A pedido do professor Erlando da Silva Rêses, segue abaixo.
AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA E UNIDADE PARA AVANÇAR NA RESISTÊNCIA
Nos próximos dias 16 e 17 de outubro haverá eleição para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UnB. Ao observar o material de campanha da chapa 2 (A Gente que Lute) me veio a memória o que foi o engajamento no movimento estudantil nos anos de 1990, com a formação da chapa "Ousadia" - Do jeito que está não pode ficar- DCE é para Lutar!!! (adesivo e panfleto da chapa, em anexo). Para a nossa surpresa, ao revisitar o material de campanha desta chapa observamos a aproximação das propostas e reivindicações daquela época convergentes com a atualidade. Diga-se de passagem, os movimentos estudantil, social, popular e sindical estão tendo que retomar pautas históricas do princípio de suas organizações, tamanho é o retrocesso político que estamos vivendo. A pauta vai desde o combate ao Neoliberalismo até a necessidade de fortalecimento do trabalho de base. Dentre as pautas daquele momento estavam: 1) Garantia da autonomia universitária com plena liberdade político-acadêmica, com recursos provenientes do Estado (vide panfleto em anexo). A autonomia universitária vem sistematicamente sendo desrespeitada em várias ações do governo federal. Um destes ataques é a não nomeação pelo Presidente da República de reitorxs escolhidxs pela comunidade universitária e, mais grave ainda, é a nomeação de quem nem é do quadro funcional da instituição, como foi o caso do CEFET/RJ. Em setembro, docentes, servidores técnico-administrativos e estudantes da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Chapecó/SC, decidiram por ampla maioria, em assembleias, pela destituição do reitor nomeado pela MEC, Marcelo Recktenvald, sem aprovação da comunidade acadêmica. Esta ação repercutiu na decisão do Conselho Universitário pela destituição do reitor, em reunião no dia 30/9 . Ele ficou em terceiro lugar na lista tríplice para o cargo e foi nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) um mês antes, no dia 30 de agosto. Até o momento, Bolsonaro não respeitou o nome mais votado da lista tríplice em pelo menos seis das 12 nomeações feitas para reitorias de universidades federais. O assunto motivou uma audiência pública na Câmara dos Deputados no último dia 08 de outubro. Veja em: Conclamamos os três segmentos organizados da UnB (docentes, estudantes e técnico-administrativos) para o fortalecimento da unidade política, tanto de forma interna quanto externa a universidade. Internamente, há um Comitê de Defesa da UnB, em funcionamento desde o início dos cortes e contingenciamento de recursos para as universidades pelo governo federal, antes da aprovação da Emenda Constitucional (EC) 95. Externamente, precisamos expressar mais força e demonstrar que a nona universidade do ranking nacional também tem força política, além da acadêmico-científica (cf. em https://ruf.folha.uol.com.br/2019/). Hoje temos a articulação do Fórum Sindical, Popular e de Juventudes por Direitos e Liberdades Democráticas , que reúne mais de 50 entidades e está organizado por Estados (cf. em file:///C:/Users/hp/Downloads/97d2de00c06ee1c08266f712b531c0b2_1569947356%20(3).pdf). A Chapa 2 "A Gente que Lute" inclui a defesa da Autonomia Universitária em sua proposta de gestão para o DCE/UnB, além de uma série de outras propostas que fortalecem a Educação Pública, Gratuita e de Qualidade. Por isso expressamos total apoio a chapa 2 na eleição para o DCE/UnB nos próximos dias 16 e 17 de outubro. Acompanhe as postagens e propostas da chapa 2 - A gente que lute em https://www.facebook.com/agentequelute
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