BRASIL É CARNAVAL

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Nov 2, 2006, 6:54:18 AM11/2/06
to PROMENADE 1
BRASIL É CARNAVAL

Wanderlino Arruda

Brasil é sinônimo de carnaval ou carnaval é sinônimo de Brasil?
Não sei até aonde vão as regras imateriais da Semântica para
consubstanciar uma afirmativa justa e lógica para qualquer das duas
interrogações. Problema colocado mais no posicionamento do sujeito e
do predicativo, saber realmente quando o "quê" fica onde e como na
valorização eletiva tão ao gosto dos comunicadores e lingüistas.
Veja só o leitor: se Brasil é o primeiro termo da oração terá pela
ordem a prevalência do comando significativo, tornando-se uma espécie
de carro-chefe semântico, núcleo e base à espera do determinativo;
se carnaval estiver, entretanto, em plano inicial, será o nome Brasil
apenas um qualificador circunstancial no papel próprio dos
determinantes.
Por que tal tipo de discussão num assunto tão popular, tão claro
para o gosto dos foliões brasileiros? Que diferença faz uma inversão
de frases, um simples posicionamento de semantemas e morfemas numa
oração? Que tem isso a ver com a história do Brasil? Teria assim uma
importância sociológica a ponto de merecer ares de tese, um como que
desfilar de herméticos rótulos da nomenclatura lingüística? Afinal,
não é tudo a mesma coisa, como parece à primeira vista no exame
rápido das duas sentenças interrogativas?
Vejamos, leitor, a quem, aliás, peço desculpas por um assunto tão
crespo e duro num dia tão impróprio para discussões. Faço isso
apenas para aproveitar a ocasião e demonstrar que em tudo pode haver
um lado sério e não só o famoso Joãozinho Trinta, lá da Escola de
Nilópolis, pode fazer ciência em cima do carnaval e dos foliões.
Fenômeno nacional, fonte de divisas, uma espécie de válvula de
descarga de todos os recalques brasileiros, o carnaval é, sem dúvida,
algum ponto de reflexão. Garanto-lhe, todavia que, em essência, não
se trata de tema inteiramente bisantino.
Aqui está uma solução: tudo depende da ótica do comunicador, sobre
qual dos elementos colocar a ênfase, sobre qual função sobrecarregar
o conteúdo semântico. Nesse tipo de oração de indicativo
referencial, próprio da terceira pessoa, o emissor e o recebedor da
mensagem ficam sempre de fora do circuito, como espectadores, uma
espécie de platéia teatral, isolada e distanciada dos elementos do
palco, da verdadeira ação. Toda a força de significação fica fora
do "eu" e do "tu", recaindo-se no "ele".
Olhe bem o que quero dizer: se Brasil estiver em primeiro lugar -
Brasil é carnaval - o termo Brasil é o centro, é o substantivo, é
o alvo sobre o qual recairá um determinante, significando, por
exemplo, que o nosso país é um lugar sobretudo carnavalesco, aqui
vivemos mais do que tudo de carnaval, e carnaval é a coisa mais
importante da vida do brasileiro chegando a não haver outro lado
importante em nossas vidas; se, carnaval, por outro lado, ficar na
dianteira da seqüência oracional - carnaval é Brasil - e ele o
núcleo de toda importância significativa, é ele o merecedor de todas
as atenções, mas só válido com entidade verdadeira de folia aqui no
Brasil, só aqui representativo, só aqui realizado com maestria, não
tendo em outras terras. Enfim, ou aqui ou em lugar nenhum.
Certo, E daí?!...


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