Fwd: Narrativas de Emancipação pelo Design

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Eduardo Camillo K. Ferreira

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Jun 30, 2015, 2:24:15 PM6/30/15
to projet...@googlegroups.com
Caros, boa tarde!

Recebi de um amigo, Guilherme Souza, o trabalho que envio aqui em anexo (o google groups suporta isso, né?). Ele é o TCC do rapaz, e será apresentado amanhã lá na FAU USP. 
Creio que o tema abordado por ele interessa à nossa lista, e ele de fato comenta de alguns assuntos que já tocamos (como na sexta-feira quando falamos, Adriano, sobre seu trabalho de graduação, e sobre sua descrença nele).

Se tiverem um tempinho, o prefácio já dá o tom do trabalho, para avaliarem se interessa ou não. Se alguém se interessar o suficiente, a apresentação dele será amanhã, às 19h. Vou estar por lá!

Abraços!

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Guilherme Souza <glm.a...@gmail.com>
Data: 22 de junho de 2015 16:53
Assunto: Narrativas de Emancipação pelo Design
Para: "Eduardo Camillo K. Ferreira" <eduar...@gmail.com>


a banca será dia 1/7, na sala 801, às 19h.

abraços, cara

Narrativas_de_Emancipacao_anexo.pdf
Narrativas_de_Emancipacao.pdf

Adriano Campos

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Jun 30, 2015, 3:58:28 PM6/30/15
to projet...@googlegroups.com
Edu, li verticalmente o prefácio e duas entrevistas e achei bastante bom!
Vou (tentar) me desvencilhar de um compromisso pra estar lá e ver isso de perto.

Adriano Campos
+ 55 11 969 964 692

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Felipe Kaizer

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Jun 30, 2015, 4:18:00 PM6/30/15
to projet...@googlegroups.com
Eduardo,

não li e já gostei!

Estou vendo rapidamente aqui com o Adriano.

Pretendo ir também.

Entrevistá-lo é uma possibilidade também. O que vocês acham?

Abraços,

Felipe Kaizer

felipekaizer.com
skype: felipekaizer

Eduardo Camillo K. Ferreira

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Jun 30, 2015, 4:31:07 PM6/30/15
to projet...@googlegroups.com
Talvez seja sim!
Então, para quem for possível ir, nos vemos amanhã!

Adriano Campos

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Jul 1, 2015, 1:17:06 PM7/1/15
to projet...@googlegroups.com
Edu,
como a USP não faz nenhuma questão de estrangeiros se acharem lá dentro, teria como a gente se encontrar na Faria Lima e irmos juntos (com você como guia)?

abraço

Adriano Campos
+ 55 11 969 964 692

Eduardo Camillo K. Ferreira

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Jul 1, 2015, 1:38:27 PM7/1/15
to projet...@googlegroups.com
Hehe, claro que sim!
Que horas encontro vocês onde? No metrô faria Lima mesmo? Ou onde?

Adriano Campos

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Jul 1, 2015, 1:56:47 PM7/1/15
to projet...@googlegroups.com
Av. Cidade Jardim não seria mais fácil pra você também?

E horas, pode ser 18h30/18h45.

Adriano Campos
+ 55 11 969 964 692

Eduardo Camillo K. Ferreira

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Jul 1, 2015, 2:09:13 PM7/1/15
to projet...@googlegroups.com

OK! No ponto sentido cidade universitária então!
Combinado!

Eduardo Camillo K. Ferreira

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Jul 1, 2015, 3:51:28 PM7/1/15
to projet...@googlegroups.com
Ah, não sei que horas conseguem sair, mas se chegarem entre 18:00/18:15 é mais seguro de chegarmos para o começo da apresentação, já que eventualmente o onibus demora a passar.
Se conseguirem, só me avisar, senão, permanecemos 18:30!
abs

Felipe Kaizer

unread,
Jul 3, 2015, 9:04:14 AM7/3/15
to projet...@googlegroups.com, eduar...@gmail.com
E aí? Quais são nossos planos para o Guilherme?

Eduardo Camillo K. Ferreira

unread,
Jul 3, 2015, 12:26:53 PM7/3/15
to Felipe Kaizer, projet...@googlegroups.com
Não faço ideia! Mas descobri agora que ele não tá morando em são paulo. Não sei bem onde ele está.
Ele disse que tá durango pra vir, e para marcarmos na colação de grau, que ele terá que vir de qq maneira
Isso deve ser final de Julho ou começo de agosto.
Em 3 de julho de 2015 10:04, Felipe Kaizer <felipe...@gmail.com> escreveu:
E aí? Quais são nossos planos para o Guilherme?

--

Felipe Kaizer

unread,
Jul 4, 2015, 12:59:48 PM7/4/15
to projet...@googlegroups.com, eduar...@gmail.com
Beleza,

dá tempo de discutirmos entre nós para vermos se há algo em comum entre as questões dele e as coisas que temos discutido.

Ainda não consegui ler o trabalho, o que me deixa receoso de falar. Mas acho que vimos algumas coisas na banca, sobretudo na fala do Braga e nas respostas do Guilherme. O ponto central do trabalho, se entendi bem, é espinhoso: tem a ver com a relativização da ideia de emancipação sobre qual se baseiam algumas práticas e escolas de design. Isto é, ele destrona a ideia de autonomia, retira-a da sua posição absoluta, fazendo perguntas constrangedoras ao seu fundamento. Não posso falar do método e das questões formais da escrita, mas sugiro gastarmos um pouco de tempo em cima desse argumento.

Me parece que "bater" no racionalismo utópico e idealista das escolas alemãs é o mesmo que chutar cachorro morto. É óbvio que a maioria de nós e dos nossos amigos saiu da faculdade com ideais altos e cheios boas intenções; bem ou mal, esposamos essa ética. Alguns de nós enxergaram a missão civilizatória do design no campo da linguagem visual (falamos em "cultura" e "alfabetização" visual), outros na dinâmica socioeconômica que visa o bem estar dos cidadãos (nos aglomerados urbanos, mais exatamente) através do desenvolvimento de produtos e serviços "responsáveis", "inteligentes", "sustentáveis", como o queira. Mas o cachorro está morto: a efetivamente desses ideais é motivo de suspeita para todo mundo, sobretudo para o defensores mais apaixonados, que bradam aos quatro ventos justamente aquilo que eles não encontram ao seu redor.

Diante disso, o comentário do Braga fez sentido: o Bonsiepe é inatacável nos seus próprios termos; ele só se esqueceu de "combinar com os russos", da política e da indústria. O político precisa mobilizar e convencer, de acordo com planos nem sempre explícitos, enquanto o industrial precisa fazer o dinheiro virar mais dinheiro atochando o mundo de coisas. O designer responsável é o amigo que chegou tarde na mesa de bar e pegou a conversa no meio. É um sujeito simpático, só quer ajudar.

Ou seja, estendendo a metáfora além do aceitável, o designer não sabe com quem está bebendo. Eu vejo isso na situação das escolas ditas fundadoras: a Bauhaus não acabou por causa do nazismo (assim como a arquitetura modernista brasileira não acabou por causa da ditadura). O fim já estava anunciado na Werkbund. O fim da HfG Ulm anos mais tarde comprova essa fragilidade interna do grande projeto industrial. Morris e Ruskin tinham diagnosticado um problema, mas o prognóstico deles e de outros (esteticista, modernizante, progressista, materialista...) deu água. E hoje, com o poder de fogo da tecnologia, se aplicados os planos civilizatórios que o design defendia, a nossa vida no planeta vai para as cucuias. "A terra totalmente esclarecida resplandece sob o signo de uma calamidade triunfal." Não vivemos só o empobrecimento da experiência do pós guerras mundiais; corremos risco de vida.

Logo, é muito para exigir de um trabalho de graduação. É muito também para exigirmos de nós mesmos. Uma crítica do critério de autonomia à base das concepções universalistas do desgin, aponta naturalmente para fora do design: para o mundo da técnica, para o legado do Iluminismo, para a teoria política. Uma crítica ao mundo do trabalho onde o design está inserido – como estamos rascunhando nos últimos meses –, aponta para forças socioeconômicas que mal conhecemos. Como o design pode contribuir nesse debate com seus próprios termos? Não faço ideia. Estamos na aba da cerva.

Resta-nos então a consciência, que tem um gosto um pouco amargo, como nas respostas à banca: estamos no impasse, sabemos do impasse, sentamos no impasse, esperando alguma coisa acontecer. Parar no impasse, assumidamente, me parece ser o imperativo ético que o Guilherme defende agora; sem planos de ação. Mas eu me pergunto: paramos mesmo? Trabalhando de nove às seis, sabemos mesmo?

Sinto que podemos encontrar obstáculos parecidos com os do Guilherme: como o de se defrontar com questões muito superiores às nossas perguntas iniciais. Quando questionamos nossa vida como profissionais, somos levados, pelo próprio questionamento, à nossa condição de cidadãos e laboradores. Dá para segurar essa bronca? Como nos autorizamos a continuar?
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