Re: Programa para redução de perdas na agricultura

1 view
Skip to first unread message

Markos

unread,
Nov 18, 2020, 11:09:29 AM11/18/20
to SERRAS SUSTENTAVEIS, sistemase...@googlegroups.com, hack...@googlegroups.com, mais...@googlegroups.com, publiclab-portugues

Fala Meu Querido Amigo Vinicius,

Muito bom ler a sua análise sobre esse assunto.

Fiquei pensando nas "lições aprendidas" dessas experiências.

Você já listou alguns aspectos da questão, e achei importante o seu comentário: "me parece que o problema é muito mais complexo de se resolver".

Concordo com essa visão de que a "Vida é Complexa".

Podemos encarar dessa forma e nos movimentarmos (interna e externamente...) para conhecermos

mais e melhor os mecanismos desses sistemas, no limite das nossas possibilidades, para lidarmos de maneira "eficiente e eficaz", buscando soluções com a

"complexidade compatível" com os desafios que nos são colocados pela "existência".

Ou encarar de maneira "exageradamente simplificada" os "mecanismos dos sistemas" e adotarmos "soluções simples" que resolvem algumas "consequências

negativas" mas que se tornam "causas" de outras "consequências negativas" maiores ...

Se, pelo menos, as consequências negativas forem menores do que o problema original, ficamos no lucro. Não é? :-)

Ou ainda sentarmos na "beira da estrada" e ficarmos "choramingando". :-)

Vou substituir as palavras eficiência e eficácia por sustentabilidade.

Muitas vêzes precisamos adotar uma "abordagem simplificada" para "organizar o raciocínio" e podermos construir um "modelo inicial".

Mas essa simplificação não pode ser "permanente" sob o risco de gerarmos as tais "soluções que se tornam problemas".

Essa questão do desperdício de alimentos, na minha opinião, é uma consequência de processos "insustentáveis" devido à falta de articulação entre o "setor" público, privado e organizações civis.

Ou seja, no meu entendimento, uma solução sustentável para reduzir as perdas ao longo da cadeia de produção de alimentos "depende" do envolvimento de todos esses setores.

Isso não impede que grupos ou indivíduos independentes possam tomar iniciativas para minimizar essas perdas.

Ou seja, a falta de articulação entre os grandes setores não deve ser motivo para ficarmos "choramingando na beira do caminho". :-)

Mas é claro que os ganhos dessas pequenas iniciativas isoladas vão ser limitados pelo alcance da influência desses grupos ou indivíduos.

Mas eu queria incluir também nessa breve reflexão uma palavrinha muito esquecida quando se discutem as "mazelas" da sociedade humana.

Essa palavrinha é o Amor.

Esse elemento fundamental do ser humano, que quando aliado a um raciocínio "lúcido" pode fazer "milagres de transformação".

Você citou o Ifood e o Uber como exemplos de soluções tecnológicas que resolveram alguns problemas mas criaram outros.

A meu ver, são exemplos de iniciativas que surgiram de "mentes brilhantes" mas cuja implementação não foi "devidamente ajustada" por "corações fraternos".

Essa é uma das "lições aprendidas" que podemos aproveitar para as "nossas próprias iniciativas"...

O que você acha?

Podemos discutir também questões como os impactos da automação na substituição da mão de obra humana e os critérios para "valorar o trabalho humano" como

elemento em uma planilha de custos.

Mas prefiro aguardar os seus comentários e dos(das) demais colegas das listas.

Um Abraço Fraterno,
Markos

PS: Estou compartilhando com a lista Hackagua pois Agricultura tem tudo a ver com Água...

Em 17-11-2020 18:31, PVC L escreveu:
Olá, Markos!

Eu já conversei com uma pessoa de SP que abriu uma Startup que visava justamente isso: conectar agricultores aos consumidores e lojistas. Não deu certo.

Ele me disse que a grande dificuldade foi o não cumprimento dos contratos pelos agricultores. As entregas não eram entregues conforme combinado. Em parte pode ser apenas uma questão de falta de compromisso/responsabilidade, mas acredito que exista também uma dificuldade muito grande com o planejamento e o emprego de tecnologias que minimizem o risco de perda da safra e, por consequência, o não cumprimento do contrato.

E tem que tomar muito cuidado com os acordos celebrados, porque o não cumprimento de contrato pode, em alguns casos, comprometer seriamente o agricultor.

Acho válida a iniciativa, mas me parece que o problema é muito mais complexo de se resolver. O excesso de pobreza obriga as pessoas a produzirem e a venderem a "qualquer" preço. Daí a importância muitas vezes do preço mínimo. Acho que o ideal seria o mercado conseguir entrar em um equilíbrio, mas quando a pobreza é imensa o equilíbrio é utopia.

É verdade que "simples" aplicativos conseguiram mudar radicalmente a forma como nos deslocamos nas cidades e fazemos compras: Ifood e Uber, por exemplo. Mas, repare! Os aplicativos fizeram muito sucesso, mas a que custo? Os app não ajudam os motoristas e sim os explora.

O Ifood, por exemplo, reuniu em uma plataforma centenas de estabelecimentos para concorrerem ferozmente entre eles. E o valor pago ao entregador é cada vez menor...

Abraço!
Vinicius
Em sábado, 14 de novembro de 2020 às 15:56:22 UTC-3, Markos escreveu:
Oi Vinícius,

Talvez lhe interesse:

http://global.chinadaily.com.cn/a/202011/14/WS5faf3cb0a31024ad0ba94086.html

Um Abraço,

Markos

--
Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "Sistemas" dos Grupos do Google.
Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um e-mail para sistemaseficien...@googlegroups.com.
Para ver essa discussão na Web, acesse https://groups.google.com/d/msgid/sistemaseficientes/66fa9d98-a5b7-4d5f-84fb-77018c49b0ben%40googlegroups.com.

Reply all
Reply to author
Forward
0 new messages