Muita calma na parada
E agora, o ônibus?
Conversando na Casa de Cultura Digital, pensamos algumas coisas sobre como tocar nosso buzão daqui pra frente.
Demandas e expectativas
Depois
do processo do Catarse, da enorme e poderosa mobilização que ele gerou,
começou a haver demanda por hackers days e por invasões hackers de tudo
quanto é lado. Itaú Cultural e Agência Click são duas delas.
O
que a gente conversou, e que perpassa o que vou compartilhar aí embaixo
com todo mundo, foi o seguinte: Muita calma nesta hora.
Vamos
fazer um processo de comprar, equipar, agendar o buzão de dentro para
fora, no nosso tempo e da nossa maneira. O que conseguimos no Catarse
foi justamente a autonomia para fazer assim. Em vez de correr atrás das
demandas que surgiram no hype. O que é esse tempo, o que é essa
maneira? É colaborativa e do it yourself. Por enquanto, é isso:
Catarse, dinheiro, conta
Ainda
demora pelo menos quinze dias para o Catarse acabar de receber os
boletos que ainda podem cair, descontar os 5% que ficam de todos os
projetos pra plataforma e mais 5% de custos financeiros das transações
com cartões de crédito e bancos.
Quando recebermos a grana, vamos abrir uma conta no banco, do buzão. E publicar o movimento dessa conta.
Compra do buzão
Pedro
Belasco e Pedro Markun vão, durante o mês de agosto, e o que resta de
julho, procurar ônibus. Pode tanto ser um ônibus comprado por meio de
anúncios no Mercado Livre, por exemplo, quanto um veículo doado – sem
contrapartida – por viações, cias. de ônibus etc. Se conseguirmos a
doação, fica mais grana para fazermos o remix colaborativo – a reforma –
do buzão. O preço estimado, se não houver doação, é R$ 30 mil.
Livia
Ascava, Bruno Fernandes e Pati Cornils vão preparar um projeto
executivo pra apresentar para os possíveis doadores, Marco Polo entre
eles.
Recompensas
Considerando
que arrecadamos R$ 58 mil. Temos que descontar os custos relacionados
ao Catarse: além dos 10%, temos que entregar as recompensas aos
doadores. Isso vai custar cerca de R$ 4 mil, para:
1000 adesivos
150 camisetas (R$20 cada)
stencil para fazer as estampas
Nossa
ideia é produzir os estencil em uma oficina na CCD, com o Felipe "Juca"
Sanches, também da comunidade. Vamos fazer um kit camiseta e
disponibilizar para as pessoas as máscaras do estencil e as instruções
de como imprimir os desenhos em suas próprias camisetas. Para quem não
topar, mandamos camisetas prontas. A Liane vai ajudar a produzir tudo
isso.
O remix do buzão
Vamos reservar R$ 5 mil para um fundo de falhas/necessidades mecânicas do ônibus.
E
vamos usar R$ 16 mil pra fazer o remix do buzão. O que é isso? Chamar
coletivos que conhecemos (Metareciclagem, Garoa Hacker Clube, Aliança do
Video Livre, Brasuínos, pessoal de arte e graffiti são exemplos) para
apresentar propostas de como tornar o ônibus hacker. A proposta é chamar
quem sabe o que é o projeto, quem já conhece o buzão. O dinheiro será
aplicado na forma de bolsas para essa galera, para projetar e realizar
as mudanças no buzão. Cada debate sobre o que fazer no buzão será
aberto, participa quem quiser. O trabalho, idem. As conversas com esses
coletivos serão tocadas pelo Pedro Markun e pela Dani Silva, com ajuda
da Pati Cornils e da Livia Ascava.
Um fundo de viagem
Vamos reservar R$ 6 mil para um fundo de viagens, a um custo (gasolina, alimentação etc) de R$ 1 mil por viagem.
Então, cronograma dos próximos passos
Jul/Ago
Bus Hunting (empresas de busão, viações) Belasco
Conversas (com grupos e coletivos já conhecem o Ônibus) Pedro, Pati, Dani, Lívia
Contrapartidas (mutirão do stencil) Juca (camisetas vetor) Felipe - Liane
Proposta executiva Lívia, Bruno e Pati
Site Dani, Casaes, Boaro e Capi
Estratégia RP Diego e Livia
O site
O
Diego Casaes, a Dani Silva, o Capi e o Julio Boaro vão colocar no ar o
site do Ônibus Hacker. O Pedro Belasco já registrou o domínio:
www.onibushacker.org . A ideia é que seja um site focado nas atividades
que envolvem o buzão (inclusive essas relacionadas aqui). E que tenha um
botão para continuarmos a receber doações. Por onde possamos
estabelecer um diálogo com todos os apoiadores do ônibus (tem muita
gente que não está na lista) e mostrar as contas do buzão. O que a gente
chamou de estratégia de RP, a ser tocada pela Livia e pelo Casaes, é a
idéia de responder demandas, dúvidas, perguntas, chamadas etc. Inclusive
com a seguinte resposta, enquanto tocamos todo esse processo: 'não
sabemos'.
No site também criaremos um espaço onde todos poderão trazer ideias para o busão.
Lançamento do buzão (ufa!)
Nossa
meta é ter o ônibus pronto para rodar em dezembro e lança-lo no
Festival da Cultura Digital, no Rio de Janeiro. Dias 2, 3 e 4. Estamos
tratando essa como a data-limite para ter o buzão nos trinques.
Outros eventos, por enquanto
Campus Party, 2o Encontro do W3C e etapas estaduais da Consocial
Continuando o cronograma
Set – Especificação técnica do buzão, remix
Out – Remix
Nov – Remix, começa a preparação pros hack days no Festival da Cultura Digital, W3C
Dez – Remix, festival
Jan/ Fev – Preparação pra Campus Party, Campus Party
Março – Começam as invasões hacker
Maio – Consocial, etapa nacional
Invasões hacker
Precisamos
desenvolver uma metodologia de escolher as cidades, preparar e realizar
as invasões. E, principalmente, como deixar o buzão aberto para as
ideias que vierem. Sim, somos cooptáveis, mas somente para o que fizer
sentido para nós. A ideia é fazer, no começo, uma por mês. Também no
começo, em cidades a quatro horas de distância de SP, para podermos
fazer em finais de semana. Precisamos, daqui até janeiro, saber:
. um método de seleção de cidades
. um descritivo do processo (passo a passo de produção)
. como organizar uma agenda aberta para outros grupos
Fazer junto
Se
alguém já estiver afim de colaborar em algum desses grupos de trabalho,
é só dizer. De qualquer forma, essa não é a última chamada. Vamos
colocar atualizações sobre cada atividade no nosso site e sempre que
rolar alguma conversa, reunião ou atividade, avisaremos para que
participem.
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Patrícia Cornils
11 3124-7444 ou 8372-7473