Denúncia do Tratado de Orange
Valberto Silva
PRINCIPADO
DE NASSAU
GABINETE DO PRÍNCIPE
O Governo do Principado de Nassau tendo considerado todas as implicações da
decisão a que foi levado por imperiosos motivos de ordem interna e por razões
mais amplamente expostas abaixo, anuncia que, por nota encaminhada a lista oficial
do Reino do Brazil, bem como por meio de documento de denúncia depositado junto
as listas distribuidoras de comunicados e periódicos do micromundo lusófono “A
Reuniana” e “O Informante”, decidiu denunciar sua adesão, cessando, portanto,
suas obrigações em 13 de março de 2015.
Os motivos que levam o Governo de Nassau a adotar tão grave medida, no quadro de um processo considerado relevante em suas relações internas e externas, podem ser expostos como segue.
Não obstante a baixa atividade do Reino do Brazil, como observado no período recente, comunicado aos cidadãos brazileiros, na data de 01 de março de 2015, da então Regente do Reino, Princesa Melissa Diniz Bitencourt, dava conta das intenções do Rei Dom João do Brazil de extinguir o Reino e reduzir o Brazil a um simples território sob a Coroa Neerlandeza, fato não apreciado pela Princesa Melissa que, no uso de suas atribuições como Regente do Reino, tomou as providencias que julgou pertinente, entre as quais conclamando a mim, como Príncipe soberano de Nassau a salvaguardar meu território, tendo em vista o Tratado de Orange. Também informou que esse novo projeto de Dom João em parceria com o Rei neerlandez almejava ser instalado no Arquipélago de Fernando de Noronha, que é parte do Território do Principado de Nassau, cuja posse foi reconhecida e confirmada pelo Tratado então denunciado, sendo que em momento algum esse Gabinete fora consultado.
O Governo de Nassau viu, neste gesto de suma gravidade para as relações internas do Reino, uma total desconformidade com o espírito e letra do Tratado de Orange, mesmo tal ato apenas tenha sido cogitado, como restou esclarecido posteriormente.
Na defesa do Rei brazileiro, o então soberano do extinto Reino dos Países Baixos, hoje Mestre dos Lobos, replicou em mensagem direta ao povo brazileiro, o que segundo ele, seriam as reais intenções da Princesa Regente, qual seja um Golpe de Estado, ao mesmo tempo confirmando o novo projeto no qual o Rei do Brazil estaria engajado junto com o mesmo.
Fato é, que nem Rei do Brazil, Dom João, nem a Regente do Reino, Princesa Melissa, responderam as diversas tentativas de contato deste Gabinete, a fim de esclarecerem os rumores de que o Rei havia abandonado seu povo e seu reino e de que a Princesa Regente tirou proveito da instabilidade do reinante para tomar o Poder para si.
O governo de Nassau também constata a total falta de manifestação do povo, dos políticos e militares brazileiros em relação à situação por qual passa o Reino ou quanto ao paradeiro do Rei.
Por fim, o Principado de Nassau, levando em conta o que até aqui foi narrado, a inatividade do Reino, a incomunicabilidade do Rei Dom João do Brazil, com quem já tentou contato inúmeras vezes, porem sem sucesso, o que, no entendimento do Gabinete do Príncipe de Nassau, representa uma diminuição da credibilidade do soberano brazileiro junto ao Principado, bem como uma confirmação dos fatos, decidiu pela denuncia do Tratado de Orange, e o conseqüente desligamento do Reino do Brazil, restabelecendo sua soberania e a posse sobre a Região da Nova Holanda e Arquipélago de Fernando de Noronha.
ANTÓNIO WALBERT D’SILVA-PAULA Y RAMIREZ DE LEON
Príncipe de Nassau e Duque de Noronha