O começo do fim do ProAC-ICMS

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jrbullet

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Sep 17, 2015, 11:41:39 AM9/17/15
to ProAcICMS

Olá a todos,

 

Existe uma movimentação estranha na qual posso estar tremendamente equivocado, mas e se não estiver? No início do ProAC em 2006 tínhamos uma Lei prontinha resultado de muita pressão das associações, grupos, coletivos e artistas. Ano que vem completaremos 10 anos de ProAC e é motivo de comemoração para todos que dedicam o seu tempo e vida para a realização de seus projetos espalhados pelo nosso Estado. Viajo muito e fico muito contente quando encontro um projeto do ProAC seja edital ou ICMS em municípios de 10 mil habitantes lá no limite de São Paulo. A interiorização da cultura só foi possível com a criação do ProAC e se mantivéssemos estatísticas concretas poderíamos ter a exata noção da importância deste mecanismo.

 

Lembro que nos mobilizamos quando foi necessário no momento em que os projetos inscritos eram reprovados sem qualquer critério aceitável. Na ocasião somavam-se a mesma pessoa a Diretoria do Programa e a Presidência da CAP e conseguimos juntos que tais atribuições fossem separadas sem o acúmulo destas funções pela mesma pessoa dando maior transparência e legitimidade ao mecanismo.

 

Pois bem, recentemente foi publicado no DOE a seguinte portaria que alterou os membros da CAP:

 

I - Servidores públicos:

A) Antonieta Jorge Dertkigil, RG 18.156.601-1;

B) Cassio Rodrigo de Oliveira Silva, RG 17.689.231-X;

C) Daniel Scheiblich Rodrigues, RG 44.892.162-5;

D) Luis Avelino de Lima, RG 9.841.385-5;

E) Natália Santos Duarte, RG 41.540.467-8;

F) Rafael Egashira, RG 4.740.674-9;

G) Rodrigo Mathias Baptista, RG 22.556.963-2.

 

II - Representantes da sociedade civil:

A) Antonio Carlos Martins de Lima, RG 39.162.540-8;

B) Evaristo Martins de Azevedo, RG 19.201.508-4;

C) Gustavo de Martinez Gaspar Martins, RG 26.519.639; D) João Carlos Couto Magalhães, RG 4.988.713-0;

E) José Carone Júnior, RG 4.280.611-1;

F) Maria Beatriz Henriques, RG 7.225.766-0;

G) Maria Cristina de Souza Oliveira, RG M-4037415.e

 

A pergunta que fica: Por que o Diretor do ProAC também é membro da CAP? É inaceitável! A informação é que ele está lá para reprovar TUDO o que for possível. Construiu um castelo na antiga sala do Efrén e vive as portas fechadas, além de negar qualquer reunião com os produtores. Estranho não?

 

Continuamos com a seguinte portaria já publicado em DOE:

 

Portaria DFC/UFDPC - 2, de 9-9-2015

Dispõe sobre os requerimentos de alteração de projetos culturais

Daniel S. Rodrigues, respondendo pela Diretoria do Departamento de Fomento à Cultura, conforme artigo 12, inciso II, alínea “a”, da Lei Estadual 10.177, 30-12-1998,

Considerando que o artigo 19 da Lei Estadual 12.268, de 20-02-2006, combinado com os artigos 18 e 29 do Decreto Estadual 54.275, de 27-04-2009, reforça a natureza contratual atribuída aos vínculos jurídicos estabelecidos sob a égide do Programa de Ação Cultural;

Considerando que os projetos culturais podem ser altera- dos, mediante aprovação da Comissão de Análise de Projetos, durante a vigência de seu prazo de execução;

Considerando que nenhuma despesa com recursos do Estado de São Paulo pode ser realizada antes de sua respectiva contabilização, nos termos do artigo 8o da Lei Estadual 10.320, de 16-12-1968,

Decide:

Artigo 1o – Os requerimentos de alteração de projetos culturais deverão ser protocolizados durante a vigência de seu prazo de execução.

Artigo 2o – Serão liminarmente indeferidos os requerimentos:

I – de alteração retroativa de itens já executados de projetos culturais;

II – que pleitearem, fora do prazo de execução, a alteração de projetos culturais.

Artigo 3o – Esta Portaria entrará em vigor 30 dias após sua publicação.

 

Ou seja, corram com as alterações de projetos, seja a de local de realização (muito comum) e todas as demais. Observem os prazos de execução dos projetos. Sabemos que muitas vezes o projeto fica 12, 15, 20 meses até conseguirmos a captação e portanto lembrem-se de sempre pedir a prorrogação de prazo.

 

O desmonte da Lei Mendonça nas mãos da Marta Suplicy e continuada na gestão Serra/Kassab começou exatamente assim. Caça as bruxas nas prestações de contas, um Grupo de Trabalho superior a CAAPC sob a batuta do José Roberto Sadek (um dos responsáveis pelo fim da Mendonça), nosso atual Secretário Adjunto na SECULT (MEDO) - homem do Serra. O Serra, por sua vez, já se manifestou contrariamente ao ProAC publicamente dizendo "...está no hora disto acabar".

 

Amigos Arteiros ou nos mobilizamos mais uma vez ou vamos perder o ProAC como perdemos a Mendonça. Está na hora de voltar a fazer barulho e nos unir como fizemos em 2010 e 2011. O ProAC é nosso, da sociedade e não pode ficar a mercê das elucubrações doentias de quem não vive de cultura ou não é da nossa área e não sente na pele a importância do fomento às artes em nosso Estado.

 

Convoco todos a se mobilizar!

Inti Q

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Sep 18, 2015, 8:38:11 AM9/18/15
to proa...@googlegroups.com
De fato é preocupante. 

Não sabia que o Efrem tinha saido. Isso é pessimo. Ele fazia uma otima gestão no Proac. (Apesar dos cortes, nos ultimos 2 anos tivemos boas mudanças). 

Percebi na minha ultima entrega de prestação de contas que eles estão muuuuito mais exigentes que de costume. Pediram detalhes surreais que nunca pediam antes. 

Sinceramente falando, sempre me pergunto como o Proac ainda existe se sabemos que o real interesse do governador não é ele. Só ver que 80% da verba de cultura vai para as OSs. Alguns amigos de OSs tem me falado que os cortes desse ano nas OSs foram muito profundos mesmo. 

Por outro lado, o Proac ICMS também não interessa a alguns grupos de militantes da cultura que são contra o mecenato.  Porém os editais são uma unanimidade. Além de terem criado uma cultura de editais pelo país (que inclusive influenciou muito o MinC na primeira gestão Juca) proporcionaram mais de 5 mil projetos de áreas muito plurais. O Proac editais tem o mérito de ter incentivado uma diversidade cultural que antes não existia. 

Temos que ficar de olho. 
Mas acho que mexer nesse vespeiro agora não seria uma boa estratégia. (Estudo na USP há séculos e sei bem como funciona - quanto mais os alunos reclamam, dizendo que a precarização e a privatização estão avançando, pior fica, mais cortes acontecem). 

O ideal é tentar descobrir o que de fato está acontecendo... Mas por enquanto sem barulho. Isso seria fatal. Até porque a cultura está num momento tenso. O possivel fim do MinC  (ou sua fusão no MEC) poderia gerar um efeito domino nas politicas culturais. (Diz a lenda que a cultura saiu da lista dos 10 ministérios, que o barulho da semana passada surtiu efeito, quer dizer, há esperanças). 
Se também perdermos o Proac não teremos pra onde correr. 

Aguardemos os proximos capítulos. 

abraços e força (pois vamos precisar)

Inti




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