Rapaz morre depois de ser atacado por skinheads no bairro São Francisco

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Camila Mudrek

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Sep 8, 2010, 5:52:28 PM9/8/10
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Camila Mudrek

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Sep 8, 2010, 5:56:21 PM9/8/10
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O adolescente Lucas Augusto de Carvalho, 18 anos, conhecido pelos amigos como Guto, foi assassinado na noite desse domingo (5), depois de ser esfaqueado na rua Inácio Lustosa, próximo a Paraná Previdência, no bairro São Francisco, em Curitiba.

Everson Gonçalves

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Sep 8, 2010, 7:57:14 PM9/8/10
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ah Camila... é foda sabe
cara, sábado passado tava de rolê no biarticulado sta cândida alí na
altura do term. portão
entro um skin... bom ele era barbudão e nem tava com a cabeça raspada,
mas tava com uma camisa pólo azul marinho, suspensório abaixadão,
coturno com cadarço vermelho, calça escurona com a barra viradona. Ele
era alto, fortão, parrudão. Só sei que o cara entrou no busão e ficou
me olhando lá da sanfona, depois de uns instantes ele passou na minha
frente e passou umas duas vezes indo e voltando... depois ele pegou um
celular e começou a falar com alguém e me observando. Cara, pode ser
pira minha, mas deu a impressão que o skin tava me descrevendo
rsrsrsrsr
TENSO!
E depois eu vejo no noticiário esse muleque que foi esfaquiado... porra é foda!

Em 08/09/10, Camila Mudrek<c.mu...@gmail.com> escreveu:

João Machado

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Sep 8, 2010, 11:33:02 PM9/8/10
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Alguém sabe quem era o muleque, qual o rolê que ele tava, quem eram as pessoas que estavam com ele...

Camila Mudrek

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Sep 9, 2010, 1:18:54 AM9/9/10
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Muleque colava mais com os punks de Araucária... ninguém sabe dizer ao certo quem.
mas parece que não foi cobrança de treta nem nada.

esses caras nunca vão parar
e a gente cada vez mais um pra cada canto.

Adriano Cordeiro

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Sep 9, 2010, 8:02:30 AM9/9/10
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Já faz um tempinho, mas existia a história que os skins intimaram a punkeiragem lá na XV. Teve até uma gurizada que deu um tempo de andar por lá. As histórias nem precisam estar ligadas, mas que essa movimentação esta estranha...  

--- Em qui, 9/9/10, Camila Mudrek <c.mu...@gmail.com> escreveu:

Ricardo Ampudia

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Sep 9, 2010, 9:15:04 AM9/9/10
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A gente passa um mês todo contando histórias e estórias de skins

O fato é que esses caras nunca pararam, desde os anos 90, sempre dão um tempo, alternam liderança e mudam o foco de quem é o inimigo.
Já faz pelo menos uns três meses que começou essa de briga com faca entre os punks da RMC, da Antifa16 e os supostos neonazistas que circulam pelo Centro.

Digo supostos prq esses caras nem pra ser neonazista servem, o máximo de ativismo que fazem é desfilar um patch de banda blackmetal ou uma tatuagem nazista por ai enquanto arrumam treta bêbados. "Melhor", penso eu. Melhor que esses gorilas albinos encham o cu de cerveja e briguem com quem quer briga do que saiam na calada da noite atacando gente pelas costas.

Mas não é o melhor. Esse tipo de coisa só cresce em Curitiba prq nunca teve uma oposição séria. E isso não quer dizer sair por aí com mais outra faca pra pegar um deles de sopetão, usando a mesma tática. Alguns em Curitiba entenderam isso e agora estão contando os pontos na cara. Oposição séria é usar o sistema legal, é chamar a atenção da sociedade para o que está acontecendo, é educar e também se preparar para quando precisar; mostrar que quando se está preparado ninguém corre, prq quem precisa se esconder e ter medo é quem faz o errado.

Não é a primeira vez que isso acontece em Curitiba, não vai ser a última e também não vai ser, nem a primeira nem a última, que não vai dar nada

Adriano Cordeiro

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Sep 9, 2010, 11:09:05 AM9/9/10
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Concordo...
Acho que vamos nos acostumando com a coisa, como notícia de político ladrão. Eu que nem tenho visualzão punk já tomei esfrega lá em 99... Sou parceiro se a reação for organizada, de maneira inteligente. Não na faca, como diz o Ricardo... 
Um espaço para mim agora.... hehehe....
Me afastei desse rolê por não concordar muito com essa abordagem dos punks que andavam pelo Largo ou pela XV. Mais pra hippies que pra punks...  Era assim desde quando vim para cá, e olha que faz tempo...
Só voltei um tempinho atras, quando comecei a conhecer a todos e dar uns rolês...
Voltando agora...
Depois de um tempão com a serigrafia lá em casa, desmontei ela. Mas sobraram algumas coisas. Tem tinta, rodo, lâmpada pra revelação, uma mesa de impressão com 3 berços, telas... Se alguém descolar um espaço eu monto a parada toda e deixo pra utilização geral. Para apoiar a causa... hehe.. E olha que nem precisa de espaço, uma salinha com tanque ou pia por perto já rola.
Dá pra fazer muita coisa com silk. Adesivo, papel, madeira, tecido, metal, vidro. A propagando está na mão, é só levantar o espaço, efetivo e mandar ver...
 

 

Adriano Cordeiro

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Sep 9, 2010, 11:14:27 AM9/9/10
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Só para completar...
Até tinha procurado o Jacques, pra doar a serigrafia pra ele, mas me disseram que ele saiu fora. Foi para SP. Então, já estava com essa idéia de passar as coisas da serigrafia para alguém. Como não encontrei, está lá num canto.
De repente é uma maneira de incentivar quem vive mais intensamente esse rolê... Não sei...
Mas acho que poderia ajudar muito.

 

Everson Gonçalves

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Sep 9, 2010, 11:16:26 AM9/9/10
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é pessoas!

O negócio é que há uns muleques punks, ou pelo menos se dizem ser, que
saem para arranjar tretas por aí. Para mim não é muito diferente do
esquema dos nazi. Aí um ou outro consegue espancar um nazi e após um
tempo os carecas saem nas ruas para vingar na sociedade... no primeiro
alvo destraído que perambula de noite achando que está seguro nas ruas
da cidade. Encontrar esses caras por aí, nos ônibus, nas ruas e saber
que ninguém percebe que eles são skinheads é foda. Vai fazer o quê?
Bom... acho que arranjar treta com esses caras, por exemplo, é inútil.
Só vai acentuar a hostilidade dessa merda. E o negócio tb não é se
rebaixar ou se esconder, pois quem não deve não precisa temer né...

Para que no mínimo a sociedade possa repugnar esses caras e as
atitudes fascistas deles, é necessário conscientização. Parece que os
fatos são esquecidos e ninguém está preocupado com isso, a não ser nos
meios punk ou de algum grupo que defende o fim dos preconceitos. A
questão tem que ser expandida para todos.

Em 09/09/10, Ricardo Ampudia<caosn...@gmail.com> escreveu:

Everson Gonçalves

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Sep 9, 2010, 11:20:16 AM9/9/10
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pô legal Adriano... eu tava pensando em aprender mais sobre silk. O
problema para mim é ter um espaço mesmo rsrsrsrs
só teria na minha casa... mas aí ficaria difícil interar com mais pessoas
o B.A. é longe hehehehe

Em 09/09/10, Everson Gonçalves<everveg...@gmail.com> escreveu:

Adriano Cordeiro

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Sep 9, 2010, 12:03:36 PM9/9/10
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O esquema seria arranjar um local, montar a serigrafia e deixar lá, de presente. Até posso ajudar, passando as manhas, mas é tudo muito fácil.
Quem tiver alguma idéia, um puxadinho... hehe...
 


--- Em qui, 9/9/10, Everson Gonçalves <everveg...@gmail.com> escreveu:

De: Everson Gonçalves <everveg...@gmail.com>
Assunto: Re: Rapaz morre depois de ser atacado por skinheads no bairro São Francisco
Para: picnic-in...@googlegroups.com

Camila Mudrek

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Sep 9, 2010, 1:03:11 PM9/9/10
to picnic-in...@googlegroups.com
O histórico de Curitiba remete mesmo a uma falta de oposição, mas minimamente o que rolou ano passado surtiu algum efeito, e o MP ter acatado as denúncias e pedidos de criação de uma promotoria para casos de racismo pode ser reflexo disso.
O problema é a hipocresia que mobilizou centenas quando o ataque foi a um universitário e ninguém quando são punks ou moradores de rua. Toda a proposta de reeducação, contra propaganda ou pressão de instâncias governamentais se perdeu no cansaço por falta de pernas, ou falta de organização nossa mesmo.
Sinceramente ataques do tipo feito pela dita "Antifa 16", ao meu ver, só aumentam a linha de guerra. Que está longe do que precisamos agora. Exemplo disso que cada um desses muleques está escondido pelos seus respectivos bairros ou saiu fugido da cidade, o que pra mim significa desmobilização e não fortalecemento de luta.

Se for pra rolar algum tipo de mobilização agora acho que seria o momento certo para exigir a efetivação desta promotoria especializada em racismo, ou pedir para que seja abrangida para "casos de ódio e intolerância" ou algo assim. E a serigrafia seria um instrumento de propaganda tremenda para sujar a cidade com essa proposta.

http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1031247

Rodrigo Araújo

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Sep 9, 2010, 2:44:27 PM9/9/10
to picnic-in...@googlegroups.com
Olá pessoal,

Gostaria de dar minha contribuição.

Penso que estes tipos de organizações autoconscientes de terem orientação fascista são uma minoria considerável. Acho que o que existe de fascista no nosso mundo, e que são o meio formador desse tipo de organização, está muito além deles próprios.
O fascismo foi derrotado fisicamente na segunda guerra, mas não o foi feita a crítica ao fundamental de sua prática.
Normamente se identifica o fascismo muito mais pela estética do que propriamente por suas posições e/ou manifestações. Para mim não há diferença significativa entre punks e fascistas que ficam se esfaqueando na rua. A futilidade é característica de ambos.
Na verdade eu acredito que a derrota dos grupos anti-fascistas está muito mais ligada à incapacidade de identificar o inimigo, o que acaba ocasionando a chamada desmobilização.
Só se encherga o fascismo quando alguem morre, daí vai-se a cassa dos tais skin, mais o fascismo do dia a dia, isso é pouco visto.
Acredito que é preciso qualificar a mobilização e superar a revolta puramente estética.

é isso,
saludos
rodrigo



De: Camila Mudrek <c.mu...@gmail.com>
Para: picnic-in...@googlegroups.com
Enviadas: Quinta-feira, 9 de Setembro de 2010 14:03:11

Rodrigo Araújo

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Sep 9, 2010, 3:01:15 PM9/9/10
to picnic-in...@googlegroups.com
desculpem pelo caça com dois "s".


De: Rodrigo Araújo <varej...@yahoo.com.br>
Para: picnic-in...@googlegroups.com
Enviadas: Quinta-feira, 9 de Setembro de 2010 15:44:27
Assunto: Res: Rapaz morre depois de ser atacado por skinheads no bairro São Francisco

Adriano Cordeiro

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Sep 9, 2010, 4:08:39 PM9/9/10
to picnic-in...@googlegroups.com
Então...
Um dos motivos que me fizeram parar com o envolvimento foi mais ou menos isso. Existiam uns grupos, ninguém conversava, era difícil pra conseguir entrar e ajudar de alguma maneira... Acabei deixando de lado e levantei a bandeira individualmente. Hoje, acho que foi um pouco de burrice mas...
Pra agitarum pouco a discussão:
Acho que o fascismo, o racismo, a violência diária é combatida meio que como eu disse aí em cima. Com uma postura individual, no seu trabalho, no supermercado, na rua... Para combater as pequenas coisas acho que é válido. E quando a coisa aumenta de proporção, como esse rapaz do Largo, afinal o piá morreu! Continuo acreditando que precisamos de alguém com representatividade. Um vereador, um chefe de gabinete, um juiz... Se não pensarmos assim, além de lutar contra tudo ainda vem a máquina por cima. Em tempos de orkut e facebook onde muita gente chega aos 500 amigos... Pensem: tem vereador que se elege com 8000 votos! Aí poderíamos ter um pouco mais de força, ou praticar governo como quisermos... Ex: fazer discussão para ver quem vai representar o coletivo... Ah! Mas não existe partido legal.... E daí, escolhe um menos ruim e bora fazer campanha! Afinal, dá pra contar nos dedos político que pratica a cartilha do partido. Acho que seria um assunto bacana para discussão. Até que ponto existe o seu envolvimento... Ou prefiro ficar na guerra virtual, através da net...
Quanto a estética da coisa, até acho válido. Seria uma outra porta... Até pra quem torceu o nariz para o assunto aí de cima. Ter esse movimento de panfletagem, passeata, picnic, bicicletada, verdurada, qualquer coisa... Ajuda porque deixa assunto sério de bermuda e chinelo... Fica mais tranquilo e acessível pra todo mundo! 
Vamos pensando, discutindo, conversando...
Acho que poderámos pensar a respeito. Tenho amigo que está na mesma até hoje lá em PG, sempre lutando contra tudo. Mas conheci anarquista que virou médico e conseguiu ajudar muita gente. No momento propício, com cada um de seus lados...
é noix!

--- Em qui, 9/9/10, Rodrigo Araújo <varej...@yahoo.com.br> escreveu:

Everson Gonçalves

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Sep 9, 2010, 8:52:35 PM9/9/10
to picnic-in...@googlegroups.com
A representatividade política pode até ser um fator impotante na busca
de alguma mudança, mas sabemos que certas questões são vistas somente
nas épocas em que eles (políticos) buscam carisma nas eleições ou vão
conquistar apôio de um número considerável de pessoas em troca de
votos. Quando rolava atos contra animais em circo aqui em curitiba,
foi proposto a um vereador o projeto de lei que proibía o uso de
animais para este tipo de entretenimento. Demorou alguns anos para que
esse projeto virasse lei, e só depois de um tempão e ter rolado uma
segunda fase de atos e muitas protetoras e ongs realizando pressões
para que esse projeto fosse levado para frente, que finalmente virou
lei. Bom, a burrocracia é longa, demorada e talvez só depois de muita
pressão pode ser que haja uma forma de mudança. Bom, esse foi um
exemplo de que conseguir alguma coisa é difícil mas não impossível.
Mas, acho que somente através de uma grande desobediência civil
pode-se adquirir uma conscientização ou propagação de conhecimento e
talvez, causar mudanças de opinião pública. Não adianta recorrer a
"representantes" para fazer algo por nós se nós mesmos não fizemos
algo para mudar a opinião pelo menos de alguma pessoas. Acho que as
pessoas que possuem algum tipo de conhecimento sobre as formas de
exploração, deveriam sim estar dispostas a de alguma forma levar
informação a outras que talvez não tenham acesso, ou que nunca ouviram
falar nada sobre determinado assunto. Acho que, com isso todos acabam
aprendendo algo... tanto os que conhecem alguma coisa como aqueles que
estão aprendendo.

Bom, sobre o fascismo penso que ele está presente em tudo. Até mesmo
em nossas próprias atitudes e costumes. Acho que uma luta contra ele
seria denunciá-lo de forma que todos enxerguem ele estando presente em
todo o tipo de preconceito... machismo, sexismo, homofobia, racismo,
especismo e por aí vai...
muitos de nós somos vítimas destes preconceitos e os praticamos
diariamente se pararmos para pensar, pois acabamos presenciando
diariamente isto sendo praticado por todos à nossa volta. Deve haver
uma quebra de costume e uma luta para que possa se reverter isso.
Depois que for iniciada esta consciência, aí sim pode-se pensar em
projetos bacanas, apoio de representantes quem sabe. E é importante
que haja apoio para a criação de órgãos ou comissões que cuidem de
assuntos de racismo ou intolerância. Eles podem funcionar como veículo
de informação. Combater o fascismo não é pegar uma faca e sair por aí
arranjar treta com os careca, ou fazer um ato ou uma mobilização só
quando alguém vai pra fita.

essa cidade tá infestada de skin, toda vez que vou ao centro da cidade
ou nas suas proximidades, identifico um. ahahahha é tenso pq tem muito
mulequinho novo aderindo e lógico, a gente acaba generalizando msmo
pelo fato de que o skinhead é meio passo para o neofascismo.. e é
verdade.

Em 09/09/10, Adriano Cordeiro<vodkac...@yahoo.com.br> escreveu:

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