Boa noite. É. Parece que mestrado só serve prá tapar uma deficiência e te dar status; concordo mas não concluo nada ainda. Isso acontece nos níveis mais básicos de educação também e acho que é de lá que nasce o problema sem nos esquecer que o problema educacional como um todo é mais complexo do que se imagina. Abraço.
Em 13/05/2012 16:55,
Francisco Regis Vieira Alves < fre...@ifce.edu.br > escreveu:
Discussões a parte,
acentuo dois pontos:
(i) diante do quadro da formação atual de professores, é louvável a proposta dos professores do IMPA;
(ii) se os cursos de licenciatura estivessem formando licenciandos como deveriam, não haveria espaço para mestrados em que os alunos estudam boa parte da Matemática que deveriam ter aprendido durante sua graduação.
Ou seja, esse mestrado, além de proporcionar um distinção social entre os que terão ou não terão o selo de qualidade do IMPA, é uma 'consequencia' do 'quadro negativo' atual de fracasso na formação inicial de professores.
É semelhante ao caso da SAUDE NO BRASIL. Se houvesse a prevenção, se gastaria menos.
Att
prof. dr. francisco regis vieira alves - IFCE
licenciatura em Matemática
----- Mensagem original --
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De: "sÿffffe9rgio barbosa de miranda"
Para:
pro...@googlegroups.com,
lnd...@gmail.comEnviadas: Domingo, 13 de Maio de 2012 9:42:12
Assunto: Re: [Profs Mat:5723] Re: PAPMEM - IMPA profmat
Caro Leandro,
O profmat prepara o professor para ter domínio de conteúdo, onde este precisa saber um pouco mais do que se ensina e é voltado para o ensino de matemática, pois tem disciplinas eletivas como Recursos computacionais no ensino de Matemática, Resolução de problemas, entre outras. Existem disciplinas de nível básico (mas não elementar, pois o público alvo é o professor) e de nível superior como Cálculo diferencial e integral, cálculo numérico, teoria dos números, álgebra linear.
Mesmo sendo um curso semipresencial, com aulas nos fins de semana, o professor deve se dedicar no mínimo 20 horas semanais ao programa.
Apesar do nome "profissional", no Brasil não há dis
tinção entre mestrado acadêmico ou profissional. Ao concluir o curso, o professor receberá o título de mestre com direitos iguais a qualquer outro mestrado com validade em todo o território nacional.
Para mais informações sobre mestrados profissionais acessem a publicação do DOU nos links abaixo:
http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=29/12/2009&jornal=1&pagina=20&totalArquivos=80 http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=29/12/2009&jornal=1&pagina=21&totalArquivos=80 Sérgio B. de Miranda
De: Leandro Diniz
Para: profmat@goo
glegroups.com Enviadas: Sábado, 12 de Maio de 2012 12:59
Assunto: Re: [Profs Mat:5722] Re: PAPMEM - IMPA profmat
Prezado colega Sérgio,
Poderia nos esclarecer as interpretações confusas.
Parece-me que é muito claro no regulamento do Profmat: o mestrado é em Matemática e não em ensino de Matemática e é profissional. Em nenhum momento tive a intenção de desmerecer o mestrado profissional, mas levantar questões para reflexões já que todos queremos chegar num mesmo objetivo: que os alunos aprendam matemática!
Quanto ao fato das disciplinas mencionadas serem básicas não sei se entendi bem... Em nenhum momento afirmei que as disciplinas são de nível avançado, no sentido da pesquisa em Matemática.
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Abraço fraterno,
Prof. Msc. Leandro do Nascimento Diniz (Léo)
Un
iversidade Federal do Recôncavo da Bahia-UFRB
Sobre seu questionamento, realmente não sei uma forma de selecionar diferente. Apenas percebo uma incoerência, mas não consigo enxergar outra forma. Mas venho pensando nisto. Estou oferecendo um curso de formação para professores de matemática que atuam no ensino médio e pelo q
ue identifiquei, a maioria já tem boas práticas e bons conhecimentos em matemática. Como "atacar" o problema dos que realmente precisam melhorar seus conhecimentos para ser um bom professor de matemática? Claro que eles precisam ter interesse nos cursos, mas se não investirmos nisso, criando condições para eles, vai demorar para ter o impacto desejado pelo Profmat (ou o impacto será pequeno), especialmente pelo fato do profissional, talvez, se desmotive pois não conseguirá ser aprovado na seleção e, também, pelo fato de cada vez ter mais profissionais formados e fica mais difícil concorrer com um bom aluno de graduação que acaba de se formar.
Marcos, permita-me discordar de você do item subjetivo da seleção. Se fosse orientador de dissertações e teses em algum programa de pós-graduação, não aceitaria orientar em Geometria Diferencial, por exemplo, se pesquiso em Álgebra, especialmente se tem algum colega que orienta nesta última �
�rea citada no mesmo departamento ou programa de pós. Ou seja, há pelo menos um elemento da seleção que é subjetivo, pois nem tudo é quantificável como numa prova, que é preciso uma nota mínima para aprovação (o ideal é conseguir mesclar isto: avaliações "quantificáveis e qualificáveis"???). Concordo que deve existir uma avaliação em Matemática (apesar da questão coloca por Jorge e por você, que não tenho alternativa), mas acho que podem ter outras formas de selecionar. Por exemplo, gostaria de conhecer o projeto de pesquisa, para ver se é da área de pesquisa que atuo (ou pelo menos uma "intenção de pesquisa" ou uma ideia inicial do projeto de pesquisa).
Por exemplo, conheço uma colega que praticamente não foi orientada no mestrado. Motivo: quem orientou ela estava no exterior no momento da seleção e como ela foi aprovada, ninguém queria pegar o tema de pesquisa dela e "sobrou" para a pessoa que não estava presente.
A carta de recomendação acho que não deveria ter um peso grande, apenas no sentido de conhecer um pouco o perfil do candidato a ingressar no programa e, talvez, da afinidade do candidato com o tema e com o que eu pesquiso.
Uma outra questão do Profmat: a dissertação de mestrado. Por ser um mestrado profissional, deve gerar um produto (que não consegui identificar o que pode ser). Veja um trecho do que está escrito no site do Profmat (regulamento).
"MA 24 – Trabalho de Conclusão de Curso
Disciplina dedicada à elaboração de trabalho sobre tema específico pertinente ao currículo de Matemática do Ensino Básico e que tenha impacto na prática didática em sala de aula . Cada trabalho é apresentado na forma de uma aula expositiva sobre o tema do projeto e de um trabalho escrito, com a opção de apresentação de produção técnica relativa ao tema."
Percebi que as disciplinas (principalmente as obr
igatórias) são de conteúdos matemáticos e possuem algumas disciplinas com outros temas, como história da matemática. Pelo trecho que destaquei acima, parece-me que a dissertação é de ensino da Matemática (na verdade, nem sei bem o que é - por este trecho que destaquei acima tirei esta conclusão, mas parece ser de ensino da matemática ou Educação Matemática). Não parece ser uma incoerência? Como um professor-cursista pode escrever sobre "prática didática" de conteúdos do ensino básico, tema que não é abordado em nenhuma das disciplinas do mestrado? Além disto, não está claro o fato de que a dissertação de mestrado profissional vai gerar um produto. Será que não fica um pouco estranho um profissional que pesquisa em Topologia orientar uma dissertação sobre uso de jogos no ensino da matemática ou formação de professores de matemática, se tem um colega que pesquisa estes temas? Não parece algo semelhante ao que disse anteriormente sobre pesq
uisar em Álgebra e orientar em Geometria Diferencial, sendo que tem um colega no mesmo departamento ou programa de pós-graduação que pesquisa nesta última área?
avaliações têm sido muito abaixo do es
perado. Não sei como irão lidar
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