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Um certo senhor estava vivendo em grandes problemas. Estamos
passando por uma séria crise financeira. Tudo em nossa casa dá errado.
De uns tempos pra cá, nada dá certo em nossa vida. Minha família vive
um pequeno inferno. Minha mulher está sempre doente. Ela só sabe
reclamar da vida e dos problemas. Eu, de vez em quando, acabo
exagerando na bebida. Meu filho mais velho cheira cocaína, fuma
maconha, tem o corpo todo cheio de tatuagens, não faz a barba, toca
saxofone e flauta nos botecos por aí. Bebe que é uma coisa medonha e
tem um cabelo tão longo que mais parece uma moça. Minha filha é
terrível. Cada dia ela aparece com um namorado diferente. E, o pior,
usa umas roupas que o senhor nem pode imaginar. Meu filho caçula, de
12 anos, já foi expulso de três colégios. Só quer saber de andar de
bicicleta e ver televisão. E, o pior, hoje faz seis meses, três dias e
quatro horas que minha sogra esta morando lá em casa. Para o senhor
ver, tudo sta errado em minha vida e eu preciso de sua ajuda. O que
devo fazer? Porque tudo esta dando errado em nossa família? Eu já não
estou mais aquentando esta vida.
O orador começou a interceder e começou a falar estou tendo uma visão.
O Senhor está me mostrando uma coisa ! E a verdade é que um dos
membros de sua família é o próprio Cristo, disfarçado. – O senhor está
falando que lá em casa mora o próprio Senhor Jesus Cristo,
disfarçado ? É melhor o senhor conferir aí na sua Bíblia, porque acho
isso impossível. Se o senhor conhecesse minha família jamais falaria
uma barbaridade dessas… É que o senhor não faz idéia de como é a nossa
família… – É isto mesmo! Não é nenhum engano ! Jesus esta disfarçado
em um dos membros de sua família e, como vocês não o reconhecem, tudo
vai mal. Afinal de contas, sem saber quem é o Cristo disfarçado, vocês
ficam tratando mal um ao outro. E, como vocês estão se tratando muito
mal, estão ofendendo a Jesus Cristo dentro de sua casa. E é este o
grande pecado de vocês. Aliás, esse é o maior pecado que alguém pode
cometer. Enquanto vocês não descobrirem quem é o Cristo, nada irá
mudar na vida de vocês. – Sério mesmo? Ah, mas eu vou resolver isso,
ele saiu daquele encontro cheio de preocupação. Quem em sua casa
poderia ser o Cristo disfarçado? Antes de chegar em casa, para não
perder o costume, passou no barzinho e tomou logo umas três doses da
“Branquinha”. Tomou seus tragos e foi rapidamente para casa, onde
reuniu toda a família. Disse lhes claramente, sem rodeios, que ali
vivia o Cristo disfarçado e que era preciso descobri-lo imediatamente,
já que enquanto não se detectasse quem era o Cristo disfarçado, nada
melhoraria naquela casa. Sem muita cerimônia perguntou: – Quem de
vocês é o Cristo disfarçado? Que se apresente, agora! Todos se
entreolharam admirados. Será que o sr. Alfredo tinha bebido além da
medida? Que história é essa mais sem cabimento. Os filhos chegaram a
esboçar um risos disfarçado. Mas sr. Alfredo insistiu: – quem é o
Cristo disfarçado?
O seu filho disse Pai, quem sabe seja a vovó! – Sr. Alfredo ficou
enfurecido: – Meu filho, não fale uma bobagem dessas, nem por
brincadeira. Cale essa boca. Onde já se viu você falar uma coisas
destas! Oh, meu Deus, perdoa meu filho por esta blasfêmia. Filho, olhe
bem para sua avó. Como é que Cristo poderia se disfarçar num trambolho
desse? O seu filho disse Pai pode ser a Mãe. Meu filho, como ela
poderia ser o Cristo? Olha, a Bíblia diz que Jesus curava todas as
doenças. A sua mãe tem todas as doenças. Ela é absolutamente o
contrario de Jesus! Depois, se sua mãe fosse o Cristo disfarçado, a
cruz de Jesus deveria ser de aço ou ferro fundido. Que outra cruz
suportaria tanto peso assim? Sua mãe só sabe comer e reclamar… Juliana
então disse: – Talvez seja o Caíque! Foi então a vez do Juninho
reclamar: – Como o Caíque? Jesus por acaso fumava maconha? Olhe bem
para a cara do Caíque: um cabelo horroroso. Ele lava os cabelos. E
aquela caveira que ele tem tatuada nas costas? Como pode ser o Cristo?
D. Matilde exclamou: – pode ser o Juninho: ele é o mais novo da casa!
Foi a vez de Juliana retrucar: – Mamãe, que absurdo! Jesus era um
menino muito inteligente. A Bíblia diz que aos doze anos Ele se perdeu
e quando sua mãe o encontrou estava no meio de doutores, explicando-
lhes as escrituras. O Juninho é um burrinho em forma de gente. Já foi
expulso de três escolas, e este ano, pelo jeito que está, vai ser
reprovado de novo! – E se for a Juliana? – Perguntou a avó com os
olhos cheios de ternura. Caíque não se conteve: – o que? A Juliana ser
Jesus? Isto sim é que é uma blasfêmia! Olhe bem, para as roupas que
ela usa. E os namorados esquisitos? A senhora sabia que ela é chamada
a vassourinha da nossa rua? Já varreu todos os rapazes. Namorou e
ficou com a maioria deles. poderia ser o Cristo disfarçado! A
discussão continuou por longo tempo. Cada um só se recordava dos
defeitos do outro. Sr. Alfredo voltou a procurar o Irmão Bento,
dizendo-lhe que talvez tivesse se enganado. No entanto, os filhos
continuaram pensando na idéia. Juninho então falou: – talvez seja
mesmo a vovó. E depois é a mais velha da família! Acho que precisamos
tratá-la um pouco melhor! Os irmãos concordaram com a idéia. E até o
sr. Alfredo ficou pensando na possibilidade. Por mais triste e
terrível, a possibilidade, segundo a palavra firme e certa , era real.
E se a sogra fosse, de fato, o Cristo disfarçado? Mudaram o tratamento
com a velha. Passaram a dialogar com ela, fazer-lhe um carinho, trata-
la com mais respeito e atenção. Alfredo, tentando superar todos os
conflitos que tinha com a sogra, resolveu até lhe fazer um agrado,
levando uma xícara de café na cama. Quando bateu na porta, já sentiu
que a acolhida não seria das melhores: – quem é ? – sou eu, minha
sogrinha querida. – Entre. – Bom dia… vim trazer um cafezinho
quentinho para a senhora. – Para mim ? Tem certeza ? A sogra chegou a
pensar que tinha veneno no café. Mas acabou aceitando o agrado do
genro e passou a trata-lo melhor também. Mas, como ninguém tinha
certeza acerca de que quem pudesse ser o Cristo disfarçado, a dúvida
então persistia. Poderia muito bem ser qualquer um. E se fosse o Pai?
Talvez a mãe? Ou um dos filhos? Acabaram melhorando o tratamento em
relação aos outros membros da família. D. Matilde parecia muito mais
feliz. Já não reclamava tanto de doenças, e sr. Alfredo já não parava
mais no barzinho para tomar seu trago de sempre. Cada um começou a
tratar o outro com a possibilidade de ser o Cristo disfarçado. Marido
e mulher se olhavam com mais carinho e respeito. Os filhos começaram a
perceber os valores dos pais. Os pais passaram a reservar um tempo
para o diálogo, para o carinho entre si e para com os filhos. Genro e
sogra já não se estranhavam. E as coisas começaram a mudar naquela
casa. Algum tempo depois , tudo havia mudado. As coisas se acertaram
como que por um milagre. Juninho conseguiu melhorar muito seu
rendimento na escola. Caíque chegou a ajuda-lo em muitas lições, e
Juliana já não saia tanto pelas lanchonetes e boates. O clima daquela
casa parecia outro! Aquela família, que dizia viver num pequeno
inferno, agora começou a experimentar algumas mudanças consideráveis.
Já não tinha tanta divida, porque se uniram para pagar o que deviam. O
pai, pela vontade de chegar logo em casa, já não parava mais nos
botecos do caminho. Era tão bom quando Juliana vinha deitar-se no colo
do sr. Alfredo! A família foi também descobrindo o valor da oração.
Vocês descobriram o grande segredo. Tentando ver Cristo disfarçado,
descobriram o Cristo que existe, de fato, no coração e na vida do
outro, e em cada um. E este segredo foi Jesus mesmo quem nos ensinou:
“todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais
pequeninos, foi a mim que o fizestes”(Mat. 25,40). É isto mesmo meus
irmãos. Quem não for capaz de ver Jesus na pessoa do outro, jamais vai
ser capaz de ver a pessoa do próprio Jesus. Esse é o grande segredo
para a vida familiar! Esse é o grande segredo para a restauração de
nossas famílias. Talvez você também se encontre, hoje, como o sr.
Alfredo, naquela tarde em que foi ao encontro do orador. E porque as
coisas não vão bem em sua casa? Jesus deve também estar disfarçado em
algum dos membros de sua família… enquanto não se conseguir enxergar
cada um com os olhos do próprio Cristo, nada melhorará na vida
familiar. A maior graça que um casal precisa para si e para seus
filhos é enxergar cada um com os olhos de Jesus. Quando isso acontece,
passam a enxergar Jesus em cada um. Não tenhas medo de transformar
suas necessidades familiares numa oração sincera.
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