Tablet x e-reader - o que é melhor para ler, o que vale a pena ter??

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Fernanda Garrafiel

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Feb 23, 2012, 1:01:11 PM2/23/12
to revoluca...@googlegroups.com
olá!

Eu sempre achei que os e-readers eram uma tecnologia de transição, que sumiriam com o tempo, dando lugar aos tablets, mais completos. Mas, será que é confortável ler em um tablet? Resolvi testar. Comprei dois livros digitais: "Um Dia" e "A guerra dos tronos", com aproximadamente 400 e 800 páginas, respectivamente. "Um Dia", eu li em um Positivo Alpha (infelizmente ainda não tenho um Kindle) e "A Guerra dos tronos", li em um Ipad. Aqui vão algumas considerações, minha opinião, sobre os dois aparelhos:

- Quanto ao peso, o e-reader ganha de lavada, não pesa quase nada. O Ipad não chega a ser pesado, mas é mais confortável segurar o e-reader.

- Quanto à tela: Aqui valem várias considerações:
- Reflexo: a tela do e-reader não reflete, e isso é uma grande vantagem se você quer ler na praia,ou em lugar de muito sol, ou com iluminação direta. Com o tablet, você precisa ajustar a posição dele para o reflexo da tela não atrapalhar a leitura.
- Luminosidade: ao contrário do que eu pensava, a luminosidade da tela do Ipad não torna a leitura desconfortável. Dá para ler horas sem se cansar. Em lugares mais escuros, eu achei mais confortável ler com o ipad do que com o e-reader. O Ipad tem um comando onde você pode diminuir o contraste entre o fundo e as letras, e isso resolve muito bem o problema da tela iluminada. No e-reader, a tela é fosca, e ele precisa de iluminação externa. Se você estiver em um lugar super iluminado, tudo bem. Mas se a iluminação for direcionada (dentro de um ônibus, por exemplo), eu achei bem desconfortável para ler. É como se as letras não tivessem contraste suficiente. 
- Tamanho: o tamanho da tela do Ipad se aproxima mais de um livro, é mais confortável. E as margens são ajustáveis. No e-reader, se aumentar a letra ou as margens, a tela fica pequena, e você fica com pouco conteúdo por página. Fica com um design ruim.

- Uma grande vantagem do Positivo Alpha é o dicionário embutido. Muito prático, só clicar em cima da palavra e ver o seu significado.

- Quanto a velocidade na passagem das páginas: ponto para o Ipad. O Positivo dá uma "piscadinha"  leva um segundo para montar a página seguinte. Parece irrisório?? experimenta isso no meio de uma frase..

- O Ipad tem mais possibilidades de visualização: é colorido, eu posso escolher a cor do papel, das letras, posso regular a luminosidade, posso escolher a forma como eu quero passar as páginas.

- Uma vantagem para o e-reader: os livros ficam todos em um mesmo índice, que você pode organizar como preferir. No Ipad, tem o aplicativo da Cultura, se você comprou o livro na Cultura. da Saraiva, se você comprou na Saraiva, tem o Ibooks.. Seus livros ficam espalhados por vários aplicativos. 

Enfim, os dois tem suas vantagens e desvantagens. Mas eu acho, sinceramente, que, entre levar dois dispositivos na bolsa, eu prefiro ficar com o Ipad, que tem outros aplicativos também. Além de ler livros, eu tenho agenda, e-mails, jogos, vídeo. etc.. Dispersivo? Claro que não. Você tem várias coisas para dispersar em casa e mesmo assim senta para ler um livro, não é? Então, é a mesma coisa: eu tenho vários aplicativos, mas, quando quero ler um livro, eu leio e deixo o resto para lá.

Abraços,

--
Fernanda Garrafiel

Erick Nimtz

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Feb 23, 2012, 1:20:18 PM2/23/12
to revoluca...@googlegroups.com
Olá pessoal,

Estou bem alinhado com estas considerações. Costumo ler num tablet Android e só estou esperando o Kindle chegar ao Brasil para ter o meu (mas já li/mexi em vários). Um ponto que considero o e-reader campeão é a durabilidade da bateria, o tablet não aguenta um dia sem carga e em viagens isso é muito incômodo.

Também não sinto o desconforto/cansaço sobre a leitura em tela retroiluminada apontado por muitos, e também prefiro o tablet ao e-reader no quesito funções/cores/telas/margens, etc.

Abraços,
Erick

2012/2/23 Fernanda Garrafiel <fgarr...@gmail.com>

--
Fernanda Garrafiel

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Marco Giroto

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Feb 23, 2012, 1:35:26 PM2/23/12
to revoluca...@googlegroups.com
Algumas considerações, ao meu ver:

  1. Com um eReader, você ficará preso aos ebooks do fabricante do eReader. (tirando o KindleFire que já é possível instalar outras apps nele, mas ele é mais tablet do que eReader).
  2. Se não me engano, já existe carregador solar para o iPad, nunca usei, mas já vi algo sobre. Em breve, os tablets terão uma boa bateria. O meu iPad da primeira geração dura mais do que um vôo entre Brasil e Japão se eu ficar apenas na opção de ler livros.
  3. Com relação ao desconforto, isso é questão de adaptação. Configurando a luminosidade do Tablet, da pra ler durante horas numa boa. Tente ler com o eReader no escuro, não dá.

entre todas as vantagens e desvantagens de ambos, o Tablet sai ganhando em vantagens.

Não quero ter um ereader e ser obrigado e só ler livros daquele fabricante.

Abraços.

Daniel Fosco

unread,
Feb 23, 2012, 1:46:30 PM2/23/12
to revoluca...@googlegroups.com
Fernanda, 

Na maioria dos casos é possível usar mais de um aplicativos para o mesmo ebook, desde que eles usem Adobe DRM e tenham a mesma AdobeID registrada. Apps que usam Adobe são: Gato Sabido, Saraiva, Cultura, Bluefire, Kobo, B&N e Aldiko (alguns possivelmente travam a retirada de conteúdo pelo iTunes, mas nesse caso é possível baixar pelo site da livraria no PC). 

O único contra de testar n aplicativos é que você gastará muitas das 6 ativações de sua AdobeID, mas sempre dá pra falar com o suporte Adobe e pedir mais.

Sobre a questão da leitura em iPad, acho essencial apps com modo noturno (tela preta com letras brancas) - permite até que você leia no breu sem machucar a vista :)


[ ]'s

daniel fosco


Em 23 de fevereiro de 2012 16:20, Erick Nimtz <erick...@gmail.com> escreveu:

Stella Dauer

unread,
Feb 23, 2012, 1:59:25 PM2/23/12
to revoluca...@googlegroups.com
Dentre o eReader e o tablet, prefiro o smartphone. Está sempre comigo, posso ler no escuro, no ônibus, sempre discretamente.

Eu experimentei o Kindle Fire, e para quem gosta de ler por horas seguidas como eu, não dá. Os olhos não aguentam. Pode mudar a cor do fundo, mexer no contraste, o que for. Muitas horas olhando para o mesmo dispositivo, no escuro, é como ficar olhando pra tela do computador. Cansa.

A melhor coisa é ler com a luz acesa. E se é pra ler de luz acesa, porque não um eReader? É bem possível ler eBooks de várias empresas, por exemplo, no nook touch, um dos melhores eReaders que eu já vi.

E como os livros que eu compro são meus, e não pretendo piratear, quebro o DRM em 2 minutos e aí posso ter eBooks em ePub ou mobi, tanto no Kindle como no nook, como no smartphone, como na tablet.

Ah, e além da tela, segurar o Fire deitada por mais de 30 minutos era bem doloroso. Um eReader ou smartphone são leves e bons de carregar.
Att.
--
Stella Dauer, designer e editora Revolução eBook | Simplíssimo Livros
simplissimo.com.br | ste...@simplissimo.com.br | Revolução eBook
11 93754066 - skype: stelladauer



2012/2/23 Daniel Fosco <danie...@gmail.com>

Fernanda Garrafiel

unread,
Feb 23, 2012, 2:01:43 PM2/23/12
to revoluca...@googlegroups.com
oi, Daniel! 
É verdade, esqueci do modo noturno, que é ótimo para ler sem iluminação alguma!! 

Ainda não experimentei escolher um aplicativo só e abrir todos os livros nele, boa dica!! Qual o que vc gosta mais? Eu já usei o da Cultura e o da Saraiva. Acho o da Cultura melhor!

Abraços,

Fernanda

Fernanda Garrafiel

Paulo Carvalho

unread,
Feb 23, 2012, 2:05:33 PM2/23/12
to revoluca...@googlegroups.com
Você pode colocar o livro que quizer no seu e-reader não só os do fabricante existem programas como o calibre que resolvem a maioria dos problemas.
Aqui neste post você podem ver pessoas com opin iões muito diferentes das de vocês:

http://www.ebookbr.com/2012/02/os-tablets-acabarao-com-os-e-readers.html


From: danie...@gmail.com
Date: Thu, 23 Feb 2012 16:46:30 -0200
Subject: Re: [Revolução e-book] Tablet x e-reader - o que é melhor para ler, o que vale a pena ter??
To: revoluca...@googlegroups.com

Fernanda Garrafiel

unread,
Feb 23, 2012, 2:22:20 PM2/23/12
to revoluca...@googlegroups.com
oi, Stella!

Você é guerreira, ler em um smartphone!! isso eu não consigo, a tela é pequena, eu acho cansativo!! Não me cansei de ler horas em um tablet, mesmo no escuro. E eu leio muitas horas. Acho que estou acostumada a passar o dia olhando a tela do computador, para trabalhar, então a luminosidade do tablet não me incomoda em nada. É claro que ler com luz é mais confortável, nos dois: no tablet e no e-reader. Mas, a minha pergunta é para que um e-reader???

 Me passa a fórmula para quebrar DRM!! Também não vou repassar livros, só quero ter liberdade de colocar eles em quantos dispositivos eu tiver.

Abraços,

Fernanda
Fernanda Garrafiel

Erick Nimtz

unread,
Feb 23, 2012, 2:25:58 PM2/23/12
to revoluca...@googlegroups.com
É verdade Daniel, este modo de tela preta com letras brancas é perfeito para ambientes de baixa luminosidade, como ler à noite na cama mesmo com a luz apagada!

2012/2/23 Daniel Fosco <danie...@gmail.com>

Eduardo

unread,
Feb 23, 2012, 3:27:00 PM2/23/12
to revoluca...@googlegroups.com
Pessoal, sem querer ser o chato da história (mas sendo): quem quiser quebrar o DRM, recomendo uma busca no Google.

A política da nossa lista é de comentar, mas não de fornecer, os meios para se fazer isso.

Abraço,
 
Eduardo Melo | fundador e diretor executivo | Simplíssimo Livros
simplissimo.com.br | edu...@simplissimo.com.br
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Luis Dantas

unread,
Feb 23, 2012, 2:32:19 PM2/23/12
to revoluca...@googlegroups.com
Suponho que é questão de gosto... eu uso bastante meu kindle (terceira geração, o atual Kindle Keyboard) e não tenho qualquer intenção de me desfazer dele ou usá-lo menos, apesar de também ler ebooks no iphone e no tablet asus eee transformer.

A tranquilidade de ter os livros (e outros textos, já que o Kindle facilita bastante essa transferência) à mão em um pacote tão conveniente e fácil de usar conta bastante para mim.  E eu ADORO a duração da bateria.

George Meireles

unread,
Feb 23, 2012, 2:53:01 PM2/23/12
to revoluca...@googlegroups.com
Olha só.

Valeu Eduardo. Alguém sensato.

George W. Meireles

Stella Dauer

unread,
Feb 23, 2012, 3:54:36 PM2/23/12
to revoluca...@googlegroups.com
Essa conversa  está muito interessante. Com a permissão de todos, irei republicá-la no site.

Att.
--
Stella Dauer, designer e editora Revolução eBook | Simplíssimo Livros
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2012/2/23 George Meireles <ge...@lcm.com.br>

Carlos G. R. Castro

unread,
Feb 23, 2012, 3:24:25 PM2/23/12
to revoluca...@googlegroups.com

Tenho os dois: iPad e Nook 1ª geração. Conteúdo é com o iPad. Agora livros, ainda prefiro o Nook.

 

Os tablets foram criados para consumo de conteúdo.

 

Já os e-readers estão preocupados com o conforto da leitura, peso do dispositivo, objetividade nos menus e duração da bateria.

 

São aparelhos distintos.

 

É como comprar tablet com notbook. Cada um com a sua função...

 

Minha opinião, claro...

 

Carlos Castro

--

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Atualizado em 05/09/2011

Raquel Zampil

unread,
Feb 23, 2012, 6:27:04 PM2/23/12
to revoluca...@googlegroups.com, <revolucao-e-book@googlegroups.com>
Oi, pessoal! Tenho sorte. Faço parte do grupo que não acha a leitura no tablet nem um pouco cansativa.
Abraço, 
Raquel 

Sent from my iPhone

Maurem Kayna

unread,
Feb 23, 2012, 7:42:39 PM2/23/12
to revoluca...@googlegroups.com
Opinião é bom assim... com diversidade, mas o argumento de ficar preso ao fabricante do e-reader não é muito robusto.
Tenho um Kindle e compro livro em qquer livraria e os converto sem grandes dificuldades.

Daniel Fosco

unread,
Feb 23, 2012, 8:51:00 PM2/23/12
to revoluca...@googlegroups.com
Concordo com o Carlos. Para mim, nada bate um e-reader em termos de portabilidade: conforto na leitura, peso, tempo de carga, e, principalmente, discrição (iPad na rua ainda é para os corajosos). 

Com um e-reader em mãos, não é difícil ler seu ebook: andando na rua > entrando no metrô > na fila do caixa do metrô > na plataforma do metrô > no trem lotado de pé > e assim por diante... e-readers realmente servem para quem é leitor

Para quem está pensando em trazer um aparelho de fora, o blogueiro e desenvolvedor Marco Arment fez uma comparação completíssima de todos os leitores atualmente disponíveis no mercado americano, vale à pena a leitura: http://www.marco.org/2011/12/02/kindle-touch-vs-nook-simple-touch-kobo-touch-kindle-4


PS: Eu tenho um Cool-ER, mas uso a dobradinha iphone /ipad pelo fato do iBooks sincronizar as notas e marcações de qualquer epub que você carregue no app; dependendo de seu tipo de leitura isto é um grande adianto.


daniel fosco
+55 21 9136-1497





Marco Giroto

unread,
Feb 23, 2012, 9:14:21 PM2/23/12
to revoluca...@googlegroups.com, revoluca...@googlegroups.com
Mas dependendo da livraria, vc precisa quebrar o DRM, o que não êh algo fácil para a maior parte das pessoas.

Daniel Estill

unread,
Feb 24, 2012, 6:06:08 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Isso aí, Raquel! O negócio é ler, seja em que meio for.
Lembro como curti ler o Memorial de Aires no meu falecido Palm Pilot!
Acho que é isso, a gente agora conta com uma variedade de meios de leitura que não tinha antes e podemos aproveitar todas elas. Resta à indústria se adaptar a essas novas mídias e não limitar as nossas opções de consumidores. Se pensarmos historicamente, a evolução dos suportes de leitura caminha no sentido da praticidade, não é mesmo?

Abs,
Daniel Estill

Beatriz Carneiro

unread,
Feb 24, 2012, 6:23:47 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Para meu espanto, consegui ler bastante em tablet (iPad), no ônibus, sem achar cansativo nem mesmo ter enjoos. Achei sim que fosse me incomodar, causar enjoos ou dores de cabeça. Nem sinal de nada disso!

Abs,

Beatriz


De: Raquel Zampil <raquel...@gmail.com>
Para: "revoluca...@googlegroups.com" <revoluca...@googlegroups.com>
Cc: "<revoluca...@googlegroups.com>" <revoluca...@googlegroups.com>
Enviadas: Quinta-feira, 23 de Fevereiro de 2012 21:27
Assunto: Re: RES: [Revolução e-book] Tablet x e-reader - o que é melhor para ler, o que vale a pena ter??

Maurem Kayna

unread,
Feb 24, 2012, 6:51:50 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Parcialmente verdade, Marco.
Eu não sou exatamente uma expert em assuntos de informática. Sou uma usuária bem na média, senão abaixo, mas o fato é que isso só comprava o inveficaz do DRm como meio de "proteção" do conteúdo.

Marco Giroto

unread,
Feb 24, 2012, 7:18:51 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Mas vc estuda o assunto, imagine pessoas que não tem noção do que seja drm ou seja, a maioria.

Abs.

Claudio Soares - Obliq Press

unread,
Feb 24, 2012, 7:49:32 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
O mercado ditará as alternativas. Mas, tomando como exemplo os celulares: quantos de nós possui um celular que apenas faça e receba chamadas? Multifuncionalidade é uma "feature" obrigatória nos dias de hoje. Nesse quesito os e-readers perdem. Mas, acho que o que deve pesar na escolha é o software. 

Tenho e-reader e iPad, mas leio mais em notebook (e iPad). Falo de uma leitura ampla, ativa, não me restringindo apenas aos livros. Sinto falta nas plataformas como Amazon etc, de um "sistema gerenciador de leituras" robusto como o Diigo. A leitura deve envolver anotações e compartilhamento de trechos. Isso, para começar. A leitura é uma atividade social. 

Abs, 
Claudio Soares



--

Claudio Soares E-Publisher, OBLIQ 
Tel: +55 21 9138-5023 | @obliqpress

Marcelo Izukawa

unread,
Feb 24, 2012, 8:04:01 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Sempre achei um absurdo a leitura de um livro num smartphone, até o dia que eu peguei para testar. E pra minha surpresa, se tornou a minha principal plataforma.
a tela é pequena, mas o tamanho das letras é ajustável. tem que ficar virando de "página" toda hora, mas não me incomoda.

A principal vantagem é que o telefone está sempre comigo, fácil de carregar e super leve para ler. 

Mas já tive um kindle e gostava bastante dele tbm. Gostava bastante da tela sem brilho, mas a maior vantagem era a facilidade da compra dos livros. Um clique e o livro já estava lá para leitura. Sem prazo de entrega, sem cadastro disso, sem numero daquilo...

Luis Dantas

unread,
Feb 24, 2012, 8:20:19 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Não acho o paralelo muito bom.  Celulares tendem a acumular funções por motivos específicos, sendo que um dos principais é que estão sempre à mão.

Leitores e tablets são carregados para todo lado por alguns tipos de usuário, sim.  Mas não da forma quase universal que acontece com celulares.  Alguns outros vão valorizar mais o tamanho da tela, ou a nitidez, ou os recursos de nuvem, ou a duração da bateria.  E sim, alguns vão valorizar os recursos adicionais de um tablet.  Quantos serão, não faço idéia. Talvez ninguém saiba.
----------------------------------------
MSN Messenger: luisd...@hotmail.com
http://www.dantas.com
http://dantas.editme.com/textos
http://luisdantas.zip.net

"It is no measure of health to be well adjusted to a profoundly sick society" - Atribuído a Krishnamurti, Bodhipaksa, 28 de Dezembro de 2007

Nunca use uma solução Shojo para um problema Seinen.  E se possível, nem vice-versa.


Marco Giroto

unread,
Feb 24, 2012, 8:48:21 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
eReaders não tem muito futuro, uma vez que o futuro dos ebooks é multimidia, salvo alguns casos, o melhor para ebooks multimidias são os tablets e não faz sentido ter um ereader multimidia apenas para ler livros.

Abraços!

Fernando

unread,
Feb 24, 2012, 8:51:25 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Olá a todos,

Eu estou começando agora nos livros digitais e busquei adquirir exatamente um Kindle básico, para não ter um gadget faz tudo. 
Sinto em discordar Cláudio, mas a multifuncionalidade só é obrigatória nos dias de hoje por uma questão de mercado, eu particularmente não curto muito essas coisas que fazem tudo, há smartphones tão cheios de gadgets que as vezes eu até lembro que ele também serve para ligar para outra pessoa e falar com ela. 

Gostei das colocações aqui de outras pessoas que dismistificam a idéia de que ler em um tablet seja cansativo tanto quanto em um computador, espero que essa experiência seja agradável no futuro, por enquanto me satisfaço com o kindle por ser exatamente isso, apenas um leitor de livros e textos, nada mais. Eu curto a idéia da tela e-ink dos e-readers como o Kindle, e as vezes confesso que sinto falta de uma luminosidade quando a luz do quarto está fraca, mas lembro que os meus livros de papel também tinham o mesmo problema e fico feliz por não ser um livro pesado de 600 paginas no colo.

Nem me preocupo muito ainda com as questões de Direitos Autoriais, ainda não comprei nenhum livro digital, porque já tenho várias coisas para ler que adquiri de outras formas, e acho que ainda está muito salgado o preço e com desculpas das mais esfarrapadas, e se vcs estão dizendo que a qualidade ainda deixa a desejar, piora ainda mais as desculpas. 

Mas vamos que vamos, ainda tem um longo caminho pela frente para a indústria de publicações aprender. Estou descobrindo através dessa lista que assim como na música e no cinema, a literatura digital ainda está muito atrasada nessa questão de direitos, propriedade, pirataria. 

Att, 

Fernando G. Norte
BHte - MG
cel: +55 31 9119 8814
-------------------------
MSN e Gtalk # fno...@gmail.com

Marcelo Izukawa

unread,
Feb 24, 2012, 8:54:07 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Mas a ideia é essa, não? De trocarmos informações e impressões a respeito dos diferentes aparelhos para termos uma ideia geral das preferencias.

Olhando bem por cima, acho que a equipe pro-tablet é a mais numerosa.

Em 24 de fevereiro de 2012 11:20, Luis Dantas <lu...@dantas.com> escreveu:

Maurem Kayna

unread,
Feb 24, 2012, 9:02:52 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
concordo contigo, por isso acho importante disseminar informação a respeito.

Maurem Kayna

unread,
Feb 24, 2012, 9:04:26 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
tb aconteceu o mesmo comigo. claro que ainda prefiro ler no kindle, mas o iPhone se revelou um bom quebra-galho

Maurem Kayna

unread,
Feb 24, 2012, 9:06:21 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Se estivermos falando de literatura, essa afirmação não vale. Para ler literatura, acredito que grande parte dos leitores não quer mais que simplesmente o texto... bem diagramado, óbvio, mas somente ele...

Paulo Carvalho

unread,
Feb 24, 2012, 9:12:57 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Quem disse que o futuro dos livros são multimídia?
Claro para livros infantis isso é ótimo, para livros técnicos e didáticos com referências também, mas um romance é um romance, eu não quero musiquinha nem filme, isso me atrapalha, eu quero apenas ler uma história e isso não vai mudar, pode até vir a surgir uma outra mídia, que não sei bem se pode ser chamada de livro, mas o livro como conhecemos não vai desaparecer apesar de mudar de plataforma.


Date: Fri, 24 Feb 2012 11:48:21 -0200
Subject: Re: [Revolução e-book] Tablet x e-reader - o que é melhor para ler, o que vale a pena ter??
From: gir...@gmail.com
To: revoluca...@googlegroups.com

Claudio Soares - Obliq Press

unread,
Feb 24, 2012, 9:17:54 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Fernando, que bom que você discorde. Pontos de vista discordantes ajudam no debate, sempre. Entretanto, estou me baseando em uma tendência tecnológica iniciada, talvez (pelo menos foi quando eu entrei nessa história), com a popularização das GUI (Graphical User Interfaces) no início dos anos 90. 

O que trouxe essa "tendência"?

1) Multimídia, multifuncionalidade e multitarefa: a interface "monousuária" e baseada em texto do DOS perdeu para a interface gráfica do Windows (e do OS, da Apple).

2) Hipertexto: a leitura deixa de ser linear (tenho dúvidas se ela assim o foi algum dia...) e passa a ser hipertextual, menos passiva, mais ativa. Os livros dialogam entre si. 

3) Aplicações-multicamadas (versus aplicações "monolíticas"): descentralização do desenvolvimento de software (e logo veremos isso com os livros também). 

4) Conteúdos dinâmicos: conteúdo estático é fácil copiar. Precisamos de mais conteúdos dinâmicos (livros como serviços) e menos DRMs.

Enfim, o tema é mais amplo e envolve uma revolução dos conceitos de leitura e produção literária. A leitura e a escrita serão essencialmente mediadas por software e isso muda tudo. Para o bem e para o mal, podemos até discutir. 

Lembro, entretanto, que uma tecnologia só é assim vista pelos que nasceram antes do seu advento. Esse tipo de discussão será totalmente dispensável pelas próximas gerações. 

Creio que precisamos mudar o foco da discussão para como passamos a produzir livros "mais inteligentes" que incorporem produtivamente os recursos que a tecnologia nos oferece. Devemos pensar "fora da caixa", entende? Inovar e não apenas "simular" o antigo no digital.

Abs,
-- 

Claudio Soares E-Publisher, OBLIQ 
Tel: +55 21 9138-5023 | @obliqpress

 
2012/2/24 Fernando <fno...@gmail.com>

Alê B

unread,
Feb 24, 2012, 10:37:08 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com

Pensar fora da caixa é pensar sem preconceito, não sem conceito. Livros estão aí por mais de cinco mil anos, funcionam, são práticos, não há problemas com eles, precisam de espaço e transporte físico, o que limita sua distribuição no mundo moderno, o e-reader ainda é livro, mais leve, de mais fácil difusão. Há de se mudar o que não funciona ou pode ser melhorado, mas multimídia não melhora livro. Se no meio de um parágrafo do Hemingway aparecer um “pop up” vai estragar a leitura. O autor trabalhou o que lá está, da forma que está, e é mestral, outros podem fazer o mesmo, ainda na linguagem do livro, palavras pretas no papel branco. O rádio não matou o livro, nem a televisão ou o computador.

 

Abraço,

Alex



2012/2/24 Claudio Soares - Obliq Press <cla...@obliq.com.br>

Marco Giroto

unread,
Feb 24, 2012, 11:21:16 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Essa comparação de tv não matou o rádio, dvd não matou o cinema, etc..é pura falácia!

Antes do cinema com áudio, alguns cineastas batiam o pé, dizendo que o cinema mudo nunca iria morrer.

Livro multimidia não é pop-up, mas sim, um livro enriquecido com elementos que irão tornar a experiência de consumir conteúdo e conhecimento ainda melhor. Animações, vídeos, áudio, isso faz com que o prazer de consumir conteúdo seja ainda melhor.

Ninguém lê porque as letrinhas são bonitinhas, mas sim por seu conteúdo.

O futuro do ebook são os "enhanced ebooks", e isso não ira atrapalhar em nada o consumo de conteúdo, pelo contrário, o conteúdo será enriquecido exatamente para que a retenção seja maior.

Exemplo: Uma coisa é você descrever como funciona o corpo humano, as várias funções dos órgãos, outra coisa é você descrever e ter uma animação para que seja possível realmente testemunhar como funciona.

Abs.

Marcelo Izukawa

unread,
Feb 24, 2012, 11:33:25 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Acho que a maior barreira dos enhanced ebooks será o custo de produção.
O desenvolvimento e adição de animações, videos e áudio ao texto aumentará seu custo . Talvez isso possa ser diluído sem problemas se for esperado um grande volume de vendas. Mas se for um livro com vendas medianas, pode vir a se tornar um prejuízo.

Marco Giroto

unread,
Feb 24, 2012, 11:43:01 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Exatamente, mas acho que é ai que as editoras irão evoluir. Elas irão se especializar em criar esse tipo de coisa e só irão fazer nos ebooks que acreditam que irão vender, ou seja, o que já acontece hoje, elas só publicam livros que acreditam ser viáveis comercialmente.

Dentro de alguns anos, se os ebooks se mantiverem apenas texto, as editoras serão descartáveis, os autores irão se autopublicar sozinhos. Enriquecer o ebook, ou o autor tem que ter dinheiro para fazer ou ter a sorte de uma editora acreditar em seu trabalho.

As empresas que começarem a investir neste segmento, irão ganhar muito dinheiro lá na frente!

Abraços.

Carlos G. R. Castro

unread,
Feb 24, 2012, 11:47:46 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com

Concordo.

Abraços!

Erro! O nome de arquivo não foi especificado.

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Paulo Carvalho

unread,
Feb 24, 2012, 11:48:08 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
O problema nem é o preço com epub 3 já se pode chegar bem perto disso com um custo reduzido, o erro é julgar que algo que serve para apenas alguns livros sirvam para todos, é como as ilustrações em um livro, elas o enriquecem? Sim, são adequadas para todos os livros? Não.


Date: Fri, 24 Feb 2012 14:43:01 -0200
Subject: Re: [Revolução e-book] Tablet x e-reader - o que é melhor para ler, o que vale a pena ter??
From: gir...@gmail.com
To: revoluca...@googlegroups.com

Luis Dantas

unread,
Feb 24, 2012, 11:49:38 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Tanta gente faz animações em flash, gifs animados, etc sem cobrar por isso e publica na Internet... eu não vejo por que conteúdo mais interativo seria necessariamente muito mais caro do que o estático.   O maior limitador é o hábito cultural, não a despesa ou as dificuldades técnicas.

Marco Giroto

unread,
Feb 24, 2012, 11:58:51 AM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Difícil dizer isso sem ao menos saber como é ou como seria, um romance multimidia.

Eu tenho um romance publicado e gostaria muito de deixá-lo multimidia, assim como consumidor de romances, gostaria muito de consumir os multimidias.

Como existe pouca coisa ou quase nada, as pessoas tendem a dizer que não funciona.

Mas como dizia Steve Jobs, a melhor maneira de prever o futuro, é inventá-lo!


Abs.

Maurem Kayna

unread,
Feb 24, 2012, 1:37:14 PM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Não acho que não possa funcionar, apenas prefiro mergulhar no texto e construir minhas próprias imagens conforme a habilidade de descrição do autor.

Abraços!

--

 

--

 

--

Fernando

unread,
Feb 24, 2012, 1:51:06 PM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Olá,

Acho que tanto o Marco Giroto quanto o Cláudio Soares concordam a respeito do futuro ser livros multimídia, e outras inovações etc. 
Acho que há o espaço sim para livros "enhanced" com recursos multimídia em gadgets informatizados de última geração capaz de reproduzir texto, imagem, video, som, 3d, cheiro e o escambal. 

Mas discordo agora do Marco, em dizer que novas tecnologias mataram antigas seja uma falácia. Elas podem ter sido priorizadas, substituídas ou melhoradas, mas nem de todo matou alguma coisa. Sim, o cinema mudo morreu com o advento do som, mas vale lembrar que ainda se produzem peças de cinema com quase nenhum diálogo, e até mesmo há um filme mudo concorrendo ao Oscar esse ano. O rádio ainda existe, e eu acho ótimo que permaneça por muito tempo, ou você não o ouve no seu carro? Ele perdeu o status supremo com o advento da TV, assim como a Internet tem substituido o hábito da TV, e agora está saindo dos computadores de mesa, indo para notebooks, tablets e até smartphones. Há puristas da música que não trocam seu vinil analógico por digital nenhum, pois para eles é de qualidade inferior, e há um mercado de vinil que vem até crescendo. A prioridade muda, mas não mata algo da noite pro dia.

Há várias maneiras de se contar uma história, seja narrada de boca-a-boca por contadores de história, seja um livro apenas com suas letras, seja em um filme, uma animação, um video-game, um quadrinho, ou até tudo isso junto e misturado - aka multimidia - (vide Matrix, que tem tudo isso para contar sua história). Um livro simplesmente é uma ótima maneira, antiga e simples, e satisfatória para muitos, além de mim. As vezes eu prefiro ler um livro a ver um filme, para que eu mesmo possa moldar o imaginário sobre os personagens e cenários, ao invés de ter o formato visual e pronto, e muitas vezes decepcionante, sem falar em coisas que a literatura produz que é incapaz de transmitir visualmente nem com toda a parafernália digital de hoje ou nunca. 

Em resumo, dizer que o futuro dos livros é multimídia, é descartar a possibilidade do simples ato da leitura escrita e simplória. Coisa da qual não acredito que seja um substituto a ponto de não mais se fazer livros como sempre conhecemos, seja em papel, e-ink, lcd, led ou holograma. Acho que são duas coisas distintas, haverá espaço e adeptos dessa modalidade multimidia, provavelmente muito mais do que os leitores 'tradicionais' de hoje (ser humano é mediocre por natureza, e adora uma apostila, ou atire a primeira pedra quem nunca ouviu de alguém próximo - e até mais esperto que a maioria dos ursos - dizer que não vai ler tal livro porque vai esperar ele sair no cinema). Mas repito, são duas coisas distintas. 

E se reparar, essa longa discussão toda, muitas vezes tocou na dificuldade das editoras em se adaptarem e produzirem livros digitais fidedignos e de qualidade, e estamos falando só do texto diagramado, quiçá falar em livros multimídia. Ou seja, se já está difícil formatar o livro textual simples dentro do formato digital, pensar que o futuro é exclusivo do multimidia é tentar matá-lo antes mesmo de nascer, e isso é dar um passo maior que a perna. 

Separemos as coisas: Livro Digital (texto e poucas imagens estáticas) e Livro "Enhanced" Multimídia, são duas coisas distintas, assim como o Cinema Mudo, Falado, a TV, a TV Digital, o DVD, o Rádio, o vinil, o CD, o Mp3, a Opera, o Teatro e a roda de histórias na fogueira. Como diria uma grande filósofa: "Ado, a-ado, cada um no seu quadrado".

Att,

Fernando G. Norte
BHte - MG
cel: +55 31 9119 8814
-------------------------
MSN e Gtalk # fno...@gmail.com


Em 24 de fevereiro de 2012 14:21, Marco Giroto <gir...@gmail.com> escreveu:

Israel Cefrin

unread,
Feb 24, 2012, 1:50:49 PM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Em 24 de fevereiro de 2012 14:21, Marco Giroto <gir...@gmail.com> escreveu:
Essa comparação de tv não matou o rádio, dvd não matou o cinema, etc..é pura falácia!

Não entendi, queres dizer que a TV matou o rádio ?
 
Antes do cinema com áudio, alguns cineastas batiam o pé, dizendo que o cinema mudo nunca iria morrer.

Livro multimidia não é pop-up, mas sim, um livro enriquecido com elementos que irão tornar a experiência de consumir conteúdo e conhecimento ainda melhor. Animações, vídeos, áudio, isso faz com que o prazer de consumir conteúdo seja ainda melhor.
Mas mesmo com tudo isso ainda precisaremos de equivalentes textuais que sejam o container principal do conteúdo visando acessibilidade a este.

 
Ninguém lê porque as letrinhas são bonitinhas, mas sim por seu conteúdo.

O futuro do ebook são os "enhanced ebooks", e isso não ira atrapalhar em nada o consumo de conteúdo, pelo contrário, o conteúdo será enriquecido exatamente para que a retenção seja maior.

Eu li e ouvi algo parecido  sobre o FLASH vs. HTML. Que o primeiro tomaria o lugar na web do segundo e tudo mais. Mas o flash hoje não serve para muita coisa além de jogos e algumas interações em desktop/notebook (nem dispositivo móvel mais a adobe dá suporte em seu SDK).
Alia-se a isso o fato de que livros enriquecidos com vídeos e ouitros elementos de interação, muito provavelmente terão seu tamanho aumentado de modo considerável. Obviamente que existirão formas de se embedar conteúdo externo, mas aí dependeremos de uma conexão com a internet constante, coisa que, por exemplo, num avião( momento sagrado de leitura :) ) ainda é raro. Um vídeo em HD de 1min pode pesar  30~100Mb. Imagine que dez vídeos de 2 minutos podem pesar até 2Gb(!!) no e-book final.

 
Exemplo: Uma coisa é você descrever como funciona o corpo humano, as várias funções dos órgãos, outra coisa é você descrever e ter uma animação para que seja possível realmente testemunhar como funciona.

Mas tem outra coisa ainda é aquele público que não quer a animação cheia de efeitos, mas apenas consumir o conteúdo textual. Sim, existe público que não se interessa pela sua animação ou vídeo pois não podem consumí-lo ou simplesmente preferem usar sua própria imaginação para construir as representações visuais. Acredito que um livro multimídia (vídeos, sons e animações) possa ser mais usado no campo lúdico ou didático que também tem alto grau de representatividade do que aplicado a toda forma de publicação. Um livro sem esse enriquecimento não precisa de editora? Bem, cabe a esta descobrir seu papel então.

Um abraço
--
Israel Cefrin

fabio mariano

unread,
Feb 24, 2012, 1:49:01 PM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com

Olá a todos!
Que discussão interessante!

gostaria de contribuir também.

Já tive a oportunidade de ler livros EPUB tanto no e-reader Positivo (e-ink) quanto no tablet Ipad.

Peço desculpas a todos, talvez por discordar com a maioria, mas não achei confortável a leitura no ipad. A luz da telinha continua sendo um problema para mim. Senti um pouco mais de conforto com a leitura no e-reader apesar de achar discreto o contraste entre os caracteres tipográficos e o fundo. Em ambientes escuros prefiro não ler.

A letra branca em fundo escuro do ipad também me incomodou bastante, mesmo em ambientes escuros. Consigo ler assim só por alguns minutos.

Nos dois dispositivos me senti muito incomodado com o recurso touch. Às vezes, por algum hábito de leitura, coloco os dedos entre o texto. Não exatamente para marcar a linha que estou lendo, mas para apoiar melhor o livro dependendo do trecho. Então, quando ponho o dedo na tela, a página avança para a seguinte. Por conta disso, acabo me sentindo tentado a rever alguns hábitos de leitura. E mudanças, pelo menos no começo, podem ser desconfortáveis.

O recurso touch também me deu a sensação um tanto claustrofóbica, só podia segurar o aparelho pelos cantos e queria ter mais liberdade para tocá-lo durante a leitura, não gostaria de ter as mãos travadas em uma determinada posição. Me senti um pouco como no lugar de um condutor de veículo automotor, onde temos uma posição adequada para manter, não podendo esticar as pernas ou ficar em pé dentro do carro. É aquela sensação entristecida de quem se percebe preso numa jaula tecnológica. Mas, voltando, será que tem como desabilitar momentaneamente o recurso touch? Neste caso eu prefiro os botões do Kindle (também já li no Kindle e me pareceu muito bom, ainda que tenha sido uma leitura curta).

É provável que seja algo muito pessoal, mas ainda não me adaptei plenamente à leitura de livros digitais. Aliás, ainda não me adaptei aos aparelhos eletrônicos de um modo geral, desde os computadores aos tablets. Ler no computador para mim é impraticável. Sou obrigado a imprimir todos os pdfs que recebo. Trabalhar com computadores é, quase sempre, uma tarefa árdua. Sou designer gráfico e evito usar o computador até onde me parece possível. Está sendo difícil até escrever esse e-mail. Depois de algumas horas na frente da tela luminosa sinto um terrível incômodo nos olhos. É como assistir televisão numa sala escura em uma distância de apenas dois palmos da tela.

Ainda uso, sempre que possível, máquina de escrever manual. Acho prático, confortável, não trava, não consome energia elétrica, não há infecção por vírus e a impressão é simultânea, a gente toca e já está impresso! LINDO! Muito bom para escrever longos textos. E, talvez por já estar acostumado, acho a fonte monoespacejada da máquina agradável à minha leitura. Já li várias dissertações datilografadas e senti bastante conforto.
 
Sim, sou jovem, tenho apenas 30 anos de idade.
 
Talvez eu esteja me antecipando, e é bem possível que depois de escrever esse e-mail todos vocês comecem a atirar e-readers na minha cabeça, mas, no que diz respeito à leitura, acho a questão do conforto bastante relativa. Parece que há inúmeras variáveis em questão. Deve ser muito desconfortável ler um livro de conteúdo desinteressante em ipad, e-reader, e mesmo em livro impresso.

Existem questões que dependem do interesse do leitor, de sua disposição física (alguém com fome provavelmente vai ter outra experiência de leitura em relação a alguém bem alimentado), de sua familiaridade com o idioma, de sua concentração naquele momento, de seus hábitos de leitura, da saúde dos olhos...

Não acho que existam plataformas melhores ou piores, me parecem apenas coisas distintas. E-reader oferece uma experiência de leitura X, o tablet uma experiência Y, e o livro impresso uma experiência Z. A boa leitura depende de tantas coisas...

Mas, enfim, são apenas opiniões.

abraços a todos!

Fabio


--
fabio mariano
11.8311.4006

Marco Giroto

unread,
Feb 24, 2012, 2:16:20 PM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com

Não entendi, queres dizer que a TV matou o rádio ?

Não matou pois são mídias completamente diferentes. A TV não é evolução do rádio, por isso não matou.

Mas o CD é evolução do Vinil, e onde está o Vinil hoje?

Diziam que o Cinema mataria o Teatro, outro erro, pois são coisas diferentes, o cinema não é evolução do teatro.

O eBook é evolução do livro papel, por isso, o livro em papel se tornará um Vinil da vida. E se com o eBook podemos aprimorar o que antes não era possível no papel, então porque continuar tratando o eBook como um livro de papel eletrônico? Não faz sentido.

 

Eu li e ouvi algo parecido  sobre o FLASH vs. HTML. Que o primeiro tomaria o lugar na web do segundo e tudo mais. Mas o flash hoje não serve para muita coisa além de jogos e algumas interações em desktop/notebook (nem dispositivo móvel mais a adobe dá suporte em seu SDK).
Alia-se a isso o fato de que livros enriquecidos com vídeos e ouitros elementos de interação, muito provavelmente terão seu tamanho aumentado de modo considerável. Obviamente que existirão formas de se embedar conteúdo externo, mas aí dependeremos de uma conexão com a internet constante, coisa que, por exemplo, num avião( momento sagrado de leitura :) ) ainda é raro. Um vídeo em HD de 1min pode pesar  30~100Mb. Imagine que dez vídeos de 2 minutos podem pesar até 2Gb(!!) no e-book final.

Você está raciocinando com a internet que você conhece hoje, e não a internet de amanhã, daqui 3 a 5 anos. A internet será MUITO mais rápida e um vídeo de 100MB será equivalente a um vídeo de 1MB.

Outro erro é achar que tudo será "baixado". Todo o conteúdo estará na nuvem e será requisitado sob demanda. (streaming).

Em um futuro próximo, todos os lugares estarão conectados, wi-fi, 4G, 5G. Já temos cias áreas permitindo usar dados nos aviões.

Se for para o meio do mato, onde não existirá internet, você selecione os ebooks que deseja ler, faz o seu aplicativo criar um "cache" dos ebooks e poderá acessar off-line (O Google eBooks já tem essa opção).

Flash vs. HTML5 é outra história, são tecnologias que podem se complementar ou não, assim como, poderá surgir outra coisa muito melhor. Mas creio que o HTML5 será o padrão por um bom tempo.
 

 
Exemplo: Uma coisa é você descrever como funciona o corpo humano, as várias funções dos órgãos, outra coisa é você descrever e ter uma animação para que seja possível realmente testemunhar como funciona.

Mas tem outra coisa ainda é aquele público que não quer a animação cheia de efeitos, mas apenas consumir o conteúdo textual. Sim, existe público que não se interessa pela sua animação ou vídeo pois não podem consumí-lo ou simplesmente preferem usar sua própria imaginação para construir as representações visuais. Acredito que um livro multimídia (vídeos, sons e animações) possa ser mais usado no campo lúdico ou didático que também tem alto grau de representatividade do que aplicado a toda forma de publicação. Um livro sem esse enriquecimento não precisa de editora? Bem, cabe a esta descobrir seu papel então.

Isso é o bom do eBook e da tecnologia, você pode fazer praticamente o que quiser. Você pode ter um enhanced eBook e pedir para "desligar" o conteúdo multimidia ou comprar uma versão mais barata sem o conteudo multimidia. Teremos mercado para tudo, mas se o multimidia não for tão mais caro, muita gente, irá preferir o multimidia.

O futuro da editora é vender serviços editoriais: Diagramação, revisão, tradução, preparação de texto, criação de conteudo multimidia, etc.. Fora isso, para que irá servir uma editora?

Hoje a principal vantagem de ser publicado por um editora é a distribuição. Se um autor conseguirá colocar seu ebook em vários sites e fazer o seu próprio marketing, para que ele precisa de editora? Lembrando que ele contratou alguma empresa para fazer a diagramação, etc..etc.. e publicou por conta. Com ferramentas como o iBooks Author, quando estiverem mais popularizadas, o autor com certeza tentará fazer tudo por conta.

Abraços.

Marco Giroto

unread,
Feb 24, 2012, 2:30:28 PM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Fernando,

O fato de alguém ter feito cinema mudo, não quer dizer que ele não esta morto. Ele está morto, isso é um fato. Pequenas iniciativas de filmes mudos perto do oceano de filmes com áudio não é comparação. Assim como o vinil. Não é pq alguns puristas ainda usam o vinil que ele está vivo. Estamos falando de algo fácil de encontrar e acessível a todos ou quase todos. Nenhum cinema aqui perto de casa tem filme mudo, e não vejo lojas de vinil aqui perto.

Antigamente, escutava-se rádio novela, pois não tinha TV. Você conhece alguma rádio-novela atual?

Com a internet, tanto TV quando Rádio, irão acabar, será tudo via internet uma vez que todos os carros terão internet. O próprio Boni já previu isso.

Temos que levar em consideração que a nova geração de leitores, já está acostumada a coisas multimidia e muito incrementadas e será essa geração que fará com que os ebooks multimidias sejam uma grande realidade.

Teremos ebooks sem incremento? Com certeza. Vejo isso na cauda longa, a grande maioria será assim, mas creio que os mais vendidos, serão os multimidia, justamente para atrair mais consumidores, ou seja, será um diferencial a mais. É o que acontece com o cinema. O que vende mais? Super produções ou filmes independentes de baixo orçamento? Se juntarmos os filmes de baixo orçamento, eles são a maioria, mas as super produções é que vendem mais.

Abraços.

Fernanda Garrafiel

unread,
Feb 24, 2012, 2:39:22 PM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
O CD é a evolução do vinil, e matou o vinil. O DVD é a evolução da fita, e alguém aí tem vídeo cassete??? Se tiver, é um saudosista, assim como quem ainda mantém os discos de vinil. São exceções. Assim, o e-book é a evolução do livro, e deve sim acabar com ele. O livro de papel daqui há alguns anos virar objeto de colecionador. Nós ainda damos algum valor ao papel, mas essa geração que vem aí, que já nasceu com um tablet nas mãos?  E como a nova mídia admite a inserção de vídeos, imagens, sons e interação, a tendência é que o próprio livro evolua para um novo formato. 

Eu, que sou apaixonada por livros, tenho mais de 2 mil na minha casa, me encantei com o e-book! E minhas últimas compras foram todas digitais. Claaro que não vou abandonar assim os livros de papel, até porque a oferta de e-books ainda é ruim. Mas que é muito melhor carregar um Ipad do que um livro de 600 páginas, não tenho dúvidas!

--
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--
Fernanda Garrafiel

Eloy Machado

unread,
Feb 24, 2012, 3:11:19 PM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Eu não posso duvidar pq eu me lembro muito bem de um episódio da vida : aos 13 anos eu li numa reportagem (na revista istoÉ que meus pais assinavam) que o CD era a tecnologia que ia matar os LPs. Eu dei risada e disse pro meu pai: Até parece, vc acha que as pessoas vão trocar os LPs por CDs? Todo mundo tem LP, vão fazer o que? jogar fora?

E deu no que deu.

Acho que ainda demora, mas sou obrigado a concordar com a Fernanda.

Marco Giroto

unread,
Feb 24, 2012, 3:26:57 PM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Isso ai Fernanda!

Abs.

Em 24 de fevereiro de 2012 17:39, Fernanda Garrafiel <fgarr...@gmail.com> escreveu:

Erick Nimtz

unread,
Feb 24, 2012, 7:16:29 PM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com

Me senti exatamebte na pele do membro que disse aqui sobre a "claustrofobia" e limitacao que eh segurar o reader ou tablet apenas pelas bordas. Realmente seria bem confortavel poder tocar na tela para segura-lo sem que com isso se trocasse a pagina.
Andei lendo rumores sobre o lancamento do samsung galaxy de dez pol com stylus, tal como ja existe hoje o galaxy note. Creio que isso sera fantastico, imaginem se as escolas usassem "livros (eletronicos) consumiveis", sobre os quais pudessem se feitas anotacoes a mao livre. Com os aplicativos adequados, seria a "perfeita" juncao eletronica dos livros com os cadernos! E mais: ja pensaram poder carregar por todo canto (ou simplesmente deixar na nuvem) seus cadernos e livros da vida toda, podendo consulta-los a qualquer momento, seja por saudosismo ou alguma finalidade pratica?
Na faculdade eu nao uso caderno, carrego todos os dias um pen tablet e um netbook onde escrevo sobre o one-note (microsoft). Eh um conjuntao grande e desajeitado, cheio de fios e que ocupa um espacao na mesa, mas eu acho fantastico. Todas as minhas anotacoes de tres anos nao chegam a 1gb, e estao sincronizadas na conta microsoft live, asim nem com backup eu me preocupo. E depois, para estudar, gero um grande pdf do "caderno" da materia e vou lendo meus manuscritos no tablet enquanto estou no onibus ou metro. Para mim seria excelente continuar a fazer tudo isso de forma mais integrada aos livros, quem sabe adicionando espaco entre os paragrafos para escrever, anotar. . .

sent on the go, sorry for misspelling or lack of accents

Alê B

unread,
Feb 24, 2012, 7:17:09 PM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com

Há aqui muito mito de algo que não existe ou já existe e seja superior, estou falando dos enhanced books, só usando palavras Virginia Woolf escreveu obras primas, assim como Dickens, Hemingway e alguns outros, mas isto não é possível a todos, eles usaram apenas palavras, seus livros existem e não são mito, mas futuros escritores para colocarem-se a ombro com estes ainda são mito, e tudo que é preciso é ordenar as palavras que já existem. É literatura, apenas literatura, seja em pergaminho, papiro, rag, pulp ou e-reader; a prensa de Gutenberg não matou a literatura, mas acabou com o predomínio e monopólio dos copistas, terás dificuldade em encontrar pergaminho, mas literatura ainda abunda. Se os enhanced books vão florescer, precisarão de gênios superiores aos grandes escritores, e esta é uma raça em extinção, ou apenas rara.

Eu diria que um jogo com uma boa estória tipo first person shooter já é um enhanced book, muitíssimo superior ao mito dos enchanced books; a internet já é um enhanced book, posso sair do livro e consultar um termo, assunto ou evento na internet direto do meu livro.

 

Um parágrafo ruim estraga um texto genial, se houver um grande enhanced book, deverá ter texto genial, vídeo genial, ilustrações geniais, ao contrário do Hemingway que só precisa ter um texto genial. Quem será o genial escritor do enhanced book?

 

Em relação ao conforto: tenho olhos claros, peno em sol forte, já não sou jovenzito, o tablet incomoda, mesmo o meu Sony que usa o E-ink mais antigo é mais confortável, muitos que reclamaram do contraste do e-ink estavam referindo-se ao antigo, presente no positivo alpha, cool-er, Sony PRS-600, e kindle II. Kindle III e acima e todos os novos e-readers usam o e-ink pearl de nova geração com muito mais contraste, nesta foto dá para ver a diferença:

  http://2.bp.blogspot.com/-yGADr1kH1GY/Tx6ZYF6N5NI/AAAAAAAAAI4/hy3om0CS4l4/s1600/kindle%2Bsony.jpg

 

Abraço,

Alex



2012/2/24 Marco Giroto <gir...@gmail.com>

Erick Nimtz

unread,
Feb 24, 2012, 7:23:42 PM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com

Nao vejo a hora de termos acesso a uma internet movel com velocidade, preco e franquia de consumo decentes! Acho obsceno, uma verdadeira piada de mau gosto esses planos 3g de velocidades pifias, consumo MENSAL MEDIDO EM MEGABYTES e conta na casa dos tres digitos. . .
Apesar de ter acesso ao estadao (jornal estado de sao paulo) impresso, tenho verdadeira preguica de sair de casa com aquele amontoado de papel, e ainda nao cheguei ao ponto de assinar a edicao digital porque cada edicao pesa cerca de 300mb devido as figuras!!!

sent on the go, sorry for misspelling or lack of accents

Raquel Zampil

unread,
Feb 24, 2012, 9:04:57 PM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Verdade, Daniel. E como é bom vivenciar essa aceleração da evolução, não é? Para quem, como nós, trabalha com livros, momento importantíssimo!
Abraço, 
Raquel


On 24/02/2012, at 09:06, Daniel Estill <daniel...@arquitexto.com.br> wrote:

Isso aí, Raquel! O negócio é ler, seja em que meio for.
Lembro como curti ler o Memorial de Aires no meu falecido Palm Pilot!
Acho que é isso, a gente agora conta com uma variedade de meios de leitura que não tinha antes e podemos aproveitar todas elas. Resta à indústria se adaptar a essas novas mídias e não limitar as nossas opções de consumidores. Se pensarmos historicamente, a evolução dos suportes de leitura caminha no sentido da praticidade, não é mesmo?

Abs,
Daniel Estill

Em 23/02/2012 21:27, Raquel Zampil escreveu:
Oi, pessoal! Tenho sorte. Faço parte do grupo que não acha a leitura no tablet nem um pouco cansativa.
Abraço, 
Raquel 

Sent from my iPhone

On 23/02/2012, at 18:24, "Carlos G. R. Castro" <carl...@terra.com.br> wrote:

Tenho os dois: iPad e Nook 1ª geração. Conteúdo é com o iPad. Agora livros, ainda prefiro o Nook.

 

Os tablets foram criados para consumo de conteúdo.

 

Já os e-readers estão preocupados com o conforto da leitura, peso do dispositivo, objetividade nos menus e duração da bateria.

 

São aparelhos distintos.

 

É como comprar tablet com notbook. Cada um com a sua função...

 

Minha opinião, claro...

 

Carlos Castro

 

De: revoluca...@googlegroups.com [mailto:revoluca...@googlegroups.com] Em nome de Fernanda Garrafiel
Enviada em: quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012 16:01
Para: revoluca...@googlegroups.com
Assunto: [Revolução e-book] Tablet x e-reader - o que é melhor para ler, o que vale a pena ter??

 

olá!

 

Eu sempre achei que os e-readers eram uma tecnologia de transição, que sumiriam com o tempo, dando lugar aos tablets, mais completos. Mas, será que é confortável ler em um tablet? Resolvi testar. Comprei dois livros digitais: "Um Dia" e "A guerra dos tronos", com aproximadamente 400 e 800 páginas, respectivamente. "Um Dia", eu li em um Positivo Alpha (infelizmente ainda não tenho um Kindle) e "A Guerra dos tronos", li em um Ipad. Aqui vão algumas considerações, minha opinião, sobre os dois aparelhos:

 

- Quanto ao peso, o e-reader ganha de lavada, não pesa quase nada. O Ipad não chega a ser pesado, mas é mais confortável segurar o e-reader.

 

- Quanto à tela: Aqui valem várias considerações:

- Reflexo: a tela do e-reader não reflete, e isso é uma grande vantagem se você quer ler na praia,ou em lugar de muito sol, ou com iluminação direta. Com o tablet, você precisa ajustar a posição dele para o reflexo da tela não atrapalhar a leitura.

- Luminosidade: ao contrário do que eu pensava, a luminosidade da tela do Ipad não torna a leitura desconfortável. Dá para ler horas sem se cansar. Em lugares mais escuros, eu achei mais confortável ler com o ipad do que com o e-reader. O Ipad tem um comando onde você pode diminuir o contraste entre o fundo e as letras, e isso resolve muito bem o problema da tela iluminada. No e-reader, a tela é fosca, e ele precisa de iluminação externa. Se você estiver em um lugar super iluminado, tudo bem. Mas se a iluminação for direcionada (dentro de um ônibus, por exemplo), eu achei bem desconfortável para ler. É como se as letras não tivessem contraste suficiente. 

- Tamanho: o tamanho da tela do Ipad se aproxima mais de um livro, é mais confortável. E as margens são ajustáveis. No e-reader, se aumentar a letra ou as margens, a tela fica pequena, e você fica com pouco conteúdo por página. Fica com um design ruim.

 

- Uma grande vantagem do Positivo Alpha é o dicionário embutido. Muito prático, só clicar em cima da palavra e ver o seu significado.

 

- Quanto a velocidade na passagem das páginas: ponto para o Ipad. O Positivo dá uma "piscadinha"  leva um segundo para montar a página seguinte. Parece irrisório?? experimenta isso no meio de uma frase..

 

- O Ipad tem mais possibilidades de visualização: é colorido, eu posso escolher a cor do papel, das letras, posso regular a luminosidade, posso escolher a forma como eu quero passar as páginas.

 

- Uma vantagem para o e-reader: os livros ficam todos em um mesmo índice, que você pode organizar como preferir. No Ipad, tem o aplicativo da Cultura, se você comprou o livro na Cultura. da Saraiva, se você comprou na Saraiva, tem o Ibooks.. Seus livros ficam espalhados por vários aplicativos. 

 

Enfim, os dois tem suas vantagens e desvantagens. Mas eu acho, sinceramente, que, entre levar dois dispositivos na bolsa, eu prefiro ficar com o Ipad, que tem outros aplicativos também. Além de ler livros, eu tenho agenda, e-mails, jogos, vídeo. etc.. Dispersivo? Claro que não. Você tem várias coisas para dispersar em casa e mesmo assim senta para ler um livro, não é? Então, é a mesma coisa: eu tenho vários aplicativos, mas, quando quero ler um livro, eu leio e deixo o resto para lá.

 

Abraços,

 

--
Fernanda Garrafiel

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Atualizado em 05/09/2011

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Paulo Carvalho

unread,
Feb 24, 2012, 10:05:17 PM2/24/12
to revoluca...@googlegroups.com
Acho que o marco está fazendo uma confusão, uma coisa é a evolução do vinil para o cd outra coisa é a mudança do rádio para a televisão.
No primeiro caso temos uma mudança de plataforma o conteúdo é o mesmo sob uma plataforma diferente, no outro caso temos uma mudança de linguagem, o conteúdo foi totalmente alterado.
Que o livro impresso está fadado a diminuir, isso parece claro, agora que este livro se transformará em outro produto, já não me parece tão claro.
Com isso não quero dizer que os enchanted books não vão ter seu lugar, acho que terão, como o alex sitou acho que sob certas circunstâncias eles já existem, na verdade se pensarmos nas antigas enciclopédia em cd-rom veremos que isso já é até antigo.
Entretanto, dizer que o mercado se converterá nisso acho uma afirmação duvidosa.
Pode até ser que o mercado dos enchanted books venha a ser maior que dos livros, mas aí ele terá amadurecido ao ponto de ser um mercado próprio e como eu disse, nem sei se podemos chamar este produto de livro.
Por outro lado a mídia livro como a conhecemos feita de palavras e imaginação continuará sempre a existir, independente de quantas mídias diferentes existam.
Os livros sobreviveram ao vídeo, ao áudio-book, aos programas de computador e certamente sobreviverão aos "livros multimídias"


Subject: Re: [Revolução e-book] Tablet x e-reader - o que é melhor para ler, o que vale a pena ter??
From: raquel...@gmail.com
Date: Sat, 25 Feb 2012 00:04:57 -0200
To: revoluca...@googlegroups.com

Fernanda Garrafiel

unread,
Feb 25, 2012, 12:30:02 AM2/25/12
to revoluca...@googlegroups.com
oi, Alê!

O "genial escritor do enhanced book" não será uma pessoa, e sim uma equipe! :)

Alê B

unread,
Feb 25, 2012, 6:27:41 AM2/25/12
to revoluca...@googlegroups.com

Fernanda aí é que está o problema, consegue imaginar uma equipe genial em todos os quesitos? Veja o exemplo do cinema, e a produção de games, nada nestes meios próximo à obra de um grande escritor, seja Shakespeare, Cervantes, Dickens, Woolf, Pessoa. Veja o Faulkner como escritor e como cineasta roteirista.

 

Abraço,

Alex



2012/2/25 Fernanda Garrafiel <fgarr...@gmail.com>

Luis Dantas

unread,
Feb 25, 2012, 7:40:50 AM2/25/12
to revoluca...@googlegroups.com
Mesmo nos limitando ao conceito de "livro" como sendo um objeto com algum tipo de papel agrupado e com texto, talvez ilustrações, já temos uma variedade impressionante hoje em dia.  Há livros em que o que importa é o texto em si, há manuais de fotografia em que as ilustrações são absolutamente centrais.  Até mesmo na Bíblia encontra-se livros que são quase eróticos e livros que são praticamente manuais de etiqueta.

Enquanto experiência, os livros sempre foram sobre o desafio de ter um material restrito e criar experiências diversificadas a partir destes.

Por isso, eu acredito que a tecnologia de ebooks (no sentido amplo) não vai levar a uma uniformização e sim a uma diversificação radical do produto.  Assim como existem livros de banho para crianças feitos de plástico e livros de dobraduras em que cada página abre uma construção diferente em três dimensões, com certeza não vai deixar de haver experiências com as possibilidades que tablets e outros produtos eletrônicos abrem:

- livros realmente interativos, que escolhem até mesmo a linguagem usada a partir do perfil mostrado pelo usuário nas interações anteriores.

- livros em tempo real (sobre astronomia, por exemplo) que consultam informação relevante na Internet quando necessário.  E aí já começa a haver uma fusão com os periódicos eletrônicos.

- livros em que o enfoque é de fato no texto (não é todo livro que se beneficia realmente de ter ilustrações, e não vai ser todo livro que a se beneficiar de recursos eletrônicos em grau significativo) mas que ainda assim terão as vantagens de poderem ser lidos mais casualmente, em uma variedade maior de ambientes e situações, e com mais opções de interface.  Um dos maiores benefícios dos ebooks é o grau de acesso à informação que trazem para deficientes visuais.  Penso que inclusive estamos no limiar de descobrir maneiras de melhorar a interação de pessoas com quadros da família do autismo, criando livros mais sensorialmente atraentes.

- livros em que a proposta é, como indicado pela Fernanda, ter uma equipe de pessoas qualificadas contribuindo em suas respectivas áreas para ter o melhor produto final possível... e outros em que, pelo contrário, uma só pessoa assume vários ou até todos os papéis para ter o produto mais _pessoal_ possível.  Faço um paralelo com certos quadrinistas, que em momentos vários decidem que preferem cuidar do argumento e da arte, ou do lápis e da arte-final, em vez de dividir as responsabilidades.  Não é para ser sempre assim, mas haverá casos em que acontece e apresenta um excelente resultado.

E por aí vai.  A publicação de livros tradicionais vai continuar acontecendo, tenho certeza.  Mas a fronteira entre o que é livro, o que é livro eletrônico, o que é multimídia e o que é aplicativo web vai se tornar extremamente confusa e os produtos finais serão cada vez mais variados e adaptáveis ao gosto não só do consumidor, mas também do autor.  Michael Moorcock, por exemplo, é conhecido por sua tendência a reescrever significativamente livros que já publicou anos ou décadas atrás.  Quem sabe no futuro não teremos mais autores "wiki", que se reservam os direitos autorais mas também o direito de revisar o texto quando e como quiserem?  Pode vir a surgir inclusive um mercado específico para _atualizações de livros_ em contraste aos livros propriamente ditos.  

Fernanda Garrafiel

unread,
Feb 25, 2012, 8:39:51 PM2/25/12
to revoluca...@googlegroups.com
oi, Alex!!

Claro que consigo! Vai me dizer que não tem nada genial feito em equipe? Cinema é feito em equipe, teatro, livros infantis... Shakespeare teria seu ilustrador e seu programador multimídia! :) E continuaria sendo genial!

Alê B

unread,
Feb 26, 2012, 8:37:33 AM2/26/12
to revoluca...@googlegroups.com

Oi Fernanda,

Aí é que está o ponto, você imagina, mas cadê os exemplos, assim como imaginam o tal enhanced book, mas está na imaginação como os fantasmas, vampiros e escolas de bruxos adolescentes. O enhanced book já existe, e existe em versão superior à por ti imaginada, sem palavras, chama-se televisão, filme, mais popular que a leitura, vai tomar o lugar do livro? Não! Livros ainda estão por aí, e quer saber do mais assustador, lê-se mais hoje do que em todos os tempos no Brasil; nunca tivemos leitores, o livro aqui sempre foi um produto elitista. O fato é termos leitores, nunca os tivemos, não estão deixando de existir, mas a leitura tem aumentado.

 

O e-reader é uma possibilidade real de popularizar a literatura, pois tem o mesmo ou maior conforto que o papel, e a inexorável possibilidade de redução dos custos na cadeia do papel. Só o preço baixo vai popularizar a literatura, enquanto cara, será propriedade da elite monetária.

 

O trabalho de um autor solitário, escrever é sempre solitário, sem recursos ao atingir a mestria é incrível, esta independência artística é o ponto chave, existe quem escreva para bajular o leitor e ganhar lucro fácil, mas há a possibilidade de mirar mais alto que o simples comercialismo. E nas iniciativas em time, é sempre o produto raso a meta, a mediocridade do profissionalismo, que entrega apenas o que o mercado quer. Ao independer da editora comercial o ebook, junto com o e-reader libera o autor que deseja escrever ignorando o mercado, mas visando ao grande leitor, franção ínfima, irrelevante para o mercado, o amante da arte.

Cláudio Soares - Gmail

unread,
Feb 26, 2012, 6:22:11 PM2/26/12
to revoluca...@googlegroups.com
Alex, os escritores também terão que adquirir novas competências. Uma coisa é escrever tendo como plataforma destino uma folha de papel. Outra bem diferente é qnd o destino é a tela. Novos escritores, mais tecnologicamente habilitados, chegarão, e novas histórias serão contadas considerando as novas técnicas e tecnologias. Tem sido assim há tempos. Não sei se o que vemos nascer será considerado uma nova arte, autônoma, ou se ainda será literatura. Vamos aguardar o futuro chegar. Abs, Claudio Soares.

Sent from my iPad

Fernanda Garrafiel

unread,
Feb 26, 2012, 7:17:01 PM2/26/12
to revoluca...@googlegroups.com
oi, Alê!!

O enhanced book já existe, não está na imaginação. você pode baixar na Apple Store! quer um exemplo ótimo? Baixe LIFE ON EARTH. É fantástico!

Abraços,

Fernanda

Alê B

unread,
Feb 26, 2012, 9:31:42 PM2/26/12
to revoluca...@googlegroups.com

Cláudio,

 

Com esta frase perde todo o ponto: “os escritores também terão que adquirir novas competencias”. Veja o absurdo, os pintores ainda são pintores, tem mais tintas, mas pincéis, mas ainda por isto precisam de muita habilidade para rivalizarem os renascentistas. Antes de mais nada ainda são pintores. Fotógrafos não são pintores, são habilidades distintas, pintores não adquiriram novas competências por conta da fotografia, ainda são pintores, e fotógrafos não são pintores.

 

Vamos agora pensar não como futurólogos, mas como leitores; já encontrou algo mais empolgante que uma estória bem escrita? Pode imaginar superior intimidade e intensidade à encontrada na leitura? Mesmo o escritor mediano, com pouca competência textual dá um baile em todas as outras formas de comunicação. Quem já tem esta habilidade de leitura não encontra outro meio onde uma estória possa ser vivenciada de maneira mais intensa, a única possibilidade é viver a história.

 

Abraço,

Alex



2012/2/26 Cláudio Soares - Gmail <cla...@obliq.com.br>

Alê B

unread,
Feb 26, 2012, 9:32:37 PM2/26/12
to revoluca...@googlegroups.com

Fernanda,

 

LIFE ON EARTH comparado com a apenas uma obra escrita há meio milênio, Don Quixote de Cervantes,  é alinhar a estatura de uma barata ao Colosso de Rhodes.

 

Acho que não precisamos ir longe, é só comparar com Sir Arthur Conan Doyle, o seu detetive teve “vida na terra” apesar de nunca ter existido, é a criação, a mágica da literatura, esta forma simples e poderosa de comunicação. Ainda não há forma que rivalize com a intimidade do texto nas mãos de um bom escritor.

 

Abraço,

Alex



2012/2/26 Fernanda Garrafiel <fgarr...@gmail.com>

Fernanda Garrafiel

unread,
Feb 26, 2012, 10:54:25 PM2/26/12
to revoluca...@googlegroups.com
Não tem como comparar, um é uma obra de ficção, e outro é uma obra enciclopédica. É como você comparar um filme de Charlie Chaplin a um documentário do Discovery Channel. Propósitos diferentes. Estou mostrando para você, na verdade, que uma equipe pode sim, produzir um bom "livro". E dei um exemplo de enhanced book, que você disse não existir ainda.

E eu discordo de você em outro aspecto. Às vezes, uma imagem vale sim, mais do que mil palavras, por melhor escritor que se tenha.  E eu garanto a você que conheço Cervantes, Conan Doyle e muitos outros. Mas, estou falando principalmente de informação. O que é melhor: 10 parágrafos explicando a cadeia de DNA, ou uma imagem em 3D da espiral? Você mostra a cadeia de DNA em 3D, e gasta as palavras para explicar os detalhes do seu funcionamento.

Alê B

unread,
Feb 27, 2012, 5:44:09 AM2/27/12
to revoluca...@googlegroups.com

Oi Fernanda,

 

Se são coisas diferentes o livro “melhorado” (enhanced book) não é livro, e é isto que estou dizendo, há gente anunciando o apocalipse do livro só de palavras, dizendo que o escritor vai ter que ter novas habilidades, pois a simples escrita não bastará. Lembra do encarta? O seu “Life on Earth” já existe a muito tempo, não teve a pachorra sequer de chamar-se livro ou pretender substituí-lo, o livro ainda é feito de palavras, alguns escritos por mestres, insubstituíveis. Ainda não houve equipe que consiga superar a mestria de um único homem.

 

E aí está a raiz da bobagem, o tablet com seus recursos multi-mídia não substitui o e-book limitado, pois é o livro o conteúdo do e-reader, e livro ainda é livro para quem sabe ler, para quem não lê melhor ficar na televisão, acessível até aos analfabetos.

 

Topo seu desafio, você faz ou encontra a melhor representação gráfica do DNA e eu escrevo dez parágrafos de texto. Garanto que quem ler meu texto saberá mais da mecânica da vida do que quem ver a “foto” do DNA. Uma imagem vale por mil palavras, mas não as palavras certas...

 

Abraço,

Alex



2012/2/27 Fernanda Garrafiel <fgarr...@gmail.com>

Fernanda Garrafiel

unread,
Feb 27, 2012, 7:53:22 AM2/27/12
to revoluca...@googlegroups.com
oi, Alê!!!

Nunca vamos nos entender, porque estamos falando de coisas diferentes. Eu jamais disse que o "e-book limitado" ia desaparecer. Sempre teremos os Shakespeare, Cervantes, Camus, etc. Mas temos que ter a mente aberta para as novas possibilidades que vão surgir e já sugiram. 

E, quando eu falo da espiral de DNA em 3D, estou falando da FORMA mesmo, da representação física do DNA. A imagem disso vai comunicar melhor e mais rápido. A "mecânica da vida", se explica com palavras mesmo, é claro.

Abraços,

Fernanda

Claudio Soares - Obliq Press

unread,
Feb 27, 2012, 8:14:59 AM2/27/12
to revoluca...@googlegroups.com

Oi Alex, 

hoje, alguns desses pintores e fotógrafos se expressam também por software. Além disso, pincéis, tintas, telas, câmeras, etc, possuem mais tecnologia e requerem de seus "profissionais-usuários" mais habilidades e competências. O meio influencia a msg. O escritor pode usar lápis e papel, máquina de escrever, cartões, etc, mas se souber usar determinados softwares poderá atingir outros patamares criativos. Mas, é uma escolha do autor, não uma imposição. Não tratamos aqui de substituição, mas de aprimoramento, evolução. Outra coisa importante: os leitores estão cada vez mais exigentes. Não concordo com sua opinião sobre as outras artes. Acredito na convergência. 

Abs,
Claudio Soares

Sent from my iPad

Alê B

unread,
Feb 28, 2012, 10:44:45 AM2/28/12
to revoluca...@googlegroups.com

Continuo a afirmar: quem tem intimidade no livro não encontra a mesma experiência em nenhuma outra mídia. Ilustrações, vídeos, joguinhos, podem ser interessantes para crianças, mas os adultos já não tem necessidade deste suborno, querem apenas as palavras alinhadas em um bom texto. É muito difícil de entender? Companhias de joguinhos eletrônicos ainda serão produtoras de jogos, e livros ainda serão livros, com palavras.

 

Abraço,

Alex



2012/2/27 Claudio Soares - Obliq Press <cla...@obliq.com.br>

Alê B

unread,
Feb 28, 2012, 10:46:55 AM2/28/12
to revoluca...@googlegroups.com

Ter mente aberta é comparar todas as possibilidades, e no momento nada foi mostrado que rivalize com o livro, isto visto de mente aberta e realista.

Marco Giroto

unread,
Feb 28, 2012, 12:11:41 PM2/28/12
to revoluca...@googlegroups.com
Eu gostaria de ler um eBook onde, em uma cena de suspense, uma trilha sonora tocaria de fundo, deixando a cena ainda com mais veracidade. Ou, na descrição de algum local, por exemplo, um museu, eu coloco o dedo em cima do nome do museu e automaticamente uma imagem do museu aparece pra mim, como eu nunca visitei esse lugar antes, apenas a descrição não me basta, mas ver o interior do museu como ele realmente é, eu nunca teria conseguido isso com um livro em papel. Ou, ao iniciar um capítulo, uma pequena animação de poucos segundos para ajudar a criar o clima para aquele capítulo. Ou ainda, os ebooks que irão depender da interatividade do leitor, o escritor escreve alguns desfechos para vários momentos do livro e durante a leitura, o leitor escolhe por onde o personagem deve ir ou não.

Tudo isso e muito mais, iriam enriquecer minha experiência como leitor, e o livro continuaria sendo livro.

Alexandre Pires Vieira

unread,
Feb 28, 2012, 12:34:25 PM2/28/12
to revoluca...@googlegroups.com
Marco,

Eu até acho interessante os exemplos que você citou, mas penso que o resultado final não seria um livro, mas sim outro tipo de arte, com outra dinâmica de uso. 
Acredito que existe mercado para o livro narrativo como conhecemos (em formato digital ou em papel).  Já para o livro expandido não sei.  Parece que está faltando algo. 

Um livro com os exemplos que deu iria me incomodar. (se eu quiser conhecer o museu irei procurar um documentário.  Se estiver lendo em um tablet poderei acessar o site do próprio ou informações sobre ele na web;  sem nunca ter testado, penso que a trilha sonora iria ser muito irritante)
visite nosso site 
Alexandre Pires Vieira
pi...@legatus.com.br
www.montecristoeditora.com.br
Fone: 11 3644-3420 / 9481-5666

Maurem Kayna

unread,
Feb 28, 2012, 12:43:42 PM2/28/12
to revoluca...@googlegroups.com
São experiências possíveis, Marco (veja uma iniciativa nesse sentido feita pelo escritor Marcelo Spalding aqui: http://www.ebookbr.com/2012/01/alem-da-opcao-do-e-book.html), mas, para mim, já não serão propriamente livros. Um livro, para mim (e veja, estou falando de literatura, nunca de não ficção, livros técnicos ou didáticos) vale pela habilidade do escritor com a  matéria-prima: a palavra.

Posso ser um tipo de leitora meio obsoleta e não representar uma tendência de mercado, vá lá... mas meu interesse mesmo é poder ter todos os clássicos em boas edições, com traduções confiáveis à disposição no meu e-reader ou mesmo smartphone (funciona para os momentos de desespero).

E, costurando o assunto com o mail do Paulo Henrique (oi Paulo, eu sou aspirante a escritora, leitora convicta e intrometida nesses assuntos de e-book, pelo potencial que vejo nele com o meio de divulgação de conteúdo) sobre disruptura... acho que temos ainda uma lamentável lacuna em termos de curadoria. Sim, o volume de material que os atuais meios possibilita talvez torne quase impossível esse filtro qualitativo para a literatura, mas eu penso que o tempo é escasso e, embora seja muito propensa a conhecer o novo (novos autores), não tenho tempo a desperdiçar com conteúdo de qualidade duvidosa... E para isso ainda não estou vendo movimentos consistentes acontecendo, pois as 'poderosas' customer reviews não me parecem robustas ou confiáveis o bastante para isso.

MK
http://www.mauremkayna.com
http://twitter.com/mauremk




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Marco Giroto

unread,
Feb 28, 2012, 12:50:14 PM2/28/12
to revoluca...@googlegroups.com
Ai realmente vai de gosto.

Até você terminar de ler o livro, já se esqueceu que gostaria de visitar o museu, e tendo a imagem do museu em sua mente, sua imaginação terá mais elementos para construir a cena.

Trilha sonora é tudo de bom, realça ainda mais a criatividade. Meus dois livros escrevi inteiros escutando trilhas sonoras de filmes. Foi uma bela ajuda.

E o resultado final, continuaria sendo um livro, não tem porque criar outro nome, só porque o livro tem mais elementos. Os tabletes da suméria, escritos cuneiformes em argila são tão livros quanto os exemplares que vemos nas livrarias. São bem diferentes se colocarmos um ao lado do outro, mas continuam sendo livros.

Abraços.

fabio mariano

unread,
Feb 28, 2012, 1:06:11 PM2/28/12
to revoluca...@googlegroups.com

Acho possível que, num futuro não distante, algumas obras literárias apresentem propostas de interação com o leitor, explorando recursos audio-visuais.

Mas acredito também que livros tal qual nós conhecemos não desaparecerão. Continuarão existindo livros apenas com textos em prosa, linha após linha. E eles continuarão a ser deliciosos.

Eu tenho uma sincera preferência aos livros apenas de texto, aqueles sem qualquer recurso interativo. Não se trata de saudosismo. É que nem sempre queremos tantas informações juntas. É interessante deixar a imaginação percorrer sozinha, sem ter um caminho muito bem orientado.

É claro que essas questões são relativas. Em algumas situações esses recursos podem ser bem-vindos, especialmente quando tratamos de livros didáticos, ou mesmo quando, no caso de obras literárias, o escritor pensou a história já prevendo o uso desses recursos e como poderia explorá-los.

Mas creio que obras literárias já consagradas sempre terão espaço, mesmo sem o uso desses recursos. É um pouco como respeitar o livro em sua forma original, tal qual o autor o pensou.

abrs
fabio

Albano Martins Ribeiro

unread,
Feb 28, 2012, 1:06:57 PM2/28/12
to revoluca...@googlegroups.com
Se eu não gosto que o Word me sugira um "correção" pra uma palavra, imagino o que eu sentiria se um "livro" começasse a tocar uma música pra dar "veracidade" à cena.
 
Ler (digo, ler literatura, claro), pra mim, é uma coisa pra se fazer 1) em ambiente silencioso, 2) sozinho e 3) em posição confortável. É claro que dá pra ler no metrô (onde nenhuma dessas condições está minimamente satisfeita), mas se o livro conseguir, a mente faz o resto, inclusive "desligar" do ambiente.
 
Qualquer interferência maior faz (ou pode fazer) com que a leitura se transforme em algo como, por exemplo, assistir tv tomando café na padaria: dá pra ver a tv, dá pra tomar o café, mas eu acho que não dê pra fazer nenhuma das duas coisas direito: perde-se parte do programa e do sabor do café.
 
No entanto, creio que pouca (e cada vez menos) gente pense como eu. O livro, por ser um trocinho em preto-e-branco, estático, mudo e, pra piorar, praticamente repleto de letras (e apenas letras), não apresenta hoje nenhum atrativo. É menos que um copo d'água.
 
issaí.
abraços
Albano
 
 
 
 
 
----- Original Message -----
Sent: Tuesday, February 28, 2012 2:11 PM
Subject: Re: [Revolução e-book] Tablet x e-reader - o que é melhor para ler, o que vale a pena ter??

Maurem Kayna

unread,
Feb 28, 2012, 2:00:28 PM2/28/12
to revoluca...@googlegroups.com
Albano, parece que não sou assim tããão uma excessão. risos
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Miguel Augusto Rodrigues Silva

unread,
Feb 28, 2012, 1:15:10 PM2/28/12
to revoluca...@googlegroups.com
Estou tendo uma ótima experiência de leitura com o Nook Tablet, ainda mais depois de ter "rootado" ele. Os apps da Barnes são ruins e caros, além de difíceis de comprar. No entanto, o software de leitura é bem legal. É uma pena que ele não virá para o Brasil.

Quanto à bateria, fica dias ligado sem carga.

Abraços,

Miguel

Paulo Carvalho

unread,
Feb 28, 2012, 3:12:43 PM2/28/12
to revoluca...@googlegroups.com

A gente está discutindo aqui a questão de meios de comunicações quentes e frios.
Um meio quente é aquele que satura vários sentidos como a televisão com recursos visuais e sonoros, alguns brinquedos de parques de diversão chegam a adicionar o tato chacoalhando a cadeira onde você assiste uma projeção.
O livro sempre foi um meio frio.
Isto tem alguns significativos, se fomos observar os estudos da escola de Frankfurt, que diz que meio é mensagem, podemos perceber, que o meio frio te possibilita mais espaço para reflexão, já que você faz a leitura no seu ritmo, parando no momento que quiser e sem elementos extras que ocupem sua atenção.
O excesso de recursos multimídias, rouba espaço de criatividade e reflexão, por isso acho que este livro multimídia não pode ser chamado de livro, e por esta mesma razão o livro como conhecemos não deve desaparecer.
O livro deve sim exigir mais do leitor e nem tudo deve ser dado de bandeja, saber como o museu realmente é talvez seja ruim, pois não lhe permite criar "o seu museu" na imaginação, e além disso o entendimento de museu vai além da questão visual, existem várias informações que o autor pode descrever em um livro que nenhuma foto ou vídeo podem mostrar.
A sensação térmica do museu, a política administrativa do mesmo, a relação entre as pessoas que freqüentam o museu e aquelas que lá trabalham, enfim existe uma infinidade de elementos e boa parte deles são preenchidos pela imaginação, acabar com este espaço da imaginação é criminoso, é um processo de bestialização da sociedade.
Nem tudo tem que ter rítmo de vídeo-clip se você gosta de música enquanto lê ótimo, mas seu prefiro o silêncio, porque deveria ser obrigado a ouvir música durante um capítulo.
O cinema precisa da trilha sonora pois são elementos que fazem parte da linguagem cinematográfica, o livro não precisa disso, é elemento estranho à linguagem, nem todo livro tem que ser cheio de recursos, as vezes só queremos poder ler uma boa história.

Subject: Re: [Revolução e-book] Tablet x e-reader - o que é melhor para ler, o que vale a pena ter??
Date: Tue, 28 Feb 2012 15:06:57 -0300

Alê B

unread,
Feb 28, 2012, 8:00:05 PM2/28/12
to revoluca...@googlegroups.com

Excelente colocação Paulo,

Ainda posso acrescentar: se pensarmos em literatura, na infinidade de maneiras que os autores escrevem, e no nível de domínio do ofício da escrita, iremos encontrar um universo de possibilidades de contar uma estória; os temas de Poe ficam bem na linguagem de Poe, o mesmo para Proust, Virginia Woolf e muitos outros. O autor escolhe e dosa a informação no livro e afina a narrativa com a estória a ser contada. No caso de um Tolkien tenho em minha cabeça uma Rivendel muito mais bela que a do filme, mas no caso da Rowling, Hogwarts do filme é mais bonita, pois nas descrições da escritora não há nada mais que corredores e mais corredores, não precisava ser um Umberto Eco no “Nome da Rosa”, mas um castelo mágico daria espaço para muita coisa interessante que não existe na narrativa original tornando-a muito mais rica. Isto é escrita, mesmo quando na mão de gente com menos perícia ainda pode ser divertida, em mão de mestres é uma festa.

 

Abraço,

Alex



2012/2/28 Paulo Carvalho <paulo_henri...@hotmail.com>

Raquel Zampil

unread,
Feb 28, 2012, 9:58:01 PM2/28/12
to revoluca...@googlegroups.com
Desculpem a intromissão, concordo em grande parte com o que vocês disseram, mas também vejo mais uma vantagem do tablet: ele põe à sua disposição todo esse riquíssimo universo literário (pelo menos para aqueles que, como eu, não são repelidos pela luminosidade da tela) e mais os enhanced books, quer os vejamos como diversão simples e superficial ou algo além.
Abraço,
Raquel

Claudio Soares - Obliq Press

unread,
Feb 28, 2012, 10:37:30 PM2/28/12
to revoluca...@googlegroups.com
A conclusão que tiro de toda essa discussão é que cada leitor é único, e, agora, tem poder de escolha. A tarefa dos editores 2.0 não é fácil. Um único produto não basta. Todas as versões de livro até agora pensadas podem ser insuficientes. O leitor deve ter a possibilidade de configurar "on demand" sua experiência. 
Abs,
Claudio Soares - Obliq Press



--

Claudio Soares E-Publisher, OBLIQ 
Tel: +55 21 9138-5023 | @obliqpress

Alê B

unread,
Feb 29, 2012, 9:52:52 AM2/29/12
to revoluca...@googlegroups.com

Eu já tiro a conclusão de que o leitor é único, o autor é único, mas a literatura é una. Das belas iluminuras aos tipos móveis e agora ao texto digital, é a mesma escrita que atravessou os séculos em diferentes roupagens, traduzida nas diversas linguagens, apenas o texto, sem imagens. Não há leitor, não existe editor sem a singela figura do autor. Agora no livro digital é o autor que volta a ser o protagonista de direito da obra e da arte escrita.

 

Abraço,

Alex

Claudio Soares - Obliq Press

unread,
Feb 29, 2012, 1:46:15 PM2/29/12
to revoluca...@googlegroups.com
Alex, precisamos reler Barthes e Foucault (entre outros) para sabermos o que efetivamente é um "autor" (invenção mais ou menos recente) e o que devemos esperar dele (artisticamente e legalmente) em uma sociedade em rede. 

Em paralelo, é importante compreender que Leitura, "a capacidade de extrair sentido de SÍMBOLOS escritos ou impressos", nem sempre foi definida deste modo. 

Já foi mera capacidade de obter e compreender informações visuais com base em algum sistema codificado, depois, significou a compreensão de um texto contínuo, para depois, mais recentemente, significar a extração de informações codificadas de uma tela eletrônica. 

E, para botar mais "lenha na fogueira" antecipo que, em um futuro próximo, "leremos" com os olhos + cérebro, mas também leremos através de agentes de software especialmente configurados por nós (ou por outros) com determinada função de rastrear altos volumes de informação. 

O Google, de certa forma, já antecipa esse "personal oráculo". Aliás, o software, não importa qual, é sempre uma extensão do homem. 

Enfim, Alex, a definição de leitura continuará a se expandir, pois isso significa o mesmo que dizer que a humanidade avança. Tem que avançar. Não tem outro jeito. 

Abs,

Claudio Soares - Obliq Press. 

2012/2/29 Alê B <alex...@gmail.com>

Luis Vasquez

unread,
Feb 29, 2012, 4:20:10 PM2/29/12
to Revolução e-book
Estou com a Stella, costumo ler bastante em meu smartphone e em meu
kindle. Como Stella já citou, a grande vatagem do smartphone é estar
comigo 24h por dia, é como carregar minha biblioteca no bolso!!!!

M10 Gmail

unread,
Feb 29, 2012, 6:19:59 PM2/29/12
to revoluca...@googlegroups.com, revoluca...@googlegroups.com

"apenas o texto, sem imagens."

Opa, texto também é imagem e não existe "não-comunicação" visual. Não é possível essa neutralidade total, separando totalmente forma de conteúdo. O impacto na compreensão pode ser menos relevante, mas existe. O autor pode tentar ignorar essa dimensão do texto, mas ao fazer isso, ele está na realidade delegando essa função a padrões pré-estabelecidos pelos sistema de leitura, o que é bem ingênuo. Embora essa expressão visual não seja sua intenção principal, um autor deve ter consciência das suas implicações ao criar o seu conteúdo.

Marcio Duarte

Alê B

unread,
Feb 29, 2012, 10:13:43 PM2/29/12
to revoluca...@googlegroups.com

Não pretendo adentrar semiologia ou o pós-estruturalismo para saber o que é um autor, uma vez que acabam sendo auto-referentes, até prefiro os misticismos do Bloom nesta ceara, mas sem complicar, meu autor é apenas o que porta a pena com a cabeça que a guia.

 

Os recursos a nós disponíveis já estão aí a umas duas dezenas de anos, fora a portabilidade, um tablet é apenas um computador vagabundo com um mouse ineficiente. Em minha visão bastante pragmática a novidade é a tela de e-ink que torna a leitura eletrônica tão confortável como o papel. Lembre-se, ebooks já aí estão a décadas assim como o computador, e nunca a industria sentiu-se ameaçada, nem eu imaginava largar meus livros de papel. A mudança iniciou quando os aparelhos de e-ink atingiram U$150,00, antes disto era vestigial. Portanto a grande mudança real que ocorre é a simples mudança de meio. Quando o leitor tem para si disponível o aparelho de leitura, os custos de produção e distribuição de um livro ficam ínfimos, permitindo a democratização da leitura e o acesso aos leitores aos autores independentes de editoras.

Qualquer um pode escrever e distribuir, escrever bem, já depende de algum estudo, independente disto, o autor vai comunicar-se com o leitor, pode ser no nível de um Victor Hugo ou de uma JK Rowling, são autores, falam com leitores diferentes, e através do ereader os autores podem conversar com seus leitores com o mesmo conforto do papel.

 

Aí está a grande novidade, todos os elementos de linguagem ainda são os mesmos de vinte anos atrás, e os livros: os mesmos de meus avós e os dos avós deles, e ainda um monte de novos que nunca chegaram a esgotar as possibilidades da literatura. Ler é fascinante, uma experiência incrível, é um contato direto com a mente do autor, seja em uma estória ou nos devaneios mentais dos filósofos.

 

Abraço,

Alex

Fernanda Garrafiel

unread,
Feb 29, 2012, 11:36:33 PM2/29/12
to revoluca...@googlegroups.com
Eu discordo que foi a tela de e-ink a responsável pela disseminação do e-reader. Acho que o Kindle deu um start, mas o que realmente alavacou as vendas foi a grande quantidade de tablets vendidos. depois disso é que as editoras daqui do Brasil começaram a se coçar para produzir mais títulos digitais. E só começaram, porque a oferta ainda é pequena. Aqui nesta lista, nós ainda damos importância ao e-reader, porque a lista é formada por uma minoria de amantes da leitura. Mas o leitor comum, aquele que lê um livro por ano, e geralmente é o best-seller da vez - infelizmente esse é o perfil da maioria dos leitores no Brasil - quando vê um Kindle pergunta: "Legal, mas ele SÓ serve para ler? Por que não comprar um tablet?" Eu ainda acho que o e-reader é uma tecnologia de transição, e a tendência é sumir do mercado, como o videolaser, o betamax, e outros do gênero.

Paulo Carvalho

unread,
Mar 1, 2012, 12:50:01 AM3/1/12
to revoluca...@googlegroups.com
Fernanda o Alê falou do e-reader no mundo, no caso do brasil a coisa é um pouco diferente e acho que parte do que temos têm a ver com a pressão internacional, mas eu particularmente acredito que estamos subestimando os leitores brasileiros e as possibilidades do e-reader.


Date: Thu, 1 Mar 2012 01:36:33 -0300

Subject: Re: [Revolução e-book] Tablet x e-reader - o que é melhor para ler, o que vale a pena ter??

Alê B

unread,
Mar 1, 2012, 5:58:20 AM3/1/12
to revoluca...@googlegroups.com
O amante da literatura consome por ano uma centena ou mais de livros
de natureza diversa, você pode não gostar, mas é fato que a corrida do
ebook foi detonada quando a Sony baixou o preço do seu leitor, que
custava quase U$300 para U$170. Os possuidores de e-reader são
responsáveis pela maioria das compras de livros, além disto, se o
conforto visual é relativo para alguns, a duração da bateria não é, no
meu Sony ela dura duas semanas de leitura intensa, no kindle dois
meses, mais um detalhe, no mundo civilisado o e-reader é muito mais
barato que o tablet. Só quem não é leitor e nunca pegou o e-ink em
mãos não vê a enorme diferença. O e-reader é muito mais leve, 170g ou
220g, também fator de conforto. É dedicado, é para o leitor, aquele
que mais consome livros, pode tornar a literatura mais popular, é mais
barato, acessível.
Abraço,
Alex

Em 01/03/12, Fernanda Garrafiel<fgarr...@gmail.com> escreveu:

>>>>>>>> ------------------------------

>>>>>>>> *From:* Marco Giroto <gir...@gmail.com>
>>>>>>>> *To:* revoluca...@googlegroups.com
>>>>>>>> *Sent:* Tuesday, February 28, 2012 2:11 PM
>>>>>>>> *Subject:* Re: [Revolução e-book] Tablet x e-reader - o que é

>>>>>>>> <fgarr...@gmail.com><fgarr...@gmail.com>


>>>>>>>> fgarr...@gmail.com>
>>>>>>>>
>>>>>>>> oi, Alex!!
>>>>>>>>
>>>>>>>> Claro que consigo! Vai me dizer que não tem nada genial feito em
>>>>>>>> equipe? Cinema é feito em equipe, teatro, livros infantis...
>>>>>>>> Shakespeare
>>>>>>>> teria seu ilustrador e seu programador multimídia! :) E continuaria
>>>>>>>> sendo
>>>>>>>> genial!
>>>>>>>>
>>>>>>>>
>>>>>>>>
>>>>>>>> Em 25 de fevereiro de 2012 09:27, Alê B <

>>>>>>>> <alex...@gmail.com><alex...@gmail.com>


>>>>>>>> alex...@gmail.com> escreveu:
>>>>>>>>
>>>>>>>> Fernanda aí é que está o problema, consegue imaginar uma equipe
>>>>>>>> genial em todos os quesitos? Veja o exemplo do cinema, e a produção
>>>>>>>> de
>>>>>>>> games, nada nestes meios próximo à obra de um grande escritor, seja
>>>>>>>> Shakespeare, Cervantes, Dickens, Woolf, Pessoa. Veja o Faulkner como
>>>>>>>> escritor e como cineasta roteirista.
>>>>>>>>
>>>>>>>>
>>>>>>>>
>>>>>>>> Abraço,
>>>>>>>>
>>>>>>>> Alex
>>>>>>>>
>>>>>>>>
>>>>>>>> 2012/2/25 Fernanda Garrafiel <

>>>>>>>> <fgarr...@gmail.com><fgarr...@gmail.com>


>>>>>>>> fgarr...@gmail.com>
>>>>>>>>
>>>>>>>> oi, Alê!
>>>>>>>>
>>>>>>>> O "genial escritor do enhanced book" não será uma pessoa, e sim uma
>>>>>>>> equipe! :)
>>>>>>>>
>>>>>>>>
>>>>>>>> Em 24 de fevereiro de 2012 22:17, Alê B <

>>>>>>>> <alex...@gmail.com><alex...@gmail.com>

>>>>>>>> <http://2.bp.blogspot.com/-yGADr1kH1GY/Tx6ZYF6N5NI/AAAAAAAAAI4/hy3om0CS4l4/s1600/kindle%2Bsony.jpg><http://2.bp.blogspot.com/-yGADr1kH1GY/Tx6ZYF6N5NI/AAAAAAAAAI4/hy3om0CS4l4/s1600/kindle%2Bsony.jpg>
>>>>>>>> http://2.bp.blogspot.com/-yGADr1kH1GY/Tx6ZYF6N5NI/AAAAAAAAAI4/hy3om0CS4l4/s1600/kindle%2Bsony.jpg
>>>>>>>>
>>>>>>>>
>>>>>>>>
>>>>>>>> Abraço,
>>>>>>>>
>>>>>>>> Alex
>>>>>>>>
>>>>>>>>
>>>>>>>> 2012/2/24 Marco Giroto < <gir...@gmail.com> <gir...@gmail.com>


>>>>>>>> gir...@gmail.com>
>>>>>>>>
>>>>>>>> Isso ai Fernanda!
>>>>>>>>
>>>>>>>> Abs.
>>>>>>>>
>>>>>>>> Em 24 de fevereiro de 2012 17:39, Fernanda Garrafiel

>>>>>>>> <<fgarr...@gmail.com><fgarr...@gmail.com>


>>>>>>>> fgarr...@gmail.com> escreveu:
>>>>>>>>
>>>>>>>> O CD é a evolução do vinil, e matou o vinil. O DVD é a evolução da
>>>>>>>> fita, e alguém aí tem vídeo cassete??? Se tiver, é um saudosista,
>>>>>>>> assim
>>>>>>>> como quem ainda mantém os discos de vinil. São exceções. Assim, o
>>>>>>>> e-book é
>>>>>>>> a evolução do livro, e deve sim acabar com ele. O livro de papel
>>>>>>>> daqui há
>>>>>>>> alguns anos virar objeto de colecionador. Nós ainda damos algum
>>>>>>>> valor ao
>>>>>>>> papel, mas essa geração que vem aí, que já nasceu com um tablet nas
>>>>>>>> mãos?
>>>>>>>> E como a nova mídia admite a inserção de vídeos, imagens, sons e
>>>>>>>> interação, a tendência é que o próprio livro evolua para um novo
>>>>>>>> formato.
>>>>>>>>
>>>>>>>> Eu, que sou apaixonada por livros, tenho mais de 2 mil na minha
>>>>>>>> casa, me encantei com o e-book! E minhas últimas compras foram todas
>>>>>>>> digitais. Claaro que não vou abandonar assim os livros de papel, até
>>>>>>>> porque
>>>>>>>> a oferta de e-books ainda é ruim. Mas que é muito melhor carregar um
>>>>>>>> Ipad
>>>>>>>> do que um livro de 600 páginas, não tenho dúvidas!
>>>>>>>>
>>>>>>>> Em 24 de fevereiro de 2012 16:16, Marco Giroto <

>>>>>>>> <gir...@gmail.com><gir...@gmail.com>

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Enviado do meu celular

Claudio Soares - Obliq Press

unread,
Mar 1, 2012, 7:01:10 AM3/1/12
to revoluca...@googlegroups.com
Oi Alex, 

um computador de mesa não é um mainframe (computador de grande porte) vagabundo e ineficiente. São produtos diferentes. Assim como os tablets. Mais, cada um desses produtos representam a operacionalização e o embate entre os dualismos concentração x distribuição, centralização x descentralização, imobilidade x mobilidade. Pense também nos computadores "embutidos". Aliás a tendência é que os computadores tornem-se cada vez mais "invisíveis" e intuitivos em sua operação. 

A respeito da "indústria nunca ter sido ameaçada", sejamos sinceros: a indústria de tecnologia estava mais interessada em outros assuntos. O mercado editorial é complicado demais e o volume movimentado é baixo se comparado ao mercado de tecnologia (entre outros). Não apenas os e-books (conteúdo digital, como o conhecemos hoje) existem desde 1971, como pelo menos há uns 10 anos sou usuário do books 24x7, um serviço, via web, que permite acesso e leitura de livros eletrônicos das maiores editoras de tecnologia e negócios dos EUA. O Brasil, infelizmente, está a reboque nesse mercado também. 

Em uma coisa certamente concordamos: a leitura é fascinante. Mas, somos resistentes. Insistimos em replicar a tecnologia antiga na nova. Não por acaso, os primeiros aviões batiam asas. Precisamos entender o que seja efetivamente "leitura" (para isso também precisamos conversar mais com a "academia" com as universidades) para criamos produtos efetivamente inovadores. A definição básica de um computador é entrada + processamento + saída. Não é muito diferente de uma definição básica de leitura. O que não  surpreende, já que o computador foi criado "`a imagem e semelhança" do seu criador. Ele processa mais rápido volumes maiores de informação. E, segundo Kurzweil, um dia, viveremos a era das máquinas espirituais. Eu não duvido. 

Abs,
Claudio Soares

2012/3/1 Alê B <alex...@gmail.com>

Alê B

unread,
Mar 1, 2012, 8:57:05 AM3/1/12
to revoluca...@googlegroups.com

Cláudio,

 

Vou ser “didático” de forma irritante para colocar com a maior clareza possível meus pontos e assim evitar que a discussão tome a tangente e nunca chegue ao cerne do assunto.

 

Acho que é ponto bem claro que foi a diminuição do preço do e-reader que detonou a corrida ao ebook que já aí está a mais de vinte anos, para corroborar esta afirmação temos a coincidência das datas de crescimento das vendas e da baixa de preço dos aparelhos, e se não for o bastante, o fato de que o dono de e-reader é maior consumidor de livros. Estou falando de mercado global, que a não ser que o governo crie mais uma de suas jabuticabas, vai ser o mesmo caminho do Brasil.

 

Existem diversas tecnologias que nos permitem ler o livro: papel, computador, celular, tablet e e-reader, todos tem vantagens e desvantagens, mas entre todos o fator decisivo é o preço, que determina o acesso da população a tais dispositivos.

 

Veja o exemplo do tablet: computadores tipo tablet já estão aí há muito tempo, e se não esqueceu-se, havia total ceticismo antes do lançamento do ipad, pois o tablet já fora um mico para diversas outras empresas. O que fez do ipad um fenômeno de mercado diferente, em vez de lançar um computador com os mesmos parâmetros de processamento dos computadores modernos a apple optou por lançar um processador inferior, mais barato e com maior durabilidade de bateria, e fez isto pensando no usuário, pois a grande maioria não utiliza a total capacidade de seus desktops, é uma corrida tecnológica burra. Assim, o aparelhinho inferior pode perfazer as necessidades do usuário, ser barato e prático ao leigo, e aí é mais uma questão de software e de um certo treino do usuário do iphone. Ao ser lançado ninguém esperava que o ipad fosse tão barato, e este foi o fator decisivo, ao contrário de muitos produtos da apple, o ipad é barato e a concorrência não consegue fazer um aparelho com as mesmas características a preço inferior, os tablets anteriores custavam cinco vezes mais.

 

O e-reader ao baixar de preço tornou-se atraente, e por mais confortável que seja, poucos investiriam no aparelho aos preços anteriormente praticados. Para o leitor, para quem gosta de livros, o e-reader traz uma série de vantagens, além de ser mais barato. É mais leve, tem maior duração da bateria por conta da tecnologia e-ink, é mais confortável aos olhos, e isto o coloca em contraponto tecnológico à tecnologia dos tablets, as vantagens de um acabam sendo excludentes no outro. Veja, para que no tablet tenhamos uma boa imagem é preciso que a tela tenha um refresh de... vamos dizer, no mínimo 24hz, mesmo que esta velocidade possa ser atingida com tecnologia reflexiva tipo e-ink, pense na autonomia. Um e-reader tem a autonomia cotada em viradas de página, pois é neste momento que se drena a bateria, enquanto a tela está estática não há gasto de bateria. Se for assistir a dez minutos de filme, é o equivalente a mais de 14000 viradas de página, a bateria do meu Sony que dura 7000 viradas agüenta duas semanas de leitura estática, mas não conseguiria dez minutos de vídeo.

 

Temos duas tecnologias distintas e excludentes, o tablet que faz mais coisas além de ler, e o e-reader que só faz ler mas o faz muito bem. Veja que o e-reader ainda é mais barato que o tablet, menos da metade do preço de um dos tablets sérios. Além disso, quem compra um kindle tem um e-reader de ponta com assistência e garantia, ao comprar um tablet “xing-ling”, paga mais caro por algo de qualidade duvidosa e bateria pouco durável, quase impraticável ao leitor dedicado.

 

Resumindo o primeiro ponto: acesso e conforto

 

Em relação à linguagem o e-reader é para os livros, e cumpre bem o papel de emular quase tudo que já existe em papel, note, não há aqui invenção ou futurologia, é algo que já existe e existe em profusão, um leitor pode gastar a vida só sobre o que já existe sem esgotar. E muito do que existe é gratuito. Por mais que antes já estivesse em domínio público, você não poderia entrar em uma livraria e pegar sem pagar um destes livros, hoje você pode.

 

Vamos pensar no panorama histórico dos livros no Brasil: inicialmente as prensas eram aqui proibidas, só foram permitidas com a chegada da família real, mas obviamente pela falta do insumo básico não havia aqui leitores, ao longo do mercado editorial brasileiro o livro nunca foi algo acessível, portanto sempre foi impossível ao brasileiro médio ler, prática reservada a uma pequena elite culta e minimamente abastada, note que ambos os predicados não necessariamente andam juntos, mas para ler é preciso um mínimo de poder de compra.

 

O e-reader se chegar aqui aos preços praticados fora será o grande democratizador da leitura, com o que já existe; já temos em domínio público o insumo básico para cultivar leitores. Se os mesmos não foram aterrorizados com os livros, pois nosso ensino é tão distorcido que ao fazer as pessoas lerem as obras por obrigação traumatiza o aluno, o leitor pode rapidamente readquirir o hábito da leitura. Se bem ensinada uma criança lê em um ano, pode não ser tão difícil cultivar leitores como se pensa, mas para isto o acesso ao livro é fundamental, e como viu na nossa história o livro nunca foi acessível.

 

O e-reader muda a cadeia do livro que antes era vinculada ao produto físico, e esta mudança permite uma queda de custos absurda, independendo do capital de editores para produzir livros.

 

Há no Brasil uma verdadeira possibilidade de expandir o mercado, coisa que as editoras nacionais nunca se preocuparam. E ao crescer o mercado do livro elevamos a cultura do brasileiro, ao menos a habilidade de leitura pode ser treinada.

 

Lembre-se que na constituição há um artigo específico que visa proteger o livro da tributação e evitar a censura cruzada, pois em democracia é fundamental a livre circulação de idéias.

 

Resumindo o segundo ponto: democratização da literatura e expansão do mercado nacional.

 

Para concluir: Acesso à leitura através do e-reader a preço justo muda todo o panorama da literatura nacional, já jogo joguinhos no computador, não estou preocupado com enciclopédias multi-mídia on line que já existem a muito tempo ou outro tipo de pseudo linguagem que venha a existir, o livro já existe, é o mesmo que já lemos e o e-reader o torna mais prático, acessível e democrático. Isto é revolução, e todos os elementos estão aqui e agora presentes!

 

O e-reader serve para livros, é mais barato e acessível, o tablet serve para muita coisa, mas é mais caro, menos acessível e não tão eficiente para o livro.

 

Abraço,

Alex

Marco Giroto

unread,
Dec 13, 2012, 6:40:07 PM12/13/12
to revoluca...@googlegroups.com
Opa, tinha postado no post errado, esse é o certo:





From: Thais Cristina Sehn <cri...@gmail.com>
Reply-To: <revoluca...@googlegroups.com>
Date: Thu, 13 Dec 2012 13:14:04 -0800 (PST)
To: <revoluca...@googlegroups.com>
Subject: Re: [Revolução e-book] Tablet x e-reader - o que é melhor para ler, o que vale a pena ter??

Eu tb pensava que iria me incomodar, mas comprei o aplicativo com os contos do Allan Poe, no iPad, e achei muito bom. Ele usam de uma forma bem bolada o som, a animação e a ilustração em momentos pontuais da história.



Em terça-feira, 28 de fevereiro de 2012 14h34min25s UTC-3, pires escreveu:
Marco,

Eu até acho interessante os exemplos que você citou, mas penso que o resultado final não seria um livro, mas sim outro tipo de arte, com outra dinâmica de uso. 
Acredito que existe mercado para o livro narrativo como conhecemos (em formato digital ou em papel).  Já para o livro expandido não sei.  Parece que está faltando algo. 

Um livro com os exemplos que deu iria me incomodar. (se eu quiser conhecer o museu irei procurar um documentário.  Se estiver lendo em um tablet poderei acessar o site do próprio ou informações sobre ele na web;  sem nunca ter testado, penso que a trilha sonora iria ser muito irritante)



On 28/02/2012, at 14:11, Marco Giroto wrote:

Eu gostaria de ler um eBook onde, em uma cena de suspense, uma trilha sonora tocaria de fundo, deixando a cena ainda com mais veracidade. Ou, na descrição de algum local, por exemplo, um museu, eu coloco o dedo em cima do nome do museu e automaticamente uma imagem do museu aparece pra mim, como eu nunca visitei esse lugar antes, apenas a descrição não me basta, mas ver o interior do museu como ele realmente é, eu nunca teria conseguido isso com um livro em papel. Ou, ao iniciar um capítulo, uma pequena animação de poucos segundos para ajudar a criar o clima para aquele capítulo. Ou ainda, os ebooks que irão depender da interatividade do leitor, o escritor escreve alguns desfechos para vários momentos do livro e durante a leitura, o leitor escolhe por onde o personagem deve ir ou não.

Tudo isso e muito mais, iriam enriquecer minha experiência como leitor, e o livro continuaria sendo livro.

Em 28 de fevereiro de 2012 12:44, Alê B <alex...@gmail.com> escreveu:

Continuo a afirmar: quem tem intimidade no livro não encontra a mesma experiência em nenhuma outra mídia. Ilustrações, vídeos, joguinhos, podem ser interessantes para crianças, mas os adultos já não tem necessidade deste suborno, querem apenas as palavras alinhadas em um bom texto. É muito difícil de entender? Companhias de joguinhos eletrônicos ainda serão produtoras de jogos, e livros ainda serão livros, com palavras.

 

Abraço,

Alex



2012/2/27 Claudio Soares - Obliq Press <cla...@obliq.com.br>

Oi Alex, 

hoje, alguns desses pintores e fotógrafos se expressam também por software. Além disso, pincéis, tintas, telas, câmeras, etc, possuem mais tecnologia e requerem de seus "profissionais-usuários" mais habilidades e competências. O meio influencia a msg. O escritor pode usar lápis e papel, máquina de escrever, cartões, etc, mas se souber usar determinados softwares poderá atingir outros patamares criativos. Mas, é uma escolha do autor, não uma imposição. Não tratamos aqui de substituição, mas de aprimoramento, evolução. Outra coisa importante: os leitores estão cada vez mais exigentes. Não concordo com sua opinião sobre as outras artes. Acredito na convergência. 

Abs,
Claudio Soares

Sent from my iPad

On 26/02/2012, at 23:31, Alê B <alex...@gmail.com> wrote:

Cláudio,

 

Com esta frase perde todo o ponto: “os escritores também terão que adquirir novas competencias”. Veja o absurdo, os pintores ainda são pintores, tem mais tintas, mas pincéis, mas ainda por isto precisam de muita habilidade para rivalizarem os renascentistas. Antes de mais nada ainda são pintores. Fotógrafos não são pintores, são habilidades distintas, pintores não adquiriram novas competências por conta da fotografia, ainda são pintores, e fotógrafos não são pintores.

 

Vamos agora pensar não como futurólogos, mas como leitores; já encontrou algo mais empolgante que uma estória bem escrita? Pode imaginar superior intimidade eintensidade à encontrada na leitura? Mesmo o escritor mediano, com pouca competência textual dá um baile em todas as outras formas de comunicação. Quem já tem esta habilidade de leitura não encontra outro meio onde uma estória possa ser vivenciada de maneira mais intensa, a única possibilidade é viver a história.

 

Abraço,

Alex



2012/2/26 Cláudio Soares - Gmail <cla...@obliq.com.br>
Alex, os escritores também terão que adquirir novas competências. Uma coisa é escrever tendo como plataforma destino uma folha de papel. Outra bem diferente é qnd o destino é a tela. Novos escritores, mais tecnologicamente habilitados, chegarão, e novas histórias serão contadas considerando as novas técnicas e tecnologias. Tem sido assim há tempos. Não sei se o que vemos nascer será considerado uma nova arte, autônoma, ou se ainda será literatura. Vamos aguardar o futuro chegar. Abs, Claudio Soares.

Sent from my iPad

On 26/02/2012, at 10:37, Alê B <alex...@gmail.com> wrote:

Oi Fernanda,

Aí é que está o ponto, você imagina, mas cadê os exemplos, assim como imaginam o talenhanced book, mas está na imaginação como os fantasmas, vampiros e escolas de bruxos adolescentes. O enhanced book já existe, e existe em versão superior à por ti imaginada, sem palavras, chama-se televisão, filme, mais popular que a leitura, vai tomar o lugar do livro? Não! Livros ainda estão por aí, e quersaber do mais assustador, lê-se mais hoje do que em todos os tempos no Brasil; nunca tivemos leitores, o livro aqui sempre foi um produto elitista. O fato é termos leitores, nunca os tivemos, não estão deixando de existir, mas a leitura tem aumentado.

 

O e-reader é uma possibilidade real de popularizar a literatura, pois tem o mesmo ou maior conforto que o papel, e a inexorável possibilidade de redução dos custos nacadeia do papel. Só o preço baixo vai popularizar a literatura, enquanto cara, será propriedade da elite monetária.

 

O trabalho de um autor solitário, escrever é sempre solitário, sem recursos ao atingir a mestria é incrível, esta independência artística é o ponto chave, existe quem escreva para bajular o leitor e ganhar lucro fácil, mas há a possibilidade de mirar mais alto que o simples comercialismo. E nas iniciativas em time, é sempre o produto raso a meta, a mediocridade do profissionalismo, que entrega apenas o que o mercado quer. Ao independer da editora comercial o ebook, junto com o e-reader libera o autor que deseja escrever ignorando o mercado, mas visando ao grande leitor, franção ínfima, irrelevante para o mercado, o amante da arte.

 

Abraço,

Alex



2012/2/25 Fernanda Garrafiel <fgarr...@gmail.com>
oi, Alex!!

Claro que consigo! Vai me dizer que não tem nada genial feito em equipe? Cinema é feito em equipe, teatro, livros infantis... Shakespeare teria seu ilustrador e seu programador multimídia! :) E continuaria sendo genial!

Em 25 de fevereiro de 2012 09:27, Alê B <alex...@gmail.com> escreveu:

Fernanda aí é que está o problema, consegue imaginar uma equipe genial em todos os quesitos? Veja o exemplo do cinema, e a produção de games, nada nestes meios próximo à obra de um grande escritor, seja Shakespeare, Cervantes, Dickens, Woolf, Pessoa. Veja o Faulkner como escritor e como cineasta roteirista.

 

Abraço,

Alex



2012/2/25 Fernanda Garrafiel <fgarr...@gmail.com>
oi, Alê!

O "genial escritor do enhanced book" não será uma pessoa, e sim uma equipe! :)

Em 24 de fevereiro de 2012 22:17, Alê B <alex...@gmail.com> escreveu:

Há aqui muito mito de algo que não existe ou já existe e seja superior, estou falando dos enhanced books, só usando palavras Virginia Woolf escreveu obras primas, assim como Dickens, Hemingway e alguns outros, mas isto não é possível a todos, eles usaram apenas palavras, seus livros existem e não são mito, mas futuros escritores para colocarem-se a ombro com estes ainda são mito, e tudo que épreciso é ordenar as palavras que já existem. É literatura, apenas literatura, seja em pergaminho, papiro, rag, pulp ou e-reader; a prensa de Gutenberg não matou a literatura, mas acabou com o predomínio e monopólio dos copistas, terás dificuldade em encontrar pergaminho, mas literatura ainda abunda. Se os enhanced books vão florescer, precisarão de gênios superiores aos grandes escritores, e esta é uma raça em extinção, ou apenas rara.

Eu diria que um jogo com uma boa estória tipo first person shooter já é um enhanced book, muitíssimo superior ao mito dos enchanced books; a internet já é um enhanced book, posso sair do livro e consultar um termo, assunto ou evento na internet direto do meu livro.

 

Um parágrafo ruim estraga um texto genial, se houver um grande enhanced book, deverá ter texto genial, vídeo genial, ilustrações geniais, ao contrário doHemingway que só precisa ter um texto genial. Quem será o genial escritor do enhanced book?

 

Em relação ao conforto: tenho olhos claros, peno em sol forte, já não sou jovenzito, o tablet incomoda, mesmo o meu Sony que usa o E-ink mais antigo é mais confortável, muitos que reclamaram do contraste do e-ink estavam referindo-se ao antigo,presente no positivo alpha, cool-er, Sony PRS-600, e kindle II. Kindle III e acima e todos os novos e-readers usam o e-ink pearl de nova geração com muito mais contraste, nesta foto dá para ver a diferença:




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