Google Groups no longer supports new Usenet posts or subscriptions. Historical content remains viewable.
Dismiss

Budismo, e a fala

2 views
Skip to first unread message

Daniel Santos

unread,
Jul 19, 2023, 8:02:28 AM7/19/23
to
Olá a todos.

Eu gosto bastante de livros de auto-ajuda, de conhecimento para o
bem-estar, budismo, taoismo, Yoga, essas coisas. Acho que conseguem
tentar criar uma imagem mental, daquilo que me atraí.

Não gosto de astrologia, signos, tarot, e essas coisas que andam por aí
aos montes na televisão. Também não sou muito de rituais e religião no
geral.

Leio conhecimento maioriariamente da China, Tibet (mais ou menos),
Índia; e desenvolvo as minhas teorias, com partes do que vou apanhando.

Tenho uma teoria; é mais um add-on/extensão, para a língua falado e
escrita, que se pode aplicar a qualquer língua. Tem ligações com o
Caminho do Meio de Buda.

Quero saber se este assunto tem pelo menos 1 interessado/a, para assim
poder partilhar convosco.

Acho que a língua deve ser viva, e esta teoria certamente enriquece a
língua e expande-a.

Estou a pensar escrever um livro sobre esta minha teoria, juntamente com
outras teorias.

Ninguém

unread,
Jul 19, 2023, 3:13:38 PM7/19/23
to
On 19/07/23 13:01, Daniel Santos wrote:
> Quero saber se este assunto tem pelo menos 1 interessado/a, para assim
> poder partilhar convosco.

Nem por isso, da minha parte - a parte da linguagem.
Mas queres expor, pelo menos, um resumo para ver se interessa a alguém?

Daniel Santos

unread,
Jul 19, 2023, 4:43:47 PM7/19/23
to
Claro Rasparta. Posso explicar desta maneira:

A nossa fala é maioritariamente assente num modelo dualista. Isto de 2
polos.

O des- , in-, im-, é o responsável pela fala ser dualista. Pode-se
aplicar estes prefixos a muitas palavras. E às palavras em que não se
pode, existe um outra palavra que significa o mesmo mas de maneira
oposta.

Por exemplo, feliz/triste. São duas palavras diferentes, mas o
significam a mesma qualidade, em duas vertentes opostas.

Não existe uma palavra que signifique o meio entre feliz/triste. É nesse
meio em que a maioria das pessoas anda, a maior parte do tempo.

Outro exemplo, agora com o des-, in-, im-, é o contente/descontente. O
des- dá um outro lado à palavra contente.

Eu proponho, que haja um prefixo (tipo o des-), que signifique o meio.
Assim qualquer palavra pode ter um meio. Passando assim, a fala a ser de
3 polos (de trindade ou "trialista").

É no meio onde está a virtude. E este prefixo, traz bastantes benefícios
para a mente.

A palavra-prefixo que proponho que se use como meio, é o "ok-".

Por exemplo: O capacete é um ok-martelo.
Com isto estás a dizer que o capacete serve, mais ou menos, como um
martelo.

Este prefixo ok- que vos falo, aplica-se no complemento direto da frase.
O "o quê" da frase.

Digam-me o que acham desta extensão/add-on à lingua :-)

Ninguém

unread,
Jul 20, 2023, 10:24:05 AM7/20/23
to
On 19/07/23 21:42, Daniel Santos wrote:
> A palavra-prefixo que proponho que se use como meio, é o "ok-".
>
> Por exemplo: O capacete é um ok-martelo.
> Com isto estás a dizer que o capacete serve, mais ou menos, como um
> martelo.
>
> Este prefixo ok- que vos falo, aplica-se no complemento direto da frase.
> O "o quê" da frase.
>
> Digam-me o que acham desta extensão/add-on à lingua 😄

Lamento achar que seria um belo exemplo de colonização da língua portuguesa.
Desculpa o desabafo. Preocupa-me mais a erosão da língua do que a falta
dessa ideia de que falas.
Não há nada mais latino, ou grego? "semi-"?
Mas, tirando isso, até me parecia interessante pensar nisso. Não estou
(e imagino que ninguém esteja) em condições de aceitar essa tese sem
mais estudos. Como não sou da área... abstenho-me.
Talvez devesses discutir isso com linguistas...

Daniel Santos

unread,
Jul 20, 2023, 12:54:59 PM7/20/23
to
Agradeço a tua resposta.

"semi-" também seria uma boa ideia. Se bem que semi- adequa-se mais a
entidades parciais; o que também é algo que quero que esta teoria
abrange. Mas "semi-" dá.

Conheces onde posso contatar com linguistas?

Ninguém

unread,
Jul 21, 2023, 3:03:39 AM7/21/23
to
On 20/07/23 17:53, Daniel Santos wrote:
> Conheces onde posso contatar com linguistas?

Er... não faço a mínima.
Talvez procurando junto das universidades... talvez aqueles sítios
ciberdúvidas da língua portuguesa, o projeto natura, o dicionário da
língua portuguesa... as pessoas responsáveis por eles devem ser ou saber
onde encontrar espécimes desses.
Boa sorte ;-)

Ninguém

unread,
Jul 25, 2023, 4:58:52 AM7/25/23
to
On 19/07/23 21:42, Daniel Santos wrote:
> A nossa fala é maioritariamente assente num modelo dualista. Isto de 2
> polos.
>
> O des- , in-, im-, é o responsável pela fala ser dualista. Pode-se
> aplicar estes prefixos a muitas palavras. E às palavras em que não se
> pode, existe um outra palavra que significa o mesmo mas de maneira
> oposta.
>
> Por exemplo, feliz/triste. São duas palavras diferentes, mas o
> significam a mesma qualidade, em duas vertentes opostas.
>
> Não existe uma palavra que signifique o meio entre feliz/triste. É nesse
> meio em que a maioria das pessoas anda, a maior parte do tempo.
>
> Outro exemplo, agora com o des-, in-, im-, é o contente/descontente. O
> des- dá um outro lado à palavra contente.
>
> Eu proponho, que haja um prefixo (tipo o des-), que signifique o meio.
> Assim qualquer palavra pode ter um meio. Passando assim, a fala a ser de
> 3 polos (de trindade ou "trialista").
>
> É no meio onde está a virtude. E este prefixo, traz bastantes benefícios
> para a mente.

Coincidentemente, li há dias este artigo:

https://www.vipshek.com/blog/interaction

Talvez te interesse.

Daniel Santos

unread,
Jul 25, 2023, 12:24:33 PM7/25/23
to
Li o artigo cuidadosamente.

A palavra que ele criou (ou que já existia) "ambivert" é um ok-introvert
(ou semi-introvert).

E um ok-introvert é o mesmo que um ok-extrovert. Na teoria que te falei,
isto significa exatamente a mesma coisa; apontam para o mesmo valor.

Criar novas palavras quando se quer referir a um meio, é frustante,
porque tem-se sempre que decorar mais uma palavra. Ou então tens de
explicar mais uma palavra a uma nova pessoa. Isto para todas as
palavras.

O conceito de um prefixo ok- é mais simples e poderoso. Explicado uma
vez, aplica-se a muitas palavras, e só há um conceito que tem de se
entender, o conceito do meio.

As polaridades continuam a existir, mas o meio também é reconhecido, e
utilizado (na fala).
0 new messages