Agradecimentos

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Karen Nicoli

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Jul 21, 2015, 9:15:38 AM7/21/15
to psi-...@googlegroups.com
Querid@s formand@s,

escrevo para agradecer o convite para estar ao lado de vocês na colação de grau como paraninfa da turma.
Aceito o convite com muita alegria e emoção, pois esta turma é muito especial para mim. Parece clichê, mas não é: vocês foram especiais, sim! Marcaram a minha trajetória e a da Unidade. Especiais por causa de nossos encontros em sala de aula e mesmo fora dela. Compreendo que aprendizagem ocorre a partir da interação educador-educando. Inspirada em Paulo Freire, digo que essa relação é dialética e dialógica: o professor só tem existência porque há o estudante e este só pode ser estudante porque há o professor. O encontro entre educador-educando deve ser transformador para ambos: ao ensinar, o professor aprende e, ao aprender, o educando ensina. Posso dizer claramente que nossos encontros foram, para mim, ricos disso: ensinamentos e aprendizagens ou "ensinagens" e "aprendimentos". Em vários momentos, saí de nossas aulas transformada, mexida, instigada a crescer e me desenvolver. Vocês movimentaram minha prática, me fizeram refletir. Eis a força mobilizadora que vocês me proporcionaram. Obrigada por isso!
São especiais também porque vejo no olhar de vocês a vontade de fazer valer a Psicologia enquanto Ciência e Profissão. No convite que vocês lindamente confeccionaram e me entregaram, há uma frase de Nietzsche que diz: "Nada é tão nosso quanto nossos sonhos". Pois é, os sonhos são seus! E é gratificante quando compartilhamos os sonhos, quando juntos buscamos que eles saiam do mundo idílico e se tornem tangíveis. Parabéns!!! Um desses sonhos está aí, pertinho de se concretizar! Que venham outros sonhos, outras lutas, outras vitórias!
Os sonhos podem ser de vários tipos: podem ser distantes, impossíveis, podem nos assustar, virar pesadelos, podem nos trazer uma faceta nossa que estava escondida, nas profundezas da consciência... Enfim, são múltiplos! Mas há um tipo de sonho que eu prefiro: aquele que nos move, que nos inquieta, que nos faz lutar, desejar que se concretize. Que o sonho de formar-se psicólogo, transforme-se em movimento e luta por uma profissão comprometida com a justiça social, com a promoção da saúde mental, com uma vida melhor para todos.
Encerro por aqui meu agradecimento, mas antes, como não poderia deixar de ser, me despeço, oferecendo à turma uma canção. Essa música foi escolhida por vários motivos: primeiro, porque eu a adoro; segundo, porque quando a ouvi esses dias, lembrei de vocês e de seus sonhos, dos meus sonhos... Por fim, porque acredito no que ela diz: os sonhos, querid@s, não envelhecem.

Abraço grande,
Danielle

Segue o link:
https://www.youtube.com/watch?v=-83HCIbrfWU

E a letra:

Clube da Esquina nº2
Milton Nascimento, Lô Borges e Márcio Borges

Porque se chamava moço
Também se chamava estrada
Viagem de ventania
Nem lembra se olhou pra trás
Ao primeiro passo, aço, aço, aço...

Porque se chamavam homens
Também se chamavam sonhos
E sonhos não envelhecem
Em meio a tantos gases lacrimogêneos
Ficam calmos, calmos, calmos...

E lá se vai mais um dia...

E basta contar compasso
E basta contar consigo
Que a chama não tem pavio
De tudo se faz canção
E o coração na curva de um rio, rio, rio...

E lá se vai mais um dia...

E o rio de asfalto e gente
Entorna pelas ladeiras
Entope o meio fio
Esquina mais de um milhão
Quero ver então a gente, gente, gente...
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