Respostas da Expressão Humana para a Construção da Ação Física
Qual presença ativada pelos performers, atores e bailarinos é capaz de atrair a atenção do público? Quando o artista está em cena, não pode se mover ou reagir como cotidianamente, ou seja, deve se enveredar na busca de uma energia alterada, valendo-se da linguagem cênica como veículo para a comunicação. Esse é o foco do trabalho: conduzir a experimentações práticas de essência e energia vital, essa que alimenta os impulsos e reações humanas, trabalhando o mecanismo de criação do intérprete. Uma pesquisa que busca esclarecer por onde a energia nasce, como se desenvolve e como se transforma – conduzindo a uma forma, visível e passível de leituras, mas que deve ser alimentada por impulsos internos construídos e transformados pelo artista. O workshop busca apresentar caminhos ao artista cênico para descobrir como combinar as energias e as formas, além de manter e codificar esses resultados. O trabalho da limpeza e da apropriação de ações de corpos cotidianos em busca da expansão de espaços internos que possibilitem descobertas expressivas ainda não despertas no corpo.
Guto Martins é bacharel em Direção Teatral pela UFOP, membro do Estúdio Internacional de Teatro Físico Farm In The Cave (República Tcheca) desde 2011, onde atua como diretor assistente da companhia. Desenvolve trabalho principalmente focado na pesquisa da fisicalidade do ator para a cena, buscando referências no Novo Circo, na musicalidade e na dança contemporânea.
Guto Martins ministra a oficina a convite do Festival de Inverno e do FIT BH.
Número de vagas: mínimo 6 | máximo 12
Realização: 18 a 22 de julho
Horário: das 14h às 19h
Carga horária: 25 horas
Pré-requisitos: idade mínima de 18 anos. Oficina dirigida a atores, dançarinos e performers. É necessário ter disponibilidade para exercícios corporais e recomenda-se o uso de joelheiras.
Enviar currículo vitae e carta de intenção para oficina.ar...@gmail.com
Material: roupas confortáveis e neutras
Local: Sala 8, Bloco B, Centro de Convenções da UFOP, Ouro Preto
Valor da inscrição: R$25,00
Passos para a Caracterização Cênica: a maquiagem teatral e seus efeitos transfiguradores
O curso visa à introdução de base teórica da caracterização cênica com ênfase na experimentação prática da maquiagem e seus efeitos transfiguradores. O aluno terá contato com os materiais para maquiagem e suas devidas aplicações por meio do estudo prévio da volumetria facial, além da oportunidade de conhecer as técnicas da maquiagem teatral, como o Chiaroscuro, o envelhecimento, as feridas, as queimaduras, os cortes, além do aplique de postiços e a fabricação de cola e sangue teatral.
Daniel Ducato é artista visual, cenógrafo, figurinista, maquiador e ator. Bacharel em Escultura pela UFMG. Desenvolve pesquisas com a caracterização cênica e trabalha com direção de arte e criação, execução e manipulação de bonecos para espetáculos teatrais e outras mídias, além de pesquisas também com escultura – na produção de objetos, instalações, performances e apropriações de paisagens. No mês de junho de 2010, encerrou suas atividades como integrante do Grupo Giramundo Teatro de Bonecos onde, durante quatro anos, atuou, construiu e manipulou diversos bonecos.
Números de vagas: mínimo 15 | máximo 18
Realização: 16 a 20 de julho
Horário: das 13h às 17h
Carga horária: 20 horas
Pré-requisitos: idade mínima de 16 anos
Material: Cada aluno deverá levar para a oficina 01 pancake tom mais próximo da pele, lápis para olhos da cor marrom ou castanho escuro e lápis para olhos da cor preta, 02 esponjas de espuma, hidratante para a pele, toalha de rosto.
Local: Centro de Convenções, Mariana
Valor da inscrição: R$25,00
Dança Butô
A dança Butô nasce de um movimento de contracultura existente no Japão pós-guerra, como resposta de uma cultura humilhada pela invasão dos valores e das práticas culturais ocidentais. A fermentação cultural dos anos 1960 uniu os esforços de diversos intelectuais e artistas, gerando assim inúmeras manifestações artísticas experimentais. Os resultados no âmbito da dança apresentaram a materialização de nova filosofia do corpo, de uma corporeidade fluida baseada na dissolução do ego e na escavação profunda dos diferentes níveis de memória do "corpo de carne". Atualmente, o Butô continua sendo instrumentalizado no cenário mundial como experiência fundamental na formação de atores e dançarinos, uma vez que os coloca diante da crueza de seus corpos e das verdades implícitas em suas materialidades. Nesse sentido, a presente oficina pretende compartilhar alguns dos procedimentos técnicos e poéticos que configuram esse rico universo feito de trevas, amor, poesia e carne.
Éden Peretta é doutor em Estudos Teatrais pelo Departamento de Música e Espetáculo da Universidade de Bolonha (Itália) com tese sobre a dança Butô. Estudou com diversos dançarinos e dançarinas de Butô na Europa e no Japão, tais como Yoshito Ohno, Yumiko Yoshioka, Tadashi Endo, Atsushi Takenouchi, dentre outros. Atualmente é professor adjunto do Departamento de Artes Cênicas da UFOP, onde leciona dança, expressão corporal e interpretação teatral.
Número de vagas: mínimo 5 | máximo 20
Realização: 9 a 13 de julho
Horário: das 8h às 12h
Carga horária: 20 horas
Pré-requisitos: disponibilidade para exercícios corporais e interesse pelas artes cênicas
Material: roupas confortáveis e neutras
Local: Sala 8, Bloco B, Centro de Convenções da UFOP, Ouro Preto
Valor da inscrição: R$25,00
Palco x Tela: paradoxos do ator contemporâneo. Diferenças e similaridades de atuação para o teatro e para o cinema
Com a constante ampliação do mercado audiovisual, o ator brasileiro se vê com vasta gama de possibilidades de atuação que vai do palco teatral, passando pelo vídeo, TV, até chegar às telas de cinema. Com frequência, o ator migra de um veículo para outro e, subitamente, questões se colocam: Existe uma técnica específica para a atuação em cinema? Existe realmente diferença da atuação para o teatro e para o cinema? Quais técnicas de interpretação teatral se aplicam para o cinema ou são melhores para o cinema? A partir de debates, leituras de texto e exercícios práticos, esta oficina propõe uma reflexão prática/teórica sobre essas questões.
Alexander de Moraes é ex-professor de interpretação e vice-diretor do Teatro Universitário da UFMG, ator, diretor e cofundador do grupo Teatro Pontifex, em que realizou espetáculos como "Caim e Abel" e "Moby Dick", com apresentações no Brasil e na Itália. No teatro, trabalhou com renomados atores e encenadores, como Yoshi Oida e Bruce Mayers (Centro Internacional de Peter Brook), Roberta Carreri (Odin Teatret), Zigmunt Molik e François Khan (atores que trabalharam com Jerzy Grotowski), John Kalamandalan (Kathakai), Moacyr Góes, Marcio Vianna, André Paes Leme, Luis Fernando Lobo etc. Também é ex-integrante do Grupo Teatral Acto, de Estarreja, Portugal. No cinema, dirigiu os curtas "Mais pesado que ar" (2009) e "E o amor..." (2012), além de preparador de elenco do longa "Fora da ordem" (2009) e do curta "Transversso". É licenciado em Teatro pela UNI-RIO, mestre em artes pela UFMG. Formado em Direção Cinematográfica pelo Instituto Brasileiro de Audiovisual-Escola Darcy Ribeiro.
Número de vagas: mínimo 10 | máximo 20
Realização: 9 a 13 de julho
Horário: das 14h às 17h
Carga horária: 15 horas
Pré-requisitos: atores, diretores e estudantes de teatro e cinema com experiência comprovada em suas respectivas áreas de, pelo menos, 2 anos.
Local: Colégio Sinapse "Anglo", rua Benedito Valadares, 241, Pilar, Ouro Preto
Valor da inscrição: R$25,00
Iniciação ao Teatro: imagem e imaginação na criação cênica
A oficina de iniciação teatral aborda jogos práticos e exercícios que utilizam a imagem visual como estímulo para a criação cênica. A partir da observação e da análise de imagens, o participante experimenta reproduzir as sensações e impressões contidas na imagem, atentando para as possibilidades de atuação com o corpo e com a voz.
Nadiana Carvalho é bacharel em Artes Cênicas pela UFOP. Realizou pesquisas na área de interpretação teatral, tais como "A arte do ator entre o Oriente e o Ocidente" e "Imagem e imaginação no trabalho do ator". As pesquisas foram utilizadas como método de trabalho na construção de espetáculos, tais como "Em cômodo", "A máquina", "Édipo em quatro estações" e "Santos arteiros".
Número de vagas: máximo 30
Realização: 10 a 12 de julho
Horário: das 9h às 13h
Carga horária: 12 horas
Público-alvo: atores, estudantes e interessados em teatro
Pré-requisitos: interesse na investigação de criações cênicas e em trabalhos práticos
Material: roupas confortáveis
Local: ICHS, campus Mariana
Valor da inscrição: R$25,00
OFICINAS ESPECIAIS - ARTES CÊNICAS
Atenção: Para essas atividades haverá processo de seleção no qual os candidatos deverão enviar breve currículo e carta de intenção. Interessados devem enviar currículo e carta de intenção para oficina.ar...@gmail.com. As inscrições estarão condicionadas ao pagamento do boleto que será encaminhado por e-mail aos selecionados.
Ação Intencional – um encontro de trabalho de dois dias com o Workcenter of Jerzy Grotowski and Thomas Richards, sob a direção de Thomas Richards e Mario Biagini
INSCRIÇÕES ENCERRADAS.
Nesses dois dias de encontro em Ouro Preto, os participantes serão envolvidos em um trabalho prático intensivo sobre diversos tipos de cantos, entre eles os cantos antigos da tradição, que constituem o elemento essencial da pesquisa do Workcenter of Jerzy Grotowski and Thomas Richards no último quarto de século.
A oficina buscará uma abordagem do canto através da ação, da intenção e do contato. Durante o trabalho, os participantes se confrontarão com: vibração da voz, consciência do espaço e reação aos seus elementos constitutivos, improvisação dentro de uma estrutura.
O Workcenter of Jerzy Grotowski and Thomas Richards, fundado em Pontedera (Itália) em 1986, é o local onde Grotowski desenvolveu os últimos treze anos de trabalho de sua vida. Nessa pesquisa criativa, trabalhou em estreita colaboração com Thomas Richards, que ele considerava seu "colaborador essencial". Durante esses treze anos de intenso trabalho prático, Grotowski transmitiu a Richards o fruto de sua vida de pesquisas, ao qual ele se referia como "o aspecto interior do trabalho". Grotowski confiou a Thomas Richards e Mario Biagini (um membro fundamental da equipe do Workcenter desde o início e atualmente Diretor Associado) seu legado, nomeando-os como os únicos representantes de sua obra, que inclui sua obra completa de trabalhos escritos, especificando que esta designação constitui a confirmação de sua "família de trabalho". Hoje, o Workcenter é composto por 18 artistas de 9 países, divididos em duas equipes: o Focused Research Team in Art as Vehicle, dirigido por Thomas Richards e o Open Program, dirigido por Mario Biagini.
Jerzy Grotowski é considerado um dos mais influentes e revolucionários homens de teatro do século XX. No Workcenter, levou a cabo a última fase de sua vida de pesquisas, que ficou conhecida como "Arte como Veículo", na qual, como em certas tradições antigas, a atenção à arte é acompanhada pela abordagem da interioridade do ser humano.
Thomas Richards é o Diretor Artístico do Workcenter. É Bacharel em Artes pela Universidade de Yale, Mestre em Artes pela Universidade de Bolonha e Doutor pela Universidade de Paris VIII. Começou seu aprendizado com Jerzy Grotowski em 1985 e foi a força motriz fundamental na pesquisa sobre a Arte como Veículo. Em 1996, Grotowski decidiu mudar o nome do Workcenter of Jerzy Grotowski para Workcenter of Jerzy Grotowski and Thomas Richards, porque, como ele especificou, a direção do trabalho prático já estava concentrada nas mãos de Richards.
Mario Biagini é o Diretor Associado do Workcenter, teve uma contribuição central na pesquisa prática sobre a Arte como Veículo por mais de vinte anos. Grotowski confiou a Biagini responsabilidades artesanais e pedagógicas que o levaram a liderar uma equipe de trabalho no Workcenter em 1987, como diretor e ator principal. Além de suas contribuições artísticas para o Workcenter, Biagini foi muitas vezes o tradutor de Grotowski em encontros públicos e ajudou-o na tradução e revisão de seus textos. Como um reconhecido diretor e professor, Biagini é convidado com frequência para falar sobre a pesquisa do Workcenter e para conduzir oficinas em escolas prestigiosas da Europa e dos Estados Unidos.
Número de inscritos: máximo 15 (INSCRIÇÕES ENCERRADAS)
Realização: 17 e 18 de julho
Horário: 10h às 17h
Carga horária: 12 horas
Público-alvo: pessoas interessadas em trabalhar as artes da performance por meio do canto e do estudo dos elementos fundamentais da técnica teatral.
Material: Os participantes devem trazer para o trabalho roupas elegantes, não roupas de treinamento (mulheres: saias longas e rodadas e blusas que combinem com as saias; homens: calças simples e camisas que combinem com as calças).
Local: Sala 35, Escola de Minas, Praça Tiradentes, Ouro Preto
Valor da inscrição: R$25,00
O trabalho desenvolvido pelo Teatro Varasanta fundamenta sua prática no ator cirador com ênfase no treinamento como desenvolvimento da energia e sua transformação em obra de arte. A tradição do grupo aponta para o ator como poeta da ação, que ao transformar a energia cria o poema cênico através da realização do seu organismo com o espaço, o tempo e os mundos que habita.
Nestas sessões de trabalho conduzidas pelos integrantes do Teatro Varasanta, sob a direção do Fernando Montes, visa-se o encontro com as práticas criativas desenvolvidas pelo grupo. Através do contato com elementos do treinamento, com estruturas rítmicas e cantos tradicionais porta-se espaços que possibilite aos participantes plasmar nas coordenadas espaço-temporais suas pulsações interiores.
Através do desenvolvimento da percepção musical para um corpo que comunica em estado de representação, visa-se a criação de ações e sua elaboração cênica. Memória pessoal e coletiva, pensamento, imagens, palavras, sons irão compor o tecido criativo em um processo de escuta e contato com o outro.
O colombiano Fernando Montes – ator, diretor artístico e fundador do Teatro Varasanta – teve boa parte de sua formação na França e na Itália, tendo estudado com: Jacques Lecoq, Monica Pagneux, Ryszard Ciéslak, Jerzy Grotowski e Maud Robart. Integrou o Workcenter of Jerzy Grotowski de Pontedera entre 1988 e 1992, sendo um dos únicos latino-americanos em atividade a participar das investigações sobre a "arte como veículo", última fase de trabalho de Grotowski. Desde então, é professor-pedagogo convidado por diferentes Universidades e Instituições (nacionais e estrangeiras) para ministrar cursos sobre o "treinamento do ator".
O Teatro Varasanta – Centro para a Transformação do Ator – foi criado em abril de 1994 e fundamenta sua prática no ator criador, com ênfase no treinamento corporal, vocal e de atuação como o desenvolvimento da energia e de sua modelagem em obra de arte. Trabalhando a relação entre tradição e criação contemporânea, utiiza elementos oriundos da tradição orquestrados e renovados por uma visão particular do contexto contemporâneo das artes performáticas. A tradição do grupo aponta para o ator como poeta da ação, que ao transformar a energia cria o poema cênico através da relação do seu organismo com o espaço, o tempo e os mundos que habita.
Número de vagas: máximo 20
Realização: 15 a 17 de julho
Horário: das 8h às 12h
Carga horária: 12 horas
Público-alvo: atores, diretores e estudantes de teatro
Pré-requisitos: idade mínima de 18 anos. Enviar currículo e carta de intenção para oficina.ar...@gmail.com
Material: roupas confortáveis e neutras Local: Sala 8, Bloco B, Centro de Convenções da UFOP, Ouro Preto
Valor da inscrição: R$25,00