Contribuição para a ata de 21/01

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Raquel Naves Blumenschein

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Jan 24, 2011, 6:53:32 PM1/24/11
to projeto-politic...@googlegroups.com, ecil...@unb.br

Cara Ecilamar,

Segue síntese das minhas contribuições na reunião do dia 21, com foco em Princípios Norteadores para o PPP.

 

1)      Palavras de ordem: Flexibilidade, Integração, Inovação e Sustentabilidade.

 

2)      O projeto de arquitetura e urbanismo como vetor de integração do conhecimento necessário para a formação do arquiteto, considerando:

·         a pluralidade e complexidade das demandas a serem atendidas pelo profissional que estamos formando;

·         o fortalecimento da inovação e sustentabilidade nas soluções pesquisadas e propostas pelos nossos alunos;

·         a flexibilidade e amplitude do currículo a ser proposto visando estimular o desenvolvimento  de diferentes abordagens de ensino.

 

Um grande abraço.

Raquel Naves Blumenschein

Ricardo Trevisan

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Jan 25, 2011, 2:46:32 PM1/25/11
to projeto-politic...@googlegroups.com
Ao Grupo PPP-FAU-UnB,
 
Segue abaixo as minhas ideias de principios norteadores, relatadas na reunião e que devem constar em Ata:
Baseado no material disponibilizado, principalmente nos textos: "Resolução n.6, de 2 de fevereiro de 2006"; "O ensino da Arquitetura e do Urbanismo na FAU-UnB: uma (contínua) construção pela diversidade de olhares" e "Proposta de criação do curso noturno de graduação em Arquitetura e Urbanismo", apresento minha ideia de princípio norteador para o novo PPP-FAU-UnB. Trata-se de uma tríade conceitual: Pluralidade - Unidade - Pluralidade, em que a 1a. Pluralidade representa a escola, a Unidade representa o profissional a ser formado e a 2a. Pluralidade representa a cidade/sociedade na/para qual tal profissional irá trabalhar.
Justificando essa tríade, entendo que existe uma pluralidade na FAU, não apenas hoje, como ao longo de sua história. Uma diversidade presente nas diferentes linhas de conhecimento; nos olhares ímpares de professores e nos focos das disciplinas; no repertório distinto de alunos que chegam à graduação; nas divergências de opiniões etc. Uma diversidade rica, que deve ser respeitada ("pacto da diferença", como expõe o prof. Rodrido Faria em seu texto), mantida e potencializada mediante mudanças na estrutura atual do curso, como: acréscimo de profissionais de outras áreas (geografia, sociologia, artes plásticas, economia etc.) em disciplinas próprias da FAU; entendimento da localização e atuação de nossa escola em diferentes escalas do território (local, DF e entorno, país, mundo); estabelecimento de parcerias com as esferas de governo e órgãos de pesquisa aqui sediados (Minstérios, GDF etc., até mesmo embaixadas); fomento a laboratórios de pesquisa e extensão, dentre outras.
 
Dessa Pluralidade inicial, existente e vigorosa, passamos à Unidade. Para garantir a formação do Arquiteto-Urbanista ("profissional generalista"), um único profissional, tal calendoscópio de saberes deverá estabelecer imagens integralizadas. Integrações construídas pelo coletivo a fim de formar um profissional dotado de saber reflexivo e operacional, respondendo eticamente às necessidades plurais do meio no qual irá atuar (seja ele qual for). Esta convergência da pluralidade (formação) em unidade (profissional), será possível ao criarmos no novo PPP-FAU-UnB mecanismos integralizadores efetivos, tanto no ensino (nova Matriz Curricular), na pesquisa (maior interação Pós e Graduação) como na extensão (potencializara ações do CASAS, viagens etc.).
 
Dessa Unidade integralizada espera-se a formação de um profissional capaz de responder à Pluralidade do mundo no qual vivemos, em constante e continua transformação. Não há como defendermos uma única "cara" ou uma única "ideologia" para o curso (influenciados, talvez, pela vivência ou pelo "peso" histórico do curso), ou mesmo pregar a relevância de determinada área (projeto) sobre as demais (campo para perpetuação de embates e rixas internas que desintegram o curso). Devemos, ao lutar pelo equilíbrio integralizador, formar um profissional detentor de conhecimento necessário para atuar frente às situações plurais, inconstantes e novas apresentadas pelo século XXI.
 
Ademais, quanto ao perfil do aluno adianto. Acabo de ler uma reportagem na revista Kappa sobre a transformação do Dep. de Arquitetura e Urbanismo da USP - São Carlos (onde fiz graduação) em Instituto, com previsão de abrir outros cursos (Geografia e História, com foco nas cidades, e Design).
  
Mas o que me chamou a atenção foi a seguinte passagem do texto:
"Dos alunos matriculados, 75% estão envolvidos com pesquisa. 'Com a criação do instituto isso se potencializa e se torna um diferencial enorme, porque os alunos são preparados para além do momento imediato do mercado de trabalho: eles estarão aptos a pensar, e isso é fundamental', ressalta Cibele Rizek..." (socióloga e profa. de sociologia urbana desse curso; grifo meu).
Acredito que nossas discussões possam ir além de espinha dorsal, eixo condutor, de departamentos & disputas. Um aluno que saiba refletir, que saiba pensar, consiguirá fazer desde um bom projeto até resolver problemas de áreas desfalcadas em sua formação, a agir de modo ético e preocupado com questões sociais, a desenvolver pesquisas etc.

Atenciosamente,
 
Prof. Ricardo Trevisan
Departamento de Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo - DTHAU
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - FAU
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UNB
Instituto Central de Ciências - ICC Norte - Gleba A
Campus Universitário Darcy Ribeiro - Asa Norte
Caixa postal 04431 - CEP:70910-900 / Brasília/DF/Brasil
Fone: (61) 3307-2450 (trabalho)
            (61) 3567-2957 (residência)
            (61) 7816-9814 (celular)

Marcos Thadeu Queiroz Magalhaes

unread,
Jan 25, 2011, 6:10:23 PM1/25/11
to projeto-politic...@googlegroups.com, Raquel Naves Blumenschein, ecil...@unb.br
Cara Ecilamar,

Conforme combinado, seguem minhas contribuições acerca dos princípios
norteadores:

1. Diversidade: o curso de arquitetura e urbanismo deve prezar pela
diversidade de linhas filosóficas, teóricas, metodológicas e técnicas.
Deve compreender que é da diferença que surge o novo, o inusitado.
Deve transitar e interagir com os demais institutos e departamentos da
Universidade, reconhecendo conhecimentos, habilidades e benefícios que
são possíveis de serem alcançados através de efetiva COLABORAÇÂO.

2. Pragmatismo: deve-se ter em mente que sua finalidade é formar
profissionais capazes de compreender e atender as demandas postas pelo
contexto social no qual exercem suas atividades. O arquiteto e
urbanista tem, antes de tudo, o compromisso de servir.

3. Espírito crítico: a formação oferecida pelo curso de Arquitetura e
Urbanismo deve estimular a formação de profissionais capacidades de
buscar o livre pensamento e o livre espírito.

4. Empreendedorismo: o curso de arquitetura e urbanismo deve formar
profissionais capazes de gerar e desenvolver oportunidades de trabalho
e negócios.

5. Meritocracia: o curso de arquitetura e urbanismo deve prezar pela
noção de que as recompensas e reconhecimentos devem advir de trabalho
sério, bem feito.

6. Responsabilidade: o curso de arquitetura e urbanismo deve imbuir
seus alunos de que suas ações produzem efeitos pelos quais serão
responsabilizados. E que o livre pensador, e cidadão, deve estar
ciente das consequências de seus atos e estar preparado para assumir
responsabilidade por eles, no âmbito pessoal e coletivo.

7. Equilíbrio: enxergar que "o mal está nos extremos" e sempre buscar
uma posição equilibrada diante de valores por vezes antagônicos.

Entendo que esses fundamentos devem orientar os processos pedagógicos
e a vida cotidiana do curso e da Faculdade.

--
Marcos Thadeu Q. Magalhães, Dr.
Professor Adjunto
Universidade de Brasília


Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - FAU

Departamento de Projeto, Expressão e Representação - PRO
email: marcos...@unb.br / thad...@gmail.com
Tel: 061-9966-7891

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