Para facilitar, centralizei todas as informações em que tive acesso nesses últimos dias sobre o que vem acontecendo no processo eleição para o CONUNE na PUC-RS, mas acredito que mais virá.
Espero que ajude aos que ainda tem dúvidas.
LINK
Vídeo do ocorrido:
Forma que DCE da PUCRS trata os estudantes, quando questionados sobre eleição:
http://www.youtube.com/watch?v=rl-TnoxShRE
Entrevista do Presidente do DCE à Rádio:
Segue link de entrevista com uma das estudantes envolvida no episódio:
NOTAS DE REPÚDIO DOS DCEs
Apoio da PUC/SP aos estudantes da PUC/RS
O Conselho de Centros Acadêmicos da PUC/SP vem declarar, nesta nota, total apoio à mobilização dos estudantes da PUC/RS. Contrários a esse ambiente anti-democrático que é engendrado hoje na Universidade, tanto por parte da administração da mesma e principalmente por parte da gestão do Diretório Central de Estudantes visto a forma truculenta como eles tratam o corpo estudantil , é legítima essa maneira de reivindicação frente a relação de forças colocadas hoje no meio acadêmico.
Como reitoria e DCE não apresentam soluções e continuam enfiando goela abaixo nos estudantes suas decisões, radicalizar a reivindicação, embora os vários ônus derivados daí torna-se o melhor modo de negociação. Com todas as ações ditatoriais tomadas por essas instâncias, é, portanto totalmente acertada e democrática a saída encontrada pelos estudantes da PUC/RS
É necessário tod@s lutarmos por uma Universidade democrática, sendo assim é abominável termos uma representação estudantil que ao invés de estar ao lado dos estudantes, ataca-os moralmente, fisicamente e se alia à reitoria em detrimento do corpo discente, apoiamos uma representação estudantil lutando lado a lado com os demais estudantes por seus interesses coletivos e evidenciando o antagonismo entre o projeto de Universidade que nos é proposto e o projeto pelo qual lutamos que envolva uma educação pública, laica, presencial e de qualidade.
É um momento histórico e de extrema importância na PUC/RS e para todas as Universidades brasileiras, principalmente para nós estudantes de instituições privadas. Muitas insatisfações permeiam nosso cotidiano e muita coisa deve acontecer a nosso favor em decorrência dessa mobilização.
APOIO TOTAL AOS PUQUIANOS DO RIO GRANDE DO SUL!!!!
Assinam essa nota:
Grupo Rugido do Leão – FEA PUC/SP (Economia, Administração, Contabilidade e Atuária)
Grupo Construção Coletiva – Direito PUC/SP
Centro Acadêmico Benevides Paixão – Jornalismo e Multimeios, Gestão “Desassossego”
Centro Acadêmico de Letras Clarice Lispector
CACS – Centro Acadêmico de Ciências Sociais, História, Geografia e Turismo
Centro Acadêmico de Relações Internacionais 'Barão de Rio Branco'
Centro Acadêmico de Psicologia
Nota do DCE - UFPR em Repúdio ao DCE – PUC/RS
Nos últimos anos, várias foram as denúncias dos constantes ataques, realizados pelo DCE da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, contra o movimento estudantil opositor e combativo desta Universidade. Nas últimas semanas, em virtude das eleições para a tiragem de delegados ao Congresso de Estudantes da UNE, o CONUNE, estes ataques tem se intensificado. Seu auge ocorreu na noite de 13 de junho, quando membros do DCE agrediram física e verbalmente militantes da PUC-RS, enquanto estas, democraticamente, se manifestavam contra as diversas fraudes no processo de eleição para delegados do Congresso. Gritos e ameaças gravíssimas foram relatados por estudantes, que em coro e em meio a pedidos de ajuda, repetiam que “não se bate em mulher”. O DCE da Universidade Federal do Paraná, horrorizado com os vários vídeos divulgados na rede, que comprovam as atitudes criminosas do DCE da PUC-RS, vem, por meio desta nota, manifestar o nosso repúdio contra este tipo de prática inadmissível empregada pelo DCE da PUC-RS.
O DCE – UFPR pauta por um movimento estudantil democrático, honesto e sem qualquer tipo de opressão. Por isso, expressamos aqui a nossa dupla indignação: primeiro, contra as agressões machistas sofridas por estudantes, militantes e mulheres que ousaram lutar pela defesa de seus direitos. Segundo, pelas fraudes constatadas no processo de eleição para tiragem de delegados ao CONUNE, como a impugnação de todas as chapas de oposição à chapa do grupo que coordena o DCE da PUC-RS e a tentativa de impedir que os estudantes se expressem, dificultando o acesso destes às urnas. Além disso, exigimos que a União Nacional dos Estudantes, através de sua diretoria e da CNECO do CONUNE, averígue o processo, e a partir de constatado a existência das irregularidades, que seja refeito o processo respondendo aos anseios por democracia dos estudantes da PUC-RS.
DCE UFPR – Gestão ”Mais Vale o Que Será” (2010/2011)
Apoio do DCE-Livre da USP às/aos estudantes da PUC/RS
O Diretório Central dos Estudantes Livre da USP "Alexandre Vannucchi Leme" declara total apoio à mobilização das/dos estudantes da PUC/RS e repúdio às agressões ocorridas no último dia 13 de Junho de 2011, referentes ao processo de eleição de delegadas/os para o 52º Congresso de Estudantes da UNE (CONUNE). Desde o início do processo, a atual gestão do Diretório Central de Estudantes (DCE) da PUC/RS tenta manipular as eleições e hostiliza as/os estudantes da PUC/RS, chegando inclusive a agredir verbal e fisicamente (como ocorreu na noite de ontem) estudantes indignadas/os com a forma fraudulenta com que o todo o processo de tiragem de delegadas/os é conduzido.
Somos contrários ao ambiente antidemocrático que é engendrado hoje tanto pela administração da PUC/RS como, e principalmente, pela gestão do DCE da PUC/RS, haja vista a forma truculenta como eles tratam o corpo estudantil. Repudiamos, ainda, qualquer tipo de violência a mulheres. Não podemos aceitar o machismo em ambientes que deveriam ser democráticos, uma vez que ele cerceia o direito de manifestação e representação das mulheres.
Acreditamos num movimento estudantil construído de forma democrática, justa e transparente, se valendo da política e do debate e não de hostilizações e violências. Ressaltamos nosso apoio a todas e todos que lutam por uma universidade democrática e repudiamos aqueles que se utilizam da representação estudantil para defender os interesses da Reitoria, atacando verbal e fisicamente os interesses do corpo discente. Defendemos uma representação estudantil lutando lado a lado com os demais estudantes por seus interesses coletivos, evidenciando o antagonismo entre o projeto da Reitoria com o qual lutamos, por uma educação pública, laica, presencial e de qualidade.
Reivindicamos que haja intervenção imediata da diretoria da UNE, assim como da CNECO do CONUNE, para que se verifique todo o processo de tiragem de delegadas/os para o Congresso da UNE, reconhecendo as irregularidades explícitas deste processo e iniciando um novo processo, respeitando os anseios por democracia das/os estudantes da PUC/RS.
APOIO TOTAL ÀS/AOS ESTUDANTES DA PUC/RS!
Nota do DCE da USP sobre as eleições do CONUNE na PUC/RS
São Paulo, 14 de Junho de 2011
Apoio do DCE-Livre da USP às/aos estudantes da PUC/RS
O Diretório Central dos Estudantes Livre da USP “Alexandre Vannucchi Leme” declara total apoio à mobilização das/dos estudantes da PUC/RS e repúdio às agressões ocorridas no último dia 13 de Junho de 2011, referentes ao processo de eleição de delegadas/os para o 52º Congresso de Estudantes da UNE (CONUNE). Desde o início do processo, a atual gestão do Diretório Central de Estudantes (DCE) da PUC/RS tenta manipular as eleições e hostiliza as/os estudantes da PUC/RS, chegando inclusive a agredir verbal e fisicamente (como ocorreu na noite de ontem) estudantes indignadas/os com a forma fraudulenta com que o todo o processo de tiragem de delegadas/os é conduzido.
Somos contrários ao ambiente antidemocrático que é engendrado hoje tanto pela administração da PUC/RS como, e principalmente, pela gestão do DCE da PUC/RS, haja vista a forma truculenta como eles tratam o corpo estudantil. Repudiamos, ainda, qualquer tipo de violência a mulheres. Não podemos aceitar o machismo em ambientes que deveriam ser democráticos, uma vez que ele cerceia o direito de manifestação e representação das mulheres.
Acreditamos num movimento estudantil construído de forma democrática, justa e transparente, se valendo da política e do debate e não de hostilizações e violências. Ressaltamos nosso apoio a todas e todos que lutam por uma universidade democrática e repudiamos aqueles que se utilizam da representação estudantil para defender os interesses da Reitoria, atacando verbal e fisicamente os interesses do corpo discente. Defendemos uma representação estudantil lutando lado a lado com os demais estudantes por seus interesses coletivos, evidenciando o antagonismo entre o projeto da Reitoria com o qual lutamos, por uma educação pública, laica, presencial e de qualidade.
Reivindicamos que haja intervenção imediata da diretoria da UNE, assim como da CNECO do CONUNE, para que se verifique todo o processo de tiragem de delegadas/os para o Congresso da UNE, reconhecendo as irregularidades explícitas deste processo e iniciando um novo processo, respeitando os anseios por democracia das/os estudantes da PUC/RS.
APOIO TOTAL ÀS/AOS ESTUDANTES DA PUC/RS!
Assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=ETjOIS5ldkc
Fonte: http://www.dceusp.org.br/2011/06/nota-dceusp-processoconune-pucrs/
NOTAS DE REPÚDIO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL DE ÁREA E COLETIVOS
Carta Aberta às/aos Estudantes da PUCRS
Nos últimos dias diversas mobilizações aconteceram no campus envolvendo muitos estudantes. Foram três dias e duas noites de manifestação e acampamento em frente ao DCE para denunciar o processo eleitoral fraudulento, agressões físicas, às mulheres, e verbais de membros do DCE contra estudantes. O processo eleitoral de tiragem de delegadas/os para o Congresso da UNE (União Nacional de Estudantes) foi fraudado pelo DCE desde o seu início. A comissão eleitoral, composta por três membros do DCE, não homologou nenhuma das chapas de oposição e não apresentou as devidas razões. Pelo contrário, reagiram agressivamente gerando nos estudantes forte indignação. Nosso ato, portanto, vai contra esse poder centralizado já que diálogo não existe. E resistimos! Realizamos na noite fria do dia 9 de junho uma Assembleia Geral onde reunimos centenas de estudantes ansiosos por mudanças no DCE.
Sabemos que todos esses fatos não se dão de maneira isolada, sem vínculos com o passado. São, na verdade, parte de uma história de mais de duas décadas de crimes, violações e impunidade no nosso Diretório Central e em outros centros acadêmicos, como é o caso do CAMC, CAVM, CAENG e CAAP. Nesses espaços não acontecem eleições democráticas nem prestações de contas, além de haver uma clara ligação com um grupo do PDT, identificado com o vereador Mauro Zacher, envolvido em grandes esquemas de corrupção na cidade. Desse modo, entendemos que poucos são os espaços de representação discente na universidade, limitados a alguns Centros Acadêmicos que resistem.
Temos a clareza de que projeto de DCE defendemos. Sabemos que o pressuposto maior para a legitimidade de um espaço como esse é a democracia, a participação do maior número de estudantes. O DCE que defendemos deve estar em permanente diálogo, escutando nossos anseios em um espaço que é de todas/os nós e que deve ter a nossa cara! Defendemos uma universidade que permita e valorize a liberdade de expressão, que favoreça o encontro, a troca de saberes e que reconheça a diversidade como uma virtude. Desejamos que a universidade seja um espaço de debate de idéias e construções, comprometida com a liberdade e com a justiça social.
Continuaremos lutando por um novo processo eleitoral, para o DCE e para o CONUNE, livre da velha máfia e com ampla participação estudantil. Propomos à PRAC a realização de uma audiência estudantil para que todas/os estudantes tenham voz. Exigiremos ainda a devolução dos documentos que foram entregues para a inscrição das chapas e que foram utilizados pelos membros do DCE para que movessem ações improcedentes contra diversos integrantes do movimento estudantil. Acreditamos que se estivermos unidos chegaremos muito mais longe, contrariando o medo e a falsa idéia de que é impossível mudar. Com a participação de todas/os que se identificam com essa luta chegaremos cada vez mais perto da democracia na nossa universidade!
Boa luta pra todas/os nós que acreditamos que é possível mudar!
Mais informações acesse, o Blog do Acampamento:
http://movimento89dejunho.wordpress.com/
ACOMPANHE, DISCUTA,CONTRIBUA ... VAMOS CONTRUIR TOD@S JUNTOS!
Porto Alegre, 10 de junho. Inverno de 2011.
Saudações estudantis a todos e todas que resistem!
A Associação Brasileira d@s Estudantes de Filosofia vem a público manifestar o seu apoio a todas e a todos os estudantes da Pontifícia Universidade Católica do estado do Rio Grande do Sul que estão em um importante enfrentamento político para todo Movimento Estudantil contra as históricas irregularidades no Diretório Central dos Estudantes.
O DCE da PUC RS possui uma história de muitas lutas, durante a década de 70 e 80, que foi interrompida pela ascensão de um grupo de estudantes ligadas a juventude do PDT gaúcho no início dos anos 90. Desde então, de instrumento de organização de lutas, a entidade foi aparelhada e transformada num braço político do mesmo partido.
Para se manter no poder, desmobilizaram, ameaçaram e fraudaram inúmeros processos eleitorais e, em mais de uma oportunidade, os estudantes organizados tentaram devolver a democracia interna para sua entidade. Contudo, mesmo sendo denunciados pelo ME combativo na imprensa, no Ministério Público e sendo alvo de investigações da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, nada foi feito.
Uma vez mais, os estudantes indignados com as fraudes impostas pelo DCE da PUC RS se mobilizaram. O estopim dessa vez foi a impugnação ilegítima das chapas de oposição ao 52° Congresso da União Nacional dos Estudantes semana passada. Nas assembléias do movimento, as pautas avançaram e já questionam a legitimidade tanto DCE quanto da Reitoria da PUC, a qual sempre foi omissa com toda a situação.
É nesse contexto que, ao protestarem contra a falta de respeito à democracia estudantil, companheiras de luta foram agredidas quando tentavam desmascarar mais um ato do DCE da PUC escondendo as urnas de votação dos delegados do 52° CONUNE. Devemos sempre repudiar quem atenta contra a vontade dos estudantes e se mantêm na direção das entidades mediante fraudes e agressões.
Fora Máfia do DCE PUC RS!
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS ESTUDANTES DE FILOSOFIA
Gestão – ABEF é pra lutar!
Nota sobre os últimos acontecimentos na PUC-RS
O Coletivo Barricadas Abrem Caminhos sempre pautou no movimento estudantil valores como o respeito, solidariedade e princípios democráticos no cotidiano da nossa militância, construindo assim um movimento estudantil combativo na luta por democracia e autonomia nos espaços da militância e fora deles.
Por isso é princípio nosso a luta intransigente contra toda e qualquer forma de opressão e a defesa de um movimento estudantil democrático e autônomo a partidos, reitorias e governos. Pautamos também práticas que fomentem a construção cotidiana de um movimento plural, democrático, que trabalhe as divergências, mas que acima de tudo tenha respeito e dignidade nas ações e na relação da disputa política.
A partir disso, expressamos através desta nota todo o nosso repúdio ao DCE da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e suas ações antidemocráticas que vem sendo feitas no cotidiano do movimento estudantil da PUC-RS, especialmente as que estão envolvendo a tiragem de delegados para o Congresso Nacional de Estudantes da UNE, o CONUNE. Desde o início este processo vem sendo denunciado por vários setores que compõe o movimento estudantil porto-alegrense como completamente antidemocrático. O DCE vem cerceando a liberdade dos estudantes de participarem livremente das eleições, seja impedindo que se candidatem em chapas de oposição ao grupo que coordena o Diretório, seja dificultando - como ontem se demonstrou - o acesso dos estudantes às urnas.
As mulheres foram vitimas em especial nesse processo principalmente por se colocarem a frente dele, condição que na nossa sociedade não é aceita e nem esperada. O que podemos ver, em todo este processo, são agressões sexistas por parte de membros do DCE PUC-RS que culminaram no ataque a duas estudantes na noite de ontem.Sofreram violência física e a todo momento era intimidadas, inclusive sofrendo ameaças de estupro para que se calassem e não levassem a luta adiante. Repudiamos as atitudes machistas do DCE da PUC-RS e nos colocamos não apenas no combate a essas ações truculentas mas a toda forma de opressões.
Expressamos nosso horror as agressões cometidas por membros do DCE a estudantes que participavam do processo do CONUNE na universidade, comprovando que nesta universidade, agressões e violências em geral são práticas cotidianamente cultivadas por esta que deveria ser a entidade máxima de representação da universidade.
Exigimos ainda a intervenção por parte da reitoria no processo, no sentido de punir os agressores e encerrar os processos contra as/os militantes agredidos. Esperamos que cenas como as ocorridas nessa segunda-feira nunca voltem a ocorrer, e que os estudantes da PUC-RS finalmente sejam representados de maneira correta por seu Diretório Central de Estudantes. Julgamos fundamental que todos os setores do movimento estudantil, e os demais movimentos ligados à educação, repudiem o processo que vem ocorrendo há 20 anos na PUC.
Portanto, por se tratar de um processo que responde a União Nacional dos Estudantes, exigimos também a intervenção da diretoria da mesma e da CNECO do CONUNE para que o processo seja averiguado, e a partir de constatado a existência das irregularidades, que seja refeito o processo respondendo aos anseios por democracia dos estudantes da PUC-RS.
Machismo e autoritarismo, não passarão!
Resistência aos estudantes combativos da PUC-RS!
Fora DCE PUCRS!
Coletivo Barricadas Abrem Caminhos, 14 de junho de 2011
Fonte: em: http://barricadas.org/2011/06/14/nota-sobre-agressoes-machistas-nas-eleicoes-do-conune-na-puc-rs/
Nota de repúdio das Mulheres da Enecos
sobre os atos de violência machista ocorridos na PUC-RS
As Mulheres da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação (Enecos) vem a público repudiar as ações violentas e de extremo autoritarismo dos membros do Diretorio Central do Estudantes da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul aos estudantes que se manifestavam contra uma entidade antidemocrática e que não luta pelos interesses e necessidades do estudante, e muito menos por uma educação laica, pública, presencial, de qualidade e transformadora.
Repudiamos, em especial, os atos de machismo à que as companheiras da PUC-RS foram submetidas, violências que se deram desde agressão moral e física à abuso sexual. O grupo que dirige a cerca de 20 anos o DCE da PUC-RS já é comumente conhecido por intimidar estudantes através do uso da violência e as mulheres, realizando ameaças veladas de estupro.
O movimento estudantil deve construir o combate às opressões não apenas levantando bandeiras, mas colocando essa luta no cotidiano. Não podemos aceitar que mulheres sejam violentadas e que colocadas nessa condição por principalmente estarem a frente dos processos de luta, local que historicamente foi reservado ao homem.
Reafirmamos nossa luta contra o machismo e toda forma de opressão, luta essa que se faz todos os dias. Saudamos a atuação das companheiras da PUC-RS frente ao processo fraudulento de tirada de delegados/as para o CONUNE e por um DCE verdadeiramente democrático e participativo. Identificamos a importância da articulação das mulheres frente às exclusões e opressões diárias a que somos submetidas, por isso, nós, mulheres organizadas da ENECOS, nos colocamos ao lado das companheiras nesse momento de extrema importância para o movimento estudantil de Porto Alegre.
Não podemos deixar de pontuar que a PUC-RS não pode se abster nesse processo. A universidade, espaço de construção de conhecimento, deve apontar para a superação da lógica machista e opressora à que estamos todas submetidas. Machismo é crime e deve ser tratado como tal.
Enfatizamos ainda, o essencial papel da imprensa nesse processo, principalmente a porto-alegrense que não pode compactuar com os opressores desse DCE e nem se ausentar de pautar que a responsabilidade desses atos é antes de tudo de natureza machista.
Não deixemos a violência contra a mulher se tornar cotidiana! Não livremos esses agressores!
14 de junho de 2011,
Mulheres da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (ENECOS)
Gestão Aos que Virão – enecos.org
ENECOS | Coordenação Nacional
Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social
twitter.com/enecos | facebook.com/enecos
Nota de repúdio CONEP sobre violência na PUC-RS
A CONEP- Coordenação Nacional de Estudantes de Psicologia, entidade nacional de articulação dos estudantes de Psicologia, declara seu mais profundo repúdio à forma como o DCE PUC-RS vem conduzindo o processo de inscrição de chapas e eleição de delegados para o Congresso da UNE em 2011. Acreditamos que o movimento estudantil combativo deva ser construído dentro de marcos de respeito às diferenças e, principalmente, pela postura intransigente a qualquer tipo de agressão ou opressão, especialmente contra o machismo e manifestações sexistas. Denunciamos a gestão do DCE PUC-RS, próximo politicamente do PDT, pela agressão a duas companheiras do movimento estudantil da PUC-RS que tentavam dar voz a centenas de estudantes que compõe o movimento de resistência a esta gestão autoritária e antidemocrática. Não podemos tolerar nenhum tipo de violência em nossas vivências políticas e desta forma, colocamo-nos ao lado dos lutadores da PUC-RS em sua luta por transparência e democracia no movimento estudantil.
Contem conosco! Resistir, resistir e resistir!
Coordenação Nacional de Estudantes de Psicologia
14 de junho de 2011
NOTA DE REPÚDIO A TRUCULÊNCIA DO DCE DA PUC COM A CONIVÊNCIA DA PUC/RS
Nós, estudantes de Enfermagem e enquanto Executiva Nacional dos Estudantes de Enfermagem, repudiamos veementemente a violência praticada pelo patriarcado, por meio de seus representantes no DCE da PUC/RS e todo conservadorismo da Pontifícia Universidade Católica, onde, mais uma vez, as mulheres foram vítimas. Machismo, abuso de poder, constrangimento ilegal e conivência de toda a instituição marcaram os fatos ocorridos ao longo das duas últimas semanas, em especial na noite de ontem (13/6).
O DCE da PUC/RS é reincidente nestas práticas nos processos de eleição, que constantemente terminam assim, em violência. Desta vez as vítimas foram duas militantes do movimento estudantil, que estavam lá para garantir a democracia e transparência do processo eleitoral do Congresso da União Nacional dos Estudantes. Em outros momentos, já foram presenciados, inclusive, casos de morte. Todo processo de eleição vai parar na justiça, pois há fraudes, mas a conivência da Reitoria mantém o sistema.
Não vamos mais tolerar estas práticas, que sempre acabam em violência, perseguição da oposição, preconceito, falta de transparência e suspeita de fraudes. Toda a nossa solidariedade às companheiras que foram vítimas de violência física por parte dos integrantes do DCE da PUC/RS. Sabemos que um dia essa história vai mudar e que isto só acontecerá com a nossa luta!
EXECUTIVA NACIONAL DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM – ENEEnf
Gestão 2010/2011
Camaradas, segue nota do PSOL sobre o caso de violência contra a mulher ocorrido na PUCRS, por favor divulgar o máximo.
Nesta última segunda-feira, dia 13 de junho, presenciamos, durante as eleições do 52º Congresso da UNE na PUCRS, cenas de violência, machismo e banditismo. Cenas indignas de um movimento estudantil! Quando duas militantes do movimento estudantil da universidade foram questionar novamente a lisura das eleições realizadas pelo Diretório Central dos Estudantes da PUCRS, foram brutalmente agredidas por membros da gestão desta entidade, sendo uma delas inclusive agredida sexualmente.
A atual gestão do DCE da PUCRS é ligada ao vereador Mauro Zacher do PDT-RS e não é de hoje que este grupo político se utiliza de violência para coagir estudantes da oposição, sendo que, em 2004, uma subcomissão da ALERGS concluiu que: “(1) as eleições para os centros acadêmicos e diretório central dos estudantes da PUCRS não são livres e democráticas (2) existem indícios de que a Reitoria da PUCRS interfere nas entidades de representação estudantil (3) existe, por parte da Reitoria da PUCRS, censura prévia às manifestações estudantis (4) a contribuição compulsória é uma das fontes de sustentação financeira do DCE da PUCRS (5) existem indícios de que as bolsas estudantis são usadas politicamente para coptação e neutralização dos estudantes e (6) existem indícios de ação em quadrilha, configurada pela prática de ameaças, violência e coação física contra estudantes. A lembrança do assassinato do estudante Fábio Borba tem sido usada sistematicamente como meio de intimidação dos estudantes. É fundamental investigar profundamente este homicídio, ainda não esclarecido”(Fragmento do Relatório da Comissão de Direitos Humanos, p. 17, 2005 –
http://www.al.rs.gov.br/download/SubDCE_PUCRS/Relatorio_Subcomissao_PUCRS.pdf).
Agora, em 2011, vemos novamente este mesmo grupo político agredir sistematicamente estudantes da oposição, principalmente as mulheres, ameaçando-as de estupro e culminando já em algumas agressões físicas a elas. As imagens exibidas pela internet na última terça-feira (link do vídeo:http://www.youtube.com/watch?v=ETjOIS5ldkc) mostram claramente a ação misógina dos integrantes do DCE PUCRS contra as militantes Paola Piumato e Tábata Silveira, desligando as luzes da sala da entidade no mesmo momento em que a estudante Paola começa a gritar pedindo socorro e outros estudantes são impedidos de entrar na sala para ajudá-las. Essa situação é mais um episódio de uma longa e repugnante história que mancha esse Diretório.
A violência contra mulher deve ser combatida em todas as esferas da nossa sociedade e não pode ser usada como arma política para coagir e oprimir a militância estudantil. As cenas das camaradas sendo arrastadas para fora da sala do DCE PUCRS e, anteriormente, os gritos da companheira Paola Piumato pedindo ajuda, nos remetem às centenas de mulheres agredidas diariamente em nosso país, como se, pelo simples fato de sermos mulheres, não tivéssemos o direito de contestar ou nos opormos aos desmandos da truculência e do banditismo de estudantes sexistas.
Não é a primeira vez este ano que os membros do DCE PUCRS coagem e agridem militantes mulheres nesta universidade. Na semana passada, mais 3 camaradas foram agredidas por contestar a lisura do processo eleitoral de tiragem de delegados do 52º Congresso da UNE.
Nós do PSOL sabemos que vivemos em uma sociedade patriarcal e capitalista, e, para nós, é fundamental o combate ao machismo para a construção de uma sociedade socialista. É inconcebível que correligionários do PDT, partido que lutou contra a ditadura militar e pela redemocratização do país, se utilizem de métodos comparáveis aos torturadores militares. Reiteramos nossa solidariedade aos estudantes da PUC/RS que se encontram em longa jornada de lutas contra a ditadura ali imposta pela reitoria e pelo DCE, mas, principalmente, nossa solidariedade às militantes mulheres agredidas por não abaixarem a cabeça frente ao totalitarismo engendrado nesta universidade e em tantas outras país afora.
Hoje, somos todas Paolas e Tábatas, pois não nos calaremos frente aos abusos e agressões advindos da violência machista presente em nosso país. É necessário que a PUC/RS garanta a integridade física e psicológica das militantes, não compactuando mais ainda com os desmandos do Diretório Central dos Estudantes. A sociedade gaúcha e brasileira não pode se calar frente à demonstração explícita de descaso e subjugação das mulheres, pois as cenas acontecidas na PUCRS são de violência recorrentes a todas as mulheres brasileiras.
O FEMINISMO NUNCA MATOU NINGUÉM, O MACHISMO MATA TODOS OS DIAS!
PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER!
PROTEÇÃO A TODAS AS MULHERES AGREDIDAS PELO DCE PUCRS!
PELA PUNIÇÃO DOS AGRESSORES DA PUC/RS!
UMA OUTRA GESTÃO DIGNA PARA O DCE PUCRS!
Assina:
Mulheres do PSOL
Fora Máfia do DCE PUC-RS!
O Novo Pede Passagem!
Desde a semana passada o Movimento Estudantil gaúcho, em especial os estudantes da PUC, vem protagonizando uma grande onda de mobilizações contra a Máfia ligada ao PDT, que há tempos se apoderou do DCE da Universidade. O estopim das mobilizações foi a falta de democracia nas eleições do CONUNE, que estavam ocorrendo na semana passada, mas logo o movimento se expandiu a todos os setores estudantis da Universidade e passou a questionar de frente a legitimidade da atual gestão do DCE e exigir eleições democráticas. A Máfia da PUC comanda a entidade a mãos de ferro, não realizando eleições abertas e democráticas e muito menos, prestação de contas, há mais de 20 anos.
Na noite de ontem, novamente durante as eleições para o CONUNE, eles passaram de todos os limites: agrediram estudantes, abusaram sexualmente de ativistas do movimento e como sempre, impediram o direito de auto-organização estudantil. Felizmente, a revolta dos estudantes cresceu de acordo com a brutalidade dos fatos e rapidamente se iniciaram as manifestações de repúdio, organizadas principalmente pelo Movimento 89 de Junho, que reuniu na noite de ontem mais de 300 pessoas. Esse movimento foi recentemente criado com o intuito de unificar todos(as) estudantes que repudiam as práticas corruptas, violentas e anti-democráticas do DCE e é composto por diversos coletivos, entidades e independentes; seu nome faz referência as datas iniciais das mobilizações (8 e 9/06).
NA PUC, O NOVO PEDE PASSAGEM!
Na manhã de hoje o caso chegou a imprensa e inclusive foi pauta na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, conquistando o apoio de alguns parlamentares. Hoje o movimento prepara, para o.início da noite, um grande ato para exigir punição aos agressores machistas e democracia na PUC. A forte adesão aos protestos tem mostrado que, na PUC-RS, o novo pede passagem. Assim como os estudantes espanhóis que acamparam nas Praças para exigir a real democracia, os estudantes da PUC estão mantendo suas barracas em frente ao DCE. E como a juventude egípcia que derrubou a ditadura de Mubarak e logo fundou DCEs Livres em massa nas Universidades, é hora de tomarmos para nós a grande batalha de afirmar na PUC um novo movimento estudantil: LIVRE, democrático e combativo.
A unidade é fundamental, e nesse momento em que a situação se acirra é preciso cortar qualquer tipo de relação com a Máfia da PUC. Nesse sentido chamamos a UNE a romper e deslegitmar essa entidade, que não representa de maneira alguma os interesses dos estudantes. Por anos a UNE se calou diante da situação dos estudantes da PUC e até o momento a entidade UNE não se manifestou quanto aos acontecimentos da PUC.
ABAIXO DCE QUE BATE EM MULHER!
Nós da ANEL apoiamos e estamos junto na luta dos estudantes da PUC, repudiamos qualquer tipo de agressão principalmente de cunho machista que vem acontecendo repetitivamente nos últimos 20 anos. Reivindicamos a atitude das companheiras mulheres que são linha de frente das mobilizações, assim como no oito de março Egípcio que colocou na rua milhares de lutadoras que após a queda do ditador clamavam por liberdade. Defendemos novas eleições para o DCE da PUC assim como punição exemplar aos agressores machistas!
ANEL (Assembléia Nacional de Estudantes – Livre) – RS
REPORTAGENS RELACIONADAS À AGRESSÃO
Um protesto de alunos da Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) contra o Diretório Central
de Estudantes (DCE) no interior da instituição terminou em confusão na noite
desta quarta-feira. A Brigada Militar (BM) precisou intervir. Manifestantes
decidiram acampar na universidade para esperar a reabertura do diretório, que
foi fechado.
A BM enviou cinco viaturas e 10 PMs para conter os ânimos na universidade após duas brigas, uma às 18h30min e outra às 20h. Ninguém ficou ferido. De acordo com estudantes, eles tentaram entrar no DCE, porém, teriam sido repelidos por seguranças. Às 21h, a situação já tinha se acalmado, mas dois policiais ficariam no local durante a madrugada desta quinta para evitar novos confrontos.
A causa do conflito envolve a eleição do DCE e a participação dos alunos em um congresso da União Nacional de Estudantes em Goiânia (Goiás). Manifestantes relataram que o DCE impediu a participação de algumas chapas no evento.
A reclamação contra essa decisão enveredou, a seguir, por críticas sobre a transparência no pleito.
— Há mais de 20 anos não tem eleições livres para o DCE. Em 2009 (na verdade, as eleições foram em 2010), eles não divulgaram e não houve inscrições — disse a universitária de Serviço Social Pâmela Garcia, 22 anos.
Assessora da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários da PUCRS, a professora Dóris Valentina garantiu que nesta quinta-feira, às 10h30min, uma comissão de alunos será recebida pela pró-reitora Jacqueline Moreira. Dóris afirmou que o motivo do encontro é esclarecer as reivindicações dos manifestantes:
— Eles tinham uma reunião, às 14h de hoje (quarta), sobre a necessidade de negociações com o RU (restaurante universitário), mas não compareceram. A surpresa veio no fim da tarde, com a reivindicação sobre o DCE. Não temos certeza sobre o que eles querem.
O presidente do DCE, Thiago Brozoza, criticou o protesto e disse que nesta quinta-feira as chapas ainda podem fazer as inscrições para o Congresso da UNE, marcado para julho. Ele explicou que a documentação entregue anteriormente tinha problemas e as chapas não conseguiram reunir os 26 delegados e dois suplentes necessários. Reclamou ainda da participação de jovens de outras universidades no protesto contra o DCE.
— Tinha muita gente de fora, por isso deu uma inchada no pessoal. Eu acho que pode protestar, o que não deve fazer é impedir as pessoas de entrar ou sair do DCE — argumentou.
Fonte: http://www.fmss.org.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Geral&newsID=a3342927.xml
Parte do grupo de manifestantes que realizou um protesto em frente ao Diretório Central dos Estudantes (DCE) da PUCRS passará a noite desta quarta-feira acampada em frente à sede do órgão, no campus central da universidade, em Porto Alegre. Eles serão recebidos por uma comissão da reitoria às 10h30min de quinta. O motivo do protesto do início da noite foi a impugnação de três chapas para representar a PUCRS no Congresso da União Nacional dos Estudantes, em julho, na capital de Goiás, Goiânia. Integrantes das chapas alegaram que os documentos estavam corretos e contestaram o cancelamento de suas tentativas, feito pela diretoria do DCE. No protesto do início da noite, uma viatura da Brigada Militar precisou ir até o local para acompanhar a manifestação. Conforme a assessoria de comunicação da universidade, os policiais ficaram cerca de dez minutos na PUCRS e foram embora, pois não havia necessidade. Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=302869 |
A Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) foi novamente palco de confusão na noite desta segunda-feira. Os manifestantes, que querem uma nova eleição para o Diretório Central de Estudantes (DCE), cercaram o prédio 15, da Faculdade de Educação, onde uma sede provisória do diretório dos alunos foi aberta. De acordo com informações da Rádio Guaíba, quatro pessoas foram presas, acusadas de agredir estudantes.
Nas saídas do prédio, alunos gritavam palavras de ordem. A Brigada Militar (BM) foi acionada e registrou boletim de ocorrência por agressão a quatro estudantes. Quatro membros do DCE foram presos após serem identificados pelas vítimas, conforme a BM. Uma das meninas que prestou queixa por agressão estava chaveada dentro de um banheiro do prédio.
Muitos dos que protestam são os mesmos que acamparam em frente à sede do DCE, na semana passada. Em um primeiro momento, eles estariam dificultando a entrada e saída de pessoas, sendo que alunos e professores se encontram em aula no local. A origem da polêmica foi a impugnação de três chapas para representar a PUCRS no Congresso da União Nacional dos Estudantes, em julho, na capital de Goiás, Goiânia. Integrantes das chapas alegaram que os documentos estavam corretos e contestaram o cancelamento de suas tentativas, feito pela diretoria do DCE.
Nesta segunda, a polêmica teria se intensificado novamente por conta das votações das chapas representantes no evento da UNE. O DCE teria avisado com faixas na sede oficial que novo pleito seria realizado, com a urna localizada no prédio 15. Manifestantes contam que foram ao local e não encontraram urnas disponíveis para manifestar suas posições, nem uma relação de inscritos. Os membros do DCE, por sua vez, registraram boletim de ocorrência por furto de uma urna por parte de uma aluna.
A BM confirma que, às 21h30min, já tinha garantido a quem quisesse a possibilidade de se locomover no local. Seis viaturas atendem à ocorrência e a polícia avalia se precisará tomar mais alguma iniciativa sobre a situação. Vidros do segundo andar do prédio 15 foram quebrados por pedradas dos protestos no lado de fora.
Fonte:
Estudantes da PUC são vítimas de agressão por membros do DCE no RS
Em eleição para congresso estudantil, membros do DCE da PUC agridem integrantes da oposição fisíca e até sexualmente, levando caso para delegacia, em Porto Alegre. Relatório de 2005 da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul comprova que as ameaças de violência são antigas.
Por Paula Salati
Desde a semana passada, estudantes da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC – RS) estão sendo vítimas de agressões físicas e até mesmo sexuais por parte de membros do Diretório Central dos Estudantes (DCE – PUC/RS). Tudo começou com uma eleição para tiragem de delegados para o Congresso Nacional da União Nacional dos Estudantes (Conune). As chapas de oposição ao DCE foram impugnadas sem obter justificativas da gestão. Por conta do ocorrido, três estudantes se dirigiram ao diretório para pedir explicações legais da impugnação e foram recebidas com agressões físicas e expulsas da sede do DCE.
Desde então, surgiu na PUC o movimento 89 de junho – que começou na madrugada do dia 8 para 9 deste mês. A mobilização representou o estopim após denúncias de diversas fraudes e violência por parte do DCE, que vêm sendo relatadas há anos. Um mesmo grupo político está à frente do DCE desde 1994.
Na noite do dia 13 de junho, enquanto o DCE impedia que os alunos votassem para o Conune – inclusive por meio seguranças particulares contratados pela direção – a estudante Lola Piumato e mais alguns estudantes conseguiram entrar na sala em que ocorria a “votação”. Lola conta que então começou uma discussão que terminou em mais agressões: “sentei em uma das urnas e foi quando o secretário-geral do DCE, Alberto Flores, me abusou sexualmente, colocando as mãos em minhas partes íntimas. Logo em seguida, foram apagadas as luzes e recebi pontapés e socos na cabeça”.
Além de Lola, mais duas meninas foram agredidas. A estudante diz também que “a segurança universitária assistiu a todo episódio e nada fez”. Em nota publicada em site, a reitoria da PUC-RS não se posiciona claramente sobre a violência ocorrida: “procuramos evitar interferência na política estudantil, sem dispensar orientações que promovam a boa convivência de nossos acadêmicos. (...) Esclarecemos, também, que está garantida pela PUC/RS a normalidade das atividades acadêmico-administrativas.”
As denúncias já foram feitas e as mulheres estão recebendo apoio e acompanhamento judicial. Já foram acionados o Ministério Público Federal, a Câmara Municipal de Porto Alegre e a delegacia de mulheres do Rio Grande do Sul.
Problema antigo
Não é a primeira vez que os estudantes da PUC-RS são vítimas de agressões por parte do grupo político que compõe o DCE. Já houve indícios de ameaças de estupros e mortes, além de constantes fraudes em eleições. Um relatório realizado pela subcomissão da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul realizado nos anos de 2004 e 2005, conclui esses indícios:
“De forma exemplificativa, como contribuição para posteriores investigações e com base nas evidências e indícios identificados, podem ser salientados os seguintes pontos (1) as eleições para os centros acadêmicos e diretório central dos estudantes da PUC/RS não são livres e democráticas (2) existem indícios de que a Reitoria da PUC/RS interfere nas entidades de representação estudantil (3) existe, por parte da Reitoria da PUC/RS, censura prévia às manifestações estudantis (4) a contribuição compulsória é uma das fontes de sustentação financeira do DCE da PUC/RS (5) existem indícios de que as bolsas estudantis são usadas politicamente para coptação e neutralização dos estudantes e (6) existem indícios de ação em quadrilha, configurada pela prática de ameaças, violência e coação física contra estudantes. A lembrança do assassinato do estudante Fábio Borba tem sido usada sistematicamente como meio de intimidação dos estudantes. É fundamental investigar profundamente este homicídio, ainda não esclarecido.”
O movimento 89 de junho está recebendo apoio de diversos movimentos sociais por todo o Brasil. Desde o dia 08, os estudantes estão realizando mobilizações diárias contra o DCE e mantém um blog.
A UNE se pronunciou sobre os últimos ocorridos na PUCRS, principalmente quanto a fraude nas eleições para o CONUNE. Segue abaixo a nota
(via http://ueelivrers.blogspot.com/2011/06/nota-da-uniao-nacional-de-estudantes.html):
A União Nacional dos Estudantes (UNE) vem a público repudiar a agressão que as estudantes da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul sofreram na última segunda-feira, 13 de junho, durante as eleições do 52º Congresso da UNE (CONUNE).
É incabível que aconteçam atos de violência nos espaços do movimento estudantil e, especialmente, durante o processo do CONUNE, fórum democrático da UNE aberto a todas e todos os estudantes brasileiros. É ainda mais inaceitável que essa violência seja contra as mulheres. Lutamos por uma nova universidade e certamente os pilares dessa construção são e, devem, acontecer a partir da liberdade, da igualdade entre homens e mulheres e da democracia.
Manifestamos o nosso repúdio a estas práticas anti-democráticas, exigimos punição aos responsáveis e nos solidarizamos com as estudantes que enfrentam o machismo e lutam por democracia no movimento estudantil.
Todas e Todas rumo ao 52 CONUNE, construir o maior congresso da história do movimento estudantil e fortalece nossa luta por uma Brasil mais justo e por uma universidade mais democrática
União Nacional dos Estudantes
Postado por União Estadual dos Estudantes – Livre/RS às 14:37