcovas florestadas do restante da serra, enquanto o setor sul é tomado por uma sequência de baixas colinas verdejantes cortadas pelo Rodoanel, e algum reflexo ao longe do espelho dágua da Represa Billings.
Dali a vereda desce com certa declividade pelo abaulado selado que interliga o morro palmilhado ao seguinte, visivelmente menor. No caminho, igualmente descampado e coberto de pasto ralo, impossível não reparar dois enormes rochedos a margem da trilha que parecem servir de portal de entrada (ou saída, no meu caso) ao ponto culminante daquele serrote. Uma vez no fundo do selado mergulhamos novamente na floresta que cobre a suave encosta segundo deste morrote, pra então subi-lo sem muita declividade. Floresta permeada de quaresmeiras, embaúbas e manacás, qualquer semelhança com as trilhas do Parque Pedroso (Santo André) não será mera coincidência. Do caminho principal reparo que uma ou duas trilhas curtas nascem em direção a clareiras mocadas no meio do mato, uma com sinal de acampamento recente.
No alto da segunda colina desembocamos outra vez em terreno aberto e coberto de pasto, onde uma pequena ramificação leva a duas grandes clareiras com vestígios de fogueira e restos de lixo, infelizmente. Ignoramos os 870m deste topo e me mantenho ainda pela trilha principal, que desce novamente pro próximo suave selado em direção ao último morrote integrante daquela simpática serrinha. As feições do caminho se repetem com o anterior, ou seja, se perde altitude em meio a relva baixa, que dança suavemente ao vento, pra depois ganhar a suave encosta do morro seguinte no frescor da mata fechada.
Uma vez no alto dos 860m do último morrote o caminho se torna novamente amigável pois dali a perda de altitude até o seu limite norte, o bairro do Jardim Serrano, é mínima. Aqui focos de mata se mesclam a muitos descampados, aqui com mais vestígios de presença de gente. Numa das clareiras em meio a mata ouço de longe “louvores a Deus”, deixando patente que o morro é predominantemente frequentado por religiosos, a semelhança do Mursa, Saboó e Monte Cocaia. Mas aqui o borburinho da urbe do Jd Serrano se faz audível e até visível, dando sinais que a chinelada por aquela crista serrana estava chegando aos finalmentes.
A trilha então se alarga de tal forma e toca visivelmente pro norte, alcançando o bairro que empresta seu nome ao morro. Uma vez no asfalto das ruelas do Jd Serrano não vi outra opção senão retornar pela via principal que toca dali pro sul, no caso, a Estrada da Cooperativa, que basicamente bordeja o sopé do contraforte leste da serra palmilhada. E assim foi, volto tranquilamente por aquela precária estrada agora com outra perspectiva do tal de Monte Serrano. Da estrada reparei que havia vários acessos que penetram na mata em direção ao alto, mas se realmente vão pro alto ou são apenas acessos a outras “clareiras de oração” não sei dizer.
Dali cruzo novamente o Rodoanel e, um tanto depois, desemboco na mesma via pela qual tinha vindo e que bastou apenas tocar no sentido contrário. Creio que só pisei na estação de Ribeirão Pires por volta das 16hrs.. Ainda bem, pois o tempo já começava a virar cobrindo todo firmamento de nuvens escuras conforme previsto pela meteorologia. E o melhor, com tempo mais que suficiente pra dar cabo a responsas e compromissos ainda pendentes praquele dia. E claro, pra bebericar uma gelada na padoca em frente á estação.

Juntinha a apenas 33km da capital paulistana, Ribeirão Pires guarda raízes quinhentistas pois era passagem obrigatória áqueles que vinham de Santos. O tempo passou, o lugarejo cresceu com a implantação da ferrovia mas a região ainda transpira o ar interiorano de outrora. Perduram também desconhecidas áreas de proteção ambiental, como o Parque Pérola da Serra e o Parque Oriental, assim como os inúmeros mirantes situados bem no meio da urbe, como o Santo Antonio e São José. Sem falar na Pedra do Cartucho, alocado na antiga pedreira da SP Railway e o Monte Serrano. Que fique claro que são programas breves que particularmente não creio valer a pena realizá-los isoladamente, mas sim emendando-os a qualquer outro programa. Por exemplo: ao norte, o Parque da Gruta Santa Luzia, a Trilha da Santa Clara e a Trilha da Cveira; ou ao sul, como o Sertãozinho do Guapituba, os picos do Parque Pedroso e até o Morro do Batistini, este aqui já quase na divisa com Santo André. Aí fica a critério do andarilho da vez.



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