Se os pais soubessem o nível de estragos que causam na formação da
personalidade de seus filhos, ao divergirem na sua frente, numa aberta
cisão de opiniões, que muitas vezes espelha uma competição pelo amor
de seus filhos, certamente evitariam tal atitude. As crianças, desde
cedo, percebem as rivalidades entre seus pais. Inicialmente, quando
bem pequenas, elas as temem, mas, depois, quando maiores, as usam para
manipular pai e mãe, em função do que almejam conseguir. Na hora de
educar, é natural que os pais tenham suas divergências, já que vieram
de sistemas familiares diferentes e de modelos educacionais também com
suas características próprias. Entretanto, devem, a dois, priorizar
quais valores desejam passar para seus filhos, através de uma
importante busca de consenso, para que sua hierarquia não se
enfraqueça e não se crie um ambiente de incoerência na relação com a
criança e/ou o jovem. Os pais não devem negligenciar este
procedimento, quando os filhos são bem pequenos, pois desde cedo os
mesmos observam e vivenciam os conflitos e discussões como ameaçadores
à sua integridade e estabilidade emocional. Ver os pais brigando, numa
fase em que o filho se vê tão dependente da presença dos mesmos, ainda
mais quando há questões que envolvem diretamente o comportamento da
criança, gera um clima de insegurança e medo perante a ameaça da perda
do amor dos pais. Educar é um aprendizado eterno e exige uma grande
dose de perseverança e paciência. Educar é preparar para a vida lá
fora e não para conservar a criança “colada” ao ninho familiar.
Aqueles pais que buscam a todo custo serem amados por seus filhos,
mesmo que isto desencadeie uma desarmonia conjugal, estão plantando
sementes ruins e certamente a colheita será lamentável na
adolescência. Pais devem ser pais, antes de tudo. Pais não devem ficar
preocupados em serem primeiro “amiguinhos” de seus filhos. Amigos eles
os terão pela vida a fora, se aprenderem a respeitar o outro, se
internalizarem valores morais e se vivenciarem a força da união de
seus pais como suporte para existir.
Fonte: Encontrando Você
Acesse o nosso blog:
http://www.ministeriodecasaisefamilia.wordpresscom