O que a Olimpíada de 2016 no Rio tem a dizer sobre o mercado digital brasileiro

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Publicitária Michele Botan

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Oct 5, 2009, 3:11:28 PM10/5/09
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O que a Olimpíada de 2016 no Rio tem a dizer sobre o mercado digital
brasileiro


Nova condição do Brasil no cenário global se reflete também na chegada
de grupos internacionais de internet e comunicação ao País.

Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016, a primeira a ser
realizada na América do Sul em 113 anos dos jogos olímpicos da era
moderna. País-sede da Copa do Mundo de 2014, torneio que desde 1978,
na Argentina, não se realiza no continente sul-americano.

São os dois maiores eventos do planeta. Ambos organizados no País num
intervalo de apenas dois anos, situação que colocará o Brasil no
centro dos holofotes internacionais como nunca antes de viu na
história deste País, como bem poderia dizer o presidente Luís Inácio
Lula da Silva.

Estrela mundial
Mas não é necessário esperar até 2014 ou 2016 para que os brasileiros
se reconheçam como estrelas internacionais - o Brasil já é o país da
moda. Entre as razões que atraem os olhares do mundo para cá estão uma
economia forte, capaz de sair da crise internacional antes das
potencias europeias e dos EUA, e uma política externa afirmativa, que
inseriu o País nos grandes fóruns decisórios internacionais.

Apenas para citar mais um exemplo, a consolidação do G20, que reúne as
vinte maiores economias do planeta, contou com participação direta do
presidente Lula, um de seus principais articuladores. O grupo foi
ratificado, durante encontro de chefes de estado em Pittsburgh, nos
EUA, em setembro, como o fórum responsável pela tomada decisões de
âmbito mundial. Ele substitui o G8, o conjunto das principais
economias mais a Rússia.

Facebook e o mercado digital
A condição de ator global relevante do Brasil já se reflete nos
negócios digitais, como se pôde ver durante recente visita ao País de
Mark Zuckerberg, cofundador do Facebook. Maior rede social do mundo,
com mais de 300 milhões de usuários, o site estuda abrir operação
local em 2010, disse Zuckerberg durante palestra a estudantes da FGV,
em São Paulo.

Uma rápida análise mostra também que, só neste ano, três companhias
internacionais da área digital ingressaram ou confirmaram para 2010 o
início de operação no mercado brasileiro.

A primeira delas foi a Eyeblaster, agência digital americana que
montou escritório no Brasil em agosto. Presente em 37 países, a
organização atuava no País, antes de montar sede, por meio de parceria
com a Realmedia, companhia especializada em representação comercial de
empresas de internet.

Polo de expansão
Presidente da filial brasileira da Eyeblaster, o executivo Carlos
Medina afirmou na ocasião que a decisão de montar um escritório
próprio no País partiu de duas motivações do presidente mundial da
companhia, Gal Trifon. Uma delas se deve ao fato de que, quando
representada pela Realmedia, a agência prestava apenas uma pequena
parte de seus serviços. “Temos as ferramentas para celular e outras
peças mais simples que poderíamos comercializar”, disse Medina em
reportagem do IDG Now! do dia 28/8.

A outra razão está na visão estratégica de investir na América Latina.
“Trifon percebeu que precisaríamos atuar no mercado de forma mais
completa. Para isso, já montamos um escritório em Buenos Aires e
abriremos em breve um em Bogotá”, afirmou Medina.

Agências internacionais
Uma das principais agências de publicidade digital dos Estados Unidos,
a Razorfish anunciou em setembro sua expansão para a América Latina,
incluindo a abertura de um escritório no Brasil, em 2010.

A operação latino-americana começará pelo País, mercado em que a
agência tem como principal cliente o portal Terra. O diretor-geral
para a América Latina será Jose Martinez, que atua na Razorfish desde
2000.

Por enquanto, o executivo continua a atuar no escritório da empresa em
Nova York (EUA). Martinez se reportará a Dave Friedman, nomeado em
junho presidente da companhia para as Américas. A Razorfish foi
vendida em agosto pela Microsoft para o Publicis Groupe, organização
francesa de mídia, que pagou 530 milhões de dólares pela agência
americana.

Expedia no Brasil

A área de venda de viagens pela internet também é responsável por um
movimento de porte. O Grupo Expedia, um dos principais desse no
mundo, confirmou ingresso no mercado brasileiro, uma notícia
antecipada pelo IDG Now! no dia 25/8. A organização, responsável pela
reserva de 56 milhões de diárias e um movimento de 2,9 bilhões de
dólares no mundo em 2008, terá escritório em São Paulo, que comandará
a operação na América Latina. A atuação da empresa se dará por meio da
marca de site de reservas Hoteis.com.

A Expedia optou por montar sede no País por considerar o mercado
brasileiro promissor. Para dar uma ideia, o Brasil representa 50% do
volume de negócios realizados pela Expedia na América Latina.

Dados do mercado digital de turismo também encorajam a investida. De
acordo o instituto Jupiter Media, empresa especializada em tecnologia,
esse setor faturou no mundo 3,2 bilhões de reais em 2007, valor que
deve chegar a 10,2 bilhões em 2010, o que indica uma expansão anual de
31%.

No Brasil, esse segmento corresponde a 10% do mercado de viagens, com
a expectativa de alcançar 22% no ano que vem, segundo o instituto. Nos
EUA, ele representa 26% do mercado de viagens, com a projeção de
alcançar 46% no mesmo período.

Outras investidas
Se voltarmos um pouco no tempo veremos que, no ano passado, o Publicis
Groupe protagonizou outra investida no Brasil, por meio de sua agência
de internet Digitas, que se instalou por aqui ao comprar a Tribal,
empresa brasileira de comunicação digital. A organização francesa tem
mais de 45 mil funcionários espalhados por 104 países e faturamento de
6,9 bilhões de dólares em 2008.

Um ano antes foi a vez da Isobar, rede inglesa de agências digitais,
fincar bandeira em terras brasileiras depois de adquirir a
AgênciaClick por 15,9 milhões de libras, mais 3,4 milhões de novas
ações do conglomerado. Segundo a cotação da libra na época, a
aquisição envolveria um total de cerca de 41 milhões de dólares - vale
a ressalva de que a emissão das novas ações seria feita nos cinco anos
seguintes mediante resultados.

Buscapé
A notícia mais retumbante, no entanto, surgiu na semana passada, com a
venda de 91% do Buscapé para a Naspers, companhia sul-africana de
mídia. O site brasileiro foi arrematado por 342 milhões de dólares,
naquela que se tornou a terceira maior transação da história da
internet brasileira. A negociação deu ao serviço brasileiro comandado
por Romero Rodrigues o valor de mercado de 375,8 milhões de dólares.

A aquisição segue uma estratégia da Naspers de investir em grupos que
atuam no setor de comércio eletrônico ao redor do mundo. Mais que
isso, no entanto, a investida sobre o Buscapé reforça as bases para o
grupo sul-africano explorar negócios no contexto da convergência de
mídias.

Um dos fatores que justificam a tese é de que há boas perspectivas de
combinação de negócios com outra organização com a qual a Naspers está
ligada no País, o Grupo Abril - seu braço digital MIH Holdings detém
30% da empresa da família Civita, negociação que resultou na formação
da MIH Brazil Participações Ltda. A negociação, fechada em 2006 por
422 milhões de dólares, permitiu o ingresso da Naspers no mercado
brasileiro de mídia impressa e eletrônica.

Ambições
A estratégia que se desenha mostra que, com o Buscapé, a Naspers tem
acesso a uma base de informações sobre tendências de consumo na área
de comércio eletrônico, atributo reforçado com os estudos de consumo
na web realizados pela e-bit, empresa controlada pelo site brasileiro
de comparação de preços.

Somando-se esse ativo às publicações da Editora Abril, a Naspers tem
condições de criar estratégias de marketing ou projetos comerciais
focados em diferentes segmentos de público. Vista de outra forma, a
Naspers reúne agora no País poder comercial, análise de consumo e
conteúdo editorial.

Pela abrangência que sua operação adquire no País, percebe-se que a
Naspers não está no mercado nacional a passeio, como disse ao IDG Now!
em outra ocasião Índio Brasileiro, sócio-diretor do centro de
treinamento avançado em técnicas de planejamento e gestão de projetos
digitais I-Group. “Por ter feito aquisições milionárias no Brasil, a
Naspers mostra que entra decidida a ser protagonista."

Fonte: IDGnow
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