dvd: Detonautas em versão acústica

[Ludson Cavatti]

 

dvd: Detonautas em versão acústica

Banda carioca grava o segundo DVD ao vivo

por Rodrigo Sabatinelli	6/7/2009

foto: Marcos Hermes No dia 28 de abril, o grupo carioca Detonautas, formado por Tico Santa Cruz, Renato Rocha, Tchello, Cléston e Fabio Brasil, gravou, em duas sessões, no PoloRio de Cine e Vídeo, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, seu segundo CD e DVD ao vivo, Detonautas Roque Clube  Acústico. O trabalho, que será lançado neste mês pela Sony BMG, reúne sucessos, como Olhos certos, Quando o sol se for, O dia que não terminou e Outro lugar, além de versões inéditas para Até quando esperar, da extinta Plebe Rude, e Mais uma vez, do ex-líder da Legião Urbana, Renato Russo. O projeto de luz do espetáculo foi desenvolvido por Césio Lima, Bruno Lima, Thiago Bonanato e Marina Marchetti. A cenografia foi criada pelas diretoras de arte Susana Lacevitz e Daniela Rodrigues, sócias da Cenografia.net, empresa especializada em cenários para shows, exposições, eventos e especiais de TV. A fotografia do DVD, dirigido por Bruno Murtinho, teve a assinatura de Dante Be lutti. CENÁRIO INSPIRADO EM ACÚSTICO DO NIRVANA O cenário foi composto por 16 painéis de diversas dimensões, sete luminárias e 30 vasos de plantas adereçados com espadas de São Jorge e cortiça. De acordo com Daniela, mesmo com poucos elementos em cena, foi possível transformar o visual geral do DVD, com as telas; as projeções; as luminárias e as sombras das espadas de São Jorge; além do clima das músicas e  das variações e contrastes de cores da iluminação. As diretoras de arte contam que o cenário do DVD Unplugged in New York, do Nirvana, composto de lírios e texturas estampadas no piso do palco, serviu- lhes de referência para a concepção cênica de Detonautas Acústico. No entanto, no projeto feito para o grupo carioca, os lírios dão lugar às espadas de São Jorge. Mas não por ac aso, pois o vocalista Tico Santa Cruz é devoto do santo, tendo-o, inclusive, tatuado em seu corpo. "Elas não são meros elementos decorativos. Aparecem em cena, filosoficamente falando, para dar proteção ao grupo", diz Daniela. "Trata-se de uma planta que tem design forte e próprio, com peso masculino, sem flores, cores e rebuscados. De certa forma, ao utilizá-las, conseguimos fugir do floral do Nirvana", completa Susana. Painéis, feitos em ferro (metalon) e madeira e com medidas variadas, foram distribuídos ao redor da arena. Revestidos em tecido cru, em pedaços cortados e rasgados, com seus desfiados aparentes, eles foram iluminados por lâmpadas PAR de LEDs, que criaram texturas e densidades, transparências e opacidades, possibilitando variações de cores e volumes. Outros dois painéis, lisos, desceram por varas, um ao fundo e outro na frente, servindo como suporte para as projeções de imagens. As luminárias seguiram a mes ma linha estética dos painéis, ou seja, os mesmos jogos de texturas e sobreposições, rasgados e desfiados. O piso do palco fugiu do, geralmente, neutro. Feito de OSB (Oriented Strand Board), painel de tiras de madeira orientada, ele compôs um espaço simbólico e elegante e, apesar da força visual de sua textura, apresentou-se com leveza. Ele ainda serviu como tela para luzes e sombras das espadas de São Jorge, além de saltar na composição geral da arena. O formato do espaço foi também um dos elementos marcantes do projeto, dando calor e vida ao show, tornando o público aparente e participativo, como se fosse parte da própria cenografia.   EQUIPE INTEGRADA GARANTE QUALIDADE DO PROJETO O projeto de luz contou com 16 SGM Giottos 400 spot, sendo 13 deles no teto - no truss ao fundo do palco -, fazendo o contraluz, e três no chão; seis DTS XR1200 spot no chão e seis à meia altura nas laterais, para promover ef eitos psicodélicos;  56 PARs de LEDs, distribuídas atrás e ao redor de diversos painéis cenográficos; 12 fresnéis e 16 elipsoidais ETC no truss na linha de frente de cada arquibancada com público; 48 PARs 64 fizeram contraluz e 16 High End Studios Color 575 foram dispostos em série e ao alto para fazer a frente de plateia. Minutos antes de começar a gravação, os iluminadores Césio Lima e Marina Marchetti conversaram com o diretor de fotografia Dante Belutti sobre a funcionalidade do projeto. Dante captou as imagens com nove câmeras digitais Sony HVR-Z7, distribuídas em uma grua, um travelling e em pontos fixos no palco, além de câmeras móveis entre plateia e palco. Ele conta que afinou as câmeras para a luz de Césio, que, segundo ele, já chega pronta para a fotografia, e trabalhou com temperatura de 4.300ºK. "Um meio ter mo entre o 5.600 e o 3.200, ideal para manter a fidelidade de cores dos movings e tons de pele dos músicos", diz o diretor de fotografia, que já havia trabalhado com Césio em outros projetos, entre eles o DVD do cantor Diogo Nogueira. "Dante é um profissional moderno, tem uma pegada cinematográfica que muito me agrada. Quando se junta com o Bruno (Murtinho), a coisa fica ainda mais bonita", elogia Césio. O clima das gravações foi de total envolvimento, afinal, era a primeira vez em que o Detonautas, uma banda nacionalmente conhecida pela sua pegada rock'n'roll, mergulhava no universo acústico.    CENAS DO ESPETÁCULO O produtor musical Marcelo Sussekind anuncia o início da gravação e diz contar com a colaboração de todos para que o DVD saia com uma boa energia. O discurso visa a integração da banda com os jovens que lotam as arquibancadas do anfiteatro. Os músicos entram em cena e são recebidos aos gritos. Cada um senta-se em suas oposições e, de posse de seus instrumentos, começa a tocar O retorno de saturno sob um mix de luzes vermelhas e azuis, vindas do teto, com os amarelos das laterais. Em seguida, eles emendam com O dia que não terminou, de clima quente, que conta com o rosa das PARs e efeitos de gobo, que pintam o chão do palco. Nem me lembro mais, a canção seguinte, também tem o calor das PARs, dessa vez, vermelhas. Mas Olhos certos chega para quebrar a atmosfera, com luzes verdes, que saem de trás dos telões e ao redor deles. No refrão, quem ganha destaque é o contraluz levemente azulado, que sai do chão, logo atrás da bateria de Fábio, e colore o teto do teatro, para, por fim, dar lugar ao tom violeta. Em Tô aprendendo a viver sem você, outro grande sucesso do grupo, as PARs recebem o azul atrás dos p ainéis, enquanto, sob o palco, as luzes amarelas e brancas dançam sem parar. Já em Um dia comum, o amarelo das PARs e dos movings trazem de volta o calor das primeiras canções do set list.   O palco tem suas luzes reduzidas para a declamação do poema que antecede a execução de Até quando esperar, canção da Plebe Rude, rearranjada pelo Detonautas. As luminárias cenográficas são apagadas, e, nos telões e em suas laterais, as PARs vermelhas servem de complemento para a cena. Ao fundo, o tom é lilás. Mas o mais marcante é o verdadeiro pisca-pisca de luzes amarelas.   Antes mesmo de Tico anunciar o hit Quando o sol se for, as luminárias são novamente acesas. Com o som rolando, as PARs de LEDs se dividem entre o lilás e o vermelho sangue, esquentando o palco em toda sua extensão. Nas laterais e na frente, o amarelo toma conta e, ao fundo, o contra esverdeado pinta o teto. O vocalista aproveita o rápido intervalo para falar sobre a inédita O inferno são os outros. Disponibilizada pela banda na internet pouco tempo antes da gravação do DVD, ela é cantada em coro pela plateia. As luzes, como as de boa parte do show, são de pouco movimento e ganham tons de azul. Ao fundo, as PARs estão apagadas e os contras assumem o papel de iluminar o ambiente. Verdades do mundo começa com luzes amarelas no contra e nas laterais, enquanto painéis e PARs de LEDs estão apagados do meio para o fundo do palco, tornando a serem acesos no refrão da canção, que ganha tonalidade azulada para, no fim, se transformar em verde. É só deixar rolar é, sem dúvida, o momento mais especial do show. Com luzes celestiais nas laterais e vermelhas ao fundo, o grande destaque é o telão que exibe imagens de Rodrigo Netto - ex-integrante da banda, assassinado em 2006 -, sincadas com o áudio para que a banda e o amigo façam um dueto virtual. Segunda versão feita pelos Detonautas em Acústico, Mais uma vez, de Renato Russo, tem uma luz diferenciada. Ao iniciar, os telões são apagados e, praticamente, todos os focos se voltam para Tico. Aos poucos, luzes amarelas surgem do teto, enquanto as luminárias são acesas. Na música Só por hoje, as PARs de LEDs que contornam os telões recebem as cores azul e verde, enquanto o teto fica com as brancas. Para dar ritmo à canção, as luminárias piscam alternadamente, até serem totalmente apagadas no blecaute que marca o último acorde dos instrumentos.   O show se aproxima do fim e Tico anuncia dois grandes hits. O primeiro é Outro lugar, em que os telões são pintados de violeta e azul e o teto, de luzes amarelas. O outro é Você me faz tão bem, que fecha a apresentação com um verdadeiro carrossel de luzes: verdes; azuis; vermelhas e lilás.

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[Diuli fereira da silva]

muito massaaaaa
 

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From: ludson...@hotmail.com
Subject: dvd: Detonautas em versão acústica
Date: Thu, 24 Sep 2009 13:44:44 -0300