Linux afecta duração da bateria?

[Ricardo Cardoso / Gmr]

Boas,

Há alguns anos que uso diariamente Linux nos meus portáteis, mais concretamente Ubuntu ou distros neste baseadas. Mas ao longo desse tempo, com diferentes portáteis, de diversas marcas e especificações (AMD, Intel, etc.), sempre acabei com o mesmo problema: a bateria dá o "berro" em pouco tempo, chegando ao ponto de não resistir mais que cinco minutos... Comprei o meu último portátil, um Asus K53SD, c/ tecnologia IceCool para impedir o sobreaquecimento e supostamente "poupar" assim a bateria, há dois anos. Hoje, c/ a bateria totalmente carregada, só se aguentou cerca de 15 minutos, c/ Xubuntu utilizando apenas Thunderbird e Firefox...

Note-se que tenho o hábito de trabalhar ligado à corrente eléctrica, mas c/ a bateria inserida. Já ouvi quem defendesse que esta deveria ser retirada sempre. Mas esse cenário nunca me agradou, pois já o experimentei e acabei perdendo trabalhos devido a uma interrupção eléctrica.

Pelo que falo com amigos sobre a duração da autonomia das suas baterias, leva-me a crer que as suas baterias não se danificam tão rapidamente com o efeito "memória" pelo facto de utilizarem Windows. Por vezes, estes entregam-me os seus portáteis para pequenos arranjos, e noto que as baterias ainda estão bem boas, mesmo nos portáteis mais antigos. Será mesmo a gestão da bateria que o Linux utiliza, a causadora desse desgaste anormal nos meus portáteis, ou eu é que tenho azar no que compro?...

[Bruno Santos]

Ola Ricardo.

Olha, já uso Linux há mais de 12 anos e nunca tive qualquer problema com a bateria. Não será o Linux que dá cabo da bateria, mas sim como a utilizas.

Eu já ouvi de tudo - ambas as teorias - e não se pode dizer que ambas estejam erradas, mas manter-se a bateria com portatil igado a corrente, tem um senão - o calor.  Ligado a corrente ( e mesmo com a bateria) este aquece e consequentemente aquece a bateria - o calor é o maior inimigo das baterias - 

Este artigo do "aberto até de madrugada" é excelente: http://abertoatedemadrugada.com/2013/09/deveremos-deixar-um-portatil-sempre.html

Eu fazia isso antigamente, mas nunca com os resultados que tu falas. Neste momento, tenho o portatil ligado à corrente, mas sem bateria - que mantenho ali num canto - longe do sol - e que vou usando de vez em quando, porque faz bem.

Um abraço

Bruno Santos

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[.: wifi :.]

Eu tenho portáteis há 15 anos e uso linux (sem dualboot) há uns 10 e nunca tive problemas.

Como já foi dito o pior é o calor. Mas, mesmo assim nunca tirei a bateria do portátil.

Isso de tirar a bateria para a poupar faz-me lembrar quando antigamente o meu pai comprava uma forra para os estofos do carro novo para não gastar/sujar... depois vendia o carro com os estofos rigorosamente novos :D

As baterias actualmente não sofrem do efeito memória, mas vão perdendo as suas características ao longo do tempo, obviamente!

Acho que o efeito que te tem assolado é apenas derivado do hardware. Os portáteis, mesmo de marca, de primeiro preço são feitos com peças mais "fracas" para permitir ter um preço baixo. Há baterias e baterias :D E há métodos e mótodos para fazer o controlo da carga. Claro está que um método mais avançado será mais caro de implementar e aumentará o preço do produto final.
É como nos carros... todos servem para andar, mas há os mercedes/bmw e os fiat/renault...

Quase todos os portáteis têm a bateria localizada atrás por ser pesada e alta. E este é também o sítio onde está o processador e a ventoínha. Logo, estão sempre na zona do calor!

Frederico

[Ricardo Cardoso / Gmr]

Frederico,

Se, tal como eu, nunca retiras a bateria, mesmo estando o portátil ligado à corrente, então qual o teu segredo de 10 anos para manteres as baterias "saudáveis"? Comprar portáteis topo de gama é a solução?

Ricardo

[.: wifi :.]

Viva,
Nunca tive nenhum portátil mais do que 4 anos. E também nunca comprei nenhum portátil de 400 ou 500 euros.
E, o maior que tive (tenho actualmente) é de 14".

Frederico