Usabilidade

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Publicitária Michele Botan

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Oct 5, 2009, 2:44:43 PM10/5/09
to PublicitáriosVersusPublicidade&Propaganda
Usabilidade é um termo usado para definir a facilidade com que as
pessoas podem empregar uma ferramenta ou objeto a fim de realizar uma
tarefa específica e importante. A usabilidade pode também se referir
aos métodos de mensuração da usabilidade e ao estudo dos princípios
por trás da eficiência percebida de um objeto.

Na Interação Humano-computador e na Ciência da Computação, usabilidade
normalmente se refere à simplicidade e facilidade com que uma
interface, um programa de computador ou um website pode ser utilizado.
O Termo também é utilizado em contexto de produtos como aparelhos
eletrônicos, em áreas da comunicação e produtos de transferência de
conhecimento, como manuais, documentos e ajudas online. Também pode se
referir a eficiência do design de objetos como uma maçaneta ou um
martelo.


Definições de Usabilidade

A usabilidade está relacionada aos estudos de Ergonomia e de Interação
Humano-computador.

A usabilidade está diretamente ligada ao diálogo na interface e a
capacidade do software em permitir que o usuário alcance suas metas de
interação com o sistema. Ser de fácil aprendizagem, permitir uma
utilização eficiente e apresentar poucos erros, são os aspectos
fundamentais para a percepção da boa usabilidade por parte do usuário.
Mas a usabilidade pode ainda estar relacionada com a facilidade de ser
memorizada e ao nível de satisfação do usuário.

A usabilidade em meios digitais, como na internet, é um termo muito
utilizado também nas novas mídias. A necessidade de entender as
necessidades dos interagentes no ambiente virtual facilita a
compreensão do conteúdo disponiblizado, fazendo-o auto-suficiente nos
cliques do hipertexto. Até quem tem dificuldade motora ou problemas de
navegação por falta de conhecimento técnico poderá alcançar o que
deseja o produtor da informação, se os processos de usabilidade forem
respeitados, deixando o usuário da página web mais à vontade, mais
independente. É um dos princípios trabalhados pelo webwriting.
[editar] Usabilidade segundo a norma ISO 9241 - Ergonomia de software
de escritório

Pela definição da International Organization for Standardization,
usabilidade é a medida pela qual um produto pode ser usado por
usuários específicos para alcançar objetivos específicos com
efetividade, eficiência e satisfação em um contexto de uso específico
(ISO 9241-11).

Medida, aqui, deve ser entendida como valores resultantes de uma
medição e os processos utilizados para se obter aqueles valores.

A efetividade permite que o usuário alcance os objetivos iniciais de
interação, e tanto é avaliada em termos de finalização de uma tarefa
quanto também em termos de qualidade do resultado obtido.

Eficiência se refere à quantidade de esforço e recursos necessários
para se chegar a um determinado objetivo. Os desvios que o usuário faz
durante a interação e a quantidade de erros cometidos pode servir para
avaliar o nível de eficiência do site.

A terceira medida de usabilidade, a satisfação, é a mais difícil de
medir e quantificar, pois, está relacionada com fatores subjetivos. De
maneira geral, satisfação se refere ao nível de conforto que o usuário
sente ao utilizar a interface e qual a aceitação como maneira de
alcançar seus objetivos ao navegar no site.


Outras perspectivas da usabilidade

Segundo a norma citada acima (parte 11 da norma ISO 9241) a
usabilidade pode ser especificada ou medida segundo outras
perspectivas, como por exemplo:

* Facilidade de aprendizado - o usuário rapidamente consegue
explorar o sistema e realizar suas tarefas;
* Facilidade de memorização - após um certo período sem utilizá-
lo, o usuário não freqüente é capaz de retornar ao sistema e realizar
suas tarefas sem a necessidade de reaprender como interagir com ele;
* Baixa taxa de erros - o usuário realiza suas tarefas sem maiores
transtornos e é capaz de recuperar erros, caso ocorram;

Medição

O conjunto de atributos representando a usabilidade evidencia o
esforço necessário para a utilização de um software. Da mesma forma é
considerado o julgamento individual de seu uso através de um conjunto
implícito ou explícito de usuários (Avouris, 2001). Para tanto, os
critérios de medição da característica de usabilidade estabelecidos
pela norma ISO 9241 reflete na:

* análise das características requeridas do produto num contexto
de uso específico;
* análise do processo de interação entre usuário e produto;
* análise da eficiência (agilidade na viabilização do trabalho),
da eficácia (garantia da obtenção dos resultados desejados) e da
satisfação resultante do uso desse produto.

Testes de Usabilidade e Avaliações de Ergonomia

O teste de usabilidade é uma técnica formal que pode envolver usuários
representando a população alvo para aquele determinado sistema. Estes
usuários são designados para desenvolver tarefas típicas e críticas
havendo com isso uma coleta de dados para serem posteriormente
analisados. Contudo o teste de usabilidade caracteriza-se por utilizar
diferentes técnicas voltadas em sua maioria para a avaliação da
ergonomia dos sistemas interativos.

* Avaliação Heurística;
* Critérios Ergonômicos;
* Inspeção Baseada em Padrões, Guias de Estilos ou Guias de
Recomendações;
* Inspeção por Checklists;
* Percurso (ou Inspeção) Cognitivo;
* Teste Empírico com Usuários.
* Entrevistas e Questionários

Algumas técnicas de avaliação para testes de usabilidade podem incluir
uma lista de métodos que direciona os esforços dos usuários em
realizar uma variedade de tarefas em um protótipo ou sistema. Enquanto
realiza estas tarefas ele é observado por inspetores que coletam dados
referentes aos processos de interação do usuário, incluindo erros
cometidos pelo usuário, quando e onde eles confundem-se ou se
frustram, a rapidez com a qual o usuário realiza a tarefa, se eles
obtêm sucessos na realização da tarefa e a satisfação do usuário com a
experiência.

Entretanto, testes de usabilidade que envolve usuários reais nos
procedimentos de interação transformam-se em um procedimento mais
oneroso e complexo. A utilização de heurísticas, por exemplo, permite
identificar erros mais sérios e difíceis de serem identificados. Mas
estudos apontam que a utilização conjunta de ambos os processos,
aplicação de heurísticas e testes de usabilidade, é a melhor abordagem
de investigações de usabilidade.

Engenharia de Usabilidade

A Engenharia de Usabilidade é uma abordagem de projeto de sistemas
onde são utilizados vários níveis de usabilidade especificados
quantitativamente numa etapa anterior ao seu desenvolvimento e tendo
como objetivo a tomada de decisões de engenharia que vai ao encontro
das especificações através de medidas chamadas métricas.

Trata-se, portanto, de uma abordagem metodológica e de natureza
científica de produção que objetiva a entrega de um produto usável ao
usuário. Para isso utiliza métodos para agrupar requerimentos,
desenvolver e testar protótipos, avaliar projetos alternativos,
analisar problemas de usabilidade, propor soluções e testes com
usuário (Garner, 2003). Preece (1994) apresenta uma lista de etapas
que descreve a seqüência do processo de engenharia de usabilidade:

* definir objetivos de usabilidade utilizando métricas;
* especificar níveis de usabilidade planejados que precisam ser
alcançados;
* analisar o impacto de possíveis soluções de projeto;
* incorporar retorno derivado do usuário no processo de projeto;
* iterar através do ciclo “projeto-avaliação-projeto” até que os
níveis planejados sejam alcançados.

Norma ISO 13407 - Projeto centrado no usuário

O paradigma de desenvolvimento de uma interface com o usuário deve
permitir a realização de sucessivos ciclos de "análise/concepção/
testes", com a necessária retro-alimentação dos resultados dos testes,
de um ciclo a outro. A estratégia consiste em, a cada ciclo,
identificar e refinar continuamente o conhecimento sobre o contexto de
uso do sistema e as exigências em termos de usabilidade da interface.
Na seqüência dos ciclos se constroem versões intermediárias da
interface do sistema que são submetidas a testes de uso, em que os
representantes dos usuários simulam a realização de suas tarefas.
Inicialmente eles participarão de simulações "grosseiras", usando
maquetes, mas, com o avanço do desenvolvimento, eles recorrerão a
protótipos e versões acabadas do sistema, em simulações mais e mais
fidedignas. O objetivo é avaliar a qualidade das interações e levar em
conta os resultados dessas avaliações para a construção de novas
versões das interfaces. Se implementada desde cedo no desenvolvimento,
tal estratégia pode reduzir o risco de falhas conceituais do projeto,
garantindo que, a cada ciclo, o sistema responda cada vez melhor às
expectativas e necessidades dos usuários em suas tarefas. (Cybis,
Betiol & Faust, 2007).


* Cybis, W.A, Betiol, A.H. & Faust, R, Ergonomia e Usabilidade –
Conhecimentos, Métodos e Aplicações . Novatec Editora. ISBN
978-85-7522-138-9.
* ISO (1999). ISO 13407: Human-centred design processes for
interactive systems. Gènève: International Organisation for
Standardisation.
* ISO (1997). ISO 9241-11: Ergonomic requirements for office work
with visual display terminals (VDTs). Part 11 — Guidelines for
specifying and measuring usability. Gènève: International Organisation
for Standardisation.
* Mayhew, D.J. (1999). The usability engineering lifecycle: a
practitioner's handbbok for user interface design. San Francisco:
Morgan Kaufmann.
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