Prodam e Software Livre

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Diogo Baeder

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Oct 3, 2013, 12:37:59 AM10/3/13
to thac...@googlegroups.com
Oi, pessoal!

Reparei que o site do e-SIC foi feito com tecnologias da Microsoft (.NET, IIS etc), então isto me atiçou a curiosidade, e usei a ferramenta para pedir à Prodam que fornecesse mais dados sobre as contratações de serviços e produtos daquela empresa. Reproduzo aqui o diálogo:

"""
Prezado(a) Senhor(a),

Seu pedido de acesso à informação foi analisado e teve resposta na data 27/09/2013 14:23:37, cujo teor segue descrito abaixo.

Protocolo: 1773
Interessado: Diogo Baeder de Paula Pinto
Prazo de atendimento: 27/09/2013 14:23:37
Órgão da solicitação: Prodam - Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo

Solicitação: Por meio da Lei Federal 12.527 (Lei de Acesso à Informação), solicito acesso aos contratos de prestação de serviço da empresa Microsoft para a Prodam, bem como os dados sobre início e fim da vigência dos mesmos. Solicito também quais são os programas (software) fornecidos pela empresa supramencionada para a Prodam.

Resposta: Prezado Sr. Diogo Baeder de Paula Pinto Respondendo a primeira solicitação, a Prodam possui um contrato com a empresa MICROSOFT INFORMÁTICA LTDA, CO-18.07/12 e, aditado através do instrumento CO/T.A-17.07/13, referente a Prestação de Serviços de Suporte Técnico denominado “MICROSOFT SERVICES PREMIER SUPPORT” e “SERVIÇOS ADICIONAIS DE SUPORTE PREMIER-DSE com vigência de 12 meses para o período de 30/07/2013 a 29/07/2014, os quais estão sendo disponibilizados através da cópia anexa. Respondendo a segunda solicitação, a Prodam possui um Contrato relativo a Software de produtos da Microsoft , Contrato CO-13.12/12 com a empresa Azevedo e Luz Comércio e Serviços de Informática SA, com vigência de 12 meses para o período de 27/12/2012 a 26/12/2013. Lista com os produtos em anexo. Informações sobre contratos também podem ser consultadas diretamente no site do Portal da Transparência, http://transparencia.prefeitura.sp.gov.br/contas/Paginas/Contratos.aspx# A Prodam-SP - Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo está à disposição para eventuais esclarecimentos pertinentes a esta Empresa. Atenciosamente, Virgilio Marcon Filho Chefe de Gabinete

Para mais informações e solicitação de esclarecimento visite o site.


Agradecemos o contato !
"""

Aqui estão os documentos fornecidos por eles:
Pois bem, considerando que a Prodam mostrou-se, no último Café Hacker, aberta a debater e conhecer mais sobre software livre, e que os contratos de serviço são válidos até dezembro deste ano - e as licenças até o meio do ano que vem -, pensei que seria interessante nos organizarmos para expor à empresa alternativas livres de software, para incentivá-los a migrar gradativamente para o universo open-source. Acho que ainda dá tempo de convencê-los a adotar estas alternativas, e, em se tratando de uma empresa pública a prestar serviços de TI, penso que seria um passo importante para a evolução da adoção de software livre no âmbito do poder público. Seria também um case importante para outros órgãos, imagino.

Na minha opinião, podemos oferecer alternativas tanto através de grupos ou indivíduos ativistas, quanto através de empresas que prestem serviço usando e propondo uso de software livre; eu trabalho na Canonical e estou tentando conversar com o pessoal de lá sobre os serviços que esta empresa oferece, e conheço também o Érico Andrei que tem a empresa Simples Consultoria, que também poderia (talvez, não falei com ele ainda sobre isto) oferecer serviços. Tem o Rogério Acquadro, um amigo meu, com uma empresa chamada PC², também, e eles usam e incentivam software livre. Seria legal, penso, elencar as empresas que atuam nesta área, de forma que possam se expor para prestar consultoria à Prodam, seja expondo serviço de treinamento, seja instalação de máquinas com software livre, enfim, acho válido conversar a respeito disto. No âmbito comunitário, seria interessante armarmos alguns coding dojos com o pessoal técnico - e outros eventuais interessados -, pra que eles possam se ambientar mais com software livre.

O que acham? Se este assunto já tiver sido tratado antes, peço desculpas, sou novo no grupo e posso estar muito desinformado quanto ao andamento das coisas aqui. :-)

Abraço!

Diogo Baeder

unread,
Oct 3, 2013, 1:47:04 AM10/3/13
to thackday
Aliás, pra quem não tava sabendo ainda, a polícia nacional francesa trocou suas estações por Linux, e conseguiu reduzir significativamente os seus gastos com software:

Este tipo de informação precisa chegar à Prodam, como parte da motivação para migrar para software livre.

Abraço!

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Diogo Baeder
http://diogobaeder.com.br


2013/10/3 Diogo Baeder <diogo...@gmail.com>

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andre luiz

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Oct 3, 2013, 4:40:38 AM10/3/13
to Transparência Hacker
ótima iniciativa...


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Hudson

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Oct 3, 2013, 8:04:58 AM10/3/13
to thac...@googlegroups.com
Meus dois centes......

Seria interessante termos a licitação destes serviços, pois pelo que ando visualizando, na maioria das vezes as licitações de TI são organizadas de forma para estas empresas serem as ganhadoras, com detalhes exclusivas no serviço que poucas outas empresas possam participar e ganhar. O primeiro passo e trabalharmos para entender estas licitações de forma que qualquer empresa possa participar.

Pelo que vi no Estado de SP pelas prefeituras na instalação dos e-sic em gerais, estão realizando dispensa de licitação para cartas convites, já que a legislação permite realizar isto até um determinado valor e convidando empresas que trabalham com software proprietário para realizar estas instalações.

Até o momento não consegui encontrar nenhuma licitação que coloque como cláusulas que as empresas respeitem os padrões de acessibilidade conforme descritos em leis. 

Leandro Salvador

unread,
Oct 3, 2013, 9:49:04 AM10/3/13
to thac...@googlegroups.com

Fala Baeder! Bela iniciativa!

A meu ver são três frentes de batalha complementares, mas diferentes. Uma é o uso de software livre em estações de trabalho (basicamente, sistema operacional e suíte de escritório). Outra, é o uso em servidores (sistema operacional, servidor web, de e-mail, etc., enfim, aplicativos que rodam no servidor). A terceira é o DESENVOLVIMENTO de softwares (especialmente os que rodam do lado servidor, com interface web etc.).

Cara, acho que com indignação, até é possível tolerar o primeiro caso (softwares cliente) usar M$. O segundo caso (softwares servidor) já é bizarro. O terceiro (desenvolvimento de software) é surreal!

Tudo isso pra dizer que, especialmente nos dois últimos casos, a decisão NUNCA é técnica. Nunca é! Quem decide a abordagem (dependente-proprietária ou livre) sabe muito bem o que está fazendo. Daí podemos perguntar: mas pq raios um governo republicano não utilizaria software livre nos dois últimos casos? :-)

Rá! Porque softwares proprietários têm duas grandes vantagens que permitem gerar, digamos, "comissões", em operações feitas dentro da lei. São produtos de altíssimo valor agregado por unidade (diferentemente do cimento, do ferro, da brita)... o que permite infinitas possibilidades de acordos com esse excedente. E são produtos cuja especificação pode facilmente direcionar a compra para um fornecedor do "esquema".

Daí, Meu Caro, a tentação dos operadores de Tecnologia da Informação nos governos em rejeitar software livre é praticamente irresistível... ainda mais se a diretriz do governante for "PILHAR GERAL!" o fundo público! Software proprietário é dinheiro fácil, e o "melhor": dentro da lei! Não se enquadra sequer como crime de peculato... uma teta!

Desenvolver software público com soluções proprietárias deveria ser proibido, crime de Lesa Pátria!

Meus 0.20...

Baeder, mandou benzaço com o município! Que tal fazer o mesmo com o estado e a União? ;-) Vão te adorar! hehe

Abração!

(Enviado via Linux Android.)

Diogo Baeder

unread,
Oct 3, 2013, 3:39:39 PM10/3/13
to thackday
Oi, pessoal!

Hudson,

Neste caso do contrato com a Microsoft ele não foi feito por licitação; de acordo com o contrato, eles usaram o Artigo 25º, inciso I da Lei Federal 8.666/93 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm) para relatar inexigibilidade de licitação. No entanto, estou tentando obter acesso ao decreto de inexigibilidade deles (neste caso, número 05.001/12) pra entender a justificativa completa, mas em uma primeira leitura não me parece ter sido uma decisão acertada, visto que o inciso veda a preferência de marca, o que na prática possibilita que outras empresas poderiam ter fornecido o mesmo serviço.

Leandro,

Obrigado, estou tentando fazer minha parte em fortalecer a comunidade de software livre. Concordo em gênero, número e grau; há uma defesa de interesses privados no meio dessas negociações, e veja que os valores não são muito baixos:
"""
CO/TA-17.07/2013
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Nº 05.001/12
CONTRATADA: MICROSOFT INFORMÁTICA LTDA.
OBJETO: Prorrogação do prazo de vigência do contrato administrativo CO-18.07/12.
VALOR: R$ 949.525,11 (novecentos e quarenta e nove mil e quinhentos e vinte e cinco reais e onze centavos).
VIGÊNCIA: 12 (doze) meses, contados do dia 30 de julho de 2013 até 29 de julho de 2014.
"""
São justamente estes interesses privados que eu quero dinamitar, em favor da comunidade de software livre, da transparência pública e da redução de gastos de verba pública com serviços e produtos substituíveis por alternativas livres.

Pra quem quiser assistir, segue um vídeo educativo, de um advogado da União, sobre dispensa e inexigibilidade de licitação: https://www.youtube.com/watch?v=klQh12U7Tt4 . Vou tentar falar com este advogado, e entender o que podemos fazer para usar os meios legais para evitar que a contratação da Prodam seja feita sem licitação, ou que, se a for, que seja em defesa do interesse público - que é por software livre e gratuito -.

A Fernanda Campagnucci levantou uma bola interessante, também: a do PL 288/2013 (http://cidadeaberta.org.br/projeto-de-lei-2882013/). Foi discutido aqui: https://groups.google.com/forum/#!topic/thackday/auDy1htM6BI . Acho que poderíamos tentar falar com o Nabil ou assessora para saber em que pé está o projeto. Me veio à cabeça, inclusive, se não poderia ser um caso de sucesso a migração da Prodam para software livre para impulsionar a aprovação do PL. Se houver disposição deles para migrar, seria interessante manter um estudo detalhado de gastos antes e depois da migração, para expor a outros órgãos públicos, até de outros municípios e estados.

O que acham?

Abraço!

__________________________
Diogo Baeder
http://diogobaeder.com.br


2013/10/3 Leandro Salvador <leandro...@gmail.com>

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Pedro Markun

unread,
Oct 3, 2013, 3:50:00 PM10/3/13
to thackday, José Police Neto, con...@florianopesaro.com.br, na...@nabil.org.br, ricard...@camara.sp.gov.br, toninho...@camara.sp.gov.br
Diogo,

acho que o caminho pode ser por ai mesmo.

Fiquei pensando que valia chamar uma 'Segunda Paulistana' sobre isso - seguindo a provocação do Leandro Salvador de tentar discutir qual o papel do software livre e das escolhas tecnológicas dentro do nosso contexto político...

To botando no loop o ricardo young, o police neto, o pesaro, o nabil e o vespolli que vez ou outra dialogaram aqui com a comunidade. Fiquem a vontade pra chamar outros vereadores pra prosa que um vereador só não faz verão.

abs,
Pedro Markun


2013/10/3 Diogo Baeder <diogo...@gmail.com>

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Diogo Baeder

unread,
Oct 3, 2013, 7:28:47 PM10/3/13
to thackday, José Police Neto, con...@florianopesaro.com.br, na...@nabil.org.br, ricard...@camara.sp.gov.br, toninho...@camara.sp.gov.br
Pedro,

Obrigado por tê-los convidado, são todos muito bem-vindos e têm o potencial de tornar esta iniciativa uma realidade.

Exmos. Vereadores,

Prazer, meu nome é Diogo Baeder de Paula Pinto, sou engenheiro de software na empresa britânica Canonical; sou, como muitos dos colegas desta lista, ativista pelo software livre.

Precisamos impulsionar a adoção de software livre pelo poder público. Com a tramitação do PL 288/2013 (Nabil), a LEI Nº 14.668/2008 - Art. 4º/III (Police Neto) e a Lei de Acesso torna-se ainda mais latente esta necessidade. Não é difícil aglomerar um conjunto de benefícios que traria a adoção de software livre pelo poder público:
  • Redução de custos em geral com sistemas informatizados, em sua maioria pela drástica diminuição da necessidade de licenciamento de software. Um exemplo de sucesso recente: https://joinup.ec.europa.eu/community/osor/news/french-gendarmerie-open-source-desktop-lowers-tco-40 - Polícia nacional francesa reduz em 40% o custo total de posse (Total Cost of Ownership), reduzindo também os custos de gerenciamento de TI, depois de migrar dezenas de milhares de máquinas para Ubuntu/Linux;
  • Possibilidade de participação das comunidades de software livre na elaboração de programas de computador. Quando se usa software proprietário não podemos contar com a ajuda destas comunidades, que em boa parte têm sede de participatividade em projetos de políticas públicas, e possibilitar esta participação traz inúmeras vantagens para ambos os lados;
  • Evitaríamos que o poder público tornasse-se refém de tecnologias proprietárias e, consequentemente, de empresas específicas que teriam monopólio sobre a manutenção destas - como recentemente aconteceu em Curitiba, que se tornou refém de uma empresa por conta de seu sistema fechado de bilhetagem de ônibus: http://www.revista.espiritolivre.org/prefeitura-de-curitiba-se-torna-refem-de-empresa-por-nao-ter-acesso-ao-codigo-fonte-de-sistema-de-bilhetagem
  • Aumento da interação com a sociedade civil através de software livre - por exemplo, cidadãos poderiam trocar documentos de formato aberto com os órgãos públicos -, reduzindo assim o gasto do cidadão comum com software proprietário.
Há uma ampla variedade de vantagens neste sentido, e tenho certeza de que todos somos interessados nelas.

Recentemente observei, como podem ler no histórico desta conversa, que a Prodam (empresa de TI da Prefeitura de São Paulo) tem contrato firmado com a Microsoft, inclusive sem licitação, tendo-se justificado pelo Artigo 25º, inciso I da Lei Federal 8.666/93, pela inexigibilidade de licitação. Esta posição é questionável, dado que, segundo o próprio inciso, é "vedada a preferência de marca" - ou seja, outras tecnologias que não necessariamente da Microsoft deveriam poder concorrer -. Entrando em exemplos, a empresa poderia usar tecnologias abertas como sistemas de gestão de conteúdo (como Plone, amplamente usado pelo Governo Federal - vide plataforma do Planalto) e servidores web como alternativas livres. Esta talvez seja a instituição mais importante a realizar esta adoção, pois sua atividade principal é justamente o provimento de serviços de tecnologia da informação, sendo assim ela poderia servir de exemplo para que outros órgãos fossem incentivados a migrar também para software livre.

Durante o evento Café Hacker, no mês passado, representantes da empresa mostraram-se interessados em conhecer mais sobre o assunto, no entanto precisamos de mais diálogo e maior demonstração de interesse do poder público nesta iniciativa. Basicamente, penso em duas formas de impulsionar a adoção de software livre nos órgãos públicos:
  • Parcerias com empresas diversas que possam fornecer serviços (suporte, treinamento etc) usando e promovendo software livre. Exemplos: Canonical, Simples Consultoria, PC², 4Linux etc;
  • Colaboração com diversas comunidades que estejam interessadas em promover eventos em conjunto com a Prodam, para o compartilhamento de informações vitais que auxiliem na adoção. Eu e outros colegas da lista, por exemplo, somos membros da APyB - Associação Python Brasil -, e nesta condição temos conhecimento suficiente para promover o ensino da linguagem (de programação de computadores) Python através de encontros com o pessoal técnico da empresa. Mas há outras várias comunidades representantes de outras tecnologias abertas que também podem compartilhar conhecimento, basta que haja espaço aberto e diálogo para sua atuação.
Seria interessante que pudéssemos bater um papo mais extenso sobre isto, como pela sugestão do Pedro de "Segunda Paulistana", para entendermos como podemos avançar nesta empreitada.

Fico à disposição dos senhores para quaisquer dúvidas desde já.

Abraços,

__________________________
Diogo Baeder
http://diogobaeder.com.br


2013/10/3 Pedro Markun <pe...@esfera.mobi>

José Barbosa

unread,
Oct 3, 2013, 11:15:23 PM10/3/13
to thac...@googlegroups.com
Inexigibilidade de licitação exige fornecedor exclusivo, e não pode se ater a marca. É preciso verificar qual é exatamente o serviço contratado da Microsoft e verificar se não existem soluções livres, inclusive, já disponibilizadas no portal de software público. 

Acho que com os problemas envolvendo a espionagem, finalmente há uma porta aberta para que software livre tenha projetos implementados de fato na administração pública. Eu mesmo trabalho num Core 2 Duo que é velho que ele só, mas que certamente rodaria mais lisinho até mesmo com a versão mais recente do Ubuntu. O poder público, sempre que possível, até por princípio, precisa se manter independente de fornecedor. Cuba e Irã, por exemplo, não podem rodar software da Microsoft devido ao embargo econômico dos EUA. 

Leandro Salvador

unread,
Oct 4, 2013, 1:54:02 AM10/4/13
to Transparência Hacker

Cuba e Irã, por exemplo, não podem rodar software da Microsoft devido ao embargo econômico dos EUA.

Que sorte a deles! \o/

Diogo Baeder

unread,
Oct 4, 2013, 2:09:38 AM10/4/13
to thackday

__________________________
Diogo Baeder
http://diogobaeder.com.br


2013/10/4 Leandro Salvador <leandro...@gmail.com>


Cuba e Irã, por exemplo, não podem rodar software da Microsoft devido ao embargo econômico dos EUA.

Que sorte a deles! \o/

Assino embaixo :D
 

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Evandro Oliveira

unread,
Oct 4, 2013, 7:32:12 AM10/4/13
to thac...@googlegroups.com
É... pela lógica, Cuba deveria ser ardorosa defensora do SW livre...
Mas acho que não é... e as tentativas feitas para "livrar" Cuba de
alguns grilhões na área de TI não foram exitosas... usam sw pirata
em muitos casos, até no Governo, mas não adotaram SW livre
na plenitude... vai entender ...


Em 4 de outubro de 2013 02:54, Leandro Salvador <leandro...@gmail.com> escreveu:

Cuba e Irã, por exemplo, não podem rodar software da Microsoft devido ao embargo econômico dos EUA.

Que sorte a deles! \o/

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--
abs,

Evandro Oliveira

(31) 9982-0221 (Vivo)
(31) 2552-1246 (GVT)
Skype - evandro.bhzlabs


"A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo.
 Para ser popular é indispensável ser medíocre".

Oscar Wilde

Miriam Mitie

unread,
Oct 4, 2013, 9:43:06 AM10/4/13
to thac...@googlegroups.com
Olá pessoal.

É inegável que usar software livre traz uma série de vantagens, e em se tratando de empresas públicas, traz uma boa economia do nosso dinheiro.
Mas analisando friamente, acho que tanto na Prodam como em empresas de grande porte, o processo de mudança não é feito da noite pro dia. É complicado reescrever coisas que já estão funcionando, talvez seja mais fácil/prático utilizar o novo paradigma (SL) em necessidades novas. Essa mudança também tem que ser gradativa: tem a curva de aprendizado, a mudança de cultura, tem a questão do domínio do negócio pelas pessoas acostumadas a trabalhar com a tecnologia proprietária, etc.

O importante é começar o processo e tentar colocar a mudança num ritmo adequado, e que traga resultados duradouros.

Por acaso alguém teria exemplos de empresas grandes que passaram por essa mudança, com informações detalhadas, pra servir como exemplo a ser adotado?

Abraços,
Miriam

Diogo Baeder

unread,
Oct 5, 2013, 11:53:36 AM10/5/13
to thac...@googlegroups.com
Evandro,

Até não muito tempo atrás, eu concordaria parcialmente com você, de fato a maioria dos computadores de lá rodavam com Microsoft Windows - quanto a ser pirata ou não, não importa muito, pois temos uma infinidade de máquinas brasileiras que também rodam Windows pirata, você deve saber disto -; no entanto, minha irmã namorou por quase um ano um cubano, e, quando ele veio para cá, não sabia mexer no Windows com desenvoltura, apenas no Linux, pois na universidade dele usam só Linux (não me lembro qual, mas *acho* que era Ubuntu) - ele não tem computador em casa, o que é um problema, ao meu ver, mas aí já entra num monte de outras discussões sobre economia, políticas públicas etc -.

Antes de nos colocarmos numa posição tão contundente a respeito de um país em que não vivemos, ou sobre que conhecemos pouco, é importante informarmo-nos melhor. Deixo aqui algumas dicas de leitura sobre o que o país tem vivido em termos de adoção de software livre:

Mas eu entendo a sua posição, ela reflete o que a nossa grande mídia e a grande mídia dos países capitalistas costumam divulgar. Acho de bom tom que quem tenta se informar melhor, por outras fontes (e não apenas pela grande mídia), que compartilhem esta outra visão, portanto. :-)

Abraço!

Evandro Oliveira

unread,
Oct 5, 2013, 9:45:17 PM10/5/13
to thac...@googlegroups.com
Diogo Baeder,

Trabalhei no Governo Federal, no primeiro mandato do Governo Lula,
e atuei na equipe que ajudou a levar SW Livre para Cuba.
Sua "dica" de conhecer mais sobre o que falamos, pode ser bem usada
por você mesmo, diretamente, sem precisar de namorados cubanos de
alguém que você conheça.
O que você indica nos sites serpro.gov e swlivre.gov são RESULTADO
das iniciativas das quais participei mais ativamente do que você supõe
e do que a mídia divulgou há quase dez anos.
Seu discurso, dirigido a mim, não passa nem perto da realidade.
Procure se (IN)formar) melhor, até para defender ideias que nem são suas.
Ah! e a sua concordância (parcial ou integral) com o que escrevo, nao significa
absolutamente NADA. Sorry!
 
Em 5 de outubro de 2013 12:53, Diogo Baeder <diogo...@gmail.com> escreveu:
Evandro,

Até não muito tempo atrás, eu concordaria parcialmente com você, de fato a maioria dos computadores de lá rodavam com Microsoft Windows - quanto a ser pirata ou não, não importa muito, pois temos uma infinidade de máquinas brasileiras que também rodam Windows pirata, você deve saber disto -; no entanto, minha irmã namorou por quase um ano um cubano, e, quando ele veio para cá, não sabia mexer no Windows com desenvoltura, apenas no Linux, pois na universidade dele usam só Linux (não me lembro qual, mas *acho* que era Ubuntu) - ele não tem computador em casa, o que é um problema, ao meu ver, mas aí já entra num monte de outras discussões sobre economia, políticas públicas etc -.

Antes de nos colocarmos numa posição tão contundente a respeito de um país em que não vivemos, ou sobre que conhecemos pouco, é importante informarmo-nos melhor. Deixo aqui algumas dicas de leitura sobre o que o país tem vivido em termos de adoção de software livre:

Mas eu entendo a sua posição, ela reflete o que a nossa grande mídia e a grande mídia dos países capitalistas costumam divulgar. Acho de bom tom que quem tenta se informar melhor, por outras fontes (e não apenas pela grande mídia), que compartilhem esta outra visão, portanto. :-)

Abraço!




Diogo Baeder

unread,
Oct 5, 2013, 10:46:19 PM10/5/13
to thackday
Oi, Evandro,

Antes de mais nada, peço desculpas se soei arrogante, não foi esta minha intenção, tampouco a foi fazer juízo de valor - estou aqui para debater "ideias", e não "pessoas" -. Vou tentar melhorar minha comunicação, para evitar criar este clima novamente. :-)

Muito interessante que você tenha participado daquela equipe, poderia compartilhar mais informações a este respeito? Acho que seriam interessantes pra todos, aqui, com o intuito de entender como incentivar órgãos públicos a adotarem SL. Pelo que vejo você tem bastante propriedade pra falar no assunto, e isto é muito importante pra gente.

Sobre se minha opinião é ou não importante ou válida para você, não posso discordar de você, pois isto é você quem deve julgar; o que eu acho importante observarmos é que, desde o fim do primeiro mandato do Lula, passaram-se 7 anos, e muita coisa pode ter mudado por Cuba desde então - bem como podem ter continuado na mesma -. O relato que eu dei (fique à vontade para ignorar, claro) sobre o ex-namorado da minha irmã foi algo que aconteceu no ano passado, não foi algo inventado na minha cabeça, e, na minha opinião é relevante, pois pode representar mudanças positivas que ocorreram naquele país no sentido da adoção de SL - mudanças estas que, como acredito no que você diz, foram resultado do trabalho da sua equipe -. Não necessariamente isto diz que *todo* o país passou a usar software livre, mas pode representar alguma mudança significativa. Cuba pode estar usando software pirata, ainda? Não duvido. Qualquer país sofre deste "mal" que é o uso de software pirata - nosso próprio país é um exemplo, lembro de quando eu tinha que instalar programas piratas no laboratório da minha faculdade, por exemplo, porque ela não tinha verba suficiente para sustentar o mínimo necessário para termos software fundamental licenciado aos alunos do meu curso -.

Pode crer que as ideias que estou defendendo são minhas, pois partem de minhas reflexões e experiências (que podem ser poucas, confesso). Mas vou levar muito a sério o que você disse, e me informar melhor, obrigado pela crítica construtiva! :-)

Grande abraço!

__________________________
Diogo Baeder
http://diogobaeder.com.br


2013/10/5 Evandro Oliveira <pyx...@gmail.com>

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Diogo Baeder

unread,
Oct 5, 2013, 11:07:41 PM10/5/13
to thackday
Correção: não "soei" arrogante. "Fui" arrogante, desculpe. Reli meu texto, pisei na bola mesmo. :-(

Abraço,

__________________________
Diogo Baeder
http://diogobaeder.com.br


2013/10/5 Diogo Baeder <diogo...@gmail.com>

Miriam Mitie

unread,
Oct 6, 2013, 8:09:16 AM10/6/13
to thac...@googlegroups.com

Olá pessoal,

Eu estou do outro lado do balcão, trabalho na Prodam (apesar de acompanhar o THacker desde antes de entrar lá), mais especificamente na área de banco de dados.
Essa gestão atual já tem essa visão de focar em SW, mas parece que a transição é complexa: envolve mudança de cultura, curva de aprendizado, etc., além de ser difícil de mexer em sistemas que já estão funcionando - talvez seja mais fácil começar pelos novos projetos.  Alguns sistemas lá envolvem anos e anos de desenvolvimento, centenas de tabelas. Se a nossa legislação é complexa, imaginem os sistemas que tem que implementar essa legislação!

No momento estou justamente levantando prós e contras de uso de banco de dados SW x proprietários. 
Pessoal se vocês tiverem informações sobre estudos de casos (de preferência detalhados) ou outras informações relevantes, por favor me enviem! 

Evandro, se você tiver dicas de como fazer essa transição, elas são bem vindas!

Abraços,
Miriam

José Barbosa

unread,
Oct 6, 2013, 11:15:44 AM10/6/13
to thac...@googlegroups.com
Cara, só uma pergunta: defina "software fundamental para o cuso". 

Porque na minha imaginação, a única coisa não livre que imagino, em termos de mercado, é o Autocad. E aí, se vai ter um curso de engenharia em que o autocad, por exemplo, seja fundamental, como autorizar a criação do curso sem verba para as licenças ou uma parceria com a autodesk?

Acho que é muito mais uma comodidade, cuja pirataria é deixada batida pelos proprietários do software justamente proque cria o seu "gadinho" que só sabe usar a ferramenta deles. 

Diogo Baeder

unread,
Oct 6, 2013, 11:43:19 AM10/6/13
to thackday
Não era comodidade não, Barbosa, era questão de termos um software funcional e que atendesse às demandas das várias turmas da faculdade. O software em questão era o Finale, um editor de partituras, que era um dos dois (havia Finale e Sibelius) que davam conta das necessidades dos músicos da faculdade. Isto se devia a um conjunto de fatores: conhecimento dos professores para poder ensinar o software aos alunos, conjunto de features do programa, facilidade de uso, compatibilidade com os sistemas operacionais usados pela ampla maioria das pessoas ligadas à faculdade (Windows e MacOS). Havia alternativas livres (Rosegarden, Canorus - em fase embrionária na época -), mas nenhuma delas dava conta de atender satisfatoriamente às necessidades.

Abraço!

__________________________
Diogo Baeder
http://diogobaeder.com.br


2013/10/6 José Barbosa <tony...@gmail.com>

Diogo Baeder

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Oct 7, 2013, 12:39:50 AM10/7/13
to thackday
Oi, Miriam, tudo bom? Nos falamos na saída do Café Hacker, não sabia que você já participava do grupo (sou novo aqui, vou descobrindo a galera aos poucos).

Tudo o que você disse faz muito sentido pra mim, é de fato uma mudança cultural profunda, e fico feliz que esteja buscando casos de sucesso em outras empresas/órgãos. É muito bom saber que pelo menos parte do pessoal da Prodam está interessada nessa transição.

Esses casos que você busca precisam ser de instituições brasileiras? Ou podem ser exemplos de fora do país? Eu consigo me lembrar de alguns casos de fora, que tenham sido documentados, mas daqui de dentro eu não muito contato.

Sobre o ponto por onde o SL pode ser introduzido, também concordo contigo, faz mais sentido começar por projetos novos, quando possível. Também acho que estas tecnologias podem ser introduzidas em projetos existentes, mas, pelas experiências que tive até hoje, pra que isto dê certo é necessário que haja alguma demanda de negócio que provoque isto - tipo corte de gastos, ou problemas técnicos críticos nos sistemas existentes que façam com que eles simplesmente tornem-se inviáveis, por exemplo -. Talvez uma forma de convidarmos a área de negócios da Prodam a considerar esta transição seja exibindo as diminuições de gastos que outras instituições alcançaram com a migração. Tão importante quanto, é considerarmos também os casos onde esta transição não deu certo, e os motivos para que isto acontecesse, para evitar-se cair nas mesmas armadilhas (citando superficialmente um exemplo, alguns órgãos públicos alemães migraram de volta ao Windows motivados parcialmente porque usavam versões muito atrasadas do OpenOffice, e acabaram enxergando versões novas do Microsoft Office como mais adequadas).

Faz sentido?

Abraços!

__________________________
Diogo Baeder
http://diogobaeder.com.br


2013/10/4 Miriam Mitie <mmi...@gmail.com>

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Edson Sales Junior

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Oct 7, 2013, 8:03:18 AM10/7/13
to thac...@googlegroups.com

Miriam, como você é de banco de dados e considerando o contexto desta conversa, temos uma caso interessante aqui no TCESP. Apesar de estarmos aumentando rapidamente a utilização de softwares livres por aqui (Java, Drupal, SolR, Pentaho, Postgres, etc) ainda temos algum desenvolvimento em .Net, e para evitar a compra de novas licenças de SQLServer propus testarmos o PostgreSQL como banco de dados padrão para o desenvolvimento com .Net, e posso te dizer que o resultado foi ótimo, com impacto mínimo no esforço de desenvolvimento. Não vamos sair migrando tudo, mas alguns projetos que apresentavam problemas serão migrados e os novos sistemas .Net já vão utilizando o PostgreSQL. As vezes temos que dar passos pequenos, mas o importante é darmos estes passos.

Também já trabalhei na Prodam, e entendo suas dificuldades.

 

Abs,

 

Edson Sales Junior

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Diogo Baeder

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Oct 7, 2013, 3:05:19 PM10/7/13
to thackday
Oi, pessoal!

Hoje eu tava batendo um papo com o Érico Andrei (Simples Consultoria), e ele me passou que:
1) O novo portal Brasil é feito em Software livre
2) Vários órgãos de governo e empresas privadas trabalharam no projeto em conjunto (SERPRO, Secom, Ministério do Planejamento)

Olha só que interessante: https://github.com/plonegovbr (o site do portal está em https://github.com/plonegovbr/brasil.gov.portal )

Depois ele vai bater um papo aqui com a gente, pra contar as experiências dele, que também podem agregar bastante. :-)

Abração!

__________________________
Diogo Baeder
http://diogobaeder.com.br


2013/10/7 Edson Sales Junior <esa...@tce.sp.gov.br>

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Davi Machado

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Oct 7, 2013, 3:34:56 PM10/7/13
to thac...@googlegroups.com, polic...@camara.sp.gov.br, con...@florianopesaro.com.br, na...@nabil.org.br, ricard...@camara.sp.gov.br, toninho...@camara.sp.gov.br

Como a PRODAM foi citada nesse debate, gostaria de fazer algumas ponderações aos membros do grupo:

 1)                  A nova diretoria da PRODAM considera que softwares livres podem e devem ser utilizados pela gestão pública, sempre que esses produtos de fato trouxerem melhoria no desempenho ou redução efetiva de custos, sem grandes riscos para a qualidade e segurança dos sistemas.  Ao longo dos anos, os colaboradores da PRODAM se especializaram em softwares proprietários, pois foi isso o que exigiu deles até então. Não se trata apenas da mudança da cultura da empresa, mas sim de se treinar e preparar as equipes para trabalharem de uma nova forma, para utilizarem produtos que eles não dominam e ainda realizar a migração de grandes e complexos sistemas, sem que isso represente demasiados riscos para a segurança e a continuidade de todos os serviços públicos municipais. Alguma migrações já têm ocorrido, em especial com uso de Linux, PostgreSQL, MySQL, Apache, Joomla entre outros aplicativos livres.  Porém, não se pode esperar que toda uma estrutura, que praticamente durante toda sua existência esteve focada no uso de arquiteturas proprietárias, faça a migração para open source do dia para a noite. A ampliação do uso de softwares livres pela PRODAM irá ocorrer, de forma paulatina, dentro das possibilidades orçamentárias da gestão pública, sempre com critério e responsabilidade.

2)                  Com referência ao processo mencionado (05.001/12), ele trata da contratação de suporte técnico para todos os softwares da Microsoft utilizados pelos sistemas da PRODAM. Para isso foi contratada a própria empresa, que possui exclusividade legal na execução desses serviços no âmbito corporativo.

 Davi Machado

Gerente de Comunicação da PRODAM


Em quinta-feira, 3 de outubro de 2013 01h37min59s UTC-3, Diogo Baeder escreveu:

Érico Andrei

unread,
Oct 7, 2013, 3:35:12 PM10/7/13
to thac...@googlegroups.com
Valeu Diogo!

   Adicionando algumas informações:
  • O Brasil.gov.br é o primeiro dos portais do governo que irão se adequar à nova Identidade Digital de Governo (Design e arquitetura da informação similares entre os sites de governo)
  • A idéia foi criar uma implementação padrão utilizando Plone [1], que é o CMS utilizado pelo Brasil.gov.br há 10 anos, e a partir desta implementação deixar outras comunidades (Joomla, Drupal) fazerem o mesmo
  • A iniciativa partiu da SECOM (Secretaria de Comunicação Social) em conjunto com o Ministério do Planejamento e com o SERPRO. O investimento inicial veio da SECOM, a hospedagem do Serpro.
[]s
Érico Andrei

[1] http://www.plone.org

2013/10/7 Diogo Baeder <diogo...@gmail.com>

Vitor Baptista

unread,
Oct 7, 2013, 4:11:17 PM10/7/13
to thac...@googlegroups.com, polic...@camara.sp.gov.br, con...@florianopesaro.com.br, na...@nabil.org.br, ricard...@camara.sp.gov.br, toninho...@camara.sp.gov.br
Oi Davi,

É ótimo vê-los da PRODAM respondendo essa thread!

Entendo que o estado atual de uso de softwares proprietários é um legado de anos, numa época em que não havia solução livre que atendesse aos requisitos da PRODAM. Talvez existam alguns sistemas que não possam ser modificados nem hoje em dia. O mais importante, na minha opinião, é que, reconhecendo que depender de um software proprietário (e, provavelmente, de um único fornecedor) é uma situação ruim para uma empresa pública. Concordando com isso, planejar uma estratégia de migração para softwares livres o mais cedo possível.

Quanto mais se investe numa solução, mais preso se fica a ela. Temos que, em algum momento, quebrar a inércia de anos (décadas?) investindo em um sistema dependente de softwares proprietários, para partir para uma livre.

Há algum plano nesse sentido na PRODAM? Se sim, onde posso encontrá-lo?

Abraços,


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Vítor Baptista

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Miriam Mitie

unread,
Oct 7, 2013, 7:24:18 PM10/7/13
to thac...@googlegroups.com
Oi Diogo, tudo bom?

Os exemplos podem ser de fora também, mas quanto mais próximo da nossa realidade, mais fácil é a comparação.
Aliás, me manda o que vc tiver, pq daí quanto mais coisa a gente conhecer, melhor!

Abraço,
Miriam

Diogo Baeder

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Oct 8, 2013, 1:37:16 AM10/8/13
to thackday, José Police Neto, con...@florianopesaro.com.br, na...@nabil.org.br, ricard...@camara.sp.gov.br, toninho...@camara.sp.gov.br
Oi pessoal!

Fico muito feliz em ver tanta gente participando da discussão, principalmente gente da própria Prodam. Isto é um sinal de que a empresa está aberta a diálogo, e fico feliz em conhecê-la já através de uma imagem positiva.
:-)

Davi,

Concordo contigo em todas as colocações, você descreveu o contexto de duas formas que eu considero importantes para uma boa gestão: a abertura à inovação, e a segurança e prosperidade do negócio. As mudanças a serem feitas de fato é melhor que a sejam de maneira paulatina, pois assim serão mudanças duradouras. Aqui é um dos momentos em que vocês podem contar com a comunidade de software livre; ela pode ajudar a entender quais são as melhores ferramentas livres para determinadas tarefas, e também, dependendo da circunstância, ensinar a usá-las. Não só a comunidade, mas também empresas que já tenham experiência sólida com essas tecnologias.

Há um tipo de evento chamado "coding dojo", onde desenvolvedores - e simpatizantes - se juntam para programar de forma divertida e didática, e neste tipo de evento costuma-se aprender tecnologias novas e métodos ágeis de desenvolvimento. Se a Prodam puder disponibilizar uma sala com algumas cadeiras, uma mesa e um projetor, eu gostaria de organizar um destes eventos, e tenho certeza de que outras pessoas de fora da empresa também gostariam de participar para compartilhar ideias e experiências relevantes. Assim podemos dar um pouco mais de incentivo a essa relação entre a Prodam e a comunidade de software livre. O que acha? Se a turma de TI da Prodam tiver interesse, acho que depois do expediente é um horário bacana (tipo umas 19:30, costuma demorar 2h mais ou menos).

Érico,

Muito bom ver você por aqui; pra quem já te conhece na comunidade Python, não é nenhuma novidade a tua experiência e seus casos de sucesso de uso de SL em sistemas públicos, e é muito relevante que as compartilhe aqui. Você chegou a passar por alguma experiência de migração de software proprietário para software livre nesses órgãos? Se sim, poderia compartilhar mais a respeito?

Vítor,

Gostei que você puxou o papo sobre planejamento de migração de sistemas, acho que, se isto estiver mais aberto à comunidade de SL, poderemos contribuir de forma mais ativa e acurada. Também quero ter conhecimento desses planos, para poder contribuir, e imagino que outras pessoas do grupo também.

Miriam,

Vou fazer um levantamento, aqui, de artigos que detalhem melhor os casos que eu lembro.

Na ponta da língua, em respeito às economias conseguidas, tem este aqui recente, sobre como a França reduziu em 40% os gastos com TCO na guarda nacional deles: https://joinup.ec.europa.eu/community/osor/news/french-gendarmerie-open-source-desktop-lowers-tco-40

Já neste artigo, sobre a adoção de SL no Brasil, diz-se de cerca de U$ 120mi que poderiam ser economizados caso o governo como um todo migrasse para SL, apenas em corte de licenças Microsoft:

Neste outro artigo coloca-se que o Ministério da Previdência Social economizou R$ 170mi ao usar SL:

Vou buscar mais sobre quais foram os processos utilizados para estas migrações (principalmente os passos técnicos, em relação a migração de aplicações e bancos de dados), e retorno aqui.

Pessoal,

Alguém aí tem o contato do Sérgio Amadeu? Talvez ele possa nos ajudar, por sua experiência e participação neste tipo de processo.

Abraços!


__________________________
Diogo Baeder
http://diogobaeder.com.br


2013/10/7 Miriam Mitie <mmi...@gmail.com>

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Davi Machado

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Oct 8, 2013, 3:35:11 PM10/8/13
to thac...@googlegroups.com
Olá Vitor,

Não existe um plano de migração, mas a determinação da Diretoria para análise das possibilidades atuais de migração. Alguns bancos proprietários que já migraram para MySQL. Assim que o pessoal ganhar confiança e experiência, a tendência que a migração ganhe velocidade e intensidade. Há tb a determinação para que sempre seja considerado o uso de SL nos novos projetos. Recentemente o Flávio Rangel da 4Linux passou uma tarde aqui na PRODAM debatendo com quase 100 analistas as possibilidades de uso do Postgre e Postgis (geoprocessamento). Há tb experiências com noosfero e expresso. Uma nova equipe foi formada para desenvolvimento de sites em joomla. Mas como disse, o que se cobrou dos colaboradores  até o início deste ano  foi conhecimento e especialização em softwares proprietários. As equipes precisam ser treinadas, a cultura precisa mudar, ha legados imensos e infelizmente ajustar tudo isso leva tempo (e dinheiro) . E temos que fazer isso sem parar as atividades porque há grandes demandas da gestão municipal que precisam ser atendidas. 

Davi

Érico,

Vou levar sua proposta à diretoria.

Davi  
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