23 de Maio - Dia Nacional de Defesa das Florestas Brasileiras

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Rogério Horlle

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May 24, 2012, 1:19:07 AM5/24/12
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23 de Maio - Dia Nacional de Defesa das Florestas Brasileiras

Postado por São Bento 1 quarta-feira, 23 de maio de 2012 http://www.saobento1.com/2012/05/23-de-maio-dia-nacional-de-defesa-das.html





O Brasil concentra 1/3 das florestas tropicais do mundo, mas apenas 1,9% é protegido por unidades de conservação integrais (que não permitem o uso dos recursos naturais). Essa porcentagem está bem abaixo da média mundial, que é de 6%. 

Além de poucas, as unidades de conservação estão mal distribuídas no país. Essa conclusão é resultado de um estudo realizado pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). 

O trabalho mostra algumas surpresas desagradáveis. Uma delas é o fato de a Mata Atlântica, apesar de ter número expressivo de unidades de conservação, esta com apenas 0,69% de sua área protegida. 

Dia 23 de maio é o Dia Nacional de Defesa das Florestas Brasileiras, uma oportunidade de fazer algo para ajudar a proteger e conservar os nossos principais biomas. 

A situação - De uma forma geral, a situação das florestas brasileiras é preocupante. “Em função da dimensão continental do país, podemos considerar várias realidades, que se distinguem basicamente pelo status de conservação do ambiente e pela evolução histórica da relação estabelecida entre esse bioma e a sociedade do seu entorno. Vamos encontrar situações onde a floresta original já está reduzida em mais de 90%, como por exemplo, a Mata Atlântica, que apresenta uma história de relação predatória com as populações humanas desde a exploração do Pau-Brasil até os dias de hoje, com problemas ambientais mais complexos de serem solucionados, como a ocupação de suas áreas para fixação humana”, explica o Coordenador de Gestão Ambiental da Universidade Estácio de Sá, Fernando Gurgel do Amaral. 

Existem floretas com taxas de cobertura florestal ainda consideradas satisfatórias, mas nem por isso sob menor pressão antrópica, caso do Cerrado, que está ameaçado pela expansão da fronteira agrícola. Contudo, ainda é possível observar grandes áreas contínuas de cobertura vegetal original, principalmente na floresta amazônica, onde a baixa densidade populacional pode ser apontada como fator preponderante para o atual status. 

Mesmo esse bioma, tão representativo da nossa condição de país com maior biodiversidade do mundo, está ameaçado por variadas razões, como a ocupação desordenada do solo, desmatamento para exploração da madeira, reservas minerais e, principalmente, pelo grande desconhecimento de seus potenciais serviços que poderiam ser explorados de maneira sustentável. “Diante desse cenário, o que torna a situação preocupante, é a ineficiência, a morosidade e a falta de compromisso por parte dos gestores públicos e da sociedade em geral para transformar esse quadro atual”, opina Fernando. 

Recuperar ou preservar? – “A recuperação de áreas degradadas é sempre um processo muito demorado, caro e sem garantia de sucesso total”, afirma o professor. Contudo, são ações importantes de serem realizadas e mantidas, principalmente por que dão oportunidade de devolução, mesmo que parcial, dos serviços naturais prestados. 

“O esforço para manutenção dos remanescentes de florestas, pode ser considerado como estratégia prioritária nesse contexto, pois possibilita a manutenção do "capital natural" ofertado pelo ambiente e tende a ser um processo mais barato e com resultados mais eficazes. É importante ressaltar que, independentemente da prioridade ser restaurar ou conservar as florestas, a continuidade das ações é fator preponderante para o sucesso de uma ou outra estratégia”, afirma Fernando. 

A floresta e o ser humano - O que muita gente não sabe, ou não acredita, é que a destruição das florestas afeta diretamente a vida e o cotidiano do ser humano, “as florestas e as demais áreas naturais são grandes prestadoras de serviços para a população humana, a partir do que hoje se chama de "capital natural". Ou seja, regulam a composição química do ar, influenciam em processos climáticos, armazenam e retêm água, controlam a erosão e a retenção de sedimentos, detêm recursos genéticos e muitos outros serviços naturais indispensáveis para a melhoria da qualidade de vida humana. Com a diminuição da disponibilidade desse "capital natural", a sociedade tende a perder todos esses benefícios e avançar para condições de escassez de alimentos, água, medicamentos, insumos industriais e outros recursos indispensáveis”, afirma Fernando 
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Juízes temem 'avalanche de ações' com novo Código Florestal
23 de maio de 2012 23h27 atualizado às 23h32

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5791803-EI306,00-Juizes+temem+avalanche+de+acoes+com+novo+Codigo+Florestal.html

As duas maiores entidades representativas de juízes do País divulgaram nesta quarta-feira nota em que se dizem "preocupadas" com o texto do novo Código Florestal. Segundo a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), o novo código tem inconsistências legais, que abrem brechas para futuros questionamentos na Justiça.

As associações afirmam que o regramento pode criar "perplexidade" nos juízes encarregados de aplicar a lei se os defeitos e imprecisões não forem corrigidos a tempo. "Uma avalanche de ações judiciais somente contribuirá para intranquilizar os produtores rurais, sobretudo o pequeno, bem como a sociedade", ressalta trecho da nota.

O texto segue com um apelo aos demais Poderes, pedindo "discernimento" da presidente Dilma Rousseff e "elevado espírito público" dos membros do Congresso Nacional para resolver as questões ambientais.

Dilma tem até a próxima sexta-feira para sancionar ou vetar - parcial ou totalmente - o texto do novo Código Florestal, aprovado pela Câmara dos Deputados em 25 de abril. O texto do Congresso Nacional chegou à Casa Civil no último dia 7.

Mais cedo, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse que a presidente pode antecipar em um dia sua decisão sobre possíveis vetos e decidir sobre o que pode ou não ser aproveitado até amanhã.

O texto do Código Florestal aprovado pelos deputados desagradou ambientalistas e não era a versão que o Palácio do Planalto esperava aprovar. Durante a tramitação no Senado, antes da votação final na Câmara, o governo conseguiu chegar a um texto mais equilibrado, mas a bancada ruralista na Câmara alterou o projeto e voltou a incluir pontos controversos.

Entre os assuntos polêmicos da nova redação da lei florestal está, por exemplo, a possibilidade de anistia a quem desmatou ilegalmente e a redução dos parâmetros de proteção de áreas de preservação permanente (APPs).

 


Menos de 2% das florestas brasileiras são protegidas
Conheça um pouco mais sobre as principais florestas brasileiras


por Bruna Souza

Floresta Amazônica

É a maior floresta tropical do mundo e está situada no norte da América do Sul. Presente nos seguintes estados brasileiros: Amazonas, Amapá, Rondônia, Acre, Pará e Roraima. Possui riquíssima biodiversidade com a presença de milhares de espécies animais e vegetais. A Floresta Amazônica exerce grande influência no clima da região norte do Brasil.

Em função do crescimento das áreas de plantio, criação de gado e exploração de madeira, vem enfrentando desmatamento considerável nas últimas décadas. Uma das principais características desta floresta é a presença de árvores de grande porte, localizadas próximas umas das outras.

Mesmo considerada o maior bioma brasileiro, com 369 milhões de hectares, tem apenas 3,6% de sua área sob conservação federal.

Mata Atlântica

Esta formação florestal encontra-se em poucos trechos da região litorânea brasileira. Sofreu muita devastação nos últimos séculos em função, principalmente, da ocupação do solo. É caracterizada pela presença de árvores de porte médio e alto, e, apresenta grande variedade de ecossistemas.

São mais de 95 mil km² que abrigam uma das maiores biodiversidades do mundo. Isto sem falar nas 171 das 202 espécies de animais brasileiros ameaçados de extinção - como é o caso do mico-leão-da-cara-preta, o sagui-da-serra, o papagaio-chauá e a jacutinga, entre outros.

Mesmo com o maior número de unidade de conservação do Brasil (36), tem apenas 0,69% de sua área total sob proteção.

Floresta das Araucárias

Presente na região sul do Brasil, apresenta grande quantidade de pinheiros (araucárias). A chuva é predominante durante o ano todo, normalmente em altitudes elevadas. Faz parte do bioma mata atlântica.

É um dos ecossistemas mais ricos em relação à biodiversidade de espécies animais, contando com indivíduos endêmicos, raros, ameaçados de extinção e espécies migratórias.

Mata dos Cocais

É um bioma brasileiro, que se situa entre a mata atlântica e a caatinga, situado em uma área reflorestada pela natureza e ocupa os estados do Maranhão, Piauí, Pará e o norte do Tocantins. A mata dos Cocais tem este nome pela alta quantia de cocais, principalmente o babuçu e a carnaúba.

A ditadura militar no Brasil estimulou a instalação econômica de manufaturas como a química, metalúrgica, siderúrgica, mineração, madeira, entre outros, na região. Por essas questões histórica, o bioma é naturalmente fragilizado.

A procura de solos férteis, a extração de minérios e de madeira, além da instalação de industrias, estão poluindo o aquífero Tocantins-Araguaia. Segundo especialistas, no futuro, a maior parte deste bioma estará savanizada ou desertificada.

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