Já no segundo parágrafo:
Um dos episódios que mais marcou a trajetória de 2017 foi a grita de
muita gente em razão da exibição, como arte, do corpo humano desnudo em
museus pelo Brasil, bem como a exposição de quadros artísticos em que
era exibida, sem folhas de parreira, a genitália humana. Que a sociedade
confunda a nudez de um corpo com a sexualidade que pode emanar disso,
“vá lá”, faz parte de uma cultura muito enraizada no cristianismo e na
condenação da genitália como elemento apenas pudico. Mas impedir a
exibição do nu como uma expressão de arte, em local fechado e
apropriado, em sua maior parte em Museus, como aconteceu em 2017, é
perigosamente cruzar um limite cuja volta é longa, tortuosa e, por
vezes, agressiva.