Maneiro! O primeiro que conseguir um link, avisa.
Tem isso dos novos atores, e tem também o apelo constante à experiência: mercados e serviços já não são suficientes em uma sociedade de hiperprodutividade e concorrência extrema. Em nome da maximização incessante dos lucros, é preciso explorar as partes mais recônditas do mercado consumidor. O marketing psicológico conta com o mais ínfimo instante de atenção, com o micro impulso (inconsciente) ao consumo.
Lembro que tive que pensar um pouco sobre experience economy (muito brevemente) na pós-graduação [nada demais; menos do que eu gostaria]:
…qual é a natureza dessa experiência? As pessoas falam em "create experience". Imagino uma distância enorme entre isso e aquilo que se entendia como Einfahrung para o Benjamin (por exemplo) e para os pensadores antes dele: "experiência" é justamente aquilo que falta aos sobreviventes das I Guerra Mundial, que já não são capazes de narrar e emprestar qualquer sentido aos fatos. Hoje o excesso de ofertas de experiência (memoráveis, amazing, incríveis, surpreendentes, etc) corresponde exatamente à pauperização da nossa vida espiritual [perdão pelo termo]. Por que as pessoas buscam tanto uma "connection" com as coisas?
E, se for pra tratar seriamente desses "revolutionary times"; se for para levar a sério expressões como "humane", então é preciso uma crítica que ponha em perspectiva esses "billions of dollars"; de onde eles vêm, para onde vão. O trailer já revela que se trata de um jogo no primeiro mundo, em sociedades de indústrias bem estabelecidas, cujas empresas competem em outro patamar. Na periferia desse mundo é diferente. Não quero afinar com o Papanek (que assume uma causa de uma maneira muito própria), mas esse filme me lembrou essa campanha:
Abraços,