Só notícia boa!

[André Oliveira]

Então... @Alessandro F. Cunha 

https://circuitcellar.com/newsletter/after-ten-years-rs-group-a-manufacturer-of-raspberry-pi-has-ended-its-license/

[]s,

André M de Oliveira

[Alain Mouette]

Muito bom, MAS...

Isso se aplica ao chip da RasPI-1 ou a todos?

-----
Alain Mouette  (•̀_•́)

--
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[Alessandro Ferreira da Cunha]

Yep! Bem por ai mesmo, Andre.

Como a BROADCOM colocou os prazos de entrega do processador da RASP para mais de 75 semanas, então a RS decidiu terminar o acordo de produção das placas.

Preciso ver como ficou o caso para a AVID, braço da AVNET que também tem o acordo de produção mundial das RASPs.

Como eu venho dizendo (e alguns ainda insistem em achar puro alarmismo): não há sinalização de que a coisa vá melhorar antes de 2025.

--

Alessandro F. Cunha
(11) 995 - 363 - 828

[Alessandro Ferreira da Cunha]

Alain,

Isso se aplica a todos os processadores da BROADCOM para todas as famílias de RASP, sem exceções.

Infelizmente.

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[Flavio Castro Alves Filho]

Professor,

Você pode escrever assim: daqui 2 anos tudo será resolvido.

Aí você faz copy-paste, seja no ano que for: ahahahah

--

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--

Flavio de Castro Alves Filho

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[Alessandro Ferreira da Cunha]

Boa, Flavio.

Mas as mais de 30 novas fábricas de semicondutores que estão sendo inauguradas / ampliadas nestes 3 anos (2022, 2023 e 2024) irão inundar o mercado com novos chips.

Esse relatório aqui mostra em detalhes para onde estamos indo:

https://www.linkedin.com/feed/update/urn:li:activity:6947726149565227008/

Se não acontecer nada de grave entre China e Taiwan (nem um novo COVID aparecer) a coisa reverte em 2025 sim.

Estamos monitorando por aqui.

Abraços.

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[Flavio Castro Alves Filho]

Ninguém tentou convencer a TSMC a se mudar aqui para o Brasil não?

Aqui parece ser mais legal ... 

Podem vir as fábricas e os Taiwaneses também ... cabe todo mundo aqui, tranquilo :-)

Se arrumarmos um canto para os israelenses também (pode ser no sertão nordestino, para eles terem um clima parecido com o deles lá) ... 

Acho que assim uns 70% da confusão global acaba, não? E o Brasil vira potência na área de eletrônica, software e sistemas :-D

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[Marco Dal Poz]

Não fosse nossa deficiência logística crônica, seria uma boa ideia.

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[Laercio Barbosa]

Flávio

Eu também sonho com uma mudança assim. Mas ainda somos vistos como colônia extrativista pelo resto do mundo. Daqui só pode sair minério de ferro, café, banana sem aranhas, carne e cérebros (onde c tá mesmo, André?). Admiro empreendedores que, como você, Flávio, tentam driblar esse mindset. Mas não somos autorizados a fornecer criatividade e tecnologia para o resto do mundo. OK OK, diria o Nelson Rubens. Eu sei da Embraer, WEG e outras tantas exceções. E espero (só espero mesmo) que daqui a 4 gerações isso tenha mudado e o Brazil seja um grande player de tecnologia e não só um celeiro do mundo. 

Aliás, esse assunto é recorrente aqui no grupo. Mas este ano ainda não fizemos nosso ritual de lamentação e defesa nacionalista. Bora lá! 

Laercio Barbosa
leoab...@hotmail.com

laercio...@usp.br

(11) 97248-3024 cel.|mob.

---

De: sis_emb...@googlegroups.com <sis_emb...@googlegroups.com> em nome de Flavio Castro Alves Filho <flavio...@gmail.com>
Enviado: segunda-feira, 5 de setembro de 2022 10:12
Para: sis_emb...@googlegroups.com <sis_emb...@googlegroups.com>
Cc: André Oliveira <andre...@gmail.com>
Assunto: Re: [sis_embarcados] Re: Só notícia boa!

 

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[Ricardo Dias]

Olá Laercio, bom dia.

Fiquei com uma dúvida sobre quem nos "desautoriza a vendermos criatividade e tecnologia para o resto do mundo"?

Isso só depende de cada empreendedor, como você bem disse, podemos utilizar a Embraer e a WEG como exemplos, que talvez mesmo "desautorizadas" comercializam criatividade e tecnologia para todo o mundo. O que está impedindo que outros segmentos ou empresas façam o mesmo? 

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[Cristiano Penna Rodrigues]

Isso dá uma imensa discussão, como sempre...

Estou lendo esse livro, ele dá um bom guess a respeito de "O que está impedindo que outros segmentos ou empresas façam o mesmo?"

https://www.amazon.com.br/Chutando-escada-Ha-Joon-Chang/dp/8571395241

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[Alessandro Ferreira da Cunha]

Caraca! Que indicação de livro interessantíssimo, Cristiano! Obrigado por compartilhar

Vou colocar aqui na minha lista de 72 livros que eu quero muito ler...

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[Cristiano Penna Rodrigues]

Sempre há a opção de esperar sair o filme... kkkk

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[Laercio Barbosa]

Olá, Ricardo, tudo bem?

Meu comentário se restringe à área de sistemas embarcados/tecnologia e não menciona incapacidade técnica, pois sou extremamente confiante neste aspecto.

Meu achismo vem da experiência vivida aqui no Brasil e exterior, após alguns anos trabalhando em empresas multinacionais com times multiculturais. O foco não é mostrar que sou fodão, mas que tive oportunidade de colher percepções das mais diversas.

A desconfiança externa

No exterior existe um grande número de pessoas que não confiam na capacidade técnica do Brasil/brasileiro. Ou sequer sabem que a Embraer e a WEG são brasileiras. Tive amigos que se surpreenderam quando mostrei que São Paulo é uma selva de pedra e não uma floresta tropical. Se eu tropeço em cobras gigantes ou jacarés em cada esquina. Se tem macacos pelas ruas. E isso é muito sério. Para muitos, Brasil = RJ + Carnaval e bundas.

Reter o conhecimento na matriz

As matrizes de muitas empresas multinacionais não permitem P&D no Brasil (existem exceções, mas são exceções). Curiosamente, muitas delas, permitem P&D em outros países como China e Índia. Não sei os motivos por trás destas decisões. Chamam de "decisões estratégicas".

A desconfiança interna

É lamentável, mas sofremos da síndrome do impostor. Não valorizamos adequadamente aquilo em que somos bons (e tem uns malucos que exageram, é claro). Temos vergonha de vender o nosso perfil. Pra piorar, o Brasil fez uma escolha muito infeliz no passado: a política de copiação, digo, tropicalização, ops, substituição das importações. Isso foi lá atras (em todos os sentidos). Um dos efeitos conseguidos essa política foi o medo do investimento. Na cultura onde o investimento é visto como gasto e onde copiar uma solução estrangeira é vista como mérito. Um outro efeito, é que nos colocamos como inferiores perante os outros e passamos a ter a tecnologia externa como referência ao invés de valorizar devidamente a nossa. E isso ainda ecoa na atualidade. Veja:

A ausência de uma cultura de inovação no Brasil pode ser discutida através de diferentes ângulos. Historicamente o modelo industrial brasileiro prioriza a aquisição de tecnologia e conhecimento estrangeiros em detrimento da valorização do aperfeiçoamento interno e desenvolvimento de novas soluções, processos e produtos. Ao longo dos anos, este modelo criou uma cultura de supervalorização de produtos desenvolvidos fora do país e subestimação de soluções internas.

Fonte: Por que o Brasil pesquisa tanto e inova tão pouco? - Cenários Energia - Petróleo (editorabrasilenergia.com.br)

O artigo trata outras questões. Dentre elas, algumas que me fazem discordar desta sua afirmação: "Isso só depende de cada empreendedor". Embora tenhamos exceções como as já citadas, elas são exceções e não a regra. Na verdade, isso depende de uma série de fatores. O que é comumente chamado de "framework de empreendedorismo". E não sou eu que diz isso. Além disso, a individualidade pode até chegar em algum lugar. Mas o coletivo (o tal framework) deixa as coisas muito mais fáceis.

Infelizmente eu não tenho a resposta à sua pergunta. Honestamente, eu gostaria de ter. Facilitaria muito as coisas. Arrisco a dizer que ela passa pela boa educação acessível a todos. Pela renovação do pensamento dos pais adeptos ao punitivismo dos filhos (meu desafio pessoal diário), que cria pessoas com medo de errar e inseguras (outra discussão). Então, depois de 4 gerações, teríamos um outro Brasil.

Abraço e sucesso

Laercio Barbosa
leoab...@hotmail.com

laercio...@usp.br

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---

De: sis_emb...@googlegroups.com <sis_emb...@googlegroups.com> em nome de Ricardo Dias <dias.a....@gmail.com>
Enviado: segunda-feira, 5 de setembro de 2022 11:42

Para ver essa discussão na Web, acesse https://groups.google.com/d/msgid/sis_embarcados/CACVf8XbtwjMm2rRwURNC5hG2iL_Vayer%2BQBeE7jErq-JmCVxTQ%40mail.gmail.com.

[Ricardo Dias]

Olá Laércio, graças a Deus bem e você? Obrigado por perguntar.

Entendi o seu ponto de vista. Muito Obrigado pelo retorno.

Atenciosamente,

Ricardo Dias.

Para ver essa discussão na Web, acesse https://groups.google.com/d/msgid/sis_embarcados/PH7PR22MB3508F77C24BA331D43304642AE7F9%40PH7PR22MB3508.namprd22.prod.outlook.com.

[Ricardo Dias]

Olá Cristiano,

Esse livro parece ser top. Obrigado pela indicação.

Atenciosamente,

Ricardo Dias.

Em seg., 5 de set. de 2022 às 12:48, Cristiano Penna Rodrigues <cristiano...@gmail.com> escreveu:

Para ver essa discussão na Web, acesse https://groups.google.com/d/msgid/sis_embarcados/CAFB4gDMxG_y5428Y-s0x%2BDApiBO9V_-ej%2BS3XmEbH1W2gHFLQQ%40mail.gmail.com.

[Flavio Castro Alves Filho]

Na verdade, quando eu escrevi eu pensei mais em Taiwan, que tudo leva a crer que será a próxima Ucrânia.

Quando o ocidente terminar xupinhar toda a tecnologia deles, a ocupação será à la Hong-Kong. Um jeito de acelerar isso é mandar toda a galera pra cá :-D. Larga tudo vazio lá no arquipélago :-D ... e por aqui, a área que eles precisam deve ser umas 2 ou 3 fazendas de soja... 

Para ver essa discussão na Web, acesse https://groups.google.com/d/msgid/sis_embarcados/CACVf8XbsNbEY1SJR%3Dbmt100cvKyvgDEYaV-GuD%3DDA34KE39DWw%40mail.gmail.com.

[Henrique Bierwagen]

pena que nao vai acontecer desse jeito, a China nao vai deixar sair 1 parafuso de Taiwan 

[Flavio Castro Alves Filho]

Por isso a corrida para xupinhar ...

Eu li em algum lugar que a TSMC está 10 anos na frente dos outros ...
ahahah ... (10 anos)

Se entrar agora, vai ser uma porradaria e vão quebrar tudo.

Se entrar depois, os parafusos que sobrarem ficarão obsoletos.

É o tradeoff ... mas, até onde eu entendo, os semicondutores são o
bônus nesse caso de Taiwan. Não é o motivo principal de quererem
ocupar. Para o ocidente, os semicondutores são o motivo para proteger
os caras.

Em ter., 6 de set. de 2022 às 08:40, Henrique Bierwagen
<bier...@gmail.com> escreveu:

>
> pena que nao vai acontecer desse jeito, a China nao vai deixar sair 1 parafuso de Taiwan
>

> --
> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "sis_embarcados" dos Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um e-mail para sis_embarcado...@googlegroups.com.

> Para ver essa discussão na Web, acesse https://groups.google.com/d/msgid/sis_embarcados/CAOpgbeXPaqrxu1d1VUHvdyqXQbqEWY%2BGLGFc3qkGaWBAOLrUzw%40mail.gmail.com.

[Laercio Barbosa]

Tenho visto alguns anúncios de empresas quererem ampliar fabricas nos EUA e Europa e, também, abrir novas fábricas. Ou seja, se a tendência continuar, Taiwan não terá proteção ocidental por muito tempo. E, em sendo assim, China é bem capaz de esperar o abandono para entrar tranquilamente sem muita briga e garantir seu abastecimento interno que a todo instante é boicotado por embargos americanos.

Muitos dados na mesa de jogo.

Laercio Barbosa
leoab...@hotmail.com

laercio...@usp.br

(11) 97248-3024 cel.|mob.

---

De: sis_emb...@googlegroups.com <sis_emb...@googlegroups.com> em nome de Flavio Castro Alves Filho <flavio...@gmail.com>

Enviado: terça-feira, 6 de setembro de 2022 08:49
Para: sis_emb...@googlegroups.com <sis_emb...@googlegroups.com>

Assunto: Re: [sis_embarcados] Re: Só notícia boa!

Por isso a corrida para xupinhar ...

Eu li em algum lugar que a TSMC está 10 anos na frente dos outros ...
ahahah ... (10 anos)

Se entrar agora, vai ser uma porradaria e vão quebrar tudo.

Se entrar depois, os parafusos que sobrarem ficarão obsoletos.

É o tradeoff ... mas, até onde eu entendo, os semicondutores são o
bônus nesse caso de Taiwan. Não é o motivo principal de quererem
ocupar. Para o ocidente, os semicondutores são o motivo para proteger
os caras.

Em ter., 6 de set. de 2022 às 08:40, Henrique Bierwagen
<bier...@gmail.com> escreveu:
>
> pena que nao vai acontecer desse jeito, a China nao vai deixar sair 1 parafuso de Taiwan
>
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Flavio de Castro Alves Filho

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[Cristiano Penna Rodrigues]

Legal ter gostado da indicação.

Acho interessante discussões que tentam nos tirar da lógica dominante e questionar, e nesse contexto de inovação e desenvolvimento, ele traz uma perspectiva histórica bem interessante, não existe nenhum país que seja desenvolvido tecnologicamente hoje que não tenha se beneficiado anteriormente de práticas protecionistas que hoje esses mesmos países condenam nos países atualmente "em desenvolvimento"...

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[Ricardo Dias]

Um exemplo muito bacana disso é a Coréia do Sul.

50 anos atrás ele era o pior país da Ásia, e hoje é uma das maiores potências, principalmente tecnológica.

A estratégia deles foi a seguinte: primeiramente educar o povo, e se você quer vender algo no país, então me explique como funciona... lógico de que uma forma velada, disfarçada de homologação.

Depois de aprenderem como fazer e terem educado seu povo, passaram eles mesmos a desenvolver e distribuir suas tecnologias. Há,por exemplo, um diodo gun utilizado em radares que somente os EUA e a Coréia do Sul possuem tecnologia para desenvolver o mesmo.

Que há pessoas chutando nossas escadas a todo tempo isso é verdade... Mas quando a coisa aperta aí eles começam a nos ajudar a colocar mais degraus.

Gosto deste tipo de discussão também.

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[Marco Dal Poz]

É, para ser mais exato, diodo GaN (nitreto de gálio).

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[Ricardo Dias]

Perdão...

Na verdade verdadeira é GUNN, com 2 "N".

https://en.wikipedia.org/wiki/Gunn_diode

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[André Oliveira]

Laercio,

Eu conheci muitos times de desenvolvimento de multinacionais no Brasil, sempre competentes e fazendo projetos de qualidade para o mercado global, sabe o que matou esses timer? O custo Brasil, fazer na Índia é muito mais barato. Nem todo mundo arrisca fazer projeto na China...

Sabe o que acontece com a galera que era desses times quando o barco afunda no Brasil? Vão embora do país, é gente com experiência internacional, que já é conhecido fora do Brasil, é um pulo ir embora.

Por outro lado, o empresário Brasileiro, com poucas exceções, é de cagar! O @Alessandro F. Cunha pode me desmentir aqui se não for verdade o que eu digo, mas as respostas mais comuns quando você vai apresentar uma tecnologia nova para um cliente brasilero é - Quem já está usando isso no Brasil? Está vendendo bem? Tem uma opção chinesa mais barata? - nessa ordem.

Se alguém já estiver usando e vendendo bem, o cara vai lá copiar ou manda para um CM da China copiar, e já era! Poucas empresas querem inovar, a moçada só quer surfar na onda! 

Não falo isso por achismo, eu fiquei puto de trabalhar com desenvolvimento por essas ideias furadas.

[]s,

André M de Oliveira