Bootstrapping

[Maíra Berutti]

Gente, 

Palestra do meu chefe pro TEDX sobre empreendedorismo bootstrapping.

http://m.youtube.com/#/watch?v=3tnB9i6KkyE&desktop_uri=%2Fwatch%3Fv%3D3tnB9i6KkyE&gl=BR

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Maíra Berutti

[Rodrigo Seiji]

Massa hein. Achei bizarro não ter escritório faturando 4mi.

Quanto tempo do seu total você trabalha em casa Maíra? Você prefere trabalhar em casa? 60% do pessoal trabalhando em casa é realmente uma enorme parte pro mercado de hoje (pelo menos do meu conhecimento), e eu acho ótimo!

2013/1/30 Maíra Berutti <mairab...@gmail.com>

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[Maíra Berutti]

Posso trabalhar até dois dias por semana em casa, mas se for preciso fazer mais não existe qualquer dificuldade, até porque não batemos ponto e o controle acaba ficando na mão de cada funcionário mesmo. É o famoso bom senso. 

De acordo com a pesquisa de satisfação que fizemos, o home office é o benefício mais elogiado pelos funcionários, principalmente de quem mora aqui em São Paulo. Hoje em dia não consigo ver qualquer ponto que justifique a necessidade da presença no escritório. Pelo contrário, as reuniões acabam ficando mais objetivas e focadas no que efetivamente precisa ser discutido. Não usamos nada em papel, os arquivos estão todos na nuvem e a intranet é um grupo no próprio Facebook.

Se gosto? Sem dúvidas! É isso que me dá liberdade pra ir pra Curitiba sempre que possível ou mesmo trocar o dia pela noite pra trabalhar, ou simplesmente não ter que sair de casa em dias de chuva. Se consigo me organizar? Nem sempre. Mas como a cobrança é apenas sob os resultados, quem não dá conta acaba invariavelmente sendo demitido. Parece bem simples, né?

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Maíra Berutti

[Maíra Berutti]

*sobre os resultados

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Maíra Berutti

[Giovanni Frazilli]

Interessante!

Mas tenho algumas dúvidas quanto a uma equipe que trabalhe full time a distância.

Almoçar juntos, falar merda fumando e tomando café ajudam a socializar e unir as pessoas no ambiente de trabalho.

Será que uma empresa não pode ficar "desumanizada" nesses casos?

Giovanni Dognani Ferrarese Frazilli
Wishful Strategist

Marketing Postgraduate - FAE
Advertising and Promotion - UP
Computing Technician - Centro Paula Sousa

2013/1/31 Maíra Berutti <mairab...@gmail.com>

[Maíra Berutti]

Em partes. A equipe é bastante jovem e por iniciativa própria eles acabam se encontrando online, criam grupos por afinidade e são mais unidos que muita empresa por aí, que os funcionários acabam saindo pra almoçar juntos simplesmente por falta de opção.

[Rodrigo Seiji]

Eu nunca trabalhei com o que vocês trabalham, mas acho estranho esse conceito de "unir as pessoas no ambiente de trabalho". Deve ser uma faca de dois gumes né. Ontem mesmo conversava com a Thais sobre as meninas de um determinado setor da empresa dela que de tanto serem unidas, não trabalham.

Mas talvez num ambiente criativo isso faça alguma diferença, ainda que eu ache (apesar de nunca ter participado de um sério) essa ideia de brainstorming ou algo assim meio sem propósito. Pra mim você jogar as mensagens num grupo do facebook é mais funcional pois todos irão ler e digerir a ideia na sua velocidade.

[Giovanni Frazilli]

Maíra,

Isso que você vê como ponto positivo, eu vejo como ponto negativo.

Online você cria filtros (como esses grupos de afinidade que você falou), enquanto offline você é "forçado" a conviver com todos e dessa maneira, acredito que uma pessoa fica mais íntima de todos (e não apenas por afinidade - é óbvio que o problema que estou falando também acontece presencialmente, mas acredito que em menor proporção).

Com essa maior intimidade tenho mais abertura para pedir ajuda para uma pessoa de outra área (que não tenho afinidade mas acabei almoçando junto por falta de opção) para ajudar a solucionar meu problema.

Unir as pessoas numa equipe é para que elas tenham maior liberdade para discutir, pedir ou propor algo para a outra pessoa da equipe.

Já o que o Seiji diz é outro assunto. Se a pessoa não está produzindo pq achou um "amiguinho" é irresponsabilidade e falta de profissionalismo.

Giovanni Dognani Ferrarese Frazilli
Wishful Strategist

Marketing Postgraduate - FAE
Advertising and Promotion - UP
Computing Technician - Centro Paula Sousa

2013/1/31 Rodrigo Seiji <rodrigosei...@gmail.com>

[Maíra Berutti]

Claro que a política de home office tem sim suas desvantagens. Mas veja que o motivo pra isso é bastante claro: redução de custos! E no fim das contas, acho que o saldo é mais positivo do que negativo. Essa interação pode acontecer tranquilamente via web e se a dificuldade de pedir ajuda pra outra área é por timidez ou falta de próatividade - únicos motivos que vejo pra que vc n recorra a pessoas de outras áreas mesmo não almoçando com elas - por skype ou grupo do facebook isso pode até ser mais fácil.

[Rodrigo Seiji]

Essa parada de "pedir ajuda" não só é um problema como uma piada no mundo da TI. O famoso http://lmgtfy.com/ é o que resolve tudo. Se o google não resolve a maioria dos problemas a empresa tem que pensar numa forma de indexar seus procedimentos (ou seja lá o que precise) para evitar retrabalho e tomar tempo de quem custa mais caro para ajudar quem custa mais barato.

É óbvio que eu nunca negaria ajuda, mas o cara pedir ajuda enquanto eu resolvo um problema é um enorme problema (pelo menos pra mim), tanto que agora durante o trabalho deixo todo tipo de comunicação desligada (skype, email, etc) pra quando dar uma brecha responder quem tiver alguma pergunta. E por mais que não pareça, isso acontece o dia inteiro comigo; imagino que com vocês bem mais.

[Rodrigo Seiji]

Ah óbvio que o que eu citei resolve os problemas em TI, não sei como é na área de vocês e tenho a maior curiosidade em saber =) Quem vai contar?

[Giovanni Frazilli]

Seiji, esse "pedir ajuda" na verdade é mais um "podemos fazer isso?" quando falo com pessoas de outras especialidades.

Por exemplo, eu tenho uma ideia mas o cliente só pode gastar 30h do nosso trabalho para implementá-la.

Eu preciso conversar com a pessoa de banco de dados ou designer (por exemplo) se é possível fazer isso em 30h de trabalho e negociar essas horas para fazer no menor tempo possível.

Ter mais intimidade é possível dar uma "forçadinha" pro designer fazer em 2h a menos e o cara da TI pensar em uma solução mais rápida.

Digo isso por experiência. Quando envio um email perguntando se existe a possibilidade de fazer um trabalho em menos tempo a resposta mais comum é negativa. Mas se vou pessoalmente até a mesa da pessoa, converso "com jeitinho" (conto uma piada durante a conversa), a possibilidade de conseguir cortar algumas horas no orçamento aumenta significativamente.

É essa falta de "humanização" que vejo como problema na distância (como no caso de mandar email para alguém que senta a 5m).

Até mesmo nos email que trocamos aqui no grupo, erramos o tom de voz por trás da mensagem de cada pessoa. Tanto que coloco alguns smiley para abrandar algumas mensagens. =)

[Maíra Berutti]

Concordo que o cara a cara ajuda muito em vários casos, até por isso algumas reuniões precisam mesmo ser presenciais. Mas esse jeitinho e a piadinha também rolam via web, Didio! Como você mesmo disse, a gente busca se expressar melhor seja com emoticons, risadinhas e o que for preciso já que não existe outra forma, mesmo porque boa parte da nossa operação fica em Recife.