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A nossa escola não chega para os alunos de Leste

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Pentadragão

unread,
Sep 10, 2006, 6:58:37 AM9/10/06
to
"Alla desistiu de ter o filho, de 12 anos, a estudar em Portugal.

Ao fim de seis anos de escolaridade, fartou-se de o ouvir dizer que "ia
descansar para a escola", que aqui se aprendia brincando e da "grande
indisciplina" que marcava o dia-a-dia do ano lectivo nacional.

O miúdo até ia bem - era um dos melhores da turma - mas voltou para a
Ucrânia. Lá garante a mãe, é "tudo muito diferente.

A professora não é uma amiga, é quem ensina. Os alunos estão lá para
trabalhar e aprender. Não há brincadeira".

O embate foi duro para quase todos os imigrantes do Leste com filhos a
estudar em Portugal. E começou logo nos primeiros dias da 1ª classe. Os
meninos e meninas chegaram à primária a saber ler e escrever, a dominar as
operações básicas de matemática e ainda com formação musical e física. Os
seus colegas - todos portugueses - estavam ainda em branco.

Desde os 3 anos, na Ucrânia, que as crianças vão para a escola ter aulas de
língua materna, matemática, música e educação física. "Como são pequenas, só
têm 20 minutos de cada disciplina", explica Alla, garantindo que estão
"sentados a trabalhar e isso é normal".

Aos quatro, russos e ucranianos, aprendem a ler e a escrever. Se não o
souberem, ficam para trás, ou "chumbam", uma vergonha nacional a que -
pasmam-se os imigrantes - "ninguém liga nenhuma aqui!".

Explicar que só no final do 4º ano é exigido que os alunos portugueses
saibam ler, escrever e contar, torna-se difícil de traduzir.

Porque o fosso que divide a educação nacional e a das memórias dos
imigrantes do Leste é, de tamanho "extra large". "Prefiro nem falar disso",
diz Julia Gundarina, uma professora russa que apesar de estar cá há cinco
anos e de "gostar tanto" que nem pensa em voltar para casa, assume que "a
educação é o pior de tudo".

Estranham, sobretudo, a maneira como se ensina, a falta de ordem, a "balda"
generalizada.

"Na Rússia os professores são mais exigentes", diz num português ainda mal
arranhado, mas suficiente para perceber que importa não ferir as
susceptibilidades.

Preferiram mudar de estratégia e criar alternativas. "A educação e a
indisciplina nas escolas é um dos principais problemas da integração", diz
Sérgio Treffaut, realizador brasileiro que produziu e dirigiu o documentário
"Os Lisboetas". "Os imigrantes do Leste queixam-se muito destes aspectos.
Acham que a escola, aqui, é demasiado banal", diz.

Há quatro anos, abriu no Restelo uma escola russa que Julia dirige. Há
cinco, Alla Lirkovest abriu uma escola ucraniana no Estoril. Mais de 120
estudantes estão no Restelo, desde ontem de manhã, em aulas que só fecham em
finais de Junho.

As turmas de Alla não ultrapassam as 20 crianças e regressam hoje ao
trabalho.

Começaram com o objectivo de ensinar a língua e cultura russa e ucraniana,
mas alargaram a sua área de actividade. Ensinam os que acabaram de chegar a
falar português e a aprofundar conhecimentos aos que frequentam a escola
normal.

Aos sábados, vindos de Setúbal, de Torres Vedras e de todos os arredores de
Lisboa, as crianças passam nove horas seguidas na escola. Compensam num dia
as falhas de uma semana de trabalho. "Ficam cansadas", garante Julia.

Na segunda-feira voltam à escola portuguesa. Para descansar mais um
pouco..."

Enquanto existir, em Portugal, um Ministério das Actividades Lúdicas,
Entretenimento e Guarda de Crianças e Jovens, não vamos a lado nenhum e
continuaremos, TODOS, a empobrecer alegremente!!

in Expresso (Rosa Pedroso) de 03/09/2006


Libertar a Mente de Ortodoxias

unread,
Sep 10, 2006, 6:15:24 PM9/10/06
to
Pentadragão escreveu:

> O miúdo até ia bem - era um dos melhores da turma - mas voltou para a
> Ucrânia. Lá garante a mãe, é "tudo muito diferente.
>
> A professora não é uma amiga, é quem ensina. Os alunos estão lá para
> trabalhar e aprender. Não há brincadeira".
>
> O embate foi duro para quase todos os imigrantes do Leste com filhos a
> estudar em Portugal. E começou logo nos primeiros dias da 1ª classe. Os
> meninos e meninas chegaram à primária a saber ler e escrever, a dominar as
> operações básicas de matemática e ainda com formação musical e física. Os
> seus colegas - todos portugueses - estavam ainda em branco.
>
> Desde os 3 anos, na Ucrânia, que as crianças vão para a escola ter aulas de
> língua materna, matemática, música e educação física. "Como são pequenas, só
> têm 20 minutos de cada disciplina", explica Alla, garantindo que estão
> "sentados a trabalhar e isso é normal".
>
> Aos quatro, russos e ucranianos, aprendem a ler e a escrever. Se não o
> souberem, ficam para trás, ou "chumbam", uma vergonha nacional a que -
> pasmam-se os imigrantes - "ninguém liga nenhuma aqui!".

As malditas consequências dessas ditaduras comunistas... esses regimes
falhados. Será? será que foram falhados em tudo?

PM

unread,
Sep 11, 2006, 8:30:09 AM9/11/06
to

Libertar a Mente de Ortodoxias escreveu:

> As malditas consequências dessas ditaduras comunistas... esses regimes
> falhados. Será? será que foram falhados em tudo?

Porquê? Por acaso o rigor, disciplina, responsabilização, etc. foram
"invenção" dos regimes comunistas? Quem o lê pode pensar que sim.

Libertar a Mente de Ortodoxias

unread,
Sep 11, 2006, 1:51:46 PM9/11/06
to
PM escreveu:

> Porquê? Por acaso o rigor, disciplina, responsabilização, etc. foram
> "invenção" dos regimes comunistas? Quem o lê pode pensar que sim.

Não. O que eu quero dizer é que nesses países, em geral, houve uma
política deliberada e que essa política produziu bons resultados, mesmo
em países que à partida partiam de um atraso muito grande. Claro que
esses países não foram os únicos. Mas em alguns casos, como Cuba, o
esforço foi e é extremamente louvável.

Rui Maciel

unread,
Sep 12, 2006, 7:44:30 AM9/12/06
to
Libertar a Mente de Ortodoxias wrote:

> As malditas consequências dessas ditaduras comunistas... esses regimes
> falhados. Será? será que foram falhados em tudo?

Acho que neste caso há mais demérito português do que mérito dos
ex-soviéticos. Em Portugal a educação passou de privilégio de
alguns para obrigação de todos com o 25 de Abril. Essa abertura era
desesperadamente necessária mas continuamos a adaptarmo-nos a ela. Com
essa revolução veio um aumento monstruoso da procura de professores,
obrigando o estado a recrutá-los sem estar em posição de exigir
competência ou formação. Como agravante, a nova massa de alunos era
constituida por miudos de meios onde não se encarava a educação como
algo vital ou até mesmo importante. Ou seja, a massificação do
ensino resultou em ter professores incapazes a tentar ensinar quem não
quer aprender.

Essa tem sido a característica essencial do nosso ensino. Felizmente
isso é apenas a "ressaca" da abertura e o estado das coisas tem andado
lentamente a recuperar-se. Para isso contribui a substituição dos
professores "pioneiros" por profissionais melhor formados e mais aptos,
por ser cada vez mais possível aplicar critérios de competência
devido em parte à inversão da relação entre a oferta e a procura na
admissão de professores, pela educação começar a ser mais
valorizada pelas famílias, etc...

Mas nem tudo poderá ser corrigido com o tempo. A cultura de laxismo
que surgiu e é seguida pelos alunos poderá ser o que existe de mais
grave no nosso sistema de ensino. Por muito exigentes e competentes que
sejam os professores, é extremamente difícil exigir resultados num
meio onde os bons resultados são desprezados, onde os problemas de
assiduidade e responsabilidade são valorizados e até onde o
desrespeito crónico aos professores e tudo que está relacionado com a
escola é tido em grande consideração. O problema está tão
profundamente enraizado que os próprios exames (peso na avaliação,
frequência e até a existência) são alvo de ataques, havendo até
quem defenda que se acabem com eles, incluindo encarregados de
educação.

Por isso, como disse acima, não é propriamente mérito dos
ex-soviéticos mas demérito nosso. As coisas estão más mas devido à
"ressaca" da abertura do ensino e principalmente à falta duma cultura
que valoriza o ensino.

Sobre a relação que existe entre comunismo e excelência na
educação, acho que a ideologia não tem muito a ver com isso. Por
exemplo, a criançada da JCP manifestou-se na festa do avante contra
toda a forma de exames, o que para além de ser uma pequena
contradição não me parece que seja uma medida a favor de um ensino
de qualidade.


Cumprimentos
Rui Maciel

Libertar a Mente de Ortodoxias

unread,
Sep 12, 2006, 1:54:12 PM9/12/06
to
Rui Maciel escreveu:

> Sobre a relação que existe entre comunismo e excelência na
> educação, acho que a ideologia não tem muito a ver com isso. Por
> exemplo, a criançada da JCP manifestou-se na festa do avante contra
> toda a forma de exames, o que para além de ser uma pequena
> contradição não me parece que seja uma medida a favor de um ensino
> de qualidade.

Concordo com quase tudo o que disse, embora pense que, no geral, a
preocupação com a educação nos países de leste foi uma grande aposta.
Mas discordo um pouco desta questão dos exames. É perfeitamente possível
ter um ensino de qualidade sem exames. Penso que a JCP se manifestou
contra os exames, não por ser a favor do laxismo, mas por ser contra a
utilização dos exames como forma de exclusão. Seja como for, chegamos a
um ponto tal de falta de exigência que talvez o único modo de tentar
corrigir a distorção seja através dos exames, caso estes sirvam para que
os professores sejam mais exigentes e os alunos aceitem essa exigência.
No entanto, a limitação desses exames no ensino básico ao 9º ano apenas
a Português e Matemática, não é suficiente. É necessário exames a todas
a disciplinas.

Rui Maciel

unread,
Sep 12, 2006, 3:04:51 PM9/12/06
to

Libertar a Mente de Ortodoxias wrote:

> Concordo com quase tudo o que disse, embora pense que, no geral, a
> preocupação com a educação nos países de leste foi uma grande aposta.

> Mas discordo um pouco desta questão dos exames. É perfeitamente possível
> ter um ensino de qualidade sem exames.

Sem dúvida, principalmente porque um exame não é uma ferramenta de
ensino mas sim um mecanismo de avaliação do resultado do próprio
processo de ensino. Não é por causa da adopção de um certo processo
de avaliação que o processo de ensino/aprendizagem muda. Bem, a não
ser que os professores desistam de ensinar e passem a treinar os alunos
para resoluções de provas.


> Penso que a JCP se manifestou
> contra os exames, não por ser a favor do laxismo, mas por ser contra a
> utilização dos exames como forma de exclusão.

Segundo a página da JCP:
(http://www.jcp-pt.org/noticias.php?id=238&categoria=)

"Os jovens comunistas defendem que um exame não mostra o desempenho do
aluno, propondo a aplicação da avaliação contínua como método
justo para analisar a sua evolução ao longo do ano."

Ou seja, defendem que o aluno não seja avaliado pelo que sabe mas sim
pela maneira como se portou durante o ano. Outro detalhe que acho
contraditório para a ideologia defendida pelo JCP é o desprezo dum
mecanismo de avaliação comum a todos os alunos. Aparentemente a JCP
quer acabar com um mecanismo de avaliação iqualitário e justo em
detrimento de outro extremamente subjectivo e pródigo em avaliação
que estão longe de corresponder às reais capacidades dos alunos.
Além disso, porque motivo é que um aluno não deve ser penalizado na
sua avaliação se demonstrar que possui sérias lacunas no seu
conhecimento?

Mas isso já é outro assunto.


> Seja como for, chegamos a
> um ponto tal de falta de exigência que talvez o único modo de tentar
> corrigir a distorção seja através dos exames, caso estes sirvam para que
> os professores sejam mais exigentes e os alunos aceitem essa exigência.
> No entanto, a limitação desses exames no ensino básico ao 9º ano apenas
> a Português e Matemática, não é suficiente. É necessário exames a todas
> a disciplinas.

Eu sou totalmente a favor dos exames pois, apesar de ser um método de
avaliação falível (nenhum é perfeito), é o que oferece mais
garantias de fiabilidade, é uniforme e é extremamente objectivo. Tem
também a vantagem de ser capaz de apontar sérias falhas no processo
de avaliação subjectiva, talvez por retirar ao professor a produção
e a correcção das provas.

Devido a essas características, a adopção de exames finais
influencia a uma maior dedicação de todas as partes envolvidas e,
segundo o estado actual das coisas, qualquer incentivo à dedicação
nos estudos é de louvar.


Cumprimentos
Rui Maciel

"Portugal Arco-Íris"

unread,
Sep 13, 2006, 10:23:05 AM9/13/06
to

"Rui Maciel" <rui.m...@gmail.com> escreveu na mensagem
news:1158087890.9...@h48g2000cwc.googlegroups.com...

Devido a essas características, a adopção de exames finais
influencia a uma maior dedicação de todas as partes envolvidas e,
segundo o estado actual das coisas, qualquer incentivo à dedicação
nos estudos é de louvar.

Cumprimentos
Rui Maciel

Sendo "simplista", o que me parece relevante não são os "exames finais" do
secundário, ou outros.
O que é necessário saber é se os alunos que terminam determinado ciclo de
ensino estão, ou não, aptos para entrar no "mercado de trabalho".
O dito mercado é muito abrangente, desde profissões menos exigentes em
questões de "ciclos escolares" (onde estão?) até licenciados em "a
licenciatura é em quê????!!!!!!!???".
Dito, ou escrito, de outra forma, o importante será o exame de "entrada no
mercado de trabalho", não o de "saída do ensino obrigatório, ou outro".
O ensino deve ser direcionado para a "integração no dito mercado" e não para
a estatistica do "sucesso escolar".


Joaquim Amado Lopes

unread,
Sep 14, 2006, 6:52:09 PM9/14/06
to
Cumprimentos.

On Wed, 13 Sep 2006 15:23:05 +0100, "\"Portugal Arco-Íris\"" <x@x>
wrote:
[snip]


>Dito, ou escrito, de outra forma, o importante será o exame de "entrada no
>mercado de trabalho", não o de "saída do ensino obrigatório, ou outro".
>O ensino deve ser direcionado para a "integração no dito mercado" e não para
>a estatistica do "sucesso escolar".
>

Não concordo.

O ensino obrigatório pretende preparar os (futuros?) cidadãos com
determinados conhecimentos e competências gerais e específicas que são
independentes da profissão que venham a seguir. A formação para
integração no mercado de trabalho é o que vem a seguir.

Se não fosse assim, como se justificaria a necessidade de aulas de
química, física, trabalhos manuais, inglês, francês, história e
biologia (p.e.) no ensino secundário, uma vez que cada uma dessas
disciplinas é irrelevante para a maior parte das profissões?

Os exames no final de cada ciclo escolar ajudam a determinar se o
aluno está preparado para evoluir para um ciclo mais exigente. Se não
sabe o que era suposto ter aprendido, então não deve passar para o
ciclo seguinte simplesmente porque não está preparado para tal.

Um abraço,
Joaquim Amado Lopes

Libertar a Mente de Ortodoxias

unread,
Sep 14, 2006, 8:28:38 PM9/14/06
to
"Portugal Arco-Íris" escreveu:

> O que é necessário saber é se os alunos que terminam determinado ciclo de
> ensino estão, ou não, aptos para entrar no "mercado de trabalho".


Não tenho a mesma visão. Penso que o ensino tem uma componente
vocacional, mas a sua função é fundamentalmente a de desenvolver
competências nos mais diversos domínios e não apenas profissionalmente.

Rui Maciel

unread,
Sep 15, 2006, 7:50:57 AM9/15/06
to

"Portugal Arco-Íris" wrote:

> Sendo "simplista", o que me parece relevante não são os "exames finais" do
> secundário, ou outros.
> O que é necessário saber é se os alunos que terminam determinado ciclo de
> ensino estão, ou não, aptos para entrar no "mercado de trabalho".
> O dito mercado é muito abrangente, desde profissões menos exigentes em
> questões de "ciclos escolares" (onde estão?) até licenciados em "a
> licenciatura é em quê????!!!!!!!???".
> Dito, ou escrito, de outra forma, o importante será o exame de "entrada no
> mercado de trabalho", não o de "saída do ensino obrigatório, ou outro".
> O ensino deve ser direcionado para a "integração no dito mercado" e não para
> a estatistica do "sucesso escolar".


O objectivo de qualquer processo de ensino é o de conferir aos alunos
um pacote de conhecimentos e também a agilidade mental para conseguir
usufruir deles. Isso é independente do cariz da formação em causa.
Quer se fale do ensino básico ou do superior ou se se trate de
formação profissional ou desenvolvimento pessoal, o objectivo é
sempre esse.

Mas no entanto os estabelecimentos de ensino tem de conseguir avaliar
os alunos para determinar se realmente conseguiram interiorizar
satisatoriamente a matéria abrangida. Para isso são aplicados
métodos de avaliação, tentando ser o mais objectivo possível.

Tendo isso em conta, o "Portugal Arco-Íris" diz o seguinte:

> O que é necessário saber é se os alunos que terminam determinado ciclo de
> ensino estão, ou não, aptos para entrar no "mercado de trabalho".

Se estivermos a falar de cursos de formação profissional, quem
administra o curso irá também procurar avaliar os alunos. Como só se
pode avaliar por completo o resultado dum processo de ensino quando
termina então é de esperar que a avaliação seja feita quando
termina. Por isso é fácil de compreender que os exames finais servem
exactamente para isso: avaliar competências dos alunos no final do
processo de ensino. Se o curso for técnico-profissional, o que se
avalia é exactamente isso: aptidão para entrar no mercado de
trabalho.

Mas segundo a preocupação da avaliação para a entrada no mercado de
trabalho, isso já é feito e tanto no sector privado como para o
estado. Qualquer potencial empregado tem de passar por uma lista de
avaliações impostas pelo empregador e no estado até são feitos
exames escritos sobre várias matérias.


Cumprimentos
Rui Maciel

"Portugal Arco-Íris"

unread,
Sep 17, 2006, 9:38:45 AM9/17/06
to

"Joaquim Amado Lopes" <jal-...@jalopes.net.> escreveu na mensagem
news:pmmjg2920qd3ar78h...@4ax.com...

Compreendo, no entanto diga-me, e quanto àqueles que terminando com sucesso
o ensino obrigatório ou o secundário? Nem todos continuarão (não podem ou
não querem) os estudos.
A percentagem de sucesso escolar crescerá proporcionalmente ao número de
trabalhadores indiferenciados.

"Portugal Arco-Íris"

unread,
Sep 17, 2006, 9:44:34 AM9/17/06
to

"Portugal Arco-Íris" wrote:


Cumprimentos
Rui Maciel

Ver resposta a JAL.


mertiolato

unread,
Sep 17, 2006, 12:13:45 PM9/17/06
to
Uma pergunta simples: neste post quem anda a trair quem?
É só para perceber

""Portugal Arco-Íris"" <x@x> escreveu na mensagem
news:450d69ad$0$2589$a729...@news.telepac.pt...


>
>
> "Portugal Arco-Íris" wrote:
>
>> Sendo "simplista", o que me parece relevante não são os "exames finais"
>> do

> O objectivo de qualquer processo de ensino é o de conferir aos alunos
> um pacote

> Tendo isso em conta, o "Portugal Arco-Íris" diz o seguinte:


>
>> O que é necessário saber é se os alunos que terminam determinado ciclo de
>> ensino estão, ou não, aptos para entrar no "mercado de trabalho".
>
> Se estivermos a falar de cursos de formação profissional, quem

mertiolato

unread,
Sep 17, 2006, 12:25:28 PM9/17/06
to
xxxxxxxx

""Portugal Arco-Íris"" <x@x> escreveu na mensagem
news:450d69ad$0$2589$a729...@news.telepac.pt...
>
>

"Portugal Arco-Íris"

unread,
Sep 17, 2006, 1:54:24 PM9/17/06
to

"mertiolato" <Stra...@tfigueira.net> escreveu na mensagem
news:eejs7t$jbn$1...@news.datemas.de...


> Uma pergunta simples: neste post quem anda a trair quem?
> É só para perceber
>

Será o "rasputine" ao "mertiolato"? ou o "zigoto" ao "rasputine"? ou o
"mertiolato" ao "zigoto"?!?
Em caso de duvida pode sempre perguntar ao "gilberto" ou será "brutos"?
talvez o "ali kate" saiba! dos vários "nicks" do coiso não se pode falar que
ele não gosta :-P


Joaquim Amado Lopes

unread,
Sep 17, 2006, 2:28:53 PM9/17/06
to
Cumprimentos.

On Sun, 17 Sep 2006 14:38:45 +0100, "\"Portugal Arco-Íris\"" <x@x>
wrote:
[snip]


>Compreendo, no entanto diga-me, e quanto àqueles que terminando com sucesso
>o ensino obrigatório ou o secundário? Nem todos continuarão (não podem ou
>não querem) os estudos.
>

Quem não quer continuar os estudos, aprende uma profissão.
Há cursos de formação técnico-profissional e muitos até dão
equivalência ao 12º ano, o que permite a candidatura ao ensino
superior. Também se pode aprender uma profissão na prática.

Esperar que quem termine o ensino obrigatório tenha já uma profissão
aprendida não é razoável e implica uma sobrecarga sobre o sistema de
ensino que acabará por prejudicar todos, os que querem e os que não
querem continuar a estudar.

>A percentagem de sucesso escolar crescerá proporcionalmente ao número de
>trabalhadores indiferenciados.
>

Pode explicar melhor essa afirmação?

mertiolato

unread,
Sep 17, 2006, 2:46:54 PM9/17/06
to
Não sabe que é pouco elegante responder com perguntas?
Pelos vistos a tua falta de honestidade regressou contigo.

""Portugal Arco-Íris"" <x@x> escreveu na mensagem

news:450d8c44$0$19742$a729...@news.telepac.pt...

PP-QQ

unread,
Sep 17, 2006, 3:05:43 PM9/17/06
to
Não acreditas em milagres, pois não?! :-)

On Sun, 17 Sep 2006 19:46:54 +0100, "mertiolato" <lab...@sapo.pt>
wrote:

"Portugal Arco-Íris"

unread,
Sep 17, 2006, 5:08:55 PM9/17/06
to

"Joaquim Amado Lopes" <jal-...@jalopes.net.> escreveu na mensagem

news:hl4rg2d0favg4vdvd...@4ax.com...


> Cumprimentos.
>
> On Sun, 17 Sep 2006 14:38:45 +0100, "\"Portugal Arco-Íris\"" <x@x>
> wrote:
> [snip]
>>Compreendo, no entanto diga-me, e quanto àqueles que terminando com
>>sucesso
>>o ensino obrigatório ou o secundário? Nem todos continuarão (não podem ou
>>não querem) os estudos.
>>
> Quem não quer continuar os estudos, aprende uma profissão.
> Há cursos de formação técnico-profissional e muitos até dão
> equivalência ao 12º ano, o que permite a candidatura ao ensino
> superior. Também se pode aprender uma profissão na prática.
>

Essa é uma prática que ainda está dar os "primeiros passos". Não se esqueça
da pressa que houve em acabar com os cursos industriais e comerciais.

> Esperar que quem termine o ensino obrigatório tenha já uma profissão
> aprendida não é razoável e implica uma sobrecarga sobre o sistema de
> ensino que acabará por prejudicar todos, os que querem e os que não
> querem continuar a estudar.
>

Não tenho a sobranceria de pretender ter a solução, mas o que vejo no dia a
dia é... ver no próximo parágrafo.

>>A percentagem de sucesso escolar crescerá proporcionalmente ao número de
>>trabalhadores indiferenciados.
>>
> Pode explicar melhor essa afirmação?
>

Jovens como empregados de balcão em "shoppings", caixas de supermercados,
seguranças, etc... que possivelmente serão felizes possuidores de
certificados de conclusão do ensino obrigatório ou do secundário, mas sem
qualquer habilitação especifica para enfrentar o dito mercado.

Não considero menos importantes os exames finais, desde sempre fui
confrontado com eles (no da 4ªclasse fui obrigado a utilizar caneta "de
tinta permanente"). Hoje seria impossível, poderia traumatizar as
criancinhas. LOL!!
Mas repito, não é com o certificado de habilitações do ensino obrigatório
(hoje 9º ano, amanhã 12º?) que se garante uma geração preparada para os
desafios do futuro.
Deixo aqui uma pequena sugestão, talvez politicamente incorrecta, fazer no
6º ano de escolaridade a avaliação das potencialidades de cada elemento, e
logo aí direcciona-lo para a "aprendizagem" mais consentânea com as suas
possibilidades intelectuais??

"Portugal Arco-Íris"

unread,
Sep 17, 2006, 5:27:06 PM9/17/06
to

"mertiolato" <lab...@sapo.pt> escreveu na mensagem
news:eek575$4f4$1...@inews.gazeta.pl...


> Não sabe que é pouco elegante responder com perguntas?
> Pelos vistos a tua falta de honestidade regressou contigo.
>

LOL!!!!!!!
Já por aqui escrevi que o que tu queres é conversa, mas para o teu
"peditório" já dei.

"Portugal Arco-Íris"

unread,
Sep 17, 2006, 5:33:15 PM9/17/06
to

"PP-QQ" <nen...@netcabo.pt> escreveu na mensagem
news:737rg2hpl3fmf4aa8...@4ax.com...


> Não acreditas em milagres, pois não?! :-)
>

Óh meu mentiroso compulsivo, quando é que provas que eu utilizei mais que um
"nick"?
Queres que eu utilize a técnica da cadeira??

Vocês, mentecaptos militantes, sabem que posso ser persistente. Sugiro,
portanto, que rapidamente proves o que escreveste, ou em alternativa
apresentes desculpas.


mertiolato

unread,
Sep 17, 2006, 6:18:22 PM9/17/06
to
Ok Maciel

""Portugal Arco-Íris"" <x@x> escreveu na mensagem

news:450dbdab$0$13623$a729...@news.telepac.pt...

mertiolato

unread,
Sep 17, 2006, 6:22:24 PM9/17/06
to
Não claro que não, mas sei que existe circo e que nestes há sempre palhaços.


"PP-QQ" <nen...@netcabo.pt> escreveu na mensagem
news:737rg2hpl3fmf4aa8...@4ax.com...

mertiolato

unread,
Sep 17, 2006, 6:26:29 PM9/17/06
to
Éh pá, estás velho! És do tempo da tinta permanente. Agora é que eu vi donde
vem tanto borrão.


""Portugal Arco-Íris"" <x@x> escreveu na mensagem

news:450dbb9e$0$13470$a729...@news.telepac.pt...

PP-QQ

unread,
Sep 17, 2006, 6:36:20 PM9/17/06
to
On Sun, 17 Sep 2006 22:33:15 +0100, "\"Portugal Arco-Íris\"" <x@x>
wrote:

>
>


>"PP-QQ" <nen...@netcabo.pt> escreveu na mensagem
>news:737rg2hpl3fmf4aa8...@4ax.com...
>> Não acreditas em milagres, pois não?! :-)
>>
>
>Óh meu mentiroso compulsivo, quando é que provas que eu utilizei mais que um
>"nick"?
>Queres que eu utilize a técnica da cadeira??

Vai chamar metiroso à puta que te pariu.


>
>Vocês, mentecaptos militantes, sabem que posso ser persistente. Sugiro,
>portanto, que rapidamente proves o que escreveste, ou em alternativa
>apresentes desculpas.

Vai chamar mentecapto à puta que te pariu

Joaquim Amado Lopes

unread,
Sep 17, 2006, 6:44:13 PM9/17/06
to
Cumprimentos.

On Sun, 17 Sep 2006 22:08:55 +0100, "\"Portugal Arco-Íris\"" <x@x>
wrote:
[snip]


>> Quem não quer continuar os estudos, aprende uma profissão.
>> Há cursos de formação técnico-profissional e muitos até dão
>> equivalência ao 12º ano, o que permite a candidatura ao ensino
>> superior. Também se pode aprender uma profissão na prática.
>
>Essa é uma prática que ainda está dar os "primeiros passos".
>

E a formação profissional no ensino obrigatório que sugere
simplesmente não existe.
De qualquer forma, faz todo o sentido que a formação profissional seja
uma sequência do ensino obrigatório.

>Não se esqueça
>da pressa que houve em acabar com os cursos industriais e comerciais.
>

Foram mal acabados. No entanto, foram acabados (também) por causa da
ideia de que o que interessava era um canudo, que todos deviam poder
ir para a Universidade e serem doutores, independentemente de estarem
vocacionados/aptos para isso ou não..

[snip]


>Jovens como empregados de balcão em "shoppings", caixas de supermercados,
>seguranças, etc... que possivelmente serão felizes possuidores de
>certificados de conclusão do ensino obrigatório ou do secundário, mas sem
>qualquer habilitação especifica para enfrentar o dito mercado.
>

Pelo que me diz respeito, ser empregado de balcão em "shoppings",
caixa de supermercados, segurança, etc são profissões tão dignas e
necessárias como ser doutor ou engenheiro. Além de que até para essas
profissões são necessárias habilitações/capacidades específicas.

Mas poderei depreender das suas palavras que deseja que todos os
jovens adquiram "habilitações especificas para enfrentar o dito
mercado" e nenhum venha a ser empregado de balcão em "shoppings",
caixa de supermercados, segurança, etc...?
Se é assim, quem exercerá essas profissões? Ou acabam?

[snip]


>Deixo aqui uma pequena sugestão, talvez politicamente incorrecta, fazer no
>6º ano de escolaridade a avaliação das potencialidades de cada elemento, e
>logo aí direcciona-lo para a "aprendizagem" mais consentânea com as suas
>possibilidades intelectuais??
>

Essa sugestão não tem nada de politicamente incorrecta. Faz até todo o
sentido.
Um amigo meu que viveu muitos anos na Alemanha (tem até a
nacionalidade alemã) diz-me que é precisamente isso que é feito
naquele país.

Mas as possibilidades intelectuais são apenas um dos muitos factores
que determinam a possibilidade de sucesso. Na realidade, vários
estudos indicam que um QI mais elevado faz pouca ou nenhuma diferença
a médio/longo prazo em termos de sucesso profissional.
Há naturalmente profissões em que um intelecto mais elevado é
necessário mas pode-se ter muito sucesso em profissões nas quais tal
não acontece.

De qualquer forma, haverá muitos jovens cujas potencialidades e/ou
ambição os tornam capazes "apenas" para profissões como empregado de
balcão em "shoppings", caixa de supermercados, segurança, etc.

"Portugal Arco-Íris"

unread,
Sep 17, 2006, 7:18:29 PM9/17/06
to

"Joaquim Amado Lopes" <jal-...@jalopes.net.> escreveu na mensagem

news:72jrg2loue17krdnd...@4ax.com...
> Cumprimentos.


>
> [snip]
>>Jovens como empregados de balcão em "shoppings", caixas de supermercados,
>>seguranças, etc... que possivelmente serão felizes possuidores de
>>certificados de conclusão do ensino obrigatório ou do secundário, mas sem
>>qualquer habilitação especifica para enfrentar o dito mercado.
>>

> Pelo que me diz respeito, ser empregado de balcão em "shoppings",
> caixa de supermercados, segurança, etc são profissões tão dignas e
> necessárias como ser doutor ou engenheiro. Além de que até para essas
> profissões são necessárias habilitações/capacidades específicas.
>
> Mas poderei depreender das suas palavras que deseja que todos os
> jovens adquiram "habilitações especificas para enfrentar o dito
> mercado" e nenhum venha a ser empregado de balcão em "shoppings",
> caixa de supermercados, segurança, etc...?
> Se é assim, quem exercerá essas profissões? Ou acabam?
>
> [snip]

Quando acima escreve ">Além de que até para essas


> profissões são necessárias habilitações/capacidades específicas."

exprime, de outra forma, o que eu venho dizendo.
Não afirmei que essas profissões não são dignas. São, no entanto, mal
remuneradas por serem entendidas como indeferenciadas.
Obriguem-se esses individuos a cursos de formação para o desempenho da
função, (leia-se, os patrões só poderiam contratar individuos habilitados
para tal) e provalvelmente o panorama do "mercado de trabalho" mudaria para
melhor. Da mesma forma, e em consonância com as boas práticas, esses mesmos
patrões seriam obrigados a cursos de formação consoante a actividade em
vista.
Nada que não se faça noutros lados.

"Portugal Arco-Íris"

unread,
Sep 17, 2006, 7:00:09 PM9/17/06
to

"PP-QQ" <nen...@netcabo.pt> escreveu na mensagem

news:ddjrg25n7mjk8bifp...@4ax.com...

Sim... e provar as idiotices que debitas de forma alarve?!?


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