Geral • Re: A/C Cárcere do Fort Frederik Hendrik
Prezados Senhores,
É atípico que o Stadhouder das Províncias Unidas se pronuncie em algumas ocasiões, sobretudo no que diz respeito às questões judiciais. Tentando não intervir nos processos, mas ainda vigilante e cioso, porquanto sujeito privado, o Príncipe de Woestein gostaria de dizer o seguinte:
1. No que diz respeito às questões macronacionais, porquanto religioso católico e sujeito convictamente democrata e nacionalista:
a) Entendo que o sr. Jair Messias Bolsonaro está excomungado e anatemizado da Igreja de Cristo, haja vista de que, para além de viver publicamente em pecado ao lado de uma concubina (posto que é casado na Igreja com a sra. Rogéria Nantes, de quem civilmente se divorciou, tendo "casado" três vezes com outras amásias), proclamou obediência ao Satanás quando apostatou da fé ao ser "batizado" pelo "pastor" Everaldo no Rio Jordão. Anátema, anátema, anátema. A suprema caridade que pode ser oferecida ao sr. Bolsonaro, que
necessariamente, como alguém que incorreu em anátema, está condenado ao Inferno, por recusar a graça de Deus é proclamar a sua condição de anatemizado, para que se arrependa, confesse o seu pecado, cumpra a devida penitência e volte à Igreja;
b) Entendo que o sr. Jair Messias Bolsonaro é pessoalmente culpado de algumas centenas de milhares de mortes pela COVID-19, diante de sua postura de recusa absoluta a oferecer pronto tratamento, além da incitação ao desrespeito às normas sanitárias e zombaria àqueles que morriam. Muitos parentes, amigos e pessoas que amamos faleceram por decorrência de sua ação direta. A graça de Deus só pode alcançá-lo caso assuma os seus erros e cumpra a devida penitência pelo verdadeiro genocídio promovido;
c) Entendo que a desobediência à autoridade legitimamente constituída, sobretudo por interesses próprios, é,
per se, pecado gravíssimo; e é nosso dever proclamar a condição de pecador do sr. Jair Messias Bolsonaro e sua desobediência integral, bem como incitação à desobediência por parte de fiéis, às leis da Igreja, para que menos pessoas incorram em erros;
d) Entendo que, porquanto presbítero da Santa Igreja Católica, é nosso dever admoestar a todos os admiradores e seguidores de um herege anatemizado, com o objetivo de que estes também se arrependam e busquem a Salvação.
2. No que diz respeito ao sr. Marck, Visconde de Selas:
e) Acredito que sua manifestação ocorrida é fruto de profunda imaturidade e falta de conhecimento do Catecismo da Santa Igreja, em primeiro lugar; de espírito de contestação e desobediência, em segundo lugar; e de impetuosidade irrefletida,. Isto, contudo, não modifica o fato de que, antes de tal ato, foi um servidor fiel, denodado, honrado e desinteressado da Coroa Maurense, granjeando inúmeros méritos;
f) Tenho como certo de que, em algum momento, ao refletir profundamente sobre os valores aqui manifestados, saberá reconhecer a impropriedade do que cometeu, quer seja como fiel católico, quer seja como meu súdito;
g) Pessoalmente, não me senti ofendido com a manifestação por muitas razões: foi um ato de desinteligência cometido pelo Visconde desde uma noção equivocada de que ele estava "certo" e deveria me admoestar para o meu próprio bem, como uma tentativa de "correção filial". Contudo, o argueiro nos olhos do Visconde impede de perceber que ele é quem está precisando de uma boa correção paternal. E não há correção maior possível, para um primeiro erro, que se espera ser o
único, para que nunca mais aconteça, do que a misericórdia e o perdão.
Tendo preambulado isso, e de forma não-oficial, ainda, manifesto o seguinte:
3. É nosso desejo integral, enquanto pessoa física, receber ao Visconde de Selas como um filho amado que é em Maurícia. Filhos cometem erros, às vezes graves; é o que a parábola do filho pródigo estabelece. Contudo, há de ser acolhido e encontrar um lugar à farta mesa, uma boa cama, dignidade e apoio para que siga na sua caminhada.
4. Contudo, a Coroa de Maurícia é muito maior que o seu Stadhouder e não admite contestação e insubmissão. A pena para tal ato é a morte. E, a mim, enquanto Príncipe de Woestein, não traria nenhum prazer, mas profunda dor, ter ao sr. Visconde de Selas como executado em uma bertochada.
Portanto, por meio da presente, convido o sr. Visconde de Selas:
5. A vir ter conosco e manifestar, sem qualquer necessidade de humilhação pública ou constrangimento, o seu arrependimento pelo ato cometido contra a Coroa, mas jamais contra o próprio Stadhouder, a quem sabemos que ele quer bem e, mesmo agindo de forma irrefletida, atrapalhada e indevida, pensou estar admoestando para o próprio bem.
6. A manifestar publicamente, de forma extremamente curta — é suficiente dizer «peço desculpas pelo ato cometido», sem precisar se alongar, explicar, deter-se em prolegômenos ou se diminuir — para a satisfação do ordenamento jurídico maurense, jamais para a minha própria, seu pedido de desculpas;
7. Também, como é determinado pela lei maurense, a manifestar sua submissão e fidelidade à Coroa das Províncias Unidas;
8. A receber, de nossa parte, tendo satisfeito tão somente os requisitos legais determinados, que a mim não satisfazem (posto que não me sinto ofendido), mas Nos satisfazem enquanto Estado que somos,
o perdão e graça devidos.
Com nossos protestos de mais viva consideração no Senhor,
+Frei Lucas Card. Príncipe de Woestein ofm
Estatísticas: Enviado por Lucas de Woestein — 28/Ago/2025, 16:11
Lucas de Woestein
2025-08-28T19:11:59.000Z |
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