Boa tarde Fernando!
Isso que comentei acima, não são criticas, mas observações, pois existem coisas que na pratica não acontece ou quase impossível.
Bom, em primeiro lugar, nunca o pistão e o cilindro podem ser metais de uma mesma liga (aço com aço ou alumínio com alumínio), isso o próprio Rodrigo pode confirmar. Você terá um desgaste prematuro dessas peças. Repare em outros motores, quando o pistão é em alumínio, o cilindro é em aço.
Quanto ao óleo, outro grande problema! Todos os motores um pouco maiores que conheci na internet, operam secos. Quando adicionado lubrificante, podes perder a metade da potência ou até nem funcionar, devido o arrasto mecânico que o óleo produz sobre os pistões. Até mesmo o motor da Philips (250 Watts) não usa óleo:
Porém eles não conseguiram desenvolver um motor de baixo custo com grandes potências.
Este motor do Americano Andy Ross, tem 200 Watts, 60 cc e pode ser pressurizado até 3 bar, acima de 3 bar, o motor perde rendimento:
https://www.youtube.com/watch?v=402tNFGY23Q, esse o cilindro é em aço os pistões em alumínio com anéis de teflon, na verdade o alumínio não possui contato físico com o cilindro, somente o teflon, além disso não necessita de lubrificação;

Em contra partida, a inclinação na biela deve ser mínima, isso implica desenvolver um motor com virabrequim convencional, com grandes cursos.
Este outro motor abaixo, tem o pistão em aço poroso, mas não me recordo do que foi feito o cilindro. Mas o que eu queria esclarecer, os pistões não necessitam ter uma vedação fantástica, pois você deve pressurizar pelo cárter. O cárter sim deve estar bem vedado, sem fuga de ar, essa pressão irá infiltrar para dentro de cada câmara. Repare nesse outro vídeo abaixo, conforme ele vai pressurizando o cárter, vai melhorando o desempenho do motor:
Outra coisa, as bielas e o virabrequim, devem ser rolamentados e não com broncinas ou buchas do tipo. Assim o cárter do motor irá trabalhar seco. Se fizer com buchas como um motor de carro, o motor nem vai rodar.
300 °C, é relativamente baixo para atingir o seu objetivo. Até onde eu tenho conhecimento, a maioria dos motores opera na faixa de 500 °C e uns outros até mais. Mas para suportar essa temperatura, o cilindro quente (Permutador) deve ser feito em inox, irrugado por fora, e por dentro frisos finos, para aumentar a área de contato com o fluído de trabalho (gás ou ar). Caso faça um cilindro quente (permutador de calor) liso, não terá calor suficiente para descarregar ao gás pressurizado, assim como já aconteceu com o americano, o motor tinha maior desempenho à 2.4 bar que aos 3 bar, por não conseguia vencer a maior quantidade de ar, como se fosse um motor gigante com um pouquinho de calor, isso acontece em um motor pressurizado, veja essas fotos do motor de Andy Ross, do permutador de calor que eu me referia:

Também deves trabalhar com devoção, na construção de um regenerador eficiente, pois ele recicla o calor interno do motor, que seria rejeitado, assim aumentando a disposição de calor dentro do cilindro quente. Veja o meu vídeo, com o sem regenerador:
O Andy fazia os seus com este metal:

Quanto ao curso do motor, bom até onde eu sei, o ideal é curso quadrado, mas isso não é regra, depende de cada projeto.
Eu mesmo consegui ótimos resultados com um protótipo onde curso é 30 mm e o diâmetro é 14,5 mm:
Já os motores de Andy é o inverso!
A vantagem de pequenso curso: você reduz a possibilidade de ter atrito lateral do pistão sobre o cilindro.
A desvantagem de pequenso curso: tem pouco torque, e alta rotação, mas ás vezes, essa soma resulta em maior potência.
A vantagem de grande curso: bom torque e baixa vibração, mas obriga ter uma biela maior, para evitar atrito.
Então isso depende de um série de fatores!
Meu conselho, primeiro preocupe-se em fazer o motor funcionar e depois sim vá fazendo as devidas melhoras. Não esqueça, deve evitar qualquer tipo de atrito, motores stirling não são como motores à combustão.
Você pretenderia usinar ou fundir os pistões?? Recomenda que faça a fixação da biela, mais próximos do topo do pistão, isso reduz o atrito do pistão sobre o cilindro.
Sim, o volume morto deve ser evitado ao extremo, pois acarreta em perda de pressão.
Abraço,
Leandro.