![]()
Dia: 16/07/2015 |
![]() |
Este email foi escaneado pelo Avast antivírus.
|
"Olha, os teus discípulos fazem o que não é permitido fazer em dia de sábado!"
![]()
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Ano B
Dia: 17/07/2015
Espigas arrancadas em dia de sábadoMt 12, 1-8Naquele tempo, num dia de sábado, Jesus passou pelas plantações de trigo. Seus discípulos estavam com fome e começaram a arrancar espigas para comer. Vendo isso, os fariseus disseram-lhe: "Olha, os teus discípulos fazem o que não é permitido fazer em dia de sábado!" Jesus respondeu: "Nunca lestes o que fez Davi, quando ele teve fome e seus companheiros também? Ele entrou na casa de Deus e todos comeram os pães da oferenda, que nem a ele, nem aos seus companheiros era permitido comer, mas unicamente aos sacerdotes? Ou nunca lestes na Lei, que em dia de sábado, no templo, os sacerdotes violam o sábado e não são culpados? Ora, eu vos digo: aqui está quem é maior do que o templo. Se tivésseis chegado a compreender o que significa, 'Misericórdia eu quero, não sacrifícios', não condenaríeis inocentes. De fato, o Filho do Homem é Senhor do sábado".Comentário do Evangelho
Deus quer é a prática damisericórdiaEntre os fariseus e os doutores da Lei a opinião dominante era que a observância do sábado era o principal preceito da Lei. Marcos e Lucas narram vários episódios em que Jesus desrespeita o sábado. Mateus o faz apenas neste episódio e no que o segue, a cura do homem da mão seca. Jesus, ao permitir que seus discípulos arrancassem espigas no sábado, para comer, entrava em choque com as elites religiosas judaicas. Com o exemplo de Davi e dos sacerdotes que se sentem livres da lei em casos especiais, Jesus vai mais além e se proclama o próprio Senhor do sábado. Superando as observâncias religiosas, o que Deus quer é a prática da misericórdia. É o amor que socorre os pequenos pobres e sofredores. É o respeito e a consideração para com o próximo em suas necessidades e carências, promovendo a vida.OraçãoPai, faze-me misericordioso no trato com o meu semelhante, e livra-me de toda tendência ao legalismo sem piedade, que se coloca a serviço da morte.
Fonte:www.paulinas.org.br
|
![]()
|
Ano
B
Dia: 18/07/2015 O escolhido não precisa de
publicidade
Mt 12, 14-21 Então os fariseus que estavam ali saíram e
começaram a fazer planos para matar Jesus.
Quando Jesus soube disso, foi embora dali, e muita gente o seguiu. Ele curou todos os que estavam doentes e mandou que não contassem nada a ninguém a respeito dele. Isso aconteceu para se cumprir o que o profeta Isaías tinha dito: "Disse Deus: Aqui está o meu servo que escolhi, aquele que amo e que dá muita alegria ao meu coração. Eu porei nele o meu Espírito, e ele anunciará o meu julgamento a todos os povos. Não discutirá, nem gritará, nem fará discursos nas ruas. Não esmagará o galho que está quebrado, nem apagará a luz que já está fraca. Ele agirá assim até que a causa da justiça seja vitoriosa. E todos os povos vão pôr nele a sua esperança." Comentário do
Evangelho
Prática libertadora de
Jesus
Em
Jesus, Filho de Deus e filho de Maria, a humanidade é resgatada em sua
dignidade e liberdade, no amor. Jesus, ao longo de seu ministério,
manifestou seu amor vivificante, empenhando-se na libertação dos oprimidos
pelo império romano e pelo poder religioso sediado no Templo de Jerusalém,
com filiais nas sinagogas. Os evangelhos narram como os chefes religiosos
de Israel, sentindo-se ameaçados em seu poder, empenham-se em condenar
Jesus decidindo matá-lo.
Jesus, dedicando-se à formação dos discípulos, que continuarão sua missão, procura, no momento, evitar a própria morte. Porém, continua em contato com as multidões, com sua prática libertadora. Mateus, que escreve para uma comunidade de cristãos oriundos do judaísmo, associa Jesus ao messiânico Servo de Deus, descrito pelo profeta Isaías (II): "Eis o meu servo, que escolhi..." (Is 42,1-4). Jesus é manso e humilde de coração e rejeita toda violência. Contudo, com absoluta firmeza, empenha-se em resgatar a dignidade humana, em seus direitos e em sua liberdade, denunciando toda opressão e comunicando vida e amor ao mundo. Oração
Pai, meu único desejo é estar em comunhão contigo, para que, como Jesus, eu saiba discernir, em cada circunstância, a melhor maneira de agir. Fonte:www.paulinas.org.br |
Pai,
ensina-me a ser benevolente com quem deve ser evangelizado por mim,
para que, no final de minha missão, eu possa também experimentar a
tua benevolência.
|
|
![]()
|
Ano B
Dia: 19/07/2015 Jesus tem pena do povo Mc 6, 30-34 Os apóstolos
voltaram e contaram a Jesus tudo o que tinham feito e ensinado. Havia ali
tanta gente, chegando e saindo, que Jesus e os apóstolos não tinham tempo
nem para comer. Então ele lhes disse:
- Venham! Vamos sozinhos para um lugar deserto a fim de descansarmos um pouco. Então foram sozinhos de barco para um lugar deserto. Porém muitas pessoas os viram sair e os reconheceram. De todos os povoados, muitos correram pela margem e chegaram lá antes deles. Quando Jesus desceu do barco, viu a multidão e teve pena daquela gente porque pareciam ovelhas sem pastor. E começou a ensinar muitas coisas. Comentário do Evangelho
Compaixão de Jesus por seu
povo
Temos neste texto
do evangelho de Marcos mais um sumário da missão de Jesus, que fecha a
narrativa do retorno dos apóstolos que haviam sido enviados em missão (cf.
15 jul.) e revela a intensa atividade de Jesus com os apóstolos, em seu
ministério.
Os apóstolos, ao retornarem, contam tudo o que tinham feito e ensinado, identificados com a prática de Jesus. Na missão o ensino é acompanhado da ação libertadora e vivificante. Não há notícias detalhadas sobre o desenvolvimento desta missão, pois os evangelhos concentram-se na pessoa de Jesus, em seus atos e em seus ensinamentos. Sendo solicitados pela multidão que chegava e saía, Jesus se preocupa com o repouso dos apóstolos. É necessário um tempo para "descansar" e "comer". É uma alusão ao recolhimento para a oração e o alimentar-se da palavra de Jesus. Ele, com seus discípulos, deslocam-se, então, de barco para um lugar deserto. Marcos, em estilo bem impressivo, narra que muitos que viram Jesus partir, e outros mais que se juntaram a estes, se antecipam, a pé, chegando antes de Jesus e seus discípulos, na margem onde desembarcaram. Encontrando a multidão carente que nele busca um sentido para a sua vida, Jesus enche-se de compaixão por ela. Para indicar a multidão, Marcos usa uma palavra (ochlós) que designa o grande número de excluídos e marginalizados, uma confusa maioria de pessoas anônimas que se diferenciam da classe dirigente. Eram pessoas prejudicadas pelo sistema político-religioso, tanto do império romano como do Templo de Jerusalém, que agiam como "governantes e pastores que destroem e dispersam o rebanho da minha pastagem!", em um contexto bem semelhante ao vivido pelo profeta Jeremias (primeira leitura), que denunciava a injustiça e a opressão em seu tempo e colocava a esperança de Judá em um messias que reinaria com justiça. Estas pessoas empobrecidas, excluídas das sinagogas e das elites sociais, buscam acolhida em Jesus. Marcos, de maneira muito característica de seu estilo, destaca o sentimento de compaixão de Jesus pela multidão, realçando sua condição humana e seu amor divino. Jesus é o bom pastor que acolhe as multidões, sem discriminar ninguém, unindo a todos na paz que é fruto do amor (segunda leitura). Ele se põe a ensinar. O ensino de Jesus, a ser comunicado na missão, não é um simples acúmulo de saber. É a revelação da face de Deus e de sua presença amorosa entre os pobres e excluídos, descartando a busca ambiciosa de dinheiro e de poder. A palavra amorosa Jesus, dirigida aos excluídos e marginalizados, traz-lhes esperança e ânimo. Suas palavras não são princípios de uma doutrina, mas são uma comunicação de vida e amor. Sua prática é acompanhar suas palavras com gestos de libertação e dom da vida. O ponto alto de seu ensinamento, destacado neste episódio, é a educação para a partilha, que será narrada em seguida. Oração Pai, dá-me as disposições necessárias para eu realizar bem a missão recebida de Jesus, tendo-o sempre como modelo. Fonte:www.paulinas.org.br |
![]()
|
Dia: 20/07/2015 O sinal de Jonas Mt 12, 38-42 |
![]()
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Ano B
Dia: 21/07/2015
A mãe e os irmãos de Jesus
Mt 12, 46-50Quando Jesus ainda estava falando ao povo, a mãe e os irmãos dele chegaram. Ficaram do lado de fora e pediram para falar com ele. Então alguém disse a Jesus:
- Escute! A sua mãe e os seus irmãos estão lá fora e querem falar com o senhor.
Jesus perguntou:
- Quem é a minha mãe? E quem são os meus irmãos?
Então apontou para os seus discípulos e disse:
- Vejam! Aqui estão a minha mãe e os meus irmãos. 50Pois quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu, é meu irmão, minha irmã e minha mãe.Comentário do Evangelho
A Verdadeira família de JesusEncontramos esta narrativa de Mateus, também, nos evangelhos de Marcos e Lucas. A figura central é a "mãe". No processo de geração a mulher-mãe tem um papel fundamental. A própria Terra é tida como "mãe" em relação à vida que, sem cessar, desabrocha em sua superfície.
Na narrativa há um confronto entre as multidões às quais Jesus fala e sua família, mãe e irmãos, que ficam de fora e procuram falar com Jesus. A família, tendo a mãe como geradora, está na base do conceito de Israel e é o elo fundamental da continuidade da tradição do judaísmo. Abraão e sua descendência, a partir de Sara, constituem o povo eleito. Em continuidade, Davi e sua descendência constituem a dinastia real escolhida por Javé. O sacerdote hereditário é a base do poder do Templo. Daí as genealogias que confirmavam as purezas racial e funcional, com seus privilégios e poder.
Enquanto a pureza religiosa exigia o afastamento das multidões, Jesus se põe em íntimo contato com elas. Removendo a prioridade dos laços consanguíneos familiares, que garantiam o privilégio da eleição, Jesus, sem exclusões, constitui a grande família unida no cumprimento da vontade do Pai, que deseja vida plena para todos. A própria família de Jesus é chamada a esta conversão.
Oração
Pai, reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és tu.
Pai, ensina-me a ser benevolente com quem deve
ser evangelizado por mim, para que, no final de minha missão, eu
possa também experimentar a tua benevolência.
|
|
![]()
|
Ano B
Dia: 22/07/2015 Maria! Jo 20,1-2.11-18 No
primeiro dia da semana, bem de madrugada, quando ainda estava escuro,
Maria Madalena foi ao túmulo e viu que a pedra tinha sido retirada do
túmulo. Ela saiu correndo e foi se encontrar com Simão Pedro e com o outro
discípulo, aquele que Jesus mais amava.Disse-lhes: "Tiraram o Senhor do
túmulo e não sabemos onde o colocaram". Maria tinha ficado perto do
túmulo, do lado de fora, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se para
olhar dentro do túmulo. Ela enxergou dois anjos, vestidos de branco,
sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro
aos pés. Os anjos perguntaram: "Mulher, por que choras?". Ela respondeu:
"Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram". Dizendo isto, Maria
virou-se para trás e enxergou Jesus, de pé, mas ela não sabia que era
Jesus. Jesus perguntou-lhe: "Mulher, por que choras? Quem procuras?"
Pensando que fosse o jardineiro, ela disse: "Senhor, se foste tu que o
levaste, dize-me onde o colocaste, e eu irei buscá-lo". Então, Jesus
falou: “Maria!”. Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: “Rabûni!” (que
quer dizer: Mestre). Jesus disse: “Não me segures, pois ainda não subi
para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu
Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. Então, Maria Madalena foi
anunciar aos discípulos: "Eu vi o Senhor", e contou o que ele lhe tinha
dito
Comentário do
Evangelho
Jesus é encontrado na partilha em
comunidade e na missão
O
evangelho de João dá um destaque particular a Maria Madalena ao narrar a
sua visita, sozinha, ao túmulo de Jesus. Maria, até então, pensa que a
morte triunfou, para ela ainda "estava escuro" (Jo 20,1). Sua visita ao
túmulo é um culto saudoso ao morto, e chora. Ela tem dificuldades em
reconhecer o próprio Jesus que lhe está próximo e lhe fala. Ela o
reconhece quando é chamada pelo seu próprio nome. É o pastor que chama as
ovelhas, e elas conhecem sua voz. Maria pensa em reter o Jesus que tem na
memória, porém sua forma de presença, agora, é diferente. Jesus é
encontrado na partilha em comunidade e na
missão.
Oração |
|
![]()
|
Pai, ensina-me a ser benevolente com quem
deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha missão,
eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
![]()
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Ano B
Dia: 24/07/2015
A Palavra de Deus
Mt 13, 18-23- Então escutem e aprendam o que a parábola do semeador quer dizer. As pessoas que ouvem a mensagem do Reino, mas não a entendem, são como as sementes que foram semeadas na beira do caminho. O Maligno vem e tira o que foi semeado no coração delas. As sementes que foram semeadas onde havia muitas pedras são as pessoas que ouvem a mensagem e a aceitam logo com alegria, mas duram pouco porque não têm raiz. E, quando por causa da mensagem chegam os sofrimentos e as perseguições, elas logo abandonam a sua fé. Outras pessoas são parecidas com as sementes que foram semeadas no meio dos espinhos. Elas ouvem a mensagem, mas as preocupações deste mundo e a ilusão das riquezas sufocam a mensagem, e essas pessoas não produzem frutos. E as sementes que foram semeadas em terra boa são aquelas pessoas que ouvem, e entendem a mensagem, e produzem uma grande colheita: umas, cem; outras, sessenta; e ainda outras, trinta vezes mais do que foi semeado.Comentário do Evangelho
A eficácia da Palavra de DeusEsta explicação da parábola do semeador parece ter sido elaborada entre as primeiras comunidades. É uma interpretação alegórica aplicada aos seus contextos atuais, fugindo ao estilo de Jesus.
A ênfase é a maneira como é acolhida a palavra de Jesus. Descrevem-se os resultados da missão: aquele ouve a palavra sem entendê-la, pois o sistema religioso das sinagogas o retém nas malhas de sua tradição, roubando a palavra semeada em seu coração; outro recebe a palavra com alegria, como discípulo, porém defronta-se com a perseguição às comunidades e desiste logo; outro ouve a palavra, porém não quer ir contra o sistema que seduz, ilude e promete riquezas; contudo, há quem ouve a palavra, a entende e insere-se na comunidade dando frutos abundantes. Nestes últimos a Palavra de Deus foi eficaz. O sucesso da missão não está na adesão imediata das multidões, mas no anúncio do Reino, que dia e noite cresce sem parar.Oração
Pai, enche de misericórdia o meu coração para que, como Jesus, eu me solidarize com os pecadores, e procure atraí-los para ti.
Fonte:www.paulinas.org.br
![]()
|
Ano B Dia: 25/07/2015 O maior é o que serve Mt 20, 20-28 A mãe
dos filhos de Zebedeu chegou com os seus filhos perto de
Jesus, prostrou-se e pediu a ele um favor. O que é que você
quer?Perguntou Jesus. Ela respondeu: Prometa que, quando o senhor se
tornar Rei, estes meus dois filhos sentarão à sua direita e à sua
esquerda. Jesus disse aos dois filhos dela: Vocês não sabem o que estão
pedindo. Por acaso vocês podem beber o cálice que eu vou beber? Podemos! -
responderam eles. Então Jesus disse: De fato, vocês beberão o cálice que
eu vou beber, mas eu não tenho o direito de escolher quem vai sentar à
minha direita e à minha esquerda. Pois foi o meu Pai quem preparou esses
lugares e ele os dará a quem quiser.Quando os outros dez discípulos
ouviram isso, ficaram zangados com os dois irmãos. Então Jesus chamou
todos para perto de si e disse:
- Como vocês sabem, os governadores dos povos pagãos têm autoridade sobre eles, e os poderosos mandam neles. Mas entre vocês não pode ser assim. Pelo contrário, quem quiser ser importante, que sirva os outros, e quem quiser ser o primeiro, que seja o escravo de vocês. Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente. Comentário do Evangelho
O Reino de Deus é amor e liberdade Jesus, com seus
discípulos, dirige-se a Jerusalém, para fazer aí a sua proclamação do
Reino de liberdade e amor. Ele sabe que está jurado de morte pelos chefes
religiosos e adverte os discípulos sobre isto (cf. Mt 16,21-23; 7,22-23).
Porém, os discípulos ainda não entendem e acham que Jesus poderia liderar
um movimento de libertação e reivindicam posições privilegiadas. A própria
mãe de Tiago e João (filhos de Zebedeu) também pensa assim. Jesus faz a
contraposição entre a opressão que os chefes das nações e os grandes fazem
sobre o povo e a prática característica do Reino, a humildade e o serviço
para a libertação e a comunicação de vida a todos, a qual deve ser
assumida pelos discípulos.
Oração
Pai, transforma-me em servidor de meus semelhantes, fazendo-me sempre pronto a doar minha vida para que o teu amor chegue até eles. Fonte:www.paulinas.org.br |
![]()
|
Ano B
Dia: 26/07/2015 Jesus tomou os pães, deu graças e
distribuiu...
Jo 6, 1-15 Depois disso,
Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, ou seja, de Tiberíades.
Uma grande multidão o seguia, vendo os sinais que ele fazia a favor dos
doentes. Jesus subiu a montanha e sentou-se lá com os seus discípulos.
Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. Levantando os olhos e vendo
uma grande multidão que vinha a ele, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos
comprar pão para que estes possam comer?”. Disse isso para testar Filipe,
pois ele sabia muito bem o que ia fazer. Filipe respondeu: “Nem duzentos
denários de pão bastariam para dar um pouquinho a cada um”. Um dos
discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse: “Está aqui um menino com
cinco pães de cevada e dois peixes. Mas, que é isso para tanta gente?”.
Jesus disse: “Fazei as pessoas sentar-se”. Naquele lugar havia muita
relva, e lá se sentaram os homens em número de aproximadamente cinco mil.
Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu aos que estavam sentados,
tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. Depois que se fartaram,
disse aos discípulos: “Juntai os pedaços que sobraram, para que nada se
perca!”. Eles juntaram e encheram doze cestos, com os pedaços que sobraram
dos cinco pães de cevada que comeram. À vista do sinal que Jesus tinha
realizado, as pessoas exclamavam: “Este é verdadeiramente o profeta,
aquele que deve vir ao mundo”. Quando Jesus percebeu que queriam levá-lo
para proclamá-lo rei, novamente se retirou sozinho para a
montanha.
Comentário do Evangelho
A solução do problema da
fome
João, em seu
evangelho não menciona a partilha do pão por Jesus na última ceia. Este
gesto de partilha se realiza neste encontro com a grande multidão e tem um
caráter universalista, pois aí estavam presentes gentios da Galiléia e de
territórios vizinhos. Os evangelistas colheram esta narrativa na tradição
das primeiras comunidades, inspiradas na partilha do pão feita pelo
profeta Eliseu (2Rs 4,42-44). A solução do problema da fome e das
carências humanas não está na economia de mercado, no vender e no comprar
em vista do lucro. É pela partilha dos bens deste mundo, do pão, da terra,
da cultura, que se pode satisfazer a todos e ainda há de sobrar em
abundância. É pela partilha que se chega à unidade desejada por Deus,
superando-se a divisão entre ricos e
pobres.
Oração Senhor Jesus, ensina-me a lição da partilha e faze-me pensar sempre em meus irmãos mais necessitados, cuja sobrevivência depende do meu amor. |
Pai, ensina-me a ser benevolente com quem
deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha missão,
eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
|
![]()
|
Ano
B
Dia: 27/07/2015 A semente de mostarda Mt 13, 31-35 Jesus contou outra parábola. Ele disse ao povo:
- O Reino do Céu é como uma semente de mostarda, que um homem pega e semeia na sua terra. Ela é a menor de todas as sementes; mas, quando cresce, torna-se a maior de todas as plantas. Ela até chega a ser uma árvore, de modo que os passarinhos vêm e fazem ninhos nos seus ramos. Jesus contou mais esta parábola para o povo: - O Reino do Céu é como o fermento que uma mulher pega e mistura em três medidas de farinha, até que ele se espalhe por toda a massa. Jesus usava parábolas para dizer tudo isso ao povo. Ele não dizia nada a eles sem ser por meio de parábolas. Isso aconteceu para se cumprir o que o profeta tinha dito: "Usarei parábolas quando falar com esse povo e explicarei coisas desconhecidas desde a criação do mundo." Comentário do Evangelho
O Reino de Deus é como o fermento
O Reino dos Céus é comparado como algo que, de início,
pouco se percebe, mas, depois, produz efeitos evidentes. A pregação de
João Batista e a de Jesus mobilizaram as multidões que vinham a eles, com
uma evidência que chamava a atenção das autoridades políticas e
religiosas. Contudo, continuava pouco perceptível o sentido último do
Reino, muitos tendo confundido Jesus com um messias em busca do poder e da
glória.
A exuberância das instituições religiosas ao longo do tempo também destoa da discrição da semente de mostarda. O país mais rico e poderoso do mundo fala em nome da civilização cristã, porém no seu culto ao dinheiro e em suas ações bélicas não se vislumbra o Reino de Deus. Compreender o grão de mostarda da parábola significa contemplar já a árvore que abriga as aves dos céus. Significa perceber a presença do Reino nas multidões dos empobrecidos e excluídos, onde o amor, como um fermento na massa, está presente em milhões de lares humildes e sofridos. Oração
Pai, livra-me de desprezar os pequeninos e declará-los. Livra-me, também, do perigo de me subestimar. Faze-me compreender que o Reino se constrói pela ação dos pequenos. Fonte:www.paulinas.org.br |
O inimigo que semeia o joio é o próprio Diabo.O Filho do Homem enviará seus anjosque retirarão do seu Reino todosque fazem o mal
![]()
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Ano B
Dia: 28/07/2015
Jesus explica a parábola do joio
Mt 13, 36-43Então Jesus deixou a multidão e voltou para casa. Os discípulos chegaram perto dele e perguntaram:
- Conte para nós o que quer dizer a parábola do joio.
Jesus respondeu: - Quem semeia as sementes boas é o Filho do Homem. O terreno é o mundo. As sementes boas são as pessoas que pertencem ao Reino; e o joio, as que pertencem ao Maligno. O inimigo que semeia o joio é o próprio Diabo. A colheita é o fim dos tempos, e os que fazem a colheita são os anjos. Assim como o joio é ajuntado e jogado no fogo, assim também será no fim dos tempos. O Filho do Homem mandará os seus anjos, e eles ajuntarão e tirarão do seu Reino todos os que fazem com que os outros pequem e também todos os que praticam o mal. Depois os anjos jogarão essas pessoas na fornalha de fogo, onde vão chorar e ranger os dentes de desespero. Então o povo de Deus brilhará como o sol no Reino do seu Pai. Se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam.Comentário do Evangelho
O sentido das parábolas.Na sua coleção de sete parábolas, reunidas no capítulo 13 de seu evangelho, Mateus apresenta a parábola do joio semeado entre o trigo. A seguir, no texto de evangelho de hoje, ele apresenta a sua explicação, como já havia feito para a parábola das sementes lançadas em diferentes tipos de terreno (cf. Mt 13,18-23). A explicação é feita de modo alegórico, isto é, a cada imagem da parábola é dada uma interpretação.
Nesta interpretação alegórica de Mateus, a parábola tem um sentido escatológico, de julgamento no fim dos tempos com a trágica condenação dos que praticam o mal e a salvação dos justos. O dualismo discriminatório na parábola e as imagens cruéis deste julgamento são muito características de Mateus, com o que fica obscurecida a mensagem e o testemunho de amor e misericórdia de Jesus.
Contudo, na parábola podemos encontrar um sentido atual, na medida em que remove as pretensões de se julgar e condenar alguém.Oração
Pai, que as pressões dos filhos do Maligno jamais sejam suficientemente fortes para me levar a renunciar à minha condição de filho do Reino. Quero estar sempre a teu serviço.
Fonte:www.paulinas.org.br
![]()
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Ano B
Dia: 29/07/2015
Jesus na casa de Marta e Maria.
Jo 11,19-27 ou Lc 10,38-42Muitos judeus tinham ido consolar Marta e Maria pela morte do irmão. Logo que Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada, em casa. Marta, então, disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá”. Jesus respondeu: “Teu irmão ressuscitará”. Marta disse: “Eu sei que ele vai ressuscitar, na ressurreição do último dia”. Jesus disse então: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês nisto?” Ela respondeu: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que deve vir ao mundo”.Comentário do Evangelho
Catequese sobre a ressurreição.O capítulo onze do evangelho de João é uma catequese sobre a ressurreição. Marta aparece, aqui, como a mulher de fé. Sua profissão de fé equivale à profissão de fé de Pedro nos evangelhos sinóticos (Mc 8,27-30; Mt 16,13-20; Lc 9,18-21) e no evangelho de João (6,69). Marta dissocia-se do círculo da morte para colocar-se ao lado do Senhor da vida. Ante ele, ela é uma mulher de fé que confia plenamente em Jesus. Sua confiança em Jesus se exprime numa dupla afirmação: a presença de Jesus, em primeiro lugar, teria livrado seu irmão da morte e, em segundo lugar, no contexto fúnebre, permitiu reavivar toda a esperança. A esperança de Marta, que era a de todo o povo judeu, é superada pela sua adesão à nova afirmação de Jesus e se realiza pelo sopro vivificante da Palavra de Cristo. Nessa sua adesão – “Eu creio”–, ela é plenamente cristã. O fundamento da fé cristã é a fé na ressurreição de Jesus Cristo (1Cor 15,13).OraçãoPai, que o meu agir não seja movido por um ativismo insensível à palavra de Jesus. Antes, seja toda a minha ação decorrência da escuta atenta desta palavra.
Fonte:www.paulinas.org.br
|
Anunciar o Evangelho não é um título de
glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta.
Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!
São
Paulo |
Pai, ensina-me a ser benevolente com quem
deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha missão,
eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
|
![]()
|
Pai, ensina-me a ser benevolente com quem
deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha missão,
eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
![]()
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Ano B
Dia: 01/08/2015
A morte de João Batista
Mt 14, 1-12Naquele tempo Herodes, o governador da Galiléia, ouviu falar a respeito de Jesus. Então ele disse aos seus funcionários:
- Esse homem é João Batista, que foi ressuscitado. Por isso esse homem tem poder para fazer milagres.
Pois Herodes tinha mandado prender João, amarrar as suas mãos e jogá-lo na cadeia. Ele havia feito isso por causa de Herodias, esposa do seu irmão Filipe. Pois João Batista tinha dito muitas vezes a Herodes: "Pela nossa Lei você é proibido de casar com Herodias!"
Herodes queria matá-lo, mas tinha medo do povo, pois eles achavam que João era profeta. No dia do aniversário de Herodes, a filha de Herodias dançou diante de todos, e ele gostou tanto, que prometeu à moça:
- Juro que darei tudo o que você me pedir!
Seguindo o conselho da sua mãe, ela pediu:
- Quero a cabeça de João Batista num prato, agora mesmo!
O rei Herodes ficou triste, mas, por causa do juramento que havia feito na frente dos convidados, ordenou que o pedido da moça fosse atendido. E mandou que cortassem a cabeça de João Batista, na cadeia. Aí trouxeram a cabeça num prato, entregaram para a moça, e ela a levou para a sua mãe. Então os discípulos de João vieram, levaram o corpo dele e o sepultaram. Depois foram contar isso a Jesus.Comentário do Evangelho
O banquete de HerodesMateus retoma aqui a narrativa de Marcos sobre o banquete de Herodes, resumindo-a. Em ambos os evangelistas ela antecede a narrativa da partilha do pão entre Jesus, os discípulos e a multidão.
Podemos destacar aqui dois aspectos. Na articulação do poder em vista da morte de João, pode-se ver uma prefiguração da morte de Jesus e, também, uma advertência aos discípulos: quem assume a missão assume também o destino daquele que o enviou. Outro aspecto é a contraposição entre este banquete dos poderosos, Herodes e os que o cortejam, e a refeição de Jesus com o povo. O banquete dos poderosos, pretendendo comemorar um aniversário, tem como desfecho a opção pela morte. Por outro lado, a partilha do pão com Jesus e a multidão é a festa da fraternidade e da vida.Oração
Pai, na qualidade de discípulo de teu Filho Jesus, quero inspirar-me na coragem inabalável de João Batista, denunciando profeticamente a prepotência dos grandes.
![]()
|
Ano B
Dia: 02/08/2015 Jesus, o pão da vida Jo 6, 24-35 Quando viram que
Jesus e os seus discípulos não estavam ali, subiram nos barcos e saíram
para Cafarnaum a fim de procurá-lo.
A multidão encontrou Jesus no lado oeste do lago, e perguntaram a ele: - Mestre, quando foi que o senhor chegou aqui? Jesus respondeu: - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês estão me procurando porque comeram os pães e ficaram satisfeitos e não porque entenderam os meus milagres. Não trabalhem a fim de conseguir a comida que se estraga, mas a fim de conseguir a comida que dura para a vida eterna. O Filho do Homem dará essa comida a vocês porque Deus, o Pai, deu provas de que ele tem autoridade. - O que é que Deus quer que a gente faça? - perguntaram eles. - Ele quer que vocês creiam naquele que ele enviou! - respondeu Jesus. Eles disseram: - Que milagre o senhor vai fazer para a gente ver e crer no senhor? O que é que o senhor pode fazer? Os nossos antepassados comeram o maná no deserto, como dizem as Escrituras Sagradas: "Do céu ele deu pão para eles comerem." Jesus disse: - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: não foi Moisés quem deu a vocês o pão do céu, pois quem dá o verdadeiro pão do céu é o meu Pai. Porque o pão que Deus dá é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. - Queremos que o senhor nos dê sempre desse pão! - pediram eles. Jesus respondeu: - Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede. Comentário do Evangelho
O tema do pão João desenvolve o
capítulo 6 de seu evangelho com a centralidade no tema do pão. Começando
com a partilha feita com os discípulos e com a multidão que a ele acorria,
no alto da montanha, dá continuidade ao tema com um longo discurso de
Jesus que se inicia com a proclamação: "Eu sou o pão da vida...". Jesus, o
enviado de Deus, é o pão do céu, é o pão da vida eterna.
Na montanha, na outra margem do mar da Galileia, a multidão ficou satisfeita e tomada de entusiasmo com a ação de graças de Jesus, concretizada na partilha do pão. Tendo Jesus se esquivado da multidão, esta vai a sua procura em Cafarnaum. Jesus é direto: "estais me procurando... porque comestes o pão e ficastes saciados... trabalhai não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna...". Diante da pergunta que lhe fizeram sobre o que fazer para trabalhar nas obras de Deus, Jesus responde que a obra de Deus está em acreditar nele, enviado do Pai, pois nele se realiza esta obra que consiste em fazer a vontade do Pai, que é dar vida, e vida eterna, ao mundo. O crer em Jesus é transformar-se no homem novo, criado à imagem de Deus, na verdadeira justiça e santidade (segunda leitura). Ainda incrédulos e apegados a suas tradições, sem a abertura à novidade de Jesus, pedem sinais espantosos, como os de Moisés com o maná no deserto (primeira leitura). Querem um messias poderoso, mesmo que seja opressor e explorador. Não entenderam o sinal da partilha antes ocorrido. Contudo, esta tradição do maná ("pão") caído do céu está superada. O maná é alimento para um só dia, não salva da morte. O verdadeiro pão do céu é Jesus, que é dado pelo Pai ao mundo e que permanece para a vida eterna. A multidão se sensibiliza e pede a Jesus: "Senhor, dá-nos sempre desse pão!". De modo semelhante, a samaritana pediu: "Dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede", quando Jesus ofereceu a fonte de água que jorra para a vida eterna (Jo 4,14-15). Ir a Jesus, pão da vida, e crer, é encontrar em Deus a vida e a paz. O sinal de Jesus é o dom de si mesmo, no resgate e no cultivo da vida. É a transformação das pessoas, que, acolhendo o seu amor, passam a ser também fonte de vida para outros. Jesus foi todo ele doação, serviço e amor a todos. Ir a Jesus é segui-lo neste seu projeto de vida. Crer nele é fazer a vontade do Pai e entrar na eternidade. Não mais ter fome, nunca mais ter sede. Oração
Fonte:www.paulinas.org.br |
![]()
|
Ano B
Dia: 03/08/2015 Jesus alimenta uma multidão Mt 14,13-21 Ao
saber o que havia acontecido, Jesus saiu dali num barco e foi sozinho para
um lugar deserto. Mas as multidões souberam onde ele estava, vieram dos
seus povoados e o seguiram por terra. Quando Jesus saiu do barco e viu
aquela grande multidão, ficou com muita pena deles e curou os doentes que
estavam ali.
De tardinha, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram: - Já é tarde, e este lugar é deserto. Mande essa gente embora, a fim de que vão aos povoados e comprem alguma coisa para comer. Mas Jesus respondeu: - Eles não precisam ir embora. Dêem vocês mesmos comida a eles. Eles disseram: - Só temos aqui cinco pães e dois peixes. - Pois tragam para mim! - disse Jesus. Então mandou o povo sentar-se na grama. Depois pegou os cinco pães e os dois peixes, olhou para o céu e deu graças a Deus. Partiu os pães, entregou-os aos discípulos, e estes distribuíram ao povo. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e os discípulos ainda recolheram doze cestos cheios dos pedaços que sobraram. Os que comeram foram mais ou menos cinco mil homens, sem contar as mulheres e as crianças. Comentário do
Evangelho
Verdadeiro banquete da vida Este episódio do pão partilhado entre Jesus, seus
discípulos e as multidões, é narrado pelos quatro evangelistas. Mateus,
seguindo Marcos, narra este episódio em seguida à narrativa do banquete de
herodes (cf. 31 jul.), e em contraposição a ele. Em torno de herodes
reuniram-se as elites do poder, em um banquete de aniversário. O desfecho
do que seria uma comemoração da vida revela a verdadeira identidade dos
celebrantes: é uma festa de morte, que termina com a cabeça de João
Batista servida em uma bandeja. Por outro lado, longe das elites da
cidade, em meio rural popular, Jesus reúne multidões e partilha com elas
pães e peixes, saciando a todos. Este é o verdadeiro banquete da vida, o
banquete da partilha que eleva os excluídos e os integra no Reino de
Deus.
Oração
Pai, abre meu coração para a solidariedade, a fim de que, diante de meu semelhante necessitado eu sinta a alegria de partilhar com ele o que me deste. |
Pai, ensina-me a ser benevolente com quem
deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha missão,
eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
![]()
|
Ano B
Dia: 04/08/2015 Homem de pouca fé
Mt 14, 22-36 Logo em seguida, Jesus mandou que os discípulos
entrassem no barco e fossem adiante dele para o outro lado do mar,
enquanto ele despediria as multidões. Depois de despedi-las, subiu à
montanha, a sós, para orar. Anoiteceu, e Jesus continuava lá, sozinho. O
barco, entretanto, já longe da terra, era atormentado pelas ondas, pois o
vento era contrário. Nas últimas horas da noite, Jesus veio até os
discípulos, andando sobre o mar. Quando os discípulos o viram andando
sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: "É um fantasma". E gritaram de
medo. Mas Jesus logo lhes falou: "Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!"
Então Pedro lhe disse: "Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro,
caminhando sobre a água." Ele respondeu: "Vem!" Pedro desceu do barco e
começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. Mas, sentindo o vento,
ficou com medo e, começando a afundar, gritou: "Senhor, salva-me!" Jesus
logo estendeu a mão, segurou-o e lhe disse: "Homem de pouca fé, por que
duvidaste?" Assim que subiram no barco, o vento cessou. Os que estavam no
barco ajoelharam-se diante dele, dizendo: "Verdadeiramente, tu és o Filho
de Deus!" 'Após a travessia desembarcaram em Genesaré. Os habitantes
daquele lugar, reconheceram Jesus e espalharam a notícia por toda a
região.
Então levaram a ele todos os doentes; e pediam que pudessem, ao menos, tocar a barra de sua veste. E todos os que a tocaram, ficaram curados. Comentário do Evangelho
Travessia no mar agitado Este episódio da travessia do mar agitado, com
Jesus caminhando sobre as águas, é narrado por Marcos e por João. Mateus
acrescenta-lhe o episódio de Pedro que ousa ir ao encontro de Jesus sobre
as águas, estabelecendo-se um diálogo entre ambos. Pedro pede a Jesus para
ir ao seu encontro. Tem o consentimento e se põe a andar sobre as águas
agitadas. Vacilando, sente medo e começa a "afundar". Na nossa missão
evangelizadora, ao atravessarmos um "mar" de adversidades sentimos o medo
que nos inclina a recuar. Mas Jesus está presente, segura-nos com a mão e
estimula nossa fé: "Coragem, sou eu... Por que duvidastes?".
Oração
Pai, que eu saiba transformar minhas quedas e
fracassos em ocasião para crescer na fé em Jesus, e para reforçar a
disposição de deixar-me guiar pela palavra dele.
|
Pai, ensina-me a ser benevolente com quem
deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha missão,
eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
![]()
|
Ano B
Dia: 05/08/2015 A mulher estrangeira e sua fé Mt 15, 21-28 Jesus saiu dali e
foi para a região que fica perto das cidades de Tiro e de Sidom. Certa
mulher cananéia, que morava naquela terra, chegou perto dele e gritou:
- Senhor, Filho de Davi, tenha pena de mim! A minha filha está horrivelmente dominada por um demônio! Mas Jesus não respondeu nada. Então os discípulos chegaram perto dele e disseram: - Mande essa mulher embora, pois ela está vindo atrás de nós, fazendo muito barulho! Jesus respondeu: - Eu fui mandado somente para as ovelhas perdidas do povo de Israel. Então ela veio, ajoelhou-se aos pés dele e disse: - Senhor, me ajude! Jesus disse: - Não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo para os cachorros. - Sim, senhor, - respondeu a mulher - mas até mesmo os cachorrinhos comem as migalhas que caem debaixo da mesa dos seus donos. - Mulher, você tem muita fé! - disse Jesus. - Que seja feito o que você quer! E naquele momento a filha dela ficou curada. Comentário do Evangelho
A cananéia Mateus adapta a
narrativa de Marcos ao contexto de sua comunidade de cristãos oriundos do
judaísmo.
Jesus parte para a região de Tiro e Sidônia, que são cidades gentílicas execradas pela tradição do judaísmo. Uma mulher desta região, identificada simplesmente a Cananeia, vem a Jesus. Ela pede a libertação da sua filha. Está atormentada pelo demônio da exclusão religiosa do judaísmo. Os discípulos incomodam-se com a insistência da mulher, pedindo que Jesus a mande embora. Duas falas, uma seletiva, outra discriminatória, são atribuídas a Jesus. São próprias da instituição judaica. Porém, o lugar central é a mulher, sua fala, sua insistência. Revelam uma fé que move o coração de Jesus. A filha é libertada. A cananeia tem também direito ao pão que significa o banquete do Reino. Oração
Senhor Jesus,
tira de mim todo preconceito que me impede de aceitar que muitas pessoas
marginalizadas possam ter uma fé verdadeira em ti.
Fonte:www.paulinas.org.br |
Pai, ensina-me a ser benevolente com quem deve ser
evangelizado por mim, para que, no final de minha missão, eu possa
também experimentar a tua benevolência.
|
“Rabi, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisése outra para Elias”.
![]()
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Ano B
Dia: 06/08/2015
A transfiguração de JesusMc 9,2-10
Seis dias depois, Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João e os fez subir a um lugar retirado, no alto de uma montanha, a sós. Lá, ele foi transfigurado diante deles. Sua roupa ficou muito brilhante, tão branca como nenhuma lavadeira na terra conseguiria torná-la assim. Apareceram-lhes Elias e Moisés, conversando com Jesus. Pedro então tomou a palavra e disse a Jesus: “Rabi, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Na realidade, não sabiam o que deviam falar, pois eles estavam tomados de medo. Desceu, então, uma nuvem, cobrindo-os com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: "Este é o meu Filho amado. Escutai-o!" E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém: só Jesus estava com eles. Ao descerem da montanha, Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem ressuscitasse dos mortos. Eles ficaram pensando nesta palavra e discutiam entre si o que significaria esse "ressuscitar dos mortos".Comentário do Evangelho
A Transfiguração revela a dimensãogloriosa da humanidadede JesusA visão da Transfiguração acontece quando Jesus e seus discípulos se dirigem a Jerusalém. Jesus já lhes falara sobre as provações por que passaria naquele centro religioso e político do judaísmo. Mais tarde, chegando à cidade, Jesus caracteriza Jerusalém como cidade que mata os profetas (Mt 23,37). Ele procurava esclarecer os discípulos que nutriam a falsa esperança, herdada da tradição messiânica do judaísmo, de que Jesus poderia ser um líder restaurador da glória e do poder de Israel. A Transfiguração revela a dimensão gloriosa da humanidade de Jesus, assumida pelo Pai. O sofrimento e a morte são passageiros. Os discípulos não o entendem logo. Após a crucifixão é que perceberão o sentido da permanência de Jesus entre eles.OraçãoPai, que eu seja capaz de contemplar a cena patética de Jesus pendente da cruz, sem me deixar abater pela estupefação, para poder contemplá-lo glorioso na ressurreição.
Fonte:www.paulinas.org.br
|
![]()
|
Ano B
Dia: 07/08/2015 Renuncie a si mesmo Mt 16, 24-28 Então Jesus disse aos discípulos: "Se alguém quer
vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Pois quem
quiser salvar sua vida a perderá; e quem perder sua vida por causa de mim
a encontrará. De fato, que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se
perde a própria vida? Ou que poderá alguém dar em troca da própria vida?
Pois o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e
então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. Em verdade, vos
digo: alguns dos que estão aqui não provarão a morte sem antes terem visto
o Filho do Homem vindo com o seu Reino".
Comentário do Evangelho
A liberdade dos filhos de Deus Jesus, acompanhado dos discípulos, está iniciando
a caminhada com destino a Jerusalém, onde pressente o confronto fatal com
as autoridades do Templo, sendo, por isso, repreendido por Pedro. Após
censurar Pedro, Jesus reforça a instrução aos discípulos quanto ao
despojamento e a disponibilidade que devem ser assumidos por eles.
"Renunciar a si mesmo" é abandonar as propostas de sucesso e segurança oferecidas pelos poderosos deste mundo, particularmente através dos meios de comunicação. São propostas sedutoras que escravizam os "incluídos" e arrasam os excluídos. Encontrar a vida é assumir a bem-aventurança dos pobres e colocar-se a serviço dos irmãos. "Carregar a sua cruz" significa enfrentar as dificuldades e sofrimentos impostos por um sistema capitalista perverso a quem nele não se insere, vivendo a liberdade dos filhos de Deus. É a bem-aventurança dos perseguidos por sua adesão à causa da justiça. O dito final (v.28) é independente e aparece nos três sinóticos. Exprime a tardia compreensão dos discípulos da atualidade do Reino, entre eles, após morte de Jesus. Oração
Pai, dá-me a pobreza e a coragem necessárias para ser seguidor de teu Filho Jesus e realizar obras que merecerão a recompensa divina. |
![]()
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Ano B
Dia: 08/08/2015
A cura de um menino
Mt 17, 14-20Quando eles chegaram perto da multidão, um homem foi até perto de Jesus, ajoelhou-se diante dele e disse:
- Senhor, tenha pena do meu filho! Ele é epilético e tem ataques tão fortes, que muitas vezes cai no fogo ou na água. Eu o trouxe para os seus discípulos a fim de que eles o curassem, mas eles não conseguiram.
Jesus respondeu:
- Gente má e sem fé! Até quando ficarei com vocês? Até quando terei de agüentá-los? Tragam o menino aqui!
Então deu uma ordem, o demônio saiu, e no mesmo instante o menino ficou curado.
Depois os discípulos chegaram perto de Jesus, em particular, e perguntaram:
- Por que foi que nós não pudemos expulsar aquele demônio?
Jesus respondeu:
- Foi porque vocês não têm bastante fé. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês tivessem fé, mesmo que fosse do tamanho de uma semente de mostarda, poderiam dizer a este monte: "Saia daqui e vá para lá", e ele iria. E vocês teriam poder para fazer qualquer coisa!Comentário do Evangelho
A pouca fé dos discípulosMateus resume aqui a narrativa bem mais detalhada de Marcos (cf. 20 fev.), tendo a questão da fé como tema central.
Pedro, André e Tiago, com Jesus, descem a montanha após o episódio da transfiguração. Encontram a multidão, com os demais discípulos que não conseguiram curar um menino com o demônio da epilepsia. A reprimenda "geração... perversa", frequente em Mateus, é uma alusão àqueles que, sob a doutrina das sinagogas, só são sensíveis a atos de poder, não reconhecendo a força do amor e da fé.
Os discípulos, na fraqueza de sua fé, influenciados por aquela doutrina, ainda não percebem que no "Filho amado", Jesus, que deve ser escutado, encontra-se a revelação plena de Deus. Porém a fé, mesmo que incipiente, pode mover os discípulos àquilo que parece impossível, a instauração do Reino de Deus na terra.OraçãoPai, vem em meu auxílio e reforça minha fé a fim de que eu possa pôr em prática a missão recebida, realizando as tarefas que Jesus me confiou para o serviço do Reino.
Fonte:www.paulinas.org.br
![]()
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Ano B
Dia: 09/08/2015
Jesus, o Pão da Vida
Jo 6, 41-51Eles começaram a criticar Jesus porque ele tinha dito: "Eu sou o pão que desceu do céu." E diziam:
- Este não é Jesus, filho de José? Por acaso nós não conhecemos o pai e a mãe dele? Como é que agora ele diz que desceu do céu?
Jesus respondeu:
- Parem de resmungar contra mim. Só poderão vir a mim aqueles que forem trazidos pelo Pai, que me enviou, e eu os ressuscitarei no último dia. Nos Profetas está escrito: "Todos serão ensinados por Deus." E todos os que ouvem o Pai e aprendem com ele vêm a mim. Isso não quer dizer que alguém já tenha visto o Pai, a não ser aquele que vem de Deus; ele já viu o Pai.
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem crê tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Os antepassados de vocês comeram o maná no deserto, mas morreram. Aqui está o pão que desce do céu; e quem comer desse pão nunca morrerá. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer desse pão, viverá para sempre. E o pão que eu darei para que o mundo tenha vida é a minha carne.Comentário do Evangelho
Discurso sobre o pãoEsta fala de Jesus, no evangelho de João, é, ainda, a continuação do longo discurso sobre o pão, pronunciado em Cafarnaum, após a partilha dos pães com a multidão na montanha no outro lado do mar da Galileia. O evangelho de João se caracteriza pela repetição didática de um tema central, reapresentado sob diversas formas associado a outros temas. Agora, ao pão está associado o dom da vida eterna por Jesus.
Jesus testemunha sua origem divina e seu conhecimento do Pai, sendo então rejeitado pelos judeus que conheciam sua origem humilde e comum. Jesus e sua família são tipos comuns em sua terra, Nazaré, onde já vivem há cerca de trinta anos, sem que nada de extraordinário os destaque dos demais. Os três evangelhos sinóticos registram esta rejeição de Jesus. A tradicional identificação de Deus com o "poder" que age com violência a favor do "povo eleito", característica do Primeiro Testamento, impede que reconheçam a revelação amorosa de Deus nos pequenos e humildes.
A atração pelo Pai é a atração pelo seu ensinamento, comunicado por Jesus. Jesus viu o Pai. Ir a Jesus é o passo seguinte: é crer nele e segui-lo. O crer, que implica a adesão concreta ao projeto de Deus, insere o discípulo na vida eterna.
Deus é o Deus da vida. A palavra "vida" é mencionada onze vezes no capítulo seis. A obra de Deus, fruto do seu amor, é o dom da vida plena para todos. O Pai e o Filho comunicam a Vida. Todos são atraídos a Jesus, que foi enviado pelo Pai. Não há, absolutamente, discriminações nem privilégios nesta atração. Com pleno amor e liberdade, o Pai atrai todos ao seguimento de Jesus. Este universalismo significa que a nova comunidade dos seguidores de Jesus não é continuação nem restauração de Israel. Quem comeu o maná, da tradição do Êxodo de Israel, morreu. Agora se trata da constituição de um povo novo, formado pela comunhão de todos os povos de todas as nações, para o qual o valor supremo é a geração, a restauração e o cultivo da vida. É o povo que crê em Jesus e o segue. A este povo é servido o pão descido do céu que dá a vida eterna. Quem comer deste pão não morrerá. Já está participando da vida eterna, inserido na vida divina pela prática do amor, em comunhão com Jesus.
O pão do céu é o pão que dá a vida aos pequenos e excluídos, aos pobres bem-aventurados que sofrem a opressão. É Jesus, o pão partilhado com as multidões, criando laços de fraternidade, solidariedade e amor, no grande banquete do Reino dos Céus, que já acontece aqui na terra. É a comunidade que vive na harmonia e na paz, na bondade, na compaixão e na reconciliação (segunda leitura). Elias foi alimentado por um anjo e caminhou ao encontro com Deus (primeira leitura). Agora, Jesus, com sua palavra e com sua presença, alimenta os discípulos, ao longo dos tempos, fortalecendo-os no seu seguimento. Quem escuta o ensinamento do Pai crê, vai a Jesus e tem a vida eterna.Oração
Senhor Jesus, quero conhecer-te sempre mais, deixando-me instruir pelo Pai o qual me revela quem, de verdade, tu és.Fonte:www.paulinas.org.br
|
![]()
|
Pai, ensina-me a ser benevolente com quem
deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha missão,
eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
![]()
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
|
![]()
|
|
![]()
|
Ano B
Dia: 13/08/2015 Perdoar sempre Mt 18, 21-19,1 Então Pedro chegou perto de Jesus e perguntou:
- Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão que peca contra mim? Sete vezes? - Não! - respondeu Jesus. - Você não deve perdoar sete vezes, mas setenta e sete vezes. Porque o Reino do Céu é como um rei que resolveu fazer um acerto de contas com os seus empregados. Logo no começo trouxeram um que lhe devia milhões de moedas de prata. Mas o empregado não tinha dinheiro para pagar. Então, para pagar a dívida, o seu patrão, o rei, ordenou que fossem vendidos como escravos o empregado, a sua esposa e os seus filhos e que fosse vendido também tudo o que ele possuía. Mas o empregado se ajoelhou diante do patrão e pediu: "Tenha paciência comigo, e eu pagarei tudo ao senhor." - O patrão teve pena dele, perdoou a dívida e deixou que ele fosse embora. O empregado saiu e encontrou um dos seus companheiros de trabalho que lhe devia cem moedas de prata. Ele pegou esse companheiro pelo pescoço e começou a sacudi-lo, dizendo: "Pague o que me deve!" - Então o seu companheiro se ajoelhou e pediu: "Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei tudo." - Mas ele não concordou. Pelo contrário, mandou pôr o outro na cadeia até que pagasse a dívida. Quando os outros empregados viram o que havia acontecido, ficaram revoltados e foram contar tudo ao patrão. Aí o patrão chamou aquele empregado e disse: "Empregado miserável! Você me pediu, e por isso eu perdoei tudo o que você me devia. Portanto, você deveria ter pena do seu companheiro, como eu tive pena de você." - O patrão ficou com muita raiva e mandou o empregado para a cadeia a fim de ser castigado até que pagasse toda a dívida. E Jesus terminou, dizendo: - É isso o que o meu Pai, que está no céu, vai fazer com vocês se cada um não perdoar sinceramente o seu irmão. Depois de dizer isso, Jesus saiu da Galiléia e foi para a região da Judéia que fica no lado leste do rio Jordão. Comentário do Evangelho
Perdão restaurador da vida Mateus integra a fala de Pedro e a parábola de Jesus em um conjunto
organizado em vista de orientar as suas comunidades para uma vida fraterna
e pacífica.
Na parábola um rei perdoa um servo rico e este servo não perdoa um seu devedor e o maltrata. O rei volta atrás, castiga o servo, até que lhe pague. O desfecho da parábola é trágico, pouco condizendo com a imagem de Deus. A mensagem é que recebemos o perdão de Deus e devemos partilhá-lo, sem limites. O perdão é restaurador da vida. Quem toma consciência de que recebeu o infinito perdão de Deus, deve também perdoar sem limites. Oração
Pai, predispõe meu coração para o perdão, e que eu esteja sempre disposto a perdoar e a querer viver reconciliado com meu semelhante. |
Pai, ensina-me a ser benevolente
com quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha
missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
![]()
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
![]()
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
![]()
|
![]()
|
Ano B Dia: 17/08/2015 Dar tudo para Deus Mt 19, 16-22 |
Pai, ensina-me a ser benevolente
com quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha
missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
É mais difícil um rico entrar no Reino de Deus do que um camelo passar pelo fundo de uma agulha.
![]()
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
|
![]()
|
Dia: 19/08/2015 Eu pagarei o que for justo Mt 20, 1-16a |
|
![]()
|
Ano B
Dia: 20/08/2015 O Reino dos céus é como uma festa Mt 22, 1-14 De novo Jesus usou parábolas para falar ao
povo. Ele disse:
- O Reino do Céu é como um rei que preparou uma festa de casamento para seu filho. Depois mandou os empregados chamarem os convidados, mas eles não quiseram vir. Então mandou outros empregados com o seguinte recado: "Digam aos convidados que tudo está preparado para a festa. Já matei os bezerros e os bois gordos, e tudo está pronto. Que venham à festa!" - Mas os convidados não se importaram com o convite e foram tratar dos seus negócios: um foi para a sua fazenda, e outro, para o seu armazém. Outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram. O rei ficou com tanta raiva, que mandou matar aqueles assassinos e queimar a cidade deles. Depois chamou os seus empregados e disse: "A minha festa de casamento está pronta, mas os convidados não a mereciam. Agora vão pelas ruas e convidem todas as pessoas que vocês encontrarem." - Então os empregados saíram pelas ruas e reuniram todos os que puderam encontrar, tanto bons como maus. E o salão de festas ficou cheio de gente. Quando o rei entrou para ver os convidados, notou um homem que não estava usando roupas de festa e perguntou: "Amigo, como é que você entrou aqui sem roupas de festa?" - Mas o homem não respondeu nada. Então o rei disse aos empregados: "Amarrem os pés e as mãos deste homem e o joguem fora, na escuridão. Ali ele vai chorar e ranger os dentes de desespero." E Jesus terminou, dizendo: - Pois muitos são convidados, mas poucos são escolhidos. Comentário do
Evangelho
A parábola é dirigida aos chefes dos judeus
Esta parábola é encontrada também no
Evangelho de Lucas, em um estilo mais suave. Mateus a narra em um estilo
literário entremeado de violência e crueldade, como acontece com algumas
outras parábolas suas. A cidade incendiada pelas tropas do rei parece ser
uma alusão a Jerusalém, incendiada pelos romanos no ano 70, que Mateus
interpreta como castigo pela morte de Jesus. A parábola é dirigida aos
chefes dos judeus, que se julgavam o povo eleito, e que, rejeitando Jesus,
perderam seu espaço para os gentios que creram em e aderiram a Jesus. A
parte final, excludente e rude, sobre o homem sem o traje de festa, parece
ser uma orientação do próprio evangelista para a exclusão daqueles que nas
comunidades são infiéis.
Oração
Pai, tendo respondido ao teu convite para ser discípulo do Reino, desejo conformar toda a minha vida ao teu querer sendo fiel a ti. |
![]()
|
Ano B
Dia: 21/08/2015 Dois mandamentos igualmente importantes: |
![]()
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Pai, ensina-me a ser benevolente
com quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de
minha missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
|
![]()
|
Ano B
Dia: 24/08/2015 Procuraram e encontram Jesus Jo 1, 45-51 Filipe foi procurar Natanael e disse:
- Achamos aquele a respeito de quem Moisés escreveu no Livro da Lei e sobre quem os profetas também escreveram. É Jesus, filho de José, da cidade de Nazaré. Natanael perguntou: - E será que pode sair alguma coisa boa de Nazaré? - Venha ver! - respondeu Filipe. Quando Jesus viu Natanael chegando, disse a respeito dele: - Aí está um verdadeiro israelita, um homem realmente sincero. Então Natanael perguntou a Jesus: - De onde o senhor me conhece? Jesus respondeu: - Antes que Filipe chamasse você, eu já tinha visto você sentado debaixo daquela figueira. Então Natanael exclamou: - Mestre, o senhor é o Filho de Deus! O senhor é o Rei de Israel! Jesus respondeu: - Você crê em mim só porque eu disse que tinha visto você debaixo da figueira? Pois você verá coisas maiores do que esta. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem. Comentário do Evangelho
O chamado dos primeiros discípulos
No evangelho de João, após o batismo de João Batista, quatro
discípulos dispõem-se a seguir Jesus. Um deles, Filipe, procura Natanael
para dizer-lhe que encontraram Jesus, de Nazaré, o messias anunciado pelos
profetas.
Enquanto os diálogos envolvendo os outros discípulos são sumários, temos dois detalhados diálogos com Natanael. Filipe está entusiasmado com Jesus, porém, Natanael manifesta-se céptico. Jesus, quando Natanael se aproxima, elogia sua retidão e sinceridade. A menção de Jesus à figueira pode ser uma alusão a Zc 3,8-10 ("... estou trazendo o meu servo... convidar-vos-ei debaixo da figueira..."). Então Natanael, versado nas escrituras, faz sua proclamação de fé no messianismo davídico de Jesus. Jesus diz então que, na plenitude de sua humanidade à qual se abrem as portas do céu, ele verá coisas maiores, que ultrapassarão as suas expectativas messiânicas. A devoção da tradição cristã inclinou-se a identificar Natanael com o apóstolo Bartolomeu. Oração
Pai, leva-me a conhecer, cada vez mais profundamente, a identidade de teu Filho Jesus, e a fazer-me discípulo dele, de modo a compartilhar sua missão. |
Pai, ensina-me a ser benevolente
com quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha
missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
|
![]()
|
"Deus nos
achou dignos de confiar-nos o Evangelho, e falamos não para agradar
os homens, mas sim a Deus, que perscruta nosso
coração!"
São
Paulo |
|
![]()
|
Ano B
Dia: 27/08/2015 Ser vigilante Mt 24, 42-51 Fiquem vigiando, pois vocês não sabem em que dia vai chegar o seu
Senhor. Lembrem disto: se o dono da casa soubesse quando ia chegar o
ladrão, ficaria vigiando e não deixaria que a sua casa fosse arrombada.
Por isso vocês também fiquem vigiando, pois o Filho do Homem chegará na
hora em que vocês não estiverem esperando.
Jesus disse ainda: - Sabemos que é o empregado fiel e inteligente que o patrão encarrega de tomar conta dos outros empregados, para dar a eles os mantimentos no tempo certo. Feliz aquele empregado que estiver fazendo isso quando o patrão chegar! Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o patrão vai colocá-lo como encarregado de toda a sua propriedade. Mas, se o empregado for mau, pensará assim: "O meu patrão está demorando muito para voltar." Então começará a bater nos seus companheiros, e a comer, e a beber com os bêbados. E o patrão voltará no dia em que o empregado menos espera e na hora que ele não sabe. Aí o patrão mandará cortar o empregado em pedaços e o condenará a ir para o lugar aonde os hipócritas vão. Ali ele vai chorar e ranger os dentes de desespero. Comentário do
Evangelho
Vigilância Este texto de Mateus, semelhante ao paralelo de Lucas, é a
conclusão do "discurso escatológico", sobre o fim dos tempos, formado por
uma coletânea colhida dentre as tradições das primitivas comunidades
cristãs. Tais textos escatológicos estão presentes, também, no evangelho
de Marcos.
Hoje temos duas parábolas na forma comparativa, exortando à vigilância. A motivação é a expectativa da volta do Senhor. Enquanto é aguardada esta volta deve-se vigiar, para não ser pego de surpresa. Esta expectativa da "volta do Senhor" foi se frustrando com o tempo, dando lugar à visão mais realista do encontro com Jesus, já presente entre nós, no nosso próximo e irmão, principalmente nos mais carentes e necessitados. Vigiar é estar atento à vontade do Pai que quer que todos sejam um, sem privilegiados e excluídos. É estar sensível e disponível para atender às necessidades de nossos irmãos, de modo a assumirmos o serviço como realização pessoal e partilha da vida ... Oração
Pai, faze de mim um servo fiel e prudente, disposto a pautar toda a sua vida pelos ensinamentos de teu Filho Jesus. Que eu jamais seja insensato! |
|
![]()
|
Ano B Dia: 28/08/2015 A parábola das dez virgens. Mt 25, 1-13 |
Pai, ensina-me a ser benevolente
com quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha
missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
![]()
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
|
![]()
|
Ano B Dia: 30/08/2015 A lei da pureza Mc
7,1-8.14-15.21-23
Os fariseus e
alguns escribas vindos de Jerusalém ajuntaram-se em torno de Jesus. Eles
perceberam que alguns dos seus discípulos comiam com as mãos impuras –
isto é, sem lavá-las. Ora, os fariseus e os judeus em geral, apegados à
tradição dos antigos, não comem sem terem lavado as mãos até o cotovelo.
Bem assim, chegando da praça, eles não comem nada sem a lavação ritual. E
seguem ainda outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa
de lavar copos, jarras, vasilhas de metal, camas. Os fariseus e os
escribas perguntaram a Jesus: “Por que os teus discípulos não seguem a
tradição dos antigos, mas tomam a refeição com as mãos impuras?”. Ele
disse: “O profeta Isaías bem profetizou a vosso respeito, hipócritas, como
está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está
longe de mim. É inútil o culto que me prestam, as doutrinas que ensinam
não passam de preceitos humanos’. Vós abandonais o mandamento de Deus e
vos apegais à tradição humana”. Chamando outra vez a multidão, dizia:
“Escutai-me, vós todos, e compreendei! Nada que, de fora, entra na pessoa
pode torná-la impura. O que sai da pessoa é que a torna impura. Pois é de
dentro, do coração humano, que saem as más intenções: imoralidade sexual,
roubos, homicídios, adultérios, ambições desmedidas, perversidades;
fraude, devassidão, inveja, calúnia, orgulho e insensatez. Todas essas
coisas saem de dentro, e são elas que tornam alguém
impuro”.
Comentário do Evangelho
A oposição entre lábios e coração A perícope de Mc
7,1-23 é a mais significativa, no segundo evangelho, no que concerne à
prática da Lei. As várias explicações que Marcos dá a respeito da tradição
dos judeus quanto à lei de pureza dão forte indício de que os seus
destinatários são cristãos oriundos do mundo pagão. Os versículos que nos
ocupam, no evangelho de hoje, são uma controvérsia com os fariseus e
escribas sobre o puro e o impuro. No centro do texto está a oposição entre
lábios e coração; oposição entre dizer e a adesão, de fato, ao mandamento
de Deus. Essa contradição, considerada por Jesus como hipocrisia, faz com
que, em nome da “tradição humana”, o manda- mento de Deus seja abandonado
ou anulado. Na verdade, o texto da controvérsia do capítulo sétimo mostra
em que consiste a religião autêntica. Segundo o Deuteronômio, a Lei é dom
de Deus para a vida e a posse da terra prometida é um caminho de
verdadeira felicidade. Efetivamente, o dom da Lei visa preservar o dom da
vida e o dom da liberdade. Na conclusão da controvérsia sobre o puro e o
impuro, Jesus dá um princípio para que os discípulos compreendam que o
mal, o qual distorce e rompe a harmonia da criação, desfigura o ser humano
e o distancia de Deus, se encontra enigmaticamente no coração do próprio
homem. Se o Levítico ordena separar o puro do impuro (cf. Lv 10,10;
20,24b-25), Jesus parece abolir esta lei, observando que se trata de
tradição humana (cf. Mc 7,7.8.9). É com o coração, e não com as mãos, que
os discípulos devem se preocupar. O que importa é a pureza do coração. O
coração e os rins são para a Escritura a sede do saber e do discernimento,
a fonte de uma vida em conformidade ou não com a vontade de Deus. É a
pureza do coração, e não simples práticas externas, que revela o grau de
engajamento da pessoa em relação ao Reino de Deus. A pureza do coração
implica não permitir que o mal que existe no ser humano se exteriorize.
Considerar o mal como algo exterior a si é, no mínimo, um modo de exprimir
a incompreensão acerca da realidade do próprio mal e de não assumir a
responsabilidade ante as consequências da inclinação enigmática e perversa
do coração do ser humano. O que Jesus exige é uma religião centrada na
pureza do coração.
Oração |
"Deus nos achou
dignos de confiar-nos o Evangelho, e falamos não para agradar os
homens, mas sim a Deus, que perscruta nosso
coração!"
São
Paulo |
|
![]()
|
Dia: 31/08/2015 Jesus em Nazaré Lc 4, 16-30 |
Pai, ensina-me a ser benevolente
com quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha
missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
|
![]()
|
Ano B
Dia: 01/09/2015 Jesus falava com autoridade Lc 4, 31-37 Então Jesus foi para Cafarnaum, uma cidade da região da Galiléia.
Ali ele ensinava o povo nos sábados. Eles estavam muito admirados com a
sua maneira de ensinar, pois Jesus falava com autoridade. Havia um homem
na sinagoga que estava dominado por um demônio. O homem gritou:
- Ei, Jesus de Nazaré! O que você quer de nós? Você veio para nos destruir? Sei muito bem quem é você: é o Santo que Deus enviou! Então Jesus ordenou ao demônio: - Cale a boca e saia deste homem! Em frente de todos, o demônio atirou o homem no chão e saiu dele sem lhe causar nenhum ferimento. Todos ficaram espantados e diziam uns para os outros: - Que tipo de palavras são essas? Este homem, com autoridade e poder, expulsa os espíritos maus, e eles vão embora. E as notícias a respeito de Jesus se espalharam por toda aquela região. Comentário do Evangelho
Autoridade de Jesus Lucas reproduz, com poucas diferenças, a semelhante narrativa de
Marcos. Porém, ele a coloca antes da vocação dos primeiros discípulos,
enquanto Marcos a coloca depois. O contexto é o do ensinamento com
autoridade de Jesus. "Autoridade" significa competência, coerência e
autenticidade. O gesto espantoso de exorcismo é uma expressão da força
transformadora da sua palavra e de seu ensino, que liberta as mentes das
ideologias religiosas que deformam a face de Deus. Em confronto com os
ensinamentos de Jesus encontra-se na sinagoga um espírito impuro que o
questiona: "Que queres de nós, Jesus de Nazaré? Viste para nos destruir?".
É o espírito que reina na sinagoga e Jesus vem libertar os que ali estão
submissos a este espírito.
O anúncio da Palavra abala todo sistema religioso convencional e formal. A Palavra fecunda é a que renova as comunidades e a sociedade, promovendo a unidade em torno da justiça, da dignidade humana e da paz. Oração
Pai, faze-me forte para enfrentar e vencer as forças malignas que cruzam meu caminho, tentando afastar-me de ti. Como Jesus, quero abalar o poder do mal deste mundo. |
|
![]()
|
Ano B
Dia: 02/09/2015 Jesus cura a sogra de Pedro Lc
4,38-44
Jesus saiu
da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo,
com muita febre. Intercederam a Jesus por ela. Então, Jesus se inclinou
sobre ela e, com autoridade, mandou que a febre a deixasse. A febre a
deixou, e ela, imediatamente, se levantou e pôs-se a servi-los. Ao pôr do
sol, todos os que tinham doentes, com diversas enfermidades, os levavam a
Jesus. E ele impunha as mãos sobre cada um deles e os curava. De muitas
pessoas saíam demônios, gritando: “Tu és o Filho de Deus!”. Ele os
repreendia, proibindo que falassem, pois sabiam que ele era o Cristo. De
manhã, bem cedo, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o
procuravam e, tendo-o encontrado, tentavam impedir que ele as deixasse.
Mas ele disse-lhes: "Eu devo anunciar a Boa-Nova o Reino de Deus também a
outras cidades, pois é para isso que fui enviado". E ele ia proclamando
pelas sinagogas da Judéia.
Comentário do Evangelho
Jesus é o
Senhor da vida e sua
palavra faz viver Jesus
está continuamente a caminho; é um Messias itinerante. Não há aonde ele
não vá: está presente tanto na vida pública (sinagoga) como na vida
privada (casa de Simão e André). Todo o âmbito da existência humana é
lugar e ocasião em que se manifesta a visita salvífica de Deus. A febre
que ameaça a vida da sogra de Pedro era considerada a antessala da morte,
um mal que definha os ossos. A cura se dá sem nenhum gesto, bastou uma
palavra firme, com autoridade, como se Jesus expulsasse um demônio. Isso
porque, para a mentalidade da época, a enfermidade era considerada
possessão demoníaca. O mal que “definha os ossos” impedia a sogra de Pedro
de celebrar o descanso sabático. À palavra de Jesus, a febre a deixou e
ela se levantou. O verbo utilizado para “levantar” é o mesmo utilizado
para dizer da ressurreição. Jesus irrompe como o Senhor da vida que pela
sua palavra comunica um sopro que expulsa o mal e faz viver. Há de se
supor que Jesus vai para um lugar deserto para rezar. A oração de Jesus é,
podemos considerar, o lugar em que ele se nutre para se manter fiel à
vontade do Pai. Fruto de sua oração é a decisão de ir a outros lugares. O
Senhor não é prisioneiro de nenhum grupo nem de nenhum lugar. A salvação
de Deus, da qual ele é portador, destina-se a toda a
humanidade.
Oração
Pai, que a presença de Jesus em minha vida seja motivo de libertação, de modo que eu possa servir com alegria o meu próximo, especialmente, os mais necessitados. Fonte:www.paulinas.org.br |
|
![]()
|
Vinho novo deve ser posto em odres novos.
- Setembro -Mês da Bíblia
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
![]() |
|
|
![]() - Setembro - Mês da
Bíblia
|
|
Ano B
Dia: 06/09/2015 Faz os mudos falarem Mc 7, 31-37 Jesus saiu da região que fica perto da cidade de Tiro, passou por Sidom e pela região das Dez Cidades e chegou ao lago da Galiléia. Algumas pessoas trouxeram um homem que era surdo e quase não podia falar e pediram a Jesus que pusesse a mão sobre ele. Jesus o tirou do meio da multidão e pôs os dedos nos ouvidos dele. Em seguida cuspiu e colocou um pouco da saliva na língua do homem. Depois olhou para o céu, deu um suspiro profundo e disse ao homem: - "Efatá!" (Isto quer dizer: "Abra-se!") E naquele momento os ouvidos do homem se abriram, a sua língua se soltou, e ele começou a falar sem dificuldade. Jesus ordenou a todos que não contassem para ninguém o que tinha acontecido; porém, quanto mais ele ordenava, mais eles falavam do que havia acontecido. E todas as pessoas que o ouviam ficavam muito admiradas e diziam: - Tudo o que faz ele faz bem; ele até mesmo faz com que os surdos ouçam e os mudos falem! Comentário do Evangelho
Os gestos de Jesus Jesus iniciou seu ministério na
Galileia, onde vivia com sua família. A Galileia era um território
gentílico, vinculado à Síria, onde foram implantadas colônias judaicas na
segunda metade do séc. 1 a.C. pelo hasmoneu Aristóbulo e por seu sucessor,
Alexandre Janeu.
Na segunda etapa de seu ministério, Jesus se dirige aos povos gentílicos vizinhos à Galileia, tradicionalmente repudiados pelo judaísmo, começando por Tiro e, agora, na Decápole, em contato com sua população mesclada de gregos e romanos. O evangelho de Marcos destaca esta fase de missão nestes territórios, realçando como Jesus veio para libertar e comunicar vida a todos os povos, abolindo a distinção entre povos impuros, os gentios, e povo puro, os judeus. O homem surdo que mal pode falar, curado por Jesus na Decápole, é a expressão da submissão e alienação de um poder dominador que inibe a comunicação das pessoas. Marcos narra minuciosamente os gestos de Jesus, realçando assim a presença do Deus encarnado, compassivo e solidário, entre nós. Os ouvidos do homem se abrem e ele começa a falar corretamente. Jesus liberta aquele homem em território pagão. Aqueles que ouvem Jesus começam a "falar corretamente". Isto é, passam a anunciar os seus feitos. Esta narrativa de Marcos visa mexer com os discípulos. Eles, ainda apegados à doutrina nacionalista e segregacionista de "povo eleito", ficam como surdos e sua palavra é frágil. Estão com dificuldade de entender que os gentios são também destinatários do Reino. É o universalismo da salvação, a comunhão com Deus oferecida a todas as criaturas. A narrativa de Marcos é pródiga em assinalar a presença física de Jesus no meio da multidão, com o toque, o uso dos dedos e da saliva, sobre o homem que trouxeram para que ele impusesse as mãos. A imposição das mãos e a própria saliva eram tidas como uma comunicação de energia e cura. Aqueles que participaram deste episódio da cura do surdo-tartamudo puseram-se a anunciar os feitos de Jesus em sua região, de maneira semelhante ao possesso geraseno libertado por Jesus (Mc 5,1.20). São registros de Marcos sobre o anúncio missionário em andamento, tendo como agentes os próprios gentios. As narrativas de cura, envolvendo as multidões de excluídos, carentes e adoentados, são a expressão da atenção especial de Jesus para com estes pobres, escolhidos por Deus, em vista de restaurar-lhes a vida. A afirmação final, "faz os surdos ouvirem e os mudos falarem", se inspira na profecia atribuída a Isaías (primeira leitura), dirigida aos exilados da Babilônia. Na tradição profética, a menção aos cegos que veem, surdos que ouvem, mudos que falam, aleijados que pulam, "águas vão correr no deserto... e o seco vai se encher de minas d'água", é uma simbologia literária que indica uma nova situação do povo que é erguido de sua exclusão e de seu abatimento e recupera sua dignidade, com novo ânimo de vida. Com este mesmo caráter simbólico teriam sido elaboradas as diversas narrativas de cura encontradas nos evangelhos. Não são transformações milagrosas mas resultam do empenho em promover a vida, restaurando a justiça e a paz no mundo. Oração
Senhor
Jesus, impõe sobre mim as tuas mãos e liberta-me do egoísmo que impede a
comunicação com o meu próximo Fonte:www.paulinas.org.br |
Pai, ensina-me a ser benevolente com
quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha
missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
|
![]() - Setembro -
Mês da Bíblia
|
Ano
B
Dia: 07/09/2015 Pode se fazer o bem no sábado? Lc 6, 6-11 Num outro
sábado Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. Estava ali um homem
que tinha a mão direita aleijada. Alguns mestres da Lei e alguns fariseus
ficaram espiando Jesus com atenção para ver se ele ia curar alguém no
sábado. Pois queriam arranjar algum motivo para o acusar de desobedecer à
Lei. Mas Jesus conhecia os pensamentos deles e por isso disse para o homem
que tinha a mão aleijada:
- Levante-se e fique em pé aqui na frente. O homem se levantou e ficou em pé. Então Jesus disse: - Eu pergunto a vocês: o que é que a nossa Lei diz sobre o sábado? O que é permitido fazer nesse dia: o bem ou o mal? Salvar alguém da morte ou deixar morrer? Jesus olhou para todos os que estavam em volta dele e disse para o homem: - Estenda a mão! O homem estendeu a mão, e ela sarou. Aí os mestres da Lei e os fariseus ficaram furiosos e começaram a conversar sobre o que poderiam fazer contra Jesus. Comentário do Evangelho
A face do Deus de Amor Nesta cena
de cura do homem da mão seca, Jesus toma a iniciativa provocadora
mostrando que o serviço à vida não pode ser barrado por prescrições
legais, religiosas ou não. Com sua compaixão para com os excluídos, em uma
prática que entra em choque com o sistema legal do Templo, Jesus revela a
face do Deus de amor e desmonta o edifício ideológico da Lei. Uma religião
de rígidos preceitos se presta ao favorecimento dos privilégios e do poder
daqueles que a lideram. Uma religião deste tipo teme a liberdade. A
concentração de poder leva à morte.
Hoje, em um mundo em que as maiores potências acumulam poder econômico e militar, em alguns casos com respaldo religioso, se coloca a esperança em uma ética mundial para salvar a humanidade do caos e da destruição. Qualquer ética, seja religiosa ou secular, terá como fundamentos o compromisso com a justiça e a fraternidade, levando a ações práticas de promoção da vida para todos. Oração
com a justiça e a fraternidade, levando a ações práticas de promoção da vida para todos. |
Pai, ensina-me a ser benevolente com
quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha
missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
Um anjo do Senhor apareceu a ele num sonho e disse:
- José, descendente de Davi, não tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois ela está grávida pelo Espírito Santo.
- Setembro -Mês da Bíblia
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Ano B
Dia: 08/09/2015
Natividade de Maria
Mt 1, 1-16.18-23Esta é a lista dos antepassados de Jesus Cristo, descendente de Davi, que era descendente de Abraão.
Abraão foi pai de Isaque, Isaque foi pai de Jacó, e Jacó foi pai de Judá e dos seus irmãos. Judá foi pai de Peres e de Zera, e a mãe deles foi Tamar. Peres foi pai de Esrom, que foi pai de Arão. Arão foi pai de Aminadabe, que foi pai de Nasom, que foi pai de Salmom. Salmom foi pai de Boaz, e a mãe de Boaz foi Raabe. Boaz foi pai de Obede, e a mãe de Obede foi Rute. Obede foi pai de Jessé, que foi pai do rei Davi.
Davi e a mulher que tinha sido esposa de Urias foram os pais de Salomão. Salomão foi pai de Roboão, que foi pai de Abias, que foi pai de Asa. Asa foi pai de Josafá, que foi pai de Jorão, que foi pai de Uzias. Uzias foi pai de Jotão, que foi pai de Acaz, que foi pai de Ezequias. Ezequias foi pai de Manassés, que foi pai de Amom, que foi pai de Josias. Josias foi pai de Jeconias e dos seus irmãos, no tempo em que os israelitas foram levados como prisioneiros para a Babilônia.
Depois que o povo foi levado para a Babilônia, Jeconias foi pai de Salatiel, que foi pai de Zorobabel. Zorobabel foi pai de Abiúde, que foi pai de Eliaquim, que foi pai de Azor. Azor foi pai de Sadoque, que foi pai de Aquim, que foi pai de Eliúde. Eliúde foi pai de Eleazar, que foi pai de Matã, que foi pai de Jacó. Jacó foi pai de José, marido de Maria, e ela foi a mãe de Jesus, chamado Messias.
O nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, a sua mãe, ia casar com José. Mas antes do casamento ela ficou grávida pelo Espírito Santo. José, com quem Maria ia casar, era um homem que sempre fazia o que era direito. Ele não queria difamar Maria e por isso resolveu desmanchar o contrato de casamento sem ninguém saber. Enquanto José estava pensando nisso, um anjo do Senhor apareceu a ele num sonho e disse:
- José, descendente de Davi, não tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois ela está grávida pelo Espírito Santo. Ela terá um menino, e você porá nele o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos pecados deles.
Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito por meio do profeta:
"A virgem ficará grávida e terá um filho que receberá o nome de Emanuel."
(Emanuel quer dizer "Deus está conosco".)Comentário do Evangelho
Manso e humilde de coraçãoCada evangelista tem características próprias que refletem as fontes de onde colheram suas narrativas e a cultura e os problemas das comunidades para as quais redigem seus evangelhos. Mateus, redigindo para uma comunidade de cristãos oriundos do judaísmo, faz uma inculturação de Jesus na tradição do Primeiro Testamento. Por sua genealogia, José é inserido na linhagem davídica, e pela acolhida de José a Maria, o menino, Jesus, que foi concebido, torna-se um herdeiro messiânico. Contudo, Jesus rejeitou esta expectativa messiânica de poder, no estilo davídico. Manso e humilde de coração, Jesus vem revelar o amor e a misericórdia do Pai, acolhedor a todos os povos e nações.OraçãoFonte:www.paulinas.org.br
Pai, que a presença de teu Filho Jesus, na História, leve à plenitude a obra de tua criação, fazendo desabrochar, em cada coração humano, o amor para o qual foi criado.
![]() -
Setembro -
MÊS DA BÍBLIA |
|
Ano B Dia: 09/09/2015 |
|
![]() - SETEMBRO -
Mês da Bíblia
|
|
Ano B Dia: 10/09/2015 Isso é amor misericordioso! Lc 6, 27-38 |
Um cego não pode guiar outro cego![]()
- Setembro -
Mês da Bíblia
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Ano B
Dia 11/09/2015
Pode um cego guiar outro cego? -
Lc 6,39-42
Jesus contou-lhes, também, uma parábola: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois no buraco? O discípulo não está acima do mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. Por que observas o cisco que está no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando não percebes a trave que está no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave que está no teu olho e, então, enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.Comentário do EvangelhoVer os semelhantes com o olharde misericórdia de JesusA parábola que nos é proposta hoje deve ser compreendida à luz das exigências precedentes que formam o conteúdo do sermão da planície, centrado fundamentalmente sobre a exigência do amor e da misericórdia. O “guia cego” é o discípulo que não aceita a sua condição de servo e não se submete ao ensinamento do seu Mestre, e que, por isso, não vê os seus semelhantes com o olhar de misericórdia de Jesus; além disso, resiste à identificação com o Senhor. A cegueira é, ainda, um modo de falar da incredulidade. O texto reflete um problema interno à comunidade dos discípulos, mas que podemos estender a todos os âmbitos da vida humana: a crítica aos outros desprovida de autocrítica e de verdadeira misericórdia. A parábola da palha e da trave apela para a necessidade de autocrítica e de misericórdia. A trave não permite enxergar bem, distorce e diminui a visão, e até mesmo a impede. Um comportamento desses cria uma situação ainda pior. Certamente, a preocupação que o evangelho traduz é a tensão interna à comunidade cristã entre os cristãos comuns e aqueles que se sentem mais iluminados e pretendem instruir os outros na vida espiritual e na ética cristã. Para poder ajudar alguém é preciso humildade e consciência dos próprios limites.OraçãoPai, concede-me suficiente autocrítica que me predisponha a corrigir meu semelhante, sem incorrer na malícia dos hipócritas.Fonte:www.paulinas.org.br
![]() - SETEMBRO -
MÊS DA BÍBLIA
|
|
Ano B Dia: 12/09/2015 Árvore e as suas frutas Lc 6, 43-49 |
Pai, ensina-me a ser benevolente
com quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha
missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
- Quem o povo diz que eu sou?
- SETEMBRO -MÊS DA BÍBLIA
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Ano B
Dia: 13/09/2015
Quem é Jesus?
Mc 8, 27-35Depois Jesus e os seus discípulos foram para os povoados que ficam perto de Cesaréia de Filipe. No caminho, ele lhes perguntou:
- Quem o povo diz que eu sou?
Os discípulos responderam:
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é um dos profetas.
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus.
- O senhor é o Messias! - respondeu Pedro.
Então Jesus proibiu os discípulos de contarem isso a qualquer pessoa.
Jesus fala da sua morte e da sua ressurreição
Jesus começou a ensinar os discípulos, dizendo:
- O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, três dias depois, ressuscitará.
Jesus dizia isso com toda a clareza. Então Pedro o levou para um lado e começou a repreendê-lo. Jesus virou-se, olhou para os discípulos e repreendeu Pedro, dizendo:
- Saia da minha frente, Satanás! Você está pensando como um ser humano pensa e não como Deus pensa.
Aí Jesus chamou a multidão e os discípulos e disse:
- Se alguém quer ser meu seguidor, que esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhe. Pois quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa e por causa do evangelho terá a vida verdadeira.Comentário do Evangelho
A identidade de JesusJesus e seus discípulos partem para os povoados além das fronteiras da Galileia, ao norte. A partir de então Jesus decide tomar rumo ao sul, seguindo o caminho para Jerusalém, através da Judeia, em um ambiente exclusivamente judaico, para aí fazer seu anúncio libertador. Aproxima-se a festa ritual da Páscoa judaica. É o momento oportuno para aprofundar a própria identidade de Jesus. Vai se encerrando o ministério na Galileia e vizinhanças, em ambiente predominantemente gentílico, para o confronto em Jerusalém, completando-se a missão de Jesus.
Conforme as expectativas das elites religiosas e econômicas de Jerusalém, aguardava-se um líder, o messias, representado na figura do "Servo de Javé", das profecias de Isaías , o qual daria à Judeia um poder e status de acordo com antigo império de Davi, conforme as glórias que constavam na tradição. Na escatologia e na apocalíptica do Primeiro Testamento encontravam a esperança de Israel vir a ser uma nação hegemônica sobre todas as nações do mundo, em pleno poder e glória. Parte do povo assimilava esta tradição das elites, introjetando-a. Assim também acontecia com os discípulos de Jesus, originários do judaísmo.
A questão da identidade de Jesus vinha sendo discutida entre o povo e as opiniões eram variadas. O próprio Herodes se interrogava sobre esta questão. Entre o povo, contudo, havia opiniões que identificavam Jesus com alguns líderes populares, contestadores do poder, como foram João Batista, Elias ou os profetas.
Contudo, junto de Jesus, Pedro representando os discípulos, ao ser interrogado, externa sua opinião de que Jesus seria o messias ("cristo", do grego) esperado pelas elites. Jesus os repreende severamente, com o mesmo vigor que exorcizava os espíritos impuros.
Em continuidade, Jesus prenuncia as perseguições que o ameaçam em Jerusalém, da parte das autoridades religiosas (primeiro "anúncio da Paixão"). Pedro rejeita o confronto com os possíveis sofrimentos e é repreendido mais severamente por Jesus. Jesus propõe as "coisas de Deus", a comunicação da vida, sem limites. Pedro atém-se às "coisas dos homens", à preservação do poder e à paz da ordem iníqua estabelecida.
Jesus, então, retoma a instrução aos discípulos quanto ao despojamento e a disponibilidade a serem assumidos por eles. Perder sua vida por causa de Jesus é desprezar os sedutores projetos de sucesso de enriquecimento e de consumismo, oferecidos pelos poderosos deste mundo. Perder sua vida é ser para o outro, estar a serviço e em comunhão com os mais necessitados e excluídos, como Jesus. É viver o amor, comprometendo-se com a luta em vista da restauração da vida e da conquista da Paz.OraçãoFonte:www.paulinas.org.br
Senhor Jesus, revela-me sempre mais tua face de Messias Servo, para que eu não me engane no caminho do teu seguimento.
- SETEMBRO -MÊS DA BÍBLIA
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
|
![]() -
SETEMBRO -
MÊS DA BÍBLIA |
Anunciar o Evangelho não é um título
de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi
imposta. Ai de mim se eu não anunciar o
Evangelho!
São
Paulo |
![]() - SETEMBRO -
MÊS DA BÍBLIA
|
Ano B Dia: 16/09/2015 Com quem, vou comparar esta geração? Lc 7, 31-35 |
Pai, ensina-me a ser benevolente com
quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha
missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
|
![]() |
|
|
![]()
|
|
![]() -
Setembro -
Mês da Bíblia
|
|
Ano B
Dia: 20/09/2015 Para ser o primeiro, ficar em último lugar Mc 9, 30-37 Jesus e os discípulos saíram daquele lugar e
continuaram atravessando a Galiléia. Jesus não queria que ninguém soubesse
onde ele estava porque estava ensinando os discípulos. Ele lhes dizia:
- O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo; mas três dias depois ele ressuscitará. Eles não entendiam o que Jesus dizia, mas tinham medo de perguntar. Jesus e os discípulos chegaram à cidade de Cafarnaum. Quando já estavam em casa, Jesus perguntou aos doze discípulos: - O que é que vocês estavam discutindo no caminho? Mas eles ficaram calados porque no caminho tinham discutido sobre qual deles era o mais importante. Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: - Se alguém quer ser o primeiro, deve ficar em último lugar e servir a todos. Aí segurou uma criança e a pôs no meio deles. E, abraçando-a, disse aos discípulos: - Aquele que, por ser meu seguidor, receber uma criança como esta estará também me recebendo. E quem me receber não recebe somente a mim, mas também aquele que me enviou. Comentário do
Evangelho
Jesus se identifica com os pequenos
Jesus, com seus discípulos, havia ampliado sua
missão aos territórios gentílicos vizinhos da Galileia, tendo chegado bem
ao norte, próximo a Cesareia de Filipe. A partir daí, decide dirigir-se a
Jerusalém, ao sul, para proclamar a sua Boa-Nova aos peregrinos que ali
chegavam em vista de participar da festa judaica da Páscoa, que se
aproximava. Com este propósito Jesus e os discípulos atravessam novamente
a Galileia.
Neste contexto, as narrativas de Marcos marcarão o contraste entre a mentalidade dos discípulos e a novidade de Jesus. Os discípulos esperavam de Jesus ações de poder e glória terrena, o que chocava com a proposta do próprio Jesus de humildade e serviço, com a doação da própria vida. Jesus pressente a repressão e o fim que o esperam em Jerusalém, onde será posto à prova pelos chefes religiosos do Templo. No caminho para a cidade, prepara os discípulos para suportarem o possível desfecho trágico. Assim, fala a eles sobre o Filho do Homem, referindo-se a si mesmo, que será entregue e o matarão. Jesus já havia advertido os discípulos sobre tal expectativa quando tentava desfazer a compreensão de Pedro de que ele seria um messias poderoso e glorioso (primeiro "anúncio da Paixão", cf. 16 set.). E, ainda, repetirá, novamente, sua advertência quando já se aproximavam de Jerusalém (terceiro "anúncio da Paixão", cf. 21 out.). Com isto Jesus expressa sua fragilidade diante dos poderosos deste mundo, descartando qualquer competição pelo poder. Completa com a menção da ressurreição, aludindo ao dom da vida de amor que não se extingue, porém os discípulos não compreendem e têm medo de perguntar. Os discípulos estão fixados na ideologia do messias poderoso, um novo Davi que restauraria o reino de Israel, e, esperando de Jesus a ascensão ao poder, disputam qual seria, então, o maior, isto é, quem ocuparia os cargos mais importantes. São os anseios antagônicos à proposta de Jesus que provocam conflitos na comunidade e, de maneira mais ampla, no mundo, onde os ímpios ambiciosos da riqueza e do poder fazem a guerra e semeiam a morte (cf. segunda leitura), tornando-se loucos e frustrados. A vida do ímpio, o qual reprime e mata o justo, pelo qual se sente ameaçado, é bem retratada no capítulo 2 do livro da Sabedoria, de onde foi extraída a primeira leitura da liturgia de hoje. Jesus chama os Doze e, invertendo os critérios de competição, reafirma a característica essencial do Reino: a humildade e o serviço como concretização do amor. É neste amor que está a realização e a grandeza de cada um. Ao tomar uma criança e abraçá-la, com carinho, Jesus está se identificando com ela. A criança, do ponto de vista de uma sociedade de eficiência e produção, é considerada inútil e marginalizada. Jesus convida a todos a se tornarem crianças, na humildade, na simplicidade, na fraternidade e na abertura para o novo, com esperança e alegria, e, com esta opção, estão acolhendo Jesus e entrando em comunhão com Deus. Oração
Pai, tira do meu coração os ideais mundanos de glória, e coloca-me no verdadeiro caminho para ser glorificado por ti, fazendo-me servidor de todos. |
Pai, ensina-me a ser benevolente com
quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha
missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
![]() - Setembro -
Mês Da Bíblia
|
|
Dia: 21/09/2015 Jesus chama Mateus Mt 9, 9-13 |
|
![]() - SETEMBRO -
MÊS DA BÍBLIA
|
|
Dia: 22/09/2015 A mãe e os "irmãos" de Jesus Lc 8, 19-21 |
![]() |
|
- SETEMBRO -MÊS DA BÍBLIA
![]()
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Ano B
Dia: 25/09/2015
Pedro afirma:
"Jesus é o Messias!"
Lc 9, 18-22Certa vez Jesus estava sozinho, orando, e os discípulos chegaram perto dele. Então ele perguntou:
- Quem o povo diz que eu sou?
Eles responderam:
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é um dos profetas antigos que ressuscitou.
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus.
Pedro respondeu:
- O Messias que Deus enviou.
Então Jesus proibiu os discípulos de contarem isso a qualquer pessoa. E continuou:
- O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, no terceiro dia, será ressuscitado.Comentário do Evangelho
Prática humilde e amorosade JesusA expectativa dos discípulos era a de um messias que libertaria o povo judeu do império romano e criaria um estado poderoso. O modelo deste estado era o reinado de Israel sob o rei Davi, ao qual a tradição atribuíra grande prosperidade, glória e poder. Jesus repreende os discípulos. Com sua prática humilde e amorosa, ele distanciava-se muito de tal concepção. Jesus exprimia a singeleza de sua condição humana identificando-se com o "Filho do Homem". Os gestos de amor de Jesus tinham tal efeito transformador nas pessoas que os possuídos pela ideologia opressora os interpretavam como gestos de poder. Corre a imagem de um Jesus taumaturgo, um João Batista ou um antigo profeta ressuscitado ou um Elias que voltou. Se Jesus pretendesse se mostrar poderoso, destruiria seus inimigos, como a divindade no Antigo Testamento. A opção pelo amor remove a competição pelo poder. A comunicação de vida pelo amor supera a destruição da vida pelo ódio e pelo poder. O poder necessariamente mata os que o ameaçam, porém o amor de Deus garante a permanência na vida.OraçãoFonte:www.paulinas.org.br
Pai, só tu podes revelar-me a identidade de teu Filho Jesus. Que eu a conheça de forma verdadeira para poder conformar com ela a minha vida
Pai, ensina-me a ser
benevolente com quem deve ser evangelizado por mim, para que, no
final de minha missão, eu possa também experimentar a tua
benevolência.
|
- SETEMBRO -MÊS DA BÍBLIA![]()
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Ano B
Dia: 26/09/2015
Jesus fala outra vez da sua morte
Lc 9, 43b-45Todos estavam admirados com o que Jesus fazia, e ele disse aos discípulos:
- Não esqueçam o que vou dizer a vocês: o Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens.
Mas eles não entenderam isso, pois o que essas palavras queriam dizer tinha sido escondido deles para que não as entendessem. E eles estavam com medo de fazer perguntas a Jesus sobre o assunto.Comentário do Evangelho
Jesus apresenta-se como oFilho do HomemOs três evangelistas sinóticos registram três "anúncios da paixão". São as falas de Jesus aos discípulos, enquanto caminhavam para Jerusalém, prevenindo-os sobre a previsível e fatal perseguição que sofreria nesta cidade. Os chefes das sinagogas e do Templo já vinham procurando uma ocasião de eliminar Jesus. Hoje temos o segundo "anúncio", no evangelho de Lucas. Lucas faz um contraste. De início registra a admiração de todos com tudo o que Jesus fazia. A seguir, o anúncio do sofrimento escapa da admiração e não é entendido. Lucas o exprime de maneira insistente: os discípulos "não compreendiam", "o sentido lhes ficava oculto", "não podiam entender" e "tinham medo de fazer perguntas"! Muitos dos discípulos foram formados na ideologia messiânica de poder do judaísmo, com a devoção a um deus poderoso que privilegia alguns e destrói seus inimigos. Esperavam um messias que restaurasse a glória e o poder de Israel. Para dissuadi-los, Jesus apresenta-se como o Filho do Homem, o "Humano", o comum dos homens, na fragilidade e na vulnerabilidade, no qual se manifesta a glória de Deus. É através de sua aceitação que se rompe com a ideologia de uma sociedade que busca sua segurança na acumulação do dinheiro e no poder opressor. Colocando-se a sua segurança em Deus encontra-se a felicidade e a liberdade para a construção da justiça e da paz.OraçãoFonte:www.paulinas.org.br
Pai, dá-me a graça de considerar a paixão de Jesus a partir de teu modo de pensar. Só então compreenderei que se tratou da prova máxima de fidelidade a ti.
Pai, ensina-me a ser benevolente
com quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de
minha missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
![]()
|
Ano B
DIA 27/09/2015 Quem não é contra nós, está a nosso favor Mc 9,38-43.45.47-48 João disse a Jesus: “Mestre, vimos alguém expulsar
demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não andava conosco”.
Jesus, porém, disse: “Não o proibais, pois ninguém que faz milagres em meu
nome poderá logo depois falar mal de mim. Quem não é contra nós, está a
nosso favor. Quem vos der um copo de água para beber porque sois de
Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. E quem provocar a queda
um só destes pequenos que creem em mim, melhor seria que lhe amarrassem
uma grande pedra de moinho ao pescoço e o lançassem no mar. Se tua mão te
leva à queda, corta-a! É melhor entrares na vida tendo só uma das mãos do
que, tendo as duas, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga.
Se teu pé te leva à queda, corta-o! É melhor entrar na vida tendo só um
dos pés do que, tendo os dois, ser lançado ao inferno. Se teu olho te leva
à queda, arranca-o! É melhor entrar no Reino de Deus tendo um olho só do
que, tendo os dois, ir para o inferno, onde o verme deles não morre e o
fogo nunca se apaga”.
Comentário do Evangelho
Onde há o bem realizado, Deus aí
está
A incompreensão
dos discípulos progride. Somente a experiência do mistério pascal dará a
eles a graça da compreensão do mistério de Jesus Cristo e da sua condição
de discípulos. Aqui aparece um novo tema da incompreensão dos discípulos.
O porta-voz do grupo dos discípulos, desta vez, é João, um dos filhos de
Zebedeu (cf. Mc 1,19), talvez por seu caráter pretensioso, o que aparecerá
com maior clareza mais adiante no relato (Mc 10,35-40). Os discípulos
pretendem que nenhum exorcismo seja praticado em nome de Jesus, se a
pessoa que o pratica não participa do grupo dos discípulos. Por isso, eles
impediram alguém, anônimo, de praticar o exorcismo; atitude que Jesus
reprova, pois o seu nome e o bem que por ele se realiza não é monopólio da
comunidade nem de qualquer outro grupo. Onde há o bem realizado, Deus aí
está. Deus está na origem de toda iniciativa que promove e protege a vida;
Deus é a fonte de todo esforço sincero e verdadeiro de arrancar das forças
do mal o ser humano. Os discípulos, e o leitor com eles, devem compreender
que o bem não é propriedade de nenhum grupo, e que, onde o mal é vencido,
essa vitória é fruto do poder de Jesus Cristo ressuscitado agindo em tudo
e por meio de todos. Em seguida, Jesus exorta os discípulos a se abrirem
ao bem que vem de fora. A diversidade e a diferença são bens através dos
quais se manifestam a bondade de Deus e a caridade de Cristo. A comunidade
é interpelada a viver a coerência entre a fé professada e a fé vivida. O
escandalon é a pedra de tropeço, isto é, o obstáculo que impede os outros
de progredir e permanecer na vida cristã. A pura aparência, a vaidade das
práticas religiosas, deve ser rejeitada em nome da coerência, do acordo
interno e profundo entre a fé e a sua vivência. O modo de vida dos
discípulos deve ser o testemunho que estimula outros a desejarem viver a
vida de Jesus Cristo. O texto não é um convite à mutilação, mas um apelo a
não consentir com uma vida ambígua e fragmentada. O coração do discípulo
não pode estar dividido. A presença e a vida do discípulo deve ser tal que
dê sentido à vida. A incoerência faz com que ele desvirtue a sua vocação e
missão e se torne incapaz de dar sabor a todas as coisas e conservar em si
a palavra de Cristo.
Oração |
|
![]() - Setembro -
Mês da
Bíblia
|
|
Ano B Dia: 28/09/2015 O maior é aquele que serve Lc 9, 46-50 |
Pai, ensina-me a ser benevolente com
quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha
missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Ano B
Dia: 29/09/2015
Eu te vi
Jo 1, 47-51Quando Jesus viu Natanael chegando, disse a respeito dele:
- Aí está um verdadeiro israelita, um homem realmente sincero.
Então Natanael perguntou a Jesus:
- De onde o senhor me conhece?
Jesus respondeu:
- Antes que Filipe chamasse você, eu já tinha visto você sentado debaixo daquela figueira.
Então Natanael exclamou:
- Mestre, o senhor é o Filho de Deus! O senhor é o Rei de Israel!
Jesus respondeu:
- Você crê em mim só porque eu disse que tinha visto você debaixo da figueira? Pois você verá coisas maiores do que esta. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.Comentário do Evangelho
Jesus adianta que nele própriose manifestará a plenitudedo humanoJesus, após ser batizado, começa a fazer seu discipulado dentre os discípulos de João Batista. Depois da adesão de André, Pedro e Filipe, quando Natanael vem ao seu encontro, Jesus elogia sua retidão e sinceridade, características favoráveis à sua conversão. Com uma alusão bíblica (a figueira) toca Natanael que manifesta sua crença em Jesus. Pode-se ver em Natanael a figura dos discípulos oriundos do judaísmo que esperavam um messias nacionalista poderoso e glorioso. Porém Jesus adianta que nele próprio se manifestará a plenitude do humano (o Filho do Homem), a plenitude de todos os homens e mulheres, aos quais se abrem as portas do céu. Os anjos "descendo e subindo sobre o Filho do Homem" é uma alusão ao sonho de Jacó (Gen 28,12). Agora exprime a presença de Deus entre os humanos, na pessoa de Jesus. Os anjos, como emissários ou representantes de Deus, integram as tradições persas e mesopotâmicas que foram assimiladas no Antigo Testamento. São, ainda hoje, fonte de devoções no cristianismo e em religiões exotéricas.
OraçãoFonte:www.paulinas.org.br
Pai, leva-me a conhecer, cada vez mais profundamente, a identidade de teu Filho Jesus, e a fazer-me discípulo dele, de modo a compartilhar sua missão.
Pai, ensina-me a ser benevolente
com quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de
minha missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
- As raposas têm as suas covas,e os pássaros, os seus ninhos.Mas o Filho do Homem nãotem onde descansar.
- SETEMBRO -Mês da Bíblia
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Ano B
Dia: 30/09/2015
Seguir Jesus sem olhar para trás
Lc 9, 57-62Quando Jesus e os discípulos iam pelo caminho, um homem disse a Jesus:
- Eu estou pronto a seguir o senhor para qualquer lugar onde o senhor for.
Então Jesus disse:
- As raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos. Mas o Filho do Homem não tem onde descansar.
Aí ele disse para outro homem:
- Venha comigo.
Mas ele respondeu:
- Senhor, primeiro deixe que eu volte e sepulte o meu pai.
Jesus disse:
- Deixe que os mortos sepultem os seus mortos. Mas você vá e anuncie o Reino de Deus.
Outro homem disse:
- Eu seguirei o Senhor, mas primeiro deixe que eu vá me despedir da minha família.
Jesus respondeu:
- Quem começa a arar a terra e olha para trás não serve para o Reino de Deus.Comentário do Evangelho
Prerrogativas do seguimentode JesusJesus, com seus discípulos, estava a caminho de Jerusalém, tendo em vista fazer o seu anúncio da Boa-Nova entre os peregrinos que para lá se dirigiam para a celebração da festa da Páscoa.
Enquanto na passagem paralela a esta, em Mateus , são duas pessoas que se dispõem a seguir Jesus, aqui, em Lucas, são três. A primeira e a terceira tomam a iniciativa de pedi-lo, enquanto a segunda é convidada por Jesus.
Respondendo a cada um, Jesus apresenta um elenco de propostas para seu seguimento. Aquele que se oferece, de imediato, com grande disponibilidade deve estar disposto a assumir a pobreza e insegurança à semelhança de Jesus. Ao segundo, convidado por Jesus, porém apegado às tradições familiares ("enterrar o pai"), Jesus destaca a primazia a ser dada ao anúncio da novidade do Reino de Deus, por ele revelada. Ao terceiro, que se mostra afetivamente muito ligado aos de sua casa, Jesus propõe olhar para a frente e perceber as portas que se abrem para a comunhão com a grande família dos que fazem a vontade do Pai, com seu projeto vivificante.OraçãoFonte:www.paulinas.org.br
Pai, torna-me apto para o serviço do teu Reino, dando-me as virtudes necessárias para não me desviar do caminho traçado por ti, mesmo devendo pagar um alto preço por isso.
![]() |
|
Dia: 1º/10/2015 A missão dos setenta e dois Lc 10, 1-12 |
Pai, ensina-me a
ser benevolente com quem deve ser evangelizado por mim, para que, no
final de minha missão, eu possa também experimentar a tua
benevolência.
|
|
![]()
|
Pai, ensina-me a ser benevolente com quem
deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha missão,
eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
|
![]()
|
Dia 03/10/2015 Os setenta e dois discípulos |
![]()
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Ano B
Dia: 04/10/2015
Jesus fala sobre o divórcio
Mc 10, 2-16
Pai, ensina-me a ser benevolente
com quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de
minha missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
|
![]()
|
Ano B
Dia: 05/10/2015 Quem é meu próximo? Lc 10, 25-37 Um mestre da Lei se levantou e, querendo
encontrar alguma prova contra Jesus, perguntou:
- Mestre, o que devo fazer para conseguir a vida eterna? Jesus respondeu: - O que é que as Escrituras Sagradas dizem a respeito disso? E como é que você entende o que elas dizem? O homem respondeu: - "Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma, com todas as forças e com toda a mente. E ame o seu próximo como você ama a você mesmo." - A sua resposta está certa! - disse Jesus. - Faça isso e você viverá. Porém o mestre da Lei, querendo se desculpar, perguntou: - Mas quem é o meu próximo? Jesus respondeu assim: - Um homem estava descendo de Jerusalém para Jericó. No caminho alguns ladrões o assaltaram, tiraram a sua roupa, bateram nele e o deixaram quase morto. Acontece que um sacerdote estava descendo por aquele mesmo caminho. Quando viu o homem, tratou de passar pelo outro lado da estrada. Também um levita passou por ali. Olhou e também foi embora pelo outro lado da estrada. Mas um samaritano que estava viajando por aquele caminho chegou até ali. Quando viu o homem, ficou com muita pena dele. Então chegou perto dele, limpou os seus ferimentos com azeite e vinho e em seguida os enfaixou. Depois disso, o samaritano colocou-o no seu próprio animal e o levou para uma pensão, onde cuidou dele. No dia seguinte, entregou duas moedas de prata ao dono da pensão, dizendo: - Tome conta dele. Quando eu passar por aqui na volta, pagarei o que você gastar a mais com ele. Então Jesus perguntou ao mestre da Lei: - Na sua opinião, qual desses três foi o próximo do homem assaltado? - Aquele que o socorreu! - respondeu o mestre da Lei. E Jesus disse: - Pois vá e faça a mesma coisa. Comentário do
Evangelho
A vida consiste no amor No diálogo com um doutor da Lei sobre o que
fazer para ter a vida eterna, Jesus afirma que a vida consiste no amor a
Deus e no amor ao próximo. Uma parábola esclarece quem é o "próximo". O
samaritano, excluído pelo judaísmo, é aquele que se faz próximo do
sofredor, resgatando-lhe a vida. Em contraste, o doutor da Lei e o escriba
passam indiferentes.
O gesto do samaritano é exemplar: "Vai tu e faze a mesma coisa". Jesus mostra como o amor deve ser concretizado na solidariedade e ajuda aos mais carentes e necessitados. E este amor é eterno. Tudo passa, mas o amor permanece para sempre. Oração Pai, dá-me um coração cheio de misericórdia, como o de teu Filho Jesus, pois só assim terei certeza de estar em comunhão contigo, a caminho da vida eterna. |
Pai, ensina-me a ser benevolente com
quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha
missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
|
![]()
|
Ano B Dia: 06/10/2015 A atitude de Maria Lc 10, 38-42 |
Pai, ensina-me a ser benevolente com
quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha
missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
![]()
|
Ano B
Dia: 07/10/2015 O nascimento de Jesus é anunciado Lc 1, 26-38 Quando Isabel estava no sexto mês de
gravidez, Deus enviou o anjo Gabriel a uma cidade da Galiléia chamada
Nazaré. O anjo levava uma mensagem para uma virgem que tinha casamento
contratado com um homem chamado José, descendente do rei Davi. Ela se
chamava Maria. O anjo veio e disse:
- Que a paz esteja com você, Maria! Você é muito abençoada. O Senhor está com você. Porém Maria, quando ouviu o que o anjo disse, ficou sem saber o que pensar. E, admirada, ficou pensando no que ele queria dizer. Então o anjo continuou: - Não tenha medo, Maria! Deus está contente com você. Você ficará grávida, dará à luz um filho e porá nele o nome de Jesus. Ele será um grande homem e será chamado de Filho do Deus Altíssimo. Deus, o Senhor, vai fazê-lo rei, como foi o antepassado dele, o rei Davi. Ele será para sempre rei dos descendentes de Jacó, e o Reino dele nunca se acabará. Então Maria disse para o anjo: - Isso não é possível, pois eu sou virgem! O anjo respondeu: - O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Deus Altíssimo a envolverá com a sua sombra. Por isso o menino será chamado de santo e Filho de Deus. Fique sabendo que a sua parenta Isabel está grávida, mesmo sendo tão idosa. Diziam que ela não podia ter filhos, no entanto agora ela já está no sexto mês de gravidez. Porque para Deus nada é impossível. Maria respondeu: - Eu sou uma serva de Deus; que aconteça comigo o que o senhor acabou de me dizer! E o anjo foi embora. Comentário do
Evangelho
Simplicidade e abandono A Igreja guarda a tradição da oração
contínua, que brota do coração. Este tipo de oração, chamado "hesicasmo",
alimenta-se de frases curtas ou algumas breves palavras significativas,
repetidas continuamente. É a oração do coração que nos leva à presença de
Deus, com simplicidade e abandono. O Rosário insere-se neste tipo de
oração.
Evocar o nome de Maria nos conscientiza da sua presença entre nós, com Jesus, no seio do Pai. Em oração de agradecimento a Deus, unimo-nos à saudação do anjo e à saudação de Isabel (Lc 1,28.42). "Alegra-te (Ave, Maria), cheia de graça", "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre, Jesus". Pela oração contínua, vivemos na presença de Deus, e pela prática do amor fraterno e solidário comungamos com Jesus, na eternidade. Oração
Senhor Jesus, que a contemplação da concepção imaculada de tua mãe desperte em mim o desejo de romper, definitivamente, com o pecado que maculou a humanidade. |
|
![]()
|
![]()
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Ano B
Dia: 09/10/2015Jesus expulsa demôniosLc 11, 15-26Mas alguns disseram:
- É Belzebu, o chefe dos demônios, que dá poder a este homem para expulsar demônios.
Outros, querendo conseguir alguma prova contra Jesus, pediam que ele fizesse um milagre para mostrar que o seu poder vinha de Deus. Mas Jesus, conhecendo os pensamentos deles, disse:
- O país que se divide em grupos que lutam entre si certamente será destruído; a família que se divide em grupos que lutam entre si também será destruída. Se o reino de Satanás tem grupos que lutam entre si, como continuará a existir? Vocês dizem que é Belzebu que me dá poder para expulsar demônios. Mas, se é assim, quem dá aos seguidores de vocês o poder para expulsar demônios? Assim, os seus próprios seguidores provam que vocês estão completamente enganados. Na verdade é pelo poder de Deus que eu expulso demônios, e isso prova que o Reino de Deus já chegou até vocês.
- Quando um homem forte e bem armado guarda a sua própria casa, tudo o que ele tem está seguro. Mas, quando um homem mais forte o ataca e vence, leva todas as armas em que o outro confiava e reparte tudo o que tomou dele.
- Quem não é a meu favor é contra mim; e quem não me ajuda a ajuntar está espalhando.
Jesus continuou:
- Quando um espírito mau sai de alguém, anda por lugares sem água, procurando onde descansar, mas não encontra. Então diz: "Vou voltar para a minha casa, de onde saí." Aí volta e encontra a casa varrida e arrumada. Depois sai e vai buscar outros sete espíritos piores ainda, e todos ficam morando ali. Assim a situação daquela pessoa fica pior do que antes.Comentário do Evangelho
Somos libertadosSob a influência da doutrina do Templo e das sinagogas, alguns dentre os judeus difamam Jesus acusando-o de parceiro de Beelzebu. Pretendem difamar Jesus diante da opinião pública. Jesus inverte a acusação. Ele expulsa os demônios pelo dedo de Deus, libertando os possuídos pelo sistema opressor do Templo e das sinagogas, revelando a chegada do Reino de Deus. Contudo, a libertação, sem a adesão à Palavra que leva ao compromisso com o Projeto de Deus, deixa a pessoa desamparada para novamente ser tomada pelo mau espírito. Somos libertados por Deus, em Jesus, para sermos agentes da transformação deste mundo em um mundo novo em que a ambição do dinheiro que promove o horror da guerra de conquista ceda lugar à fraternidade, à partilha e à paz.OraçãoPai, afasta de meu coração todos os preconceitos que me impedem de acolher Jesus Cristo como teu enviado para trazer ao mundo a salvação e a libertação.
Fonte:www.paulinas.org.br
Pai, ensina-me a ser benevolente
com quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de
minha missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
|
![]()
|
Pai, ensina-me a ser benevolente com quem
deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha missão,
eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
|
|
![]()
|
Dia: 11/10/2015 O moço rico Mc 10, 17-30 |
|
![]()
|
Ano
B
Dia: 12/10/2015 Jesus vai a um casamento Jo 2, 1-11 Dois dias depois, houve um casamento no povoado
de Caná, na região da Galiléia, e a mãe de Jesus estava ali. Jesus e os
seus discípulos também tinham sido convidados para o casamento. Quando
acabou o vinho, a mãe de Jesus lhe disse:
- O vinho acabou. Jesus respondeu: - Não é preciso que a senhora diga o que eu devo fazer. Ainda não chegou a minha hora. Então ela disse aos empregados: - Façam o que ele mandar. Ali perto estavam seis potes de pedra; em cada um cabiam entre oitenta e cento e vinte litros de água. Os judeus usavam a água que guardavam nesses potes nas suas cerimônias de purificação. Jesus disse aos empregados: - Encham de água estes potes. E eles os encheram até a boca. Em seguida Jesus mandou: - Agora tirem um pouco da água destes potes e levem ao dirigente da festa. E eles levaram. Então o dirigente da festa provou a água, e a água tinha virado vinho. Ele não sabia de onde tinha vindo aquele vinho, mas os empregados sabiam. Por isso ele chamou o noivo e disse: - Todos costumam servir primeiro o vinho bom e, depois que os convidados já beberam muito, servem o vinho comum. Mas você guardou até agora o melhor vinho. Jesus fez esse seu primeiro milagre em Caná da Galiléia. Assim ele revelou a sua natureza divina, e os seus discípulos creram nele. Comentário do Evangelho
O envolvimento de Jesus e
sua mãe
O
Evangelho de João caracteriza-se pela marcante simbologia que usa ao fazer
memória de Jesus. Nesta expressiva narrativa de hoje, o realce é o
envolvimento de Jesus e sua mãe, Maria, com um amor atento a todas as
nossas necessidades, até mesmo nos momentos festivos. A transformação da
água contida nas talhas de purificação ritual judaica em vinho, que alegra
a festa dos noivos que se casam, tem o significado teológico da superação
das estritas observâncias da Lei (Torá) pela prática do amor solidário e
libertador, pelo qual se manifesta a glória de Deus.
Oração
Senhor Jesus, que Maria me conduza sempre a ti e me leve a descobrir em ti o caminho da salvação que o Pai nos ofereceu. |
|
![]()
|
Ano B Dia: 13/10/2015 Jesus se opõe à hipocrisia dos fariseus Lc 11, 37-41 Quando Jesus acabou de falar, um fariseu o convidou
para jantar na casa dele. Jesus foi e sentou-se à mesa. O fariseu ficou
admirado quando viu que Jesus não tinha se lavado antes de comer. Então o
Senhor disse a ele:
- Vocês, fariseus, lavam o copo e o prato por fora, mas por dentro vocês estão cheios de violência e de maldade. Seus tolos! Quem fez o lado de fora não é o mesmo que fez o lado de dentro? Portanto, dêem aos pobres o que está dentro dos seus copos e pratos, e assim tudo ficará limpo para vocês. Comentário do Evangelho
A liberdade de Jesus Em um contexto de advertências de Jesus aos chefes
do judaísmo, Lucas narra este episódio durante uma refeição em casa de um
fariseu. Lucas apresenta mais dois outros episódios em tal situação (Lc
7,36-50; 14,1-5), o que é uma exclusividade sua.
Com este texto Lucas inicia uma série de sete admoestações de Jesus contra os fariseus e os doutores da Lei. Elas também são encontradas no capítulo 25 do evangelho de Mateus, de maneira ainda mais contundente. O convite do fariseu a Jesus parece estranho. Pode-se perceber que há uma intenção de incriminá-lo em alguma falta contra a Lei, o que se manifesta pela admiração do fariseu porque Jesus não faz as abluções rituais antes da refeição. A partir deste fato, Jesus afirma sua liberdade de ação com uma ampla crítica à prática religiosa daqueles fariseus e doutores da Lei, com suas observâncias legais e sua imposição ao povo submisso. A primeira crítica é feita sobre o preceito legal das abluções e purificação exterior. Aqueles líderes cumpridores de atos religiosos exteriores estavam com seu interior corrompido. A sentença final exprime que, se os fariseus abrissem mão da cobiça que tinham em seu interior, tudo ficaria puro para eles. Oração
Pai, purifica de todo pecado e egoísmo o mais íntimo de meu ser, pois eles me torna incapaz de viver em comunhão contigo e com o meu semelhante. |
|
![]()
|
Ano B
Dia: 14/10/2015 Jesus, os fariseus e os mestres da Lei Lc 11, 42-46 - Ai de vocês, fariseus! Pois dão para Deus a
décima parte até mesmo da hortelã, da arruda e de todas as verduras, mas
não são justos com os outros e não amam a Deus. E são exatamente essas
coisas que vocês devem fazer sem deixar de lado as outras.
- Ai de vocês, fariseus! Pois gostam demais dos lugares de honra nas sinagogas e gostam de ser cumprimentados com respeito nas praças. - Ai de vocês! Pois são como sepulturas que não se vêem, sepulturas que as pessoas pisam sem perceber. Então um mestre da Lei disse a Jesus: - Mestre, falando assim, o senhor está nos ofendendo também. Jesus respondeu: - Ai de vocês também, mestres da Lei! Porque põem fardos tão pesados nas costas dos outros, que eles quase não podem agüentar. Mas vocês mesmos não ajudam, nem ao menos com um dedo, essas pessoas a carregar esses fardos. Comentário do Evangelho
"Ai de vós" A palavra "fariseu" significa "separado". Os que
pertenciam a este grupo farisaico observavam escrupulosamente um conjunto
de práticas rituais com as quais se julgavam puros e diferenciados dos
demais, que eram, por eles, considerados pecadores. Com um conjunto de
advertências introduzidas por "ai de vós", Jesus desvela esta prática de
falsas aparências. Estas advertências aparecem também no Evangelho de
Mateus. Os fariseus e os doutores da Lei, muito empenhados na observância
externa dos preceitos legais, deixam de lado o essencial, que é a prática
da justiça, da misericórdia e do amor. Com o seu empenho em ostentar
autoridade e poder, visam fortalecer seu prestígio e sua autoridade para
dominar o povo humilde e submisso. Eles são como os túmulos dissimulados,
sobre os quais quem andasse era considerado impuro; assim eles contaminam
o povo com sua doutrina cega. Oprimem o povo com as exigências de sua Lei,
porém se mantêm isolados, como casta privilegiada.
Oração
Pai, coloca-me em sintonia com Jesus para quem a justiça e o amor a ti valem mais que o legalismo dos que são incapazes de descobrir o teu verdadeiro desígnio. |
Pai, ensina-me a
ser benevolente com quem deve ser evangelizado por mim, para que, no
final de minha missão, eu possa também experimentar a tua
benevolência.
|
|
![]()
|
Ano B Dia: 15/10/2015 Jesus e os Mestres da Lei. Lc 11, 47-54 “Ai de vós,
porque construís os túmulos dos profetas; no entanto, foram vossos pais
que os mataram.
Com isso, vós sois testemunhas e aprovais as obras de vossos pais, pois eles mataram os profetas e vós construís os túmulos. É por isso que a sabedoria de Deus afirmou: 'Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e eles matarão e perseguirão alguns deles, a fim de que se peçam contas a esta geração do sangue de todos os profetas, derramado desde a criação do mundo, desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o santuário. Sim, eu vos digo: serão pedidas contas disso a esta geração. Ai de vós, doutores da Lei, porque ficastes com a chave da ciência: vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar.” Quando Jesus saiu de lá, os escribas e os fariseus começaram a importuná-lo e a provocá-lo em muitos pontos, armando ciladas para apanhá-lo em suas próprias palavras. ![]() A pretensão nos impede |
Pai, ensina-me a ser benevolente com quem
deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha missão,
eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
|
![]()
|
Pai, ensina-me a ser benevolente com
quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha
missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
|
![]()
|
|
![]()
|
Ano
B
Dia: 18/10/2015 O Filho do Homem veio para servir e dar a vida Mc 10,35-45 Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram- se
de Jesus e lhe disseram: “Mestre, queremos que faças por nós o que te
vamos pedir”. Ele perguntou: “Que quereis que eu vos faça?”. Responderam:
“Permite que nos sentemos, na tua glória, um à tua direita e o outro à tua
esquerda!”. Jesus lhes disse: “Não sabeis o que estais pedindo. Podeis
beber o cálice que eu vou beber? Ou ser batizados com o batismo com que eu
vou ser batizado?”. Responderam: “Podemos”. Jesus então lhes disse: “Sim,
do cálice que eu vou beber, bebereis, com o batismo com que eu vou ser
batizado, sereis batizados. Mas o sentar-se à minha direita ou à minha
esquerda não depende de mim; é para aqueles para quem foi preparado”.
Quando os outros dez ouviram isso, começaram a ficar zangados com Tiago e
João. Jesus então os chamou e disse: “Sabeis que os que são considerados
chefes das nações as dominam, e os seus grandes fazem sentir seu poder.
Entre vós não deve ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja
aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós seja o
escravo de todos. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas
para servir e dar a vida em resgate por muitos”.
Comentário do Evangelho
O caminho do discípulo é o caminho do
Mestre
Jesus caminha subindo para Jerusalém, para a
sua morte, para a sua entrega definitiva, e caminha decididamente (cf. Mc
8,32-38). Os discípulos, ao contrário, iam com medo. O medo é falta de fé
(cf. 4,35-41). Depois de cada anúncio da paixão, morte e ressurreição, os
discípulos adotam uma atitude inadequada, fruto de sua incompreensão e do
desejo de honra e prestígio, o que contrasta profundamente com a atitude
de Jesus que renunciou a toda honra deste mundo. No evangelho de hoje, o
foco são os filhos de Zebedeu, Tiago e João, dois dos quatro primeiros
discípulos chamados por Jesus enquanto estavam com o seu pai no barco, no
mar da Galileia (cf. Mc 1,16-20). O pedido que eles fazem a Jesus ocorre
depois do terceiro anúncio da paixão. Jesus acaba de anunciar as
humilhações e a violência que vai sofrer, e os dois irmãos lhe pedem
lugares de honra. Eles não vêm nisso qualquer contradição. Estão cegos. É
preciso estarmos atentos, pois isso acontece também conosco, quando
buscamos privilégios, vantagens e satisfações pessoais. Tiago e João,
dominados pela cegueira, querem garantir seu lugar, não qualquer lugar,
mas um posto de privilégio “na glória”. Pelos lugares postulados, à
direita e à esquerda, querem ainda participar do julgamento de todo mundo.
Ora, o caminho do discípulo é o caminho do Mestre – pois o “discípulo não
é maior que o Mestre, mas basta ser como o Mestre” (Mt 10,24-25). É
preciso participação efetiva e afetiva na paixão/morte de Jesus: “podeis
beber o cálice que eu vou beber? Ou ser batizado com o batismo com o qual
eu serei batizado?”. Essa é a decisão que importa: “Podemos”. É Deus quem
dá a recompensa. Aos discípulos compete a tarefa de construir uma
comunidade de serviço gratuito e generoso, à imitação de Jesus que “não
veio para ser servido, mas para servir e dar vida em resgate de muitos”.
Não há participação na glória de Cristo sem passar com ele pela paixão e
morte. |
|
![]()
|
Ano B
Dia: 19/10/2015 Para que acumular? Lc 12 ,13-21 Disse-lhe
então alguém do meio do povo: Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo
a herança. Jesus respondeu-lhe: Meu amigo, quem me constituiu juiz ou
árbitro entre vós? E disse então ao povo: Guardai-vos escrupulosamente de
toda a avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na
abundância, não depende de suas riquezas. E propôs-lhe esta parábola:
Havia um homem rico cujos campos produziam muito. E ele refletia consigo:
Que farei? Porque não tenho onde recolher a minha colheita. Disse então
ele: Farei o seguinte: derrubarei os meus celeiros e construirei maiores;
neles recolherei toda a minha colheita e os meus bens. E direi à minha
alma: ó minha alma, tens muitos bens em depósito para muitíssimos anos;
descansa, come, bebe e regala-te. Deus, porém, lhe disse: Insensato! Nesta
noite ainda exigirão de ti a tua alma. E as coisas, que ajuntaste, de quem
serão? Assim acontece ao homem que entesoura para si mesmo e não é rico
para Deus.
Comentário do Evangelho
Denúncia ao "acúmulo" Neste texto
de denúncia da acumulação da riqueza, exclusivo de Lucas, Jesus rejeita o
papel de árbitro em uma disputa de partilha de herança. Contudo aproveita
a ocasião para fazer a crítica sobre aqueles ambiciosos sedentos de
enriquecimento, que, explorando trabalhadores humildes e empobrecidos,
acumulam riquezas sobre riquezas. Contando uma parábola, Jesus chama de
tolo o homem rico que buscava a segurança nas riquezas. Esta é uma falsa
segurança que não protege da morte. A acumulação de riquezas por alguns
gera os empobrecidos, com o escândalo da divisão da sociedade em ricos e
pobres. É a solidariedade e a partilha com os mais necessitados que nos
levam à comunhão de vida eterna com Jesus e com o Pai.
|
Oração
Pai, que a perspectiva de dificuldades a serem encontradas no apostolado não me faça recuar da missão de preparar o mundo para acolher teu Filho Jesus. |
Fonte:www.paulinas.org.br |
Pai, ensina-me a ser
benevolente com quem deve ser evangelizado por mim, para que, no
final de minha missão, eu possa também experimentar a tua
benevolência.
|
![]() Ano B Dia: 20/10/2015 Os empregados alertas Lc 12, 35-38 E Jesus disse ainda:
- Fiquem preparados para tudo: estejam com a roupa bem presa com o cinto e conservem as lamparinas acesas. Sejam como os empregados que esperam pelo patrão, que vai voltar da festa de casamento. Logo que ele bate na porta, os empregados vão abrir. Felizes aqueles empregados que o patrão encontra acordados e preparados! Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o próprio patrão se preparará para servi-los, mandará que se sentem à mesa e ele mesmo os servirá. Eles serão felizes se o patrão os encontrar alertas, mesmo que chegue à meia-noite ou até mais tarde. Comentário do
Evangelho
Permanecer vigilante Esta parábola de Jesus situa-se em um
contexto de ensinamento aos discípulos, durante o caminho para Jerusalém.
Como Jesus pressentia o desfecho de seu ministério, pois sabia da
disposição dos chefes do Templo e das sinagogas em matá-lo, este
ensinamento tem um caráter escatológico, como preparação para um fim. E a
melhor maneira para se preparar para o fim é viver a plenitude do momento
presente, no dom do amor total, no desapego e na vigilância.
Estar acordado, de prontidão, em trajes de serviço e com as lâmpadas acesas significa estar atento e praticando a vontade de Deus, unido e servindo à comunidade no anúncio da Palavra. Por duas vezes é proclamada a bem-aventurança dos que assim estiverem. O próprio Senhor vai trajar-se para o serviço e os servirá à mesa. A afirmação lembra a cena do "lava-pés" de evangelho de João. Curiosamente, por outro lado, esta mesma afirmação contradiz a parábola do senhor abusivo que de maneira alguma serviria seus servos (cf. 13 nov.), na qual predomina a antiga visão do Primeiro Testamento. As comunidades, conscientes da presença de Jesus no seu meio, movidas pelo amor, permanecem vigilantes, empenhando-se na implantação da justiça e da paz no mundo. Oração Pai, somente em ti quero centrar as minhas opções mais profundas, para não permitir que o egoísmo tome conta do meu coração e me afaste de ti. |
Pai, ensina-me a ser benevolente com
quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha
missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
|
![]()
|
Eu vim para pôr fogo na terra e como eu gostaria que ele já estivesse aceso!
![]()
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Ano B
Dia: 22/10/2015
Divisão por causa de Jesus
Lc 12, 49-53
|
![]()
|
Dia: 23/10/2015 Sinais de Deus Lc 12,54-59 |
"Deus nos
achou dignos de confiar-nos o Evangelho, e falamos não para agradar
os homens, mas sim a Deus, que perscruta nosso
coração!"
São
Paulo |
|
![]()
|
Ano B
Dia: 24/10/2015 A figueira estéril Lc 13, 1-9 Naquela mesma ocasião algumas pessoas
chegaram e começaram a comentar com Jesus como Pilatos havia mandado matar
vários galileus, no momento em que eles ofereciam sacrifícios a Deus.
Então Jesus disse:
- Vocês pensam que, se aqueles galileus foram mortos desse jeito, isso quer dizer que eles pecaram mais do que os outros galileus? De modo nenhum! Eu afirmo a vocês que, se não se arrependerem dos seus pecados, todos vocês vão morrer como eles morreram. E lembrem daqueles dezoito, do bairro de Siloé, que foram mortos quando a torre caiu em cima deles. Vocês pensam que eles eram piores do que os outros que moravam em Jerusalém? De modo nenhum! Eu afirmo a vocês que, se não se arrependerem dos seus pecados, todos vocês vão morrer como eles morreram. Então Jesus contou esta parábola: - Certo homem tinha uma figueira na sua plantação de uvas. E, quando foi procurar figos, não encontrou nenhum. Aí disse ao homem que tomava conta da plantação: "Olhe! Já faz três anos seguidos que venho buscar figos nesta figueira e não encontro nenhum. Corte esta figueira! Por que deixá-la continuar tirando a força da terra sem produzir nada?" Mas o empregado respondeu: "Patrão, deixe a figueira ficar mais este ano. Eu vou afofar a terra em volta dela e pôr bastante adubo. Se no ano que vem ela der figos, muito bem. Se não der, então mande cortá-la." Comentário do Evangelho
O encontro com Deus se dá pela conversão
Temos neste texto, exclusivo de Lucas, um
caso único, nos evangelhos, em que Jesus, em seus ensinamentos, faz
referência a acontecimentos recentes. Os galileus foram mortos por Pilatos
porque suspeitava que fossem subversivos. Segundo a "doutrina da
retribuição" dos fariseus, o sofrimento era castigo de Deus e a abundância
era bênção de Deus. A morte violenta dos galileus foi vista como
conseqüência de seus pecados. Jesus o descarta, e traz a questão para
dentro da própria comunidade judaica, uma torre que caiu e matou dezoito,
em Jerusalém. Eram, estes também, mais pecadores que os demais? Negando
esta doutrina da retribuição, Jesus destaca que o encontro com Deus se dá
pela conversão necessária para todos aqueles que se julgavam justos. Com a
parábola que segue, Jesus mostra a paciência de Deus em dar oportunidades
para a conversão.
Oração Pai, que a minha vida seja uma contínua busca de comunhão contigo, por meio de um arrependimento sincero e de minha conversão urgente para ti. |
Pai, ensina-me a ser benevolente com
quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha
missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
|
Jesus, Filho de Davi, tenha pena de mim!
O que é que você quer que eu faça?perguntou Jesus.Mestre, eu quero ver de novo!
Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Ano B
Dia: 25/10/2015
Jesus cura o cego Bartimeu
Mc 10, 46-52Jesus e os discípulos chegaram à cidade de Jericó. Quando ele estava saindo da cidade, com os discípulos e uma grande multidão, encontrou um cego chamado Bartimeu, filho de Timeu. O cego estava sentado na beira do caminho, pedindo esmola. Quando ouviu alguém dizer que era Jesus de Nazaré que estava passando, o cego começou a gritar:
- Jesus, Filho de Davi, tenha pena de mim!
Muitas pessoas o repreenderam e mandaram que ele calasse a boca, mas ele gritava ainda mais:
- Filho de Davi, tenha pena de mim!
Então Jesus parou e disse:
- Chamem o cego.
Eles chamaram e lhe disseram:
- Coragem! Levante-se porque ele está chamando você!
Então Bartimeu jogou a sua capa para um lado, levantou-se depressa e foi até o lugar onde Jesus estava.
- O que é que você quer que eu faça? - perguntou Jesus.
- Mestre, eu quero ver de novo! - respondeu ele.
- Vá; você está curado porque teve fé! - afirmou Jesus.
No mesmo instante, Bartimeu começou a ver de novo e foi seguindo Jesus pelo caminho.Comentário do Evangelho
Cegueira dos discípulosPodemos perceber que Marcos, ao escrever seu evangelho, teve a intenção de caracterizar três etapas do ministério de Jesus. A primeira, até o capítulo 8, versículo 21, envolvendo o ministério de Jesus na Galileia e nas regiões gentílicas vizinhas, abrange desde o batismo de João até a passagem por Betsaida; é uma fase de formação dos discípulos, e a palavra chave é a "casa", mencionada frequentemente como lugar onde a comunidade se encontra com Jesus. A segunda etapa, do capítulo 8, versículo 22, ao capítulo 10, versículo 52, que envolve a viagem com destino a Jerusalém, a partir de Betsaida e dos povoados de Cesareia de Filipe, ao norte da Galileia; nesta etapa a palavra-chave é o "caminho", repetida várias vezes, ao longo do qual Jesus prepara os discípulos para o desfecho de seu ministério em Jerusalém, destacando-se nesta etapa os três "anúncios da Paixão" (Mc 8,31-32; 9,30-32; 10,32-34; cf. 30 maio). A terceira etapa, a partir do capítulo 11, abrange o ministério de Jesus em Jerusalém, culminando com a Paixão, morte e ressurreição.
A leitura de hoje, com a cura do cego de Jericó, fecha a segunda etapa do ministério de Jesus, cujo início foi demarcado também com a cura de um cego em Betsaida. Com este artifício literário, incluindo a caminhada para Jerusalém entre duas curas de cegos, Marcos realça que Jesus está empenhado em abrir os olhos dos próprios discípulos quanto à natureza de sua missão no mundo.
Nesta caminhada, aproximando-se de Jerusalém, passam por Jericó, situada a cerca de 25 km daquela cidade de destino. Os discípulos acompanham Jesus, sem ainda compreender, com clareza, o sentido pleno de sua missão, pois tinham dele uma visão messiânica triunfalista.
A narrativa da cura é feita em cores vivas, como em uma cena teatral: a multidão que acompanha Jesus; o cego, mendigo, sentado à beira da estrada; seus gritos insistentes, indiferente à repreensão de muitos; o chamado de Jesus e o seu pulo, jogando o manto fora, concluindo com a recuperação da visão.
Pode-se imaginar que os mendigos de Jericó se instalassem à beira do caminho que, vindo do norte, levava a Jerusalém, contando com a benevolência e a piedade dos peregrinos, que, em grandes grupos, viajavam para a cidade a fim de cumprir o preceito de participação na festa da Páscoa judaica, no Templo.
O cego que estava à beira do caminho, de certo modo, é a imagem destes discípulos em sua incompreensão. Ele "vê", equivocadamente, Jesus como o "Filho de Davi", messias poderoso e triunfante da tradição judaica do Primeiro Testamento. Contudo, este homem quer libertar-se de sua cegueira. Jesus pergunta-lhe: "Que queres que eu te faça?". Esta pergunta havia sido dirigida, pouco antes (cf. 30 maio) a Tiago e João, cuja resposta revela que, cegamente, aspiravam ao poder. Bartimeu, simplesmente, quer "ver", e, vendo Jesus Nazareno com clareza, ele o segue em seu caminho.
Nossa fé consiste em "ver" Jesus presente, hoje, no mundo, humilde e amoroso, caminhando com seus discípulos na construção de um mundo novo de justiça e paz.OraçãoFonte:www.paulinas.org.br
Pai, dá-me forças para lutar contra a cegueira que me impede de reconhecer teu amor misericordioso manifestado em Jesus. Faze com que eu veja!