Ficar milionário ajudando a humanidade

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Giovanni Frazilli

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Jan 25, 2013, 3:17:50 PM1/25/13
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Reflexão interessante de um amigo que mora na Colombia:

“Se os homens viraram milionários ferindo a humanidade. Por que não virar milionário ajudando-a?”


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Giovanni Dognani Ferrarese Frazilli
Estrategista

Esp. Marketing - FAE
Publicidade e Propaganda - UP
Ciência da Computação - UFPR
Técnico em Informática - Centro Paula Sousa
1º Campeão de Bets do BCC (Rumo ao Bi!!!)      
fone: 9199-3009 ou 3206-2503
msn: did...@terra.com.br
http://estomagodoruminante.blogspot.com/
@didio87

Ana Mello

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Jan 28, 2013, 5:58:13 PM1/28/13
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Eu gostei bastante do conceito criado e a ideia de espiral sempre povoou meus pensamentos, especialmente no que diz respeito às grandes mudanças da humanidade.
Porém, quando ele começou a falar do exemplo, me veio outra coisa em mente, a ideia de criar uma marca em que o preço fosse a troca das roupas antigas por descontos em roupas novas, promovendo a possibilidade de outras pessoas usarem a roupa ainda boa até que ela esteja completamente desgastada. Seria social e ecológico e sustentável, mas aí pensei que isso significaria menos vendas para a marca, que acaba tocando no principal interesse e se tronando desinteressante em si.

Achei a marca "no al aborto" muito agressiva.
 

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Ana Mello

Rodrigo Seiji

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Jan 28, 2013, 6:23:49 PM1/28/13
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Acabei de assistir esta - http://www.youtube.com/watch?v=t-SMEmQ5Q3w&feature=g-user-u - entrevista no roda viva que abriu meus olhos para alguns detalhes no tocante à estas questões.

As empresas que dominam o mercado não conseguem mudar o mundo porque a natureza delas não é esta; a natureza é ganhar dinheiro como a Ana comentou - e pra mim meio que obviamente as empresas pequenas não podem mudar o mundo porque não possuem porte para isso, e se possuírem deixaram há algum tempo de tentar mudar o mundo. O papel de mudar o mundo é do estado.

Um exemplo que ele dá é o do google que tinha a intenção de fotografar os livros de todas as bibliotecas nacionais dos EUA para que todos tenham acesso e bla bla bla. Isto seria uma maravilha, se o google não fosse uma corporação. Eles não fazem isso porque é legal e querem ajudar o mundo, a corporação faz para colocar um logo da coca-cola em cada obra que na verdade é do estado.

Portanto ele defende uma ideia que até o momento eu comprei que seria taxar as propagandaas do google para doar para causas mais nobres que a da empresa; ou mesmo uma decisão mais drástica de estatizar o google já que interfere em todas as questões culturais e sociais do mundo. Não que seja possível esta segunda, mas a taxação é completamente possível.


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Arthur Furlan

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Jan 28, 2013, 7:03:48 PM1/28/13
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#revolts mode on

sério, eu escrevi esse texto em modo total revolts... não gosto desse discursinho pseudo-intelectual de quem critica uma empresa mas usa os serviço deles ao mesmo tempo. "Vamos falar mal do Google, depois vamos gravar em um vídeo... e depois vamos colocar no Youtube"... porra! coerência né!? (se marcar, o autor que critiba publicidade em livro ainda ganha dinheiro com a publicidade gerada pelo vídeo dele no youtube -- e você deu dinheiro para ele).


2013/1/28 Rodrigo Seiji <rodrigosei...@gmail.com>
Acabei de assistir esta - http://www.youtube.com/watch?v=t-SMEmQ5Q3w&feature=g-user-u - entrevista no roda viva que abriu meus olhos para alguns detalhes no tocante à estas questões.

As empresas que dominam o mercado não conseguem mudar o mundo porque a natureza delas não é esta; a natureza é ganhar dinheiro como a Ana comentou - e pra mim meio que obviamente as empresas pequenas não podem mudar o mundo porque não possuem porte para isso, e se possuírem deixaram há algum tempo de tentar mudar o mundo. O papel de mudar o mundo é do estado.

Um exemplo que ele dá é o do google que tinha a intenção de fotografar os livros de todas as bibliotecas nacionais dos EUA para que todos tenham acesso e bla bla bla. Isto seria uma maravilha, se o google não fosse uma corporação. Eles não fazem isso porque é legal e querem ajudar o mundo, a corporação faz para colocar um logo da coca-cola em cada obra que na verdade é do estado.

ué!? mas isso não é ganhar dinheiro ajudando a humanidade? se você conseguir prover acesso a livros para todas as pessoas do planeta e ganhar dinheiro com isso... não é ótimo!? se você não ganhar dinheiro, quanto tempo acha que esse seu projeto durar... sério!? acho que isso é falta do que fazer por parte do cara do vídeo (e sinceramente, começo a me perguntar o mesmo sobre mim por estar respondendo isso).

acho uma puta de uma sacanagem... os caras te ajudaram a encontrar a rota entre quaisquer 2 pontos no planeta em questão de segundos, te fazem encontrar qualquer informação do mundo em menos de 1 segundo, vai fazer com que as pessoas não dirijam mais e com isso vai aumentar a capacidade das rodovias, resolver o problema dos congestionamento e minimizar o número de acidentes... e os caras reclamam de eles estarem ganhando dinheiro com isso!?

tipo, isso é sério mesmo!? o PeixeUrbano me faz is no cinema com a Bia e a Duda gastando R$20 reais... e qual o problema de eles ganharem com isso!? se eles não tiverem ganhando dinheiro, eu nunca mais vou ter uma promoção como essas... porra, se eles (quaisquer eles) arrumaram um jeito de agradar a gregos e troianos (e isso não é fácil), qual o fucking problema deles ganharem dinheiro com isso!? sério, esse tipo de coisa me parece muito "dorzinha de cutuvelo" de eu "eu podia estar ganhando dinheiro também"... principalmente porque vocês só conseguiram ver esse vídeo por causa dessa empresa "evil" que quer colocar propaganda nos livros... (lembre que eles também tem o melhor tradutor do mundo, então eles vão fazer QUALQUER pessoa ter acesso a QUALQUER livro MESMO!)

 
Portanto ele defende uma ideia que até o momento eu comprei que seria taxar as propagandaas do google para doar para causas mais nobres que a da empresa; ou mesmo uma decisão mais drástica de estatizar o google já que interfere em todas as questões culturais e sociais do mundo. Não que seja possível esta segunda, mas a taxação é completamente possível.

... isso é sério!? advinha o que!? nenhuma das duas coisas nunca vai acontecer... sabe por que? porque pessoas como essas adoram "filosofar sobre o nada" mas esse cara que criticou o Google (não é só o Google, a Apple com o iPad e mais um milhão de empresas que fazem ótimos produtos).

filosofar sobre o nada é fácil, difícil é tirar a bunda do sofá e fazer o troço acontecer... e isso esse cara do vídeo nunca vai fazer, porque é chato... legal mesmo é sentar, olhar e criticar os caras e depois usar o serviços deles para fazer o vídeo dele chegar aonde ele nunca chegaria... pqp.



vou deixar uma perguntar no ar e jogar um "mute" nessa thread do gmail: vocês já pensaram que colocar propaganda nos livros é a única forma de viabilizar desse projeto!? falar mal disso é o mesmo que dizer: "porra o cara da feirinha hippie tirou a planta do solo que é de graça, ou seja, matou o vegetal, e ainda vai querer me vender por R$10 só porque ele jogou um pouco de tinta por cima... ele acha o que, que eu sou otário!?"


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Arthur Furlan


Rodrigo Seiji

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Jan 28, 2013, 7:18:14 PM1/28/13
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Arthur, o cara é uma das referências mundiais em editoração de livros e apesar de eu estar aqui sentado com a dor de cotovelo, ele com certeza não está. Tem gente que não quer ficar bilionário no mundo, é só isso. Ninguém está medindo aqui a capacidade que cada um tem de ficar bilionário e não é isso que mede o valor das pessoas.

A questão que eu quis colocar quanto ao google não é se eles tem que ganhar dinheiro pelo que fazem ou não - no sistema que temos é mais do que óbvio que eles tem que ganhar dinheiro, e é isso que os incentiva (talvez em em parte, talvez como um todo). A questão é o quanto devemos permitir que uma empresa privada se apodere de toda a propriedade intelectual e cultura de uma sociedade.

Está MUITO longe de mim criticar a google, eles são o que são com todos os méritos possíveis - a questão é questionar até onde esta doação de cultura é válida da NOSSA parte. Eles não fazem nada de errado, repito NADA DE ERRADO. Eles existem, e se não fossem eles, seriam outros.

Você disse que não há como viabilizar o projeto sem ter uma empresa como a google por trás, mas se você ver a entrevista, ele não só diz que é possível como cita exemplos em que a taxação foi feita com sucesso.

O governo precisa mediar as coisas nas nossas vidas, se não acontecessem perdas culturais irreparáveis, merdas como a bolha imobiliária dos EUA e da Espanha.


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Rodrigo Seiji

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Jan 28, 2013, 8:01:10 PM1/28/13
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Tava pensando aqui e resolvi adicionar algumas coisas pelo seu #revoltsmode :)

Meu questionamento vai mais para o lado de direcionamento do pensamento do que querer criticar alguma classe ou empresa específica. Só não vejo nenhum mal em a Google (por exemplo) usar um bem público e pagar por isso em troca, ao invés de ficar com tudo de graça.

De forma alguma quero diminuir a classe empresarial que tanto já contribuiu para nós. Admiro muitos empresários (inclusive vocês) e deve ser muito difícil lidar com estas questões éticas e fazer algo rentável ao mesmo tempo. 

Peço desculpas se, ainda assim, de alguma forma isto te ofende; mesmo com minha opinião permancendo a mesma.

Giovanni Frazilli

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Jan 28, 2013, 8:49:56 PM1/28/13
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Seiji,

tenho uma opinião divergente da sua no seguinte ponto:

"A questão é o quanto devemos permitir que uma empresa privada se apodere de toda a propriedade intelectual e cultura de uma sociedade."

Prefiro uma empresa privada cuidando disso tudo.

Por quê? Como vc disse, ela só pensa em dinheiro, então quanto mais cultura, mais dinheiro pra ela.

Já o governo tem ligação direta com o conteúdo editorial.

Acredito que é muito mais fácil um governo "acabar" com um pensamento contrario ao dele. Uma empresa não se preocupa (tanto) com a ideologia. Ela tende a ser mais neutra nesse quesito.

Comentários?



2013/1/28 Rodrigo Seiji <rodrigosei...@gmail.com>
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Arthur Furlan

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Jan 28, 2013, 10:53:14 PM1/28/13
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Pessoal,

Eu sai da lista mas entrei para responder "via web" em consideração a todos, que acima de tudo são meus amigos.
Acho que eu não tenho o perfil da lista, boa sorte a todos e tenho certeza que haverão ótimos discussões como sempre. :)


On Monday, January 28, 2013 11:01:10 PM UTC-2, Rodrigo Seiji wrote:
Tava pensando aqui e resolvi adicionar algumas coisas pelo seu #revoltsmode :)

Meu questionamento vai mais para o lado de direcionamento do pensamento do que querer criticar alguma classe ou empresa específica. Só não vejo nenhum mal em a Google (por exemplo) usar um bem público e pagar por isso em troca, ao invés de ficar com tudo de graça.

Então cara, é disso que eu to falando. Eu não acredito no "direcionamento do pensamento", acredito no "direcionamento da ação". Pensar é fácil, agir é difícil. Portanto se o cara do vídeo quer que o governo taxe os ads do Google para investir na educação (por exemplo), levanta do sofá e faça (mas faça mesmo, com vontade) alguma coisa em prol disso... até lá, para mim ele é apenas mais um bundão do tipo "vão lá e façam a minha revolução por mim".

... e se vamos taxar os ads do Google, vamos também taxar o cara da feirinha hippie né!? a flor é um bem público que ele arranca sem a mínima piedade no coração, joga uma corzinha em cima e vende? IMNSHO ele é pior que o Google, ele mata a natureza e o Google não estraga os livros.

 
De forma alguma quero diminuir a classe empresarial que tanto já contribuiu para nós. Admiro muitos empresários (inclusive vocês) e deve ser muito difícil lidar com estas questões éticas e fazer algo rentável ao mesmo tempo. 

Cara, fique susse, não me senti diminuído... mesmo! Sou empresário e todos os dias coloco minha cabeça no travesseiro e durmo tranquilo como um bebezinho. Eu só realmente não gosto desse "filosofar sobre o nada", isso é conversa de bar onde eu discuto com o único intuito de me entreter. Em março estarei em Curitiba novamente e podemos voltar a discutir isso no bar. :)

 
Peço desculpas se, ainda assim, de alguma forma isto te ofende; mesmo com minha opinião permancendo a mesma.

Não ofende, fique susse.
 

Obs.: Essa semana os twitteiros fizeram a MTV parar e apoiar o blog "Testosterona" por causa do conteúdo ofensivo... ou seja, essas pessoas viram um problema e correram atrás para resolver. Eles não fizeram palestras sobre o assunto, eles não deram entrevistas, e muito menos gastaram um mínimo esforço que não fosse em  direção ao objetivo deles. Eles simplesmente foram lá e resolveram (sim a MTV deixou de apoiar o blog). Então para mim a opinião desses twitteiros vale mais do que a opinião do Dr. Fodão que procura cabelo em ovo sem tirar o cabelo e nem quebrar o ovo. A gente precisa de mais "direcionamento da ação" e menos "direcionamento do pensamento", volto a dizer, pensar é fácil e no pensamento tudo é perfeito... na hora que você levanta do sofá e se empenha para resolver o problema vai ver que tem 1 milhão de outras coisas que não estavam inclusas no pensamento direcionado.

Rodrigo Seiji

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Jan 29, 2013, 7:28:00 AM1/29/13
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"Por quê? Como vc disse, ela só pensa em dinheiro, então quanto mais cultura, mais dinheiro pra ela."

Essa lógica do quanto mais cultura mais dinheiro pra ela não é verdade. O que você diria quanto às obras não-comercializáveis? Já que o mercado não as quer elas deveriam deixar de existir? Se levarmos esta afirmação ao pé-da-letra poderíamos concluir que "50 tons de cinza" é muito mais importante culturalmente que Machado de Assis.

Giovanni Frazilli

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Jan 29, 2013, 8:36:56 AM1/29/13
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Seiji,

Talvez esse argumento fosse válido 10 anos atrás. Mas a cauda longa veio para mostrar que é possível ganhar dinheiro com esses produtos "menos importantes".

Desenhando um cenário ridículo e simplório imagino que o mundo seria assim:

Mundo gerenciado pelo Google: 
Na entrada da biblioteca estariam os best sellers mas se você procurar lá no finzinho você consegue achar Machado de Assim, Marx e Hayek.

Mundo gerenciado por governo capitalista:
Hayek na entrada da biblioteca e não existiriam livros do Marx. 

Mundo gerenciado por governo socialista:
Marx na entrada da biblioteca e não existiriam livros do Hayek.

Meu ponto é, o papel de uma empresa é ganhar dinheiro mas o papel do governo é fazer a sociedade acreditar que eles são a única verdade do mundo. Pelo menos eu não conheço um governo que não queira "impor" isso para sua população.

Bom, fui muito raso e idiota nessa defesa(por não entender bulhufas do assunto). Mas tem outro ponto, que é algo que eu realmente entendo que é como o governo não tem condições de regular o mercado(pelo menos no contexto que vou mostrar).

Sou publicitário e conheço um pouco das divergentes linhas intelectuais existentes no assunto e também conheço um pouco do mercado que foi formado em torno disso.

No Brasil, não existe uma regulamentação do governo sobre a propaganda veiculada. Mas existe uma autorregulamentação feita pelo próprio mercado, o conselho nacional de autorregulamentação publicitária, o CONAR. http://www.conar.org.br/

O CONAR tem um rigor e uma agilidade incrível. Tem regras muito claras e extremamente rigorosas para qualquer tipo de propaganda que é veiculada no Brasil.

Se aparece uma propaganda de cerveja com alguém dirigindo um carro sem cinto de segurança numa propaganda as 8h, garanto que até as 18h essa propaganda já não estará em nenhum canal de televisão. E o melhor, isso não é lei. Se a GM quiser continuar veiculando esse comercial ela pode. Mas veja só, em 40 anos do CONAR, nenhum pedido de suspensão foi desacatado. É algo que funciona e quando o governo tenta se intrometer só da merda.

Aqui vai minha explicação da minha crença que isso pode ser aplicado a outras áreas (bancaria, por exemplo).

Já existiram tentativas do governo criar uma área para regular a publicidade ou algumas leis tentaram ser criadas por deputados e senadores.

Ponto 1 - Você acha que um órgão do governo conseguiria suspender, multar, dar uma advertência no mesmo dia, no mesmo mês, tenho dúvidas até se no mesmo ano para uma propaganda antiética?

Ponto 2 - Deputados e senadores, em sua maioria não são publicitários. As leis que eles tentam implementar são baseadas no senso comum e sem nenhum embasamento técnico ou intelectual. Sério! Até hoje aparece pelo menos uma vez por ano na câmara um deputado querendo acabar com "propaganda subliminar". PORRA! Se o cara não entende merda nenhuma do assunto, porque se meter.

Ou seja, o estado não tem capital técnico e intelectual para regulamentar a propaganda. Acredito que não tenha para regular muitas áreas. Já o CONAR é formado por todo o mercado e todos sempre acataram suas decisões, por mais polêmicas e por mais prejuízo que ela causasse. (Lembra quanta grana a Devassa pagou para a Paris Hilton aparecer no comercial e foi pedido para sair no ar na primeira semana).

E funciona muito bem, porque se as regras do jogo não forem seguidas, o mercado se autodestruirá.

O governo poderia chamar os grandes pensadores e melhores técnicos da publicidade para montar uma área? Claro que poderia! 
Mas essas pessoas já estão nas agências e trabalhando voluntariamente no CONAR para o mercado todo não fazer merda. Já vi alguém de uma agência julgar uma propaganda feita pela agência que ele é sócio-diretor, e a propaganda saiu do ar. Ele sabe que perdeu dinheiro, mas também sabe que isso é bom para o mercado.

O problema ao meu ver é hierárquico. No governo a chance de ter um superior que não entenda do assunto e vai querer dar pitaco em um assunto técnico é grande. Na autorregulamentação todos são intelectuais e profissionais da área. 

Acho mais fácil os bancos se unirem para evitar que todos os bancos façam merda e acabem com o mercado, do que um governo liderado por alguém que não entende desse mercado com soluções mirabolantes do senso comum.


2013/1/29 Rodrigo Seiji <rodrigosei...@gmail.com>

Rodrigo Seiji

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Jan 29, 2013, 9:42:13 AM1/29/13
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Eu concordo em partes. 

Quanto à cauda longa, você tem razão. No entanto, o gargalo da cultura não está na disponibilidade mas sim na distribuição. As pessoas não tem incentivo nenhum a comer comida em casa quando são bombardeadas com propagandas do McDonalds a R$10, assim como  não tem incentivo para ler Dostoyevski porque o mercado não edita mais, não coloca nas prateleiras e não divulga. Aos poucos, sem incentivo essa cultura de perde. A confusão, pra mim, está em se assumir que "o que vende mais" é o "melhor para a população".

A auto-regulamentação pode funcionar em alguns casos (e talvez na maioria), mas não funcionará em todos porque os governos são hierarquizados COMO as empresas. A crise imobiliária aconteceu exclusivamente porque alguns dos intelectuais bancários (que teoricamente regulavam o mercado) queriam ganhar mais dinheiro. Estão impunes e com mais de 400mi cada um no banco.

Os EUA são o país do liberalismo que você está defendendo e olha a merda que é: 50% de obesos, crash nos bancos, não há saúde pública - tudo isto por falta de regulamentação. São pontos de vista pessoais e parece que não há muito mais o que discutir, já que estamos entrando no campo filosófico e ninguém tem opinião à ser formada aqui. Sou mais Europa que América.

Giovanni Frazilli

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Jan 29, 2013, 10:46:57 AM1/29/13
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Vamos lá, 

Acredito que se o problema é que em ambos os casos o ser humano é colocado em segundo plano.
No estado enxuto o dinheiro vem antes que o ser humano.
No estado soberano ideologia vem antes que o ser humano.

Conhecemos exemplos dos dois lados onde o ser humano pode ser colocado antes de tudo.
Acredito que o problema não é o sistema, mas a inversão de valores que ambos acabam criando.



2013/1/29 Rodrigo Seiji <rodrigosei...@gmail.com>
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