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Durante a nossa vida causamos transtornos na vida de muitas
pessoas, porque somos imperfeitos. Nas esquinas da vida, pronunciamos
palavras inadequadas, falamos sem necessidade, incomodamos. Nas relações mais
próximas, agredimos sem intenção ou intencionalmente. Mas
agredimos. Não respeitamos o tempo do outro, a história do
outro. Parece que o mundo gira em torno dos nossos desejos e o outro é apenas
um detalhe. E, assim, vamos causando transtornos. Esses tantos transtornos
mostram que não estamos prontos, mas em construção. Tijolo a tijolo, o templo
da nossa história vai ganhando forma. O outro também está em construção e
também causa transtornos. E, às vezes, um tijolo cai e nos machuca. Outras
vezes, é o cal ou o cimento que suja nosso rosto. E quando não é um, é
outro. E o tempo todo nós temos que nos limpar e cuidar das feridas, assim
como os outros que convivem conosco também têm de fazer. Os erros dos outros,
os meus erros. Os meus erros, os erros dos outros. Esta é uma conclusão
essencial: todas as pessoas erram. A partir dessa conclusão, chegamos a uma
necessidade humana e cristã: o perdão. Perdoar é cuidar das feridas e
sujeiras. É compreender que os transtornos são muitas vezes
involuntários. Que os erros dos outros são semelhantes aos meus erros e que,
como caminhantes de uma jornada, é preciso olhar adiante. Se nos preocupamos
com o que passou, com a poeira, com o tijolo caído, o horizonte deixará de ser
contemplado. E será um desperdício. O convite que faço é que você
experimente a beleza do perdão. É um banho na alma! Deixa leve! Se eu
errei, se eu o magoei, se eu o julguei mal, desculpe-me por todos esses
transtornos… Estou em construção! TEXTO DE: PAPA
FRANCISCO