Material dos testes da Mongakusho (MEXT) - Alguém sabe onde encontrar?

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Marcel Medeiros Alves

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Jun 27, 2012, 4:01:46 PM6/27/12
to nihon...@googlegroups.com
Estou planejando participar dos testes para as bolsas da MEXT para
Intercâmbio para mestrado e gostaria de saber se alguém tem material
ou sabe onde encontrar algum material como provas anteriores, dicas
para envio do projeto de pesquisa e afins.

Att.

Marcel Medeiros Alves

Claudio Freitas

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Jun 27, 2012, 11:41:21 PM6/27/12
to nihon...@googlegroups.com
Ano passado teve uma palestra na Fundação Japão em São Paulo explicando sobre a bolsa, sobre o projeto de pesquisa e tudo o mais. Eu recomendo assistir se tiver este ano, pois é bastante informativa.

O ruim é que se não me engano, ela costuma ser meio em cima da data para enviar o projeto de pesquisa, de forma que seria melhor que já tivesse com ele quase finalizado nessa época.

Eu anotei algumas coisas da palestra que eu fui (meio desorganizado):


Prof. Yamani (esse é o prof da Poli-USP (?) que participa da seleção parece)

- Banca com 5 professores.
- Plano de pesquisa nao deve ser simples nem superficial. Direto ao ponto. Conciso.
- Não tem problema ter se formado há algum tempo.
- Plano de pesquisa de no maximo 6 folhas.
- Pegar exemplo de revista nacional ou internacional. De como sao feitos
os resumos e as fontes (?).
- Estado da arte. Colocar o estado da arte no plano de pesquisa.
- Evitar mudar de orientador!
- Costuma ser 60% a nota de corte do exame de lingua (seja japonês ou
ingles).
- Mostrar o que o projeto tem de especial com o Japao.
- Referencias da internet sao superfiiais. Evitar. Usar revistas
especialidades.
- Eitaro Yamani era o nome dele?


Bom, isso aí acima foi tudo o que eu anotei no dia da palestra.


Até mais,


2012/6/27 Marcel Medeiros Alves <maokal...@gmail.com>

Marcel Medeiros Alves

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Claudio Freitas

LIMA, Diogo Shimizu

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Jun 28, 2012, 7:26:55 AM6/28/12
to nihon...@googlegroups.com
Oi Marcel, sou ex-bolsista MEXT. Material de anos passados eu nao tenho, mas vou te falar um pouco sobre a minha experiencia. Mais especificamente, sobre tudo que eu gostaria de ter sabido antes de ter ido pra la.

Como o Claudio ja comentou, a palestra ajuda bastante a entender os varios aspectos da bolsa. Apesar deles (ao que eu me lembre -- fui a uma palestra em 2006) terem um foco maior na vida no Japao, a palestra e até mesmo conversar com os funcionarios do setor cultural do consulado da sua regiao também ajuda. Voce mora em Sao Paulo?

Na minha época a prova de japones nao era eliminatoria. Nao sei se isso mudou desde entao. Na verdade, quando participei do processo seletivo, muito mais relevante do que a prova de linguas foi o projeto e a entrevista em si. Aprender todo o japones possivel antes do embarque é muito bem-vindo, e nao importa quao perfeito seja o seu 1-kyu, tenha a certeza de que sera insuficiente :-) 

A prova, sempre de acordo com a minha visao pessoal, tem também a funçao nao declarada de ser uma peneira inicial para reduzir a quantidade de projetos a serem lidos e candidatos a serem entrevistados. Como exemplo, minha ex-namorada fala o japones muito melhor do que eu mas nunca sequer foi chamada à entrevista no consulado. Ela é biologa (USP), eu sou formado em relaçoes internacionais pela PUC-SP.

Rapidamente sobre sobre o perfil dos candidatos: 2 dos 14 aprovados em 2006 pelo consulado de SP eram oriundos de faculdades particulares (uma veterana minha da PUC-SP, outro formado em administraçao na FGV-SP); em 2007, meu ano, eu era o unico formado em faculdade particular. USP, Unesp e Unicamp sao a vasta maioria entre os aprovados; eu diria que 50% sao candidatos de exatas (engenharia principalmente, ciencias da computaçao com algumas pessoas), 40% sao de biologicas (principalmente biologos, com alguns poucos medicos) e 10% de humanas (a maioria de advogados, alguns economistas).

O que o Claudio ja falou sobre o projeto é isso mesmo: perfil academico é o aspecto principal. No meu ano (seleçao em 2006, embarque em 2007), me lembro que eram as famigeradas 6 paginas sendo que o consulado também definia tamanho e tipo de letra, bem como as margens da pagina. Eu sugeriria voce escrever alguma coisa maior a principio, e enxugar depois o desnecessario porque é mais facil e o seu projeto vai ficar mais robusto. E a sugestao do Claudio de escreve-lo como se fosse um paper é muito concisa e elegante -- é bem por ai mesmo.

Sobre a escolha do tema, o ideal/desejavel é voce encontrar algum tema que faça algum tipo de intersecçao entre seus interesses pessoais, o Brasil e o Japao. Uma vez escolhido o tema, procure na internet por nomes de professores japoneses e suas publicaçoes; leia o que voce conseguir encontrar e faça citaçoes desses papers no seu projeto. Essa é a forma mais eficaz nao apenas de aumentar suas chances de ser aprovado na entrevista mas também de encontrar algum orientador japones cuja pesquisa se aproxime dos seus interesses pessoais e de se inserir de forma genuina na pesquisa dele.

A entrevista no consulado é dura. Eu passei por uma banca de 4 ex-bolsistas, mais a vice-consul cultural em SP. E so na saida da entrevista eu percebi que ainda tinha mais uma funcionaria do setor cultural sentada às minhas costas durante toda a entrevista!

Seu orientador no Japao é Pai, Filho e Espirito Santo. Ele é o responsavel pela sua estadia no Japao, ele é quem autoriza eventuais idas a congressos, ele é quem abre portas e te apresenta contatos, ele é quem assina todos os papéis teus na faculdade (te autorizando a assistir determinadas aulas, morar em certos lugares, uma miriade de coisas). Ele pode fazer a tua vida mais facil ou mais dificil, e é obrigaçao sua zelar pelo bom relacionamento com ele, respeitar a hierarquia (professor-aluno, pessoa mais velha-mais nova), nao gerar trabalho e/ou burocracia extra para ele, e principalmente ser um bom aluno para contribuir com uma imagem positiva do seu professor perante ao staff e aos demais professores da sua faculdade.

Teu professor recebera um pequeno estipendio mensal para te receber como orientando dele, entao nao é que os professores japoneses recebam alunos estrangeiros apenas pela boa vontade. A boa vontade é so 99% dos elementos necessarios para um professor ter que aceitar um aluno estrangeiro sob a tutela dele e lidar com mais burocracia, mais papelada e mais preocupaçoes do que o ja existente na vida dele.

Observaçao: sempre falo de professor, e nao de professora, porque a maioria deles é homem mesmo.

Sobre locais no Japao, segue uma analise também muito pessoal. Eu morei em SP a maior parte da minha vida, até o embarque para o Japao. Eu sempre detestei Tokyo e nunca vi o menor sentido em alguém escolher morar num buraco daqueles de livre e espontanea vontade. Tendo dito claramente que Tokyo é um lugar horrivel pra se viver, que a comida é carissima, que os aluguéis sao obscenos, que a cidade é cheia demais com gente demais e confusao demais, é onde estao as universidades mais famosas do Japao (Toudai, Sophia, Hitotsubashi, Keio) e, dependendo da tua area, pode ser a melhor escolha pra voce. Também é o melhor lugar do Japao para se trabalhar (seja com baitos/part time, seja com empregos em empresas japonesas apos a formatura), lembrando que voce embarcara para estudar...

E isso sem contar o acidente nuclear, o fornecimento de energia ainda comprometido na regiao, a produçao de hortifruti abalada... Pessoalmente eu aproveitaria Tokyo como turista, e nao como habitante.

Duas alternativas que sao pouco mencionadas sao Nagoya e Fukuoka. Também ha boas universidades nessas cidades (Meidai e Kyudai) e se voce quiser trabalhar com carros (Toyota/Nagoya) ou design, sao lugares que voce deveria ter em mente ao buscar orientadores.

Eu deixei o melhor para o final: Kansai. Morei em Kobe e Kyoto. Kobe é um lugar muito bom pra se morar, e que pode ser muito bom para a sua pesquisa. Minha universidade, Shindai, é a melhor do Japao em economia. A Kyodai é a segunda melhor universidade do Japao e é referencia em muitas areas de pesquisa, mas morar em Kyoto nao é aquela coisa toda (mais caro, clima pior, muitos turistas, mais provinciana). O lado bom de morar em Kyoto é que se faz tudo de bicicleta, enquanto Kobe é uma cidade mais montanhosa.

So pra nao passar em branco, para mim Osaka é um equivalente piorado de Tokyo com as coisas ruins, e sem suas coisas boas. O unico (e principal) diferencial positivo é que as pessoas sao bem mais amigaveis, o que ajuda bastante a vida cotidiana na chegada e alivia a pressao cultural conforme passa o tempo. O lado bom é que todos os japoneses de Kansai, os Kansai-jin, sao conhecidos por serem mais abertos, mais bem humorados, e por estarem de bem com a vida. Muitos comediantes japoneses sao oriundos de Osaka. Entao da pra curtir o lado bom de Osaka sem necessariamente ter que viver em uma cidade grande e bagunçada.

Lembrando novamente que essa é a minha opiniao pessoal, de uma pessoa que sempre morou longe de escola e trabalho em SP, e que ficou muito mal acostumado depois que morou a primeira vez a 5 quadras da faculdade. Se eu puder escolher, nao troco MESMO!

Voltando ao que te interessa mais, uma amiga minha fez uma simplificaçao bem interessante sobre as Universidades de Tokyo e Kyoto: estudar na Kyodai é pra quem tem perfil de cientista maluco; estudar na Toudai é pra quem quer ser o futuro primeiro-ministro do Japao, ou parte da elite burocratica do pais. Sao estereotipos interessantes e que traduzem o espirito geral das duas universidades.

Seja onde voce for estudar, contudo, faça o possivel para estudar em uma das universidades nacionais. Isso vai te abrir uma quantidade imensuravel de portas pelo simples fato de voce ja ter passado por uma peneira muito importante na vida dos japoneses.

No mais, fico aberto a responder outras perguntas suas ou de algum/a outro/a interessado/a, dentro das minhas possibilidades. O Japao foi um pais que me abraçou com generosidade durante 4 anos da minha vida e me fez repensar varios aspectos dela. Seria um prazer ajudar a outros que estejam interessados em ter experiencia semelhante.

Grande abraço,
Diogo


2012/6/27 Marcel Medeiros Alves <maokal...@gmail.com>
Estou planejando participar dos testes para as bolsas da MEXT para

Marcel Medeiros Alves

Tatau

unread,
Jun 28, 2012, 9:16:45 AM6/28/12
to nihon...@googlegroups.com
Diogo,

Excelente resposta. Eu nunca nem tinha pensado em mestrado no Japão e agora até me deu vontade... Vou ler mais sobre o tema. Obrigado por compartilhar.

Abraço,

Tatau


2012/6/27 Marcel Medeiros Alves
Estou planejando participar dos testes para as bolsas da MEXT para

Intercâmbio para mestrado e gostaria de saber se alguém tem material
ou sabe onde encontrar algum material como provas anteriores, dicas
para envio do projeto de pesquisa e afins.

Att.

Marcel Medeiros Alves

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Danilo

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Jun 28, 2012, 9:25:52 AM6/28/12
to nihon...@googlegroups.com
Diogo, agradeço por passar sua experiencia para nós, eu mesmo já tentei 1 vez a bolsa, mas não cheguei a ir na prova de linguas pois fiz a burrada de esquecer um dos documentos, e como moro no interior não quis correr o risco de perder viagem fazendo a prova mesmo assim.
Eu tenho um projeto de pesquisa pronto, gostaria de me dedicar esse ano nesse projeto, para ter chances ano que vem, sei que a vaga abre por volta de maio né?!
Enfim uma dúvida minha, como é feita essa escolha de Orientador?! Você (candidato) que tem a incumbencia de achar o seu Orientador, não entendi muito bem.
Caso você tenha algum contato (skype, msn, ou o email msm) entre em contato comigo para eu te mostrar meu projeto e você me dar algumas dicas. Meu email é dev...@gmail.com.

Obrigado pelo seu tempo,
Att,
Danilo Deverso
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Marcel Medeiros Alves

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Jun 28, 2012, 9:33:10 AM6/28/12
to nihon...@googlegroups.com
Pessoal, obrigado pelas informações.

Em relação ao aconselhamento do consulado, eu fui nele mas o pessoal
daqui de Curitiba nem sabia o que falar sobre as questões acadêmicas,
sabiam o necessário sobre a parte burocrática e olha lá, o que me
deixou um tanto inquieto.

Como não tenho descendência queria saber se há algum peso na seleção.
Sou formado em Análise de Sistemas na Universidade Federal de Dourados
- MS e de acordo com Diogo acredito que ajude também, desta forma
queria saber se publicações tanto em época acadêmica quanto fora dela
também são de alguma ajuda.

Apesar de não ser formado, tenho nível avançado de inglês sendo
auto-suficiente em conversação e listening em inglês. No japonês tenho
um vocabulário consideravelmente grande (auditivo porém) em relação ao
meu nível ser atualmente do básico 5 pelo curso do Bunkyou. Sendo que
o orientador do consulado falou que é aplicado o teste dos dois
idiomas, considerando estes fatores, será que ajuda pelo menos na
peneira inicial por ter um bom conhecimento dois dois idiomas?

Assim como Diogo também falou, acho uma chatice ficar preso mais de
uma hora em transporte público para me dirigir de um ponto a outro
(enfrento isto para trabalhar) e caso tiverem indicação de institutos
com forte presença na área de exatas que não seja tão metrópoles assim
(apesar de achar difícil isso) agradeço muito.

Acho que depois de encher tanto o saco devo agradecer em altura à ajuda.

どうもありがとうございました。


Att.

Marcel Medeiros Alves


2012/6/28 LIMA, Diogo Shimizu <diogo...@gmail.com>:

LIMA, Diogo Shimizu

unread,
Jun 28, 2012, 10:03:59 AM6/28/12
to nihon...@googlegroups.com
Oi Danilo,

Eu preferiria manter o maximo possivel de perguntas genericas, evitando responder coisas em privado, para que o meu tempo ajudando os futuros bolsistas possa ser aproveitado pelo maximo possivel de pessoas. Entao vou me abster de ler o seu projeto e de dar dicas a respeito dele.

Pra nao te deixar com um "nao", te faço a mesma sugestao que eu fiz à época: eu pedi para o meu orientador de TCC ler o meu projeto 2x, para um doutorando amigo meu ler o projeto 2x, outro professor ler 1x, minha mae, minha tia... E fui rotacionando as pessoas que foram lendo o projeto, fui melhorando e refinando aos poucos.

Outra dica pra escrever o projeto é da-lo a pessoas que nao sao da area, assim voce se assegura que pessoas que nao sejam da sua area tenham a capacidade de entender do que se trata e pessoas que sejam da sua area de estudos para se assegurar de que o projeto esteja academicamente redondo.

Quanto a encontrar orientador, quem tem que colocar o esforço é o proprio candidato. Dai a minha sugestao em pesquisar bibliografia de professores japoneses -- se o professor ja estudou ou segue estudando um tema parecido ou igual ao seu objeto de interesse, aumentam as tuas chances de ser orientado por essa pessoa. (Além de deixar o seu projeto inicial mais robusto.)

Eu tive a sorte de encontrar uns 3-4 livros na Amazon, me lembro que nao tinha sido nada exorbitante, ai juntei uma grana e os comprei. Me ajudou com a questao da bibliografia. Hoje, no entanto, épenso que seja mais facil (e mais barato) procurar por papers em PDF na internet. Caso os papers estejam atras de paywall, uma dica é visitar a biblioteca da universidade publica mais proxima da sua casa e acessar a internet de la, pois muitas vezes essas universidades tem convenios que permitem acesso ao conteudo online dessas editoras e revistas cientificas.

Pra encontrar orientador e bibliografia, manda ver no Google! Tanto em ingles quanto em japones. Da um jeito de descobrir os kanjis relacionados a tua pesquisa, vai vendo se teus alvos a orientador tem publicaçao em ingles, e vai caçando.

Importante: no meu ano tivemos uma janela muito pequena para a busca de orientador, apenas 3 semanas, sendo que nos foi especificamente requerido de NAO contactar os professores fora dessa janela porque eles sao muito ocupados.

E sobre o periodo, é por volta de maio mesmo. Até o fim de março o pessoal do setor cultural do consulado esta na correria com o embarque dos mombusheiros do ano corrente, abril vem o calendario de divulgaçao de bolsa, e as inscriçoes começam em meados de maio.

Abraçao!
D.


2012/6/28 Danilo <dev...@gmail.com>

Danilo

unread,
Jun 28, 2012, 10:10:13 AM6/28/12
to nihon...@googlegroups.com
Maravilha Diogo, entendo sua posição, agradeço as orientações, vou correr atrás dessas bibliografiase referências.

Att,
Danilo Deverso
--
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LIMA, Diogo Shimizu

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Jun 28, 2012, 10:26:07 AM6/28/12
to nihon...@googlegroups.com
Marcel,

Sobre a busca da universidade ideal, me lembro de um guia impresso que estava disponivel no consulado de SP que listava todas as universidades nacionais, provinciais, municipais e particulares do Japao. Pode ser um primeiro passo.

Se esse livro nao existir ou se voce nao puder comparecer fisicamente no consulado, use sua criatividade e o Google pra, ao menos, descobrir algumas boas universidades no Japao. E como ja falei anteriormente, priorize sua escolha de faculdade com base na ordem que eu citei no paragrafo anterior que tenho certeza que voce vai se encontrar nisso.

Eu so encontrei um orientador, apesar do pessoal do consulado pedir 3 pro caso de ter algum problema com o orientador ou a faculdade, e pra mim deu tudo certo. Problema mesmo é nao encontrar nenhum orientador, ai voce cria mais obstaculos para o burocrata do MEXT aprovar a tua bolsa. E em época de Japao endividado e precisando cortar custos, a ultima coisa que voce quer é se destacar no meio da multidao por estar fora dos conformes :-) 

Sobre o nivel de habilidade exigido nas provas de lingua, nao existe nenhuma certificaçao necessaria para a seleçao do MEXT aqui no Brasil. La no Japao, a depender da sua faculdade e da sua area, voce pode precisar de um certificado de ingles. A prova do mestrado pode ser em ingles ou japones, mas também depende da faculdade -- e é um problema pra voce se preocupar so depois de passar na bolsa :-) 

Porém, uma coisa importante sobre a prova de linguas aplicada pelo consulado é que ela é toda escrita. Nao me lembro nem se tinha parte "escrita", por se dizer, ou se eram apenas questoes de multipla escolha. Acho que eram apenas testes.

--

Fiz uma busca no Google e achei as provas de 2010. Segue o link: http://www.studyjapan.go.jp/en/toj/toj0308e.html

Achei também um blog gringo com a descriçao de todo o processo de aprovaçao da bolsa. Segue: http://larsmartinson.com/how-i-got-the-monbusho-research-scholarship-part-4-of-4/

--

A ascendencia nao tem nenhum peso na decisao, eu penso que o processo seja razoavelmente meritocratico. Pensando na minha experiencia pessoal, os fatores mais importantes foram um projeto robusto (para ser chamado à entrevista) e uma boa entrevista (para ser escolhido perante a concorrencia).

Abraço!


2012/6/28 Marcel Medeiros Alves <maokal...@gmail.com>

Marcel Medeiros Alves

unread,
Jun 28, 2012, 12:09:47 PM6/28/12
to nihon...@googlegroups.com
"Brigadão" pela ajuda!

Quando ao teste de pro-eficiência do Inglês, este pode ser feito
durante o período de estadia no Japão né? Como pretendo fixar esforços
no projeto e na parte final para antes dos testes no japonês, queria
saber sobre este caso para "adiantando" as possíveis necessidades.

Agora vem o momento de "mãos à obra". Caso ocorra de encontrar mais
alguns materiais interessantes vou adicionando aqui.

Att.

Marcel Medeiros Alves


2012/6/28 LIMA, Diogo Shimizu <diogo...@gmail.com>:

Felipe Loyola

unread,
Jun 28, 2012, 10:41:52 AM6/28/12
to nihon...@googlegroups.com
No site studyjapan tem as provas anteriores. Dá pra ver como elas mudaram com o tempo.

Eu tentei duas vezes pelo consulado de Curitiba (2008 e 2009) a bolsa para mestrado. Fui reprovado duas vezes só no primeiro processo, nem tive a oportunidade de fazer a prova. Lembro que fiquei bastante revoltado com isso porque você ficava sem saber se foi reprovado porque o projeto estava vago, mal escrito ou simplesmente ruim. Ou se ficou sem entregar algum documento. 

Esse ano depois de ter quase desistido acabei tentando novamente. Estou cursando mestrado aqui na UFPR, onde me formei. Meu histórico escolar de graduação também não é dos melhores, mas estou dando o meu melhor no mestrado. Como pretendo defende-lo até no mais tardar março do ano que vem, se aprovado no Monbusho vai ser uma correria danada para embarcar em Abril! Haha. Então, dessa vez tive o nome e o conhecimento do meu orientador de mestrado para me ajudar no processo. Meu projeto de doutorado que eu submeti é uma clara continuação do que estou trabalhando no mestrado. Escrevi o que estou trabalhando agora (motivação e resultados almejados) e na parte do meu projeto futuro fui bem conciso. Um parágrafo curto por objetivo, motivação, métodos e uma linha cronológica do que desejo trabalhar. A revisão bibliográfica foi mais fácil, pois usarei o meu conhecimento de mestrado com um monte de informação nova para doutorado. Importante sempre citar pesquisadores japoneses.

Enfim, na documentação daqui tem que entregar a maioria dos documentos em português e em inglês ou japonês. Então é bom escrever a outra língua bem. São muito documentos, lembro que entreguei uma pasta cheia para a secretária, que dessa vez foi bem atenciosa e me ajudou com o que estava faltando. No caso eles queriam que tivesse uma pré indicação de 3 universidades japonesas. Fiz a prova pela primeira vez e o máximo que posso dizer é que achei a de inglês mais difícil que dos outros anos. A de nihongo voltou ao jeito antigo de ser separada em 3 níveis, consegui fazer o básico e o intermediário. O avançado achei mais complicado até que o N1 do JLPT. Não que tenha ido bem, mas nesse caso saber o inglês basta.

Fiz a entrevista e estou no aguardo do resultado, torcendo bastante. Sempre fica aquela sensação que poderia ter dito isso ou aquilo a mais, ter falado melhor em inglês (meu caso, mas sempre travo quando falo). Mas entrevista é assim mesmo, resta aguardar. Se passar aposto que vai ser um prazo bem corrido pra correr atrás de professor. To buscando isso, mas o problema é que você  fica preso por causa do resultado. Mas espero que dê tudo certo. Espero que dessa vez dê certo e consiga ir fazer doutorado lá.

* Sou engenheiro mecânico.

Boa sorte a todos que forem tentar o/




--

LIMA, Diogo Shimizu

unread,
Jun 28, 2012, 12:26:19 PM6/28/12
to nihon...@googlegroups.com
Sim, é isso mesmo. Na verdade, so mencionei isso porque é um requisito de alguns programas, mas nao de todos. Algumas escolas optam por aplicar o proprio exame de ingles, ao invés de pedir o resultado de Toefl ou Toeic. がんばってね!


2012/6/28 Marcel Medeiros Alves <maokal...@gmail.com>
"Brigadão" pela ajuda!

Paloma Leite

unread,
Aug 4, 2014, 5:44:33 PM8/4/14
to nihon...@googlegroups.com, diogo...@gmail.com
Oi Diogo, tudo bem?
Eu tentei ler o máximo possível para evitar que você fique falando a mesma coisa duas vezes, mas como farei meu primeiro processo, acho que a ansiedade e a preocupação me dão um bloqueio na hora de juntar algumas informações.
Se não se importar, aqui vão algumas perguntas, se puder respondê-las, eu ficarei muito agradecida:

Eu entrei nos sites indicados pelo consulado do RJ (sou de BH/MG, logo este é meu consulado) e de SP. Pesquisei as faculdades e os processos. Mas estou com muita dificuldade até para achar os departamentos relacionados à minha área. Sou formada em Comunicação Social (Publicidade e Propaganda) pelo Centro Universitário Newton Paiva. Sei que não é sua área, mas você saberia me dizer em quais departamentos eu me integro melhor? Já cheguei a achar alguns cursos de mestrado que parecem ser da minha área que fazem parte de tecnologia da informação, engenharia da informação e estudos sociais internacionais. No fim nunca sei onde e como procurar a melhor faculdade/curso.

Eu também procurei professores e trabalhos relacionados ao que quero estudar. Quero pesquisar a área de marketing de entretenimento, englobando o game marketing e novas mídias. Não sei se eu que estou sendo burra demais ou se realmente é difícil encontrar trabalhos na área. Você saberia me recomendar um processo de pesquisa de trabalhos e orientadores?

Pelo o que minha professora particular de japonês me falou, o ideal é eu já escrever meu projeto agora, traduzi-lo para o inglês e encaminhar para departamentos e professores pedindo que, se possível, avaliem o trabalho, pois ele será inscrito no MEXT. Você considera isso válido? Vi você falando sobre como eles já são ocupados e muitos outros alunos falaram sobre serem ignorados na etapa de procurar um professor orientador. (E o que está me desesperando é o que eu disse acima, eu sequer sei por onde começar com o departamento e faculdade em que me enquadro).

Seria pedir demais um pré-projeto já apresentado?

Enfim, muito obrigada pela atenção.
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Henri Malzac

unread,
Jan 16, 2017, 8:11:07 AM1/16/17
to Nihongo BR, diogo...@gmail.com

Olá pessoal,

Estou me inscrevendo para a seleção do MEXT (pesquisa) deste ano. 

Com relação a prova de inglês da bolsa, tentei baixar no site do study japan http://www.studyjapan.go.jp/en/toj/toj0302e-32.html, mas o link não esta funcionando. Alguém que ja baixou poderei me enviar o material, por favor?

Outra coisa, com relação ao projeto de estudos, alguém tem exemplo de um projeto na área de Engenharia?

Obrigado!!

Abraços,

Henri

On Monday, June 22, 2015 at 3:27:19 AM UTC+2, carina...@gmail.com wrote:
Olá, Diego. Estou interessada na bolsa de estudos. Poderia me ajudar? É difícil ser aprovado? Como é a prova, requer mais conhecimento de ingles mesmo ou é mais puxada? a prova tem questões discursivas e objetivas? E essa pesquisa, projeto.. que tem... como é?
você acha que compensou sair do país e estudar fora em relação ao mercado de trabalho?
se poder me ajudar agradeço.
Carina Meriade

Jessica Carolina Almeida

unread,
Dec 6, 2018, 9:15:15 AM12/6/18
to Nihongo BR
Olá diogo,
Vim em busca de mais informações sobre a bolsa e achei seu relato. Bom, meu objetivo é participar da seleção para a bolsa em 2019, pretendo engenharia civil, e até o momento estou preparando materiais de estudo e queria muito saber, como era seu inglês na época ? Me considero se não intermediário, algo próximo a isso kkk*, mas ainda estou super apavorada com o fato da prova ser em inglês, sempre foquei na conversação e agora tenho que estudar o vocabulário de todas as matérias. Bom, obrigada pela atenção, seu comentário já ajudou de mais, mas,se puder me dar alguma dica agradeço muito.


Em quinta-feira, 28 de junho de 2012 08:26:55 UTC-3, LIMA, Diogo Shimizu escreveu:
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