
uito se têm comentado sobre a nova mania, quase histérica, que tomou conta de milhões de pessoas em todo o mundo, a qual chega ao Brasil. Alguns, a maioria dos casos, acreditam piamente que o jogo é apenas uma diversão inocente e que a ela todos devem ter direito, além de trazer inúmeros pontos positivos de interações com o meio. Outros salientam criticamente os efeitos mais nocivos referentes à indução alienante de uma coletividade praticante. No entanto, o que nem um nem outro grupo postula, muito menos tem a mínima ideia do que seja, é que o “joguinho” tem implicações que vão muito além dos aspectos meramente lúdico-formais. Por trás reside uma tecnologia bastante avançada e com imenso poder de fogo informático, fruto de décadas de experimentos, que incorpora parâmetros políticos, econômicos, ideológicos e quiçá militares. O “Pokémon Go”, o jogo de realidade aumentada, não é aquele joguinho abnóxio que está posto simploriamente na palma da sua mão, haja vista que o dispositivo requer acessos ininterruptos à rede, que por sua vez, se vale de uma triangulação geoespacial através de câmera orientada ao “objeto” Pokémon, na verdade dados reais capturados!