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Dia: 01/07/2012 Pedro exprime sua fé em Jesus Mt 16, 13-19 |
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Ano B
Dia: 02/07/2012 Disposição para seguir Jesus Mt 8, 18-22 Jesus viu a
multidão em volta dele e mandou os discípulos irem para o lado leste do
lago. Um mestre da Lei chegou perto dele e disse:
- Mestre, estou pronto a seguir o senhor para qualquer lugar aonde o senhor for! Jesus respondeu: - As raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos. Mas o Filho do Homem não tem onde descansar sua cabeça. E outro, que era seguidor de Jesus, disse: - Senhor, primeiro deixe que eu volte e sepulte o meu pai. Jesus respondeu: - Venha comigo e deixe que os mortos sepultem os seus mortos. Comentário do Evangelho
O seguimento de Jesus significa
ruptura
Ao passar
para a outra margem, Jesus quer não só evitar as multidões, mas também
ampliar seu ministério às populações gentílicas vizinhas.
Mateus aborda o tema do seguimento de Jesus com dois casos opostos. Primeiro, alguém que não é discípulo aproxima-se de Jesus. É um escriba. Outras vezes eles vinham com armadilhas. Agora se pode pensar que o escriba esteja bem intencionado. Ele afirma-se disposto a seguir Jesus. Diante de tal ímpeto de disponibilidade, Jesus mostra cautela. Afirma seu estilo de vida despojado, itinerante, sem segurança, que nem as raposas e as aves têm. Não se sabe a reação do escriba. Parece ter desistido, como o caso do jovem rico em outra narrativa (Mt 19,16-22). No segundo caso trata-se de um discípulo que pede tempo para enterrar o pai. A resposta negativa de Jesus, tomada ao pé da letra, parece um tanto rude. Pode-se ver aí uma simbologia, na qual "o pai" deste discípulo significa a tradição do judaísmo, que tem na família a célula de reprodução do "povo eleito", superior e separado dos demais. Esta resposta de Jesus completa a anterior: seguir Jesus significa uma ruptura pura e simples com as antigas tradições mortas, que não favorecem a vida, e a adesão ao amor vivificante do Pai. Oração
Pai, confronta-me, cada dia, com as exigências do discipulado, e reforça minha disposição para enfrentá-las com a tua graça. |
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Dia: 03/07/2012 A fé dos discipulos após a ressurreição Jo 20, 2-29 |
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Ano B
Dia: 04/07/2012 Jesus cura dois homens dominados por demônios
Mt 8, 28-34 Quando Jesus chegou à outra margem
do lago, à região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois possessos,
saindo dos túmulos. Eram tão violentos que ninguém podia passar por aquele
caminho. Eles então gritaram: "Que queres de nós, Filho de Deus? Vieste
aqui para nos atormentar antes do tempo?" Ora, acerta distância deles
estava pastando uma manada de muitos porcos. Os demônios suplicavam-lhe:
"Se nos expulsas, manda-nos à manada de porcos". Ele disse: "Ide". Os
demônios saíram, e foram para os porcos. E todos os porcos se
precipitaram, pelo despenhadeiro, para dentro do mar, morrendo nas águas.
Os que cuidavam dos porcos fugiram e foram à cidade contar tudo, também o
que houve com os possessos. A cidade inteira saiu ao encontro de Jesus. E
logo que o viram, pediram-lhe que fosse embora da região.
Comentário do
Evangelho
A conversão leva à pregação Mateus resume aqui uma narrativa
de Marcos para inseri-la em sua coleção de dez milagres de Jesus. Em
Marcos a narrativa tem um sentido missionário: um possesso que foi
libertado passou a anunciar Jesus no território gentílico da Decápole. A
conversão leva à pregação. Em Mateus a narrativa é centrada na expulsão
dos demônios e Mateus a acentua colocando dois possessos. Mateus quer
realçar o aspecto messiânico de Jesus que vence os demônios. Com a
expressão "atormentar antes do tempo", Jesus é visto como o juiz
escatológico que no fim dos tempos lançará o demônio aos tormentos (Apo
20,10). O sacrifício inútil dos porcos leva a perceber o simbolismo usado
pela tradição de origem judaica. A narrativa ainda mostra que Jesus, com
sua prática libertadora, encontra resistência dos mais favorecidos,
moradores da cidade, que pedem que se retire dali.
Oração
Pai, coloca-me bem junto de teu Filho Jesus, para que as forças do mal não prevaleçam contra mim nem me mantenham prisioneiro de seu poder opressor. |
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Ano
B
Dia: 05/07/2012 Cura de um paralítico Mt 9, 1-8 Jesus passou para a outra margem
do lago e foi para a sua cidade. Apresentaram-lhe, então, um paralítico,
deitado numa maca. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico:
"Coragem, filho, teus pecados estão perdoados!" Então alguns escribas
pensaram: "Esse homem está blasfemando". Mas Jesus, conhecendo os seus
pensamentos, disse-lhes: "Por que tendes esses maus pensamentos em vossos
corações? Que é mais fácil, dizer: 'Os teus pecados são perdoados', ou:
'Levanta-te e anda'? Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem
na terra poder para perdoar pecados, - disse então ao paralítico -
levanta-te, pega a tua maca e vai para casa". O paralítico levantou-se e
foi para casa. Vendo isso, a multidão ficou cheia de temor e glorificou a
Deus por ter dado tal poder aos seres humanos.
Comentário do
Evangelho
Jesus vem remover a culpa imputada pela
Lei
Mateus, preocupado em reunir dez
milagres de Jesus, nos capítulos 8 e 9 de seu evangelho, resume esta
narrativa da cura do paralítico, bem mais detalhada em Marcos. Embora a
preocupação de Mateus seja o caráter messiânico da cura milagrosa, o
núcleo da narrativa é o perdão dos pecados. O pecado, no Primeiro
Testamento, era qualquer desobediência aos mais de seiscentos preceitos da
Lei, impondo restrições minuciosas às práticas comuns do dia a dia. O povo
trabalhador, oprimido e empobrecido, por suas próprias atividades de
sobrevivência não tinha condições de observar estes preceitos todos. Assim
era considerado pecador. Ainda mais, as doenças e defeitos físicos eram
consideradas como castigo pelo pecado. Jesus vem remover a culpa imputada
pela Lei, retirando a acusação de pecado do paralítico e libertando-o de
sua paralisia.
Oração
Pai, que minha fé ilimitada em teu Filho Jesus seja penhor de perdão e cura. Que o poder de Jesus me cure a partir do meu interior. |
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Anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; ao contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!São Paulo
Pai, ensina-me a ser benevolente
com quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de
minha missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
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Ano B Dia: 07/07/2012 Jesus e o jejum Mt 9, 14-17 |
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Ano B
Dia: 08/07/2012 Admiração pela falta de fé Mc 6, 1-6 Jesus voltou com os seus
discípulos para a cidade de Nazaré, onde ele tinha morado. No sábado
começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o estavam escutando ficaram
admirados e perguntaram:
- De onde é que este homem consegue tudo isso? De onde vem a sabedoria dele? Como é que faz esses milagres? Por acaso ele não é o carpinteiro, filho de Maria? Não é irmão de Tiago, José, Judas e Simão? As suas irmãs não moram aqui? Por isso ficaram desiludidos com ele. Mas Jesus disse: - Um profeta é respeitado em toda parte, menos na sua terra, entre os seus parentes e na sua própria casa. Ele não pôde fazer milagres em Nazaré, a não ser curar alguns doentes, pondo as mãos sobre eles. 6E ficou admirado com a falta de fé que havia ali. Comentário do
Evangelho
A difícil missão do profeta Esta narrativa de Marcos tem como
núcleo a proclamação de Jesus: "Um profeta só não é valorizado na sua
própria terra". É a sua rejeição pelos frequentadores da sinagoga e por
seus familiares. É uma ruptura com as tradicionais estruturas
sociorreligiosas de parentesco do judaísmo, que se afirma como povo eleito
a partir dos vínculos carnais de consanguinidade, comprovados por
genealogias. Já João Batista em sua pregação advertia: "Produzi fruto de
arrependimento e não penseis que basta dizer: 'Temos por pai Abraão'". Com
Jesus a família fica caracterizada pela união em torno do cumprimento da
vontade do Pai.
No evangelho de Marcos, esta é a terceira e última vez que Jesus vai a uma sinagoga, cada vez tendo ocorrido um conflito com os chefes religiosos. Jesus exerce seu ministério na Galileia e territórios gentílicos vizinhos, tendo a "casa" como centro de irradiação da missão. Percebe-se, bem, como os evangelhos deixam transparecer a dificuldade que os discípulos, e os demais que conviveram com Jesus, tiveram em compreender sua identidade. Quem é Jesus? Durante cerca de trinta anos Jesus viveu com sua família, na Galileia, sem nada excepcional que chamasse a atenção sobre sua pessoa. É o Filho de Deus presente no mundo, em comunicação com as pessoas, certamente de maneira humilde, digna e com amor. É a condição humana, na simplicidade do dia a dia, que é valorizada pelo Pai, o qual, em tudo que nela há de bom, justo e verdadeiro, a assume no seu amor e na sua vida eterna. Após ser batizado por João, Jesus durante cerca de três anos passa a revelar ao mundo este projeto vivificante do Pai. É o Reino de Deus presente entre nós. Ao fazer, com sabedoria, o seu anúncio profético do Reino, seus conterrâneos se admiravam, mas não o valorizaram, pois sempre o conheceram na sua simplicidade de carpinteiro, filho de Maria. Esta reação do povo indica que Jesus não tinha nenhuma origem davídica, pelo que, se fosse o caso, seria exaltado por todos. O judaísmo tinha uma expectativa messiânica segundo a qual um dia viria um líder que, com carismas especiais, conduziria a nação judaica e a elevaria a um status de glória, riqueza e poder acima das demais nações. Era um ungido (messias, do hebraico; cristo, do grego) à semelhança de Davi, ungido rei, que, segundo a exaltação da tradição, teria criado um glorioso império, o que foi incorporado na memória do povo. Ao longo do ministério de Jesus, os seus discípulos de origem do judaísmo começaram a ver nele este messias poderoso. Esta falta de compreensão foi frequentemente censurada por Jesus. O crer em Jesus é ver, na sua humildade e em seus atos de amor, a presença de Deus, cumprindo a vontade do Pai de comunicar a vida aos empobrecidos e marginalizados, os quais são assumidos como filhos, em Jesus. O verdadeiro ato de fé é ver Deus, despido de poder, vivendo entre nós, humildemente, na plenitude do amor. Paulo testemunha que a missão é feita com humildade e não com atos de poder (segunda leitura). Foi, também, na simples condição da fragilidade humana, como "filho do homem", que Ezequiel foi enviado a profetizar a um povo rebelde (primeira leitura). Oração
Pai, abre minha mente e meu coração, para que eu possa compreender que tu te serves de meios humanamente modestos para realizar as tuas maravilhas. |
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Ano B
Dia: 09/07/2012 Um toque que salva
Mt 9, 18-26 Enquanto Jesus estava falando, um
chefe aproximou-se, prostrou-se diante dele e disse: "Minha filha faleceu
agora mesmo; mas vem impor a mão sobre ela, e viverá". Jesus o acompanhou,
junto com os discípulos. Nisto, uma mulher que havia doze anos sofria de
hemorragias veio por trás dele e tocou na franja de seu manto. Ela pensava
consigo: "Se eu conseguir ao menos tocar no seu manto, ficarei curada".
Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse: "Coragem, filha! A tua fé te salvou".
E a mulher ficou curada a partir daquele instante. Chegando à casa do
chefe, Jesus viu os tocadores de flauta e a multidão agitada, e disse:
"Retirai-vos! A menina não morreu; ela dorme". Mas eles zombavam dele.
Afastada a multidão, ele entrou, pegou a menina pela mão, e ela se
levantou. E a notícia disso espalhou-se por toda aquela região.
Comentário do
Evangelho
A tua fé te salvou Neste texto temos duas narrativas
de milagres, a cura de uma mulher anônima e a ressurreição da filha de
Jairo. Elas encontram-se mais detalhadas no evangelho de Marcos, porém
Mateus, procurando atender às expectativas do judaísmo, as resume com a
preocupação de agregá-las na sua coletânea de dez milagres de Jesus,
apresentando-o com um caráter de poder messiânico. O atendimento a um
chefe importante, da sinagoga, é interrompido pela cura e atenção dada a
uma mulher impura, do povo. Um quer a restituição da vida de sua filha, a
outra quer a cura de sua impureza. Fica evidente a subversão da ordem
religiosa vigente. De um lado um homem, chefe religioso com prestígio, de
outro, uma mulher excluída. Jesus prioriza a mulher, à qual chama de filha
e exalta sua fé. Mas não exclui a filha do chefe, cuja vida é restaurada,
apesar das zombarias.
Oração
Pai, que minha resposta imediata aos apelos de meus semelhantes manifeste a veracidade do que proclamo por meio de palavras. |
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Ano B
Dia: 10/07/2012 Compaixão pelo povo que sofre Mt 9, 32-38 Enquanto os cegos estavam saindo,
as pessoas trouxeram a Jesus um possesso mudo. Expulso o demônio, o mudo
começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam: "Nunca se viu
coisa igual em Israel". Os fariseus, porém, diziam: "É pelo chefe dos
demônios que ele expulsa os demônios". Jesus começou a percorrer todas as
cidades e povoados... proclamando a Boa Nova do Reino e curando todo tipo
de doença e de enfermidade. Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de
compaixão por elas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que
não têm pastor. Então disse aos discípulos: "A colheita é grande, mas os
trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie
trabalhadores para sua colheita!"
Comentário do
Evangelho
Jesus vem libertar A narrativa da cura do mudo, que
completa a coletânea de Mateus com dez milagres, no capitulo 9, é um
resumo da narrativa mais ampla que ele faz em 12,22-32. O demônio é o
causador do mal. Pode ser um ser sobre-natural ou aqueles que, aqui no
mundo, fazem o mal. Seja enquanto indivíduos ou na perspectiva
sócio-econômica, em que as estruturas de poder excluem os pequenos e
pobres expondo-os às mais diversas doenças. Jesus vem libertar destes
demônios que levam o povo ao sofrimento. As multidões se admiram da ação
libertadora de Jesus mas os fariseus procuram difamá-lo. Identificam-no
com um demônio, enquanto eles, fariseus, ostentam-se em suas cátedras de
hipocrisia e poder. As multidões excluídas, cansadas e abatidas despertam
a compaixão de Jesus. A tarefa de trabalhar na sua promoção e libertação é
grande. É importante pedir ao Pai do céu, que deseja acolher estas
multidões no seu Reino, que envie trabalhadores para esta
missão.
Oração Pai, faze-me compassivo diante do sofrimento de tantos irmãos e irmãs, movendo-me a ser, efetivamente, solidário com eles. |