2012 = 2º Trimestre: Evangelismo e Testemunho |
Lição 07 –12 a 19/05/2012 Evangelismo corporativo e testemunho |
Verso: “E as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar outros” (2Tm 2:2, NVI).
Pensamento principal: A disseminação da verdade de Deus não se limita aos ministros. A verdade deve ser espalhada por todos os que alegam ser discípulos de Cristo.
“Cada coração com Cristo é um missionário, e cada coração sem Cristo é um campo missionário” (Dick Hills).
Sábado (12/maio/2011) | Introdução: A obra com todos |
O trabalho missionário também chamado de Evangelismo e Testemunho é uma tarefa de todos os que aceitam Jesus como salvador e selam esse compromisso com o batismo.
“Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como um missionário. Assim que vem a conhecer o Salvador, deseja pôr os outros em contato com Ele. A santificadora verdade não pode ficar encerrada em seu coração” (Ciência do Bom Viver, pág. 102).
ILUSTRAÇÃO: Um moço converteu-se e após o batismo, passados uns trinta dias, foi procurado por seu pastor que o entrevistou perguntando: “Já está evangelizando alguém?”. O moço arregalou os olhos e respondeu: “Pastor, sou muito novo na fé para fazer isto, não acha?”. O velho pastor olhou o moço nos olhos e disse: “Meu irmãozinho, quando você acende uma vela para iluminar sua casa, você espera que a iluminação inicie assim que a chama for acesa ou só depois que a vela estiver gasta da metade em diante?”. “É claro que é assim que eu a acendo, pastor, mas por quê?”. Porque você já recebeu a luz da verdade em sua vida e deve começar a iluminar outros agora, testemunhando o que Deus fez em sua vida”.
O uso dos dons para o evangelismo pessoal e também corporativo é uma necessidade do ministério que segue as ordens de Cristo no que diz respeito à salvação daqueles que estão em trevas ou necessitando de uma direção para a vida pessoal e familiar. Algumas vezes a liderança da igreja não tem tido essa visão de aproveitamento das pessoas capacitadas para essa nobre tarefa da vida cristã que é o evangelismo. De acordo com o pensador cristão Niles “Evangelização é simplesmente um mendigo alimentado e transformado contando a outro mendigo onde encontrar pão, o pão espiritual”.
Consideremos nesta semana esse estudo a respeito da nossa participação no evangelismo e testemunho realizado de forma corporativa sem nos esquecermos da nossa contribuição individual no seara do Senhor.
Domingo (13/maio/2012) | Permitindo que a mão esquerda e a direita saibam |
A igreja tem vários departamentos e a idéia que se passa é que só o departamento de evangelismo da igreja é que tem a obrigação de ganhar almas. Na verdade toda a igreja deve ser vista como uma unidade com planos, metas e alvos estabelecidos para cada área, mas todos conectados em um só objetivo: ganhar almas. É por isso que tem pessoas na igreja que não dão frutos, não levam ninguém ao batismo, porque acreditam que estão fora dessa solene obrigação.
ILUSTRAÇÃO: Um pastor foi visitar um sapateiro, membro piedoso da sua igreja. Só que este lamentava não poder evangelizar como os outros. Sua limitação de palavras não o permitia montar frases que fossem portadoras da mensagem do Evangelho. O pastor pegou um dos sapatos que acabava de ser consertado, mirou-o de todos os lados, e com um sorriso de aprovação o devolveu ao lugar, dizendo: “Isto é um ótimo sermão. Melhor que muitos que já se pregou”. “Meu irmão”, disse o pastor, “o senhor prega um sermão vivo sem saber ao consertar tão bem os sapatos dos seus clientes. Conversei com muitos deles e sua fama por aí é de homem honesto, crente sincero, cumpridor dos seus deveres e o melhor sapateiro da cidade”.
1. Quais são as vantagens de trabalhar em grupo no contexto profissional e social? Podemos aplicar essa verdade ao contexto missionário? Ec 4:9-12
RESPOSTA: O trabalho em equipe traz resultados positivos e progresso, aumentando a produtividade, resistência, proteção, ajuda mútua, calor humano. No evangelismo o trabalho em grupo cria mais oportunidades e aumenta as chances de sucesso espiritual.
No trabalho em equipe a informação é a chave do sucesso, porque dá a idéia de funcionalidade e apoio onde é mais necessário. Se as pessoas não tem conhecimento do que está acontecendo de forma global, passa a fazer o que acha melhor, interferindo muitas vezes com o planejamento corporativo.
2. Que tarefas de apoio foram realizadas por Lídia e pelo carcereiro? Como essas atividades contribuíram para a missão geral de pregar o evangelho? At 16:14, 15, 33, 34
RESPOSTA: Lídia hospedou Paulo e Silas em sua casa. O carcereiro convertido levou-os para sua casa, teve cuidados com a saúde, fez curativos e os alimentou. Esses atos de bondade deram a Paulo e Silas fôlego novo para irem pregar mais.
Sozinhos Paulo e Silas e outros missionários nada conseguiriam. A equipe ao longo do tempo e nas diversas localidades deu sustentação ao ministério.
ILUSTRAÇÃO: Um certo senhor simples da igreja, percebeu num sábado pela manhã que um colportor ficara na frente da igreja após o culto, porque uma pessoa que o convidara para almoçar não compareceu à igreja e o moço ficou com fome. O bondoso senhor convidou-o para sua casa e deu-lhe alimento. A partir daí fez disso um costume, levando todo sábado um ou mais obreiros para almoçar. Hoje mais de 200 pastores que passaram por aquela casa se lembram daquele servo de Deus hospitaleiro e que ajudou o ministério com sua atitude.
Segunda (14/maio/2012) | Planejando juntos |
ILUSTRAÇÃO: Sem planejamento do evangelismo não há sucesso. Imagine isto: Você está em casa. Alguém toca a campainha. Você abre a porta e se depara com um cidadão jovem, vendendo seguros de casa em casa. Ele está ansioso. Está vestindo um terno preto, com a calça um tanto curta para ele e o paletó todo apertado. A camisa e a gravata estão fora de moda. A gravata puxada para um lado por cima do colarinho. No lugar da saudação, ele vai perguntando: “Não gostaria de fazer um seguro?” Sua resposta, evidentemente, irá de encontro às expectativas do rapaz: “Não! Realmente não gostaria” (e, pensando consigo mesmo: “se o fizesse, não iria ser com você”). O rapaz pode ter feito o melhor trabalho possível para vender um seguro para você, mas a apresentação que fez destruiu qualquer interesse que você poderia ter. Fazer evangelismo sem planejar como apresentá-lo às pessoas de forma positiva, destrói a confiança e perde-se a semente lançada.
3. O que deve caracterizar o culto oferecido a Deus? Que vantagem esse princípio pode trazer ao trabalho evangelístico? Quais são os prejuízos da falta de planejamento ou de um plano inadequado para o evangelismo? 1Co 14:40
RESPOSTA: O que caracteriza um culto a Deus é o planejamento, a ordem e a decência. Tais princípios produzem um evangelismo de êxito, com ordem, objetivos definidos e com qualidade. Sem um plano adequado a igreja acaba regredindo.
Promover o evangelismo é a tarefa básica de toda a comissão da igreja que envolve todos os oficiais dos departamentos. Isto quer dizer que a estratégia de ganhar almas deve ter a participação de todos para depois promover junto à igreja o planejado. Alvos precisam ser definidos, mas as estratégias para alcançá-los também devem ser mostradas para a igreja. Deve haver treinamento dos envolvidos no trabalho sobre abordagem e apresentação da Palavra. Há necessidade de avaliação dos resultados periodicamente para mudar métodos e estratégias, se necessário for. Ter uma direção e um objetivo a seguir como igreja é muito importante e isto requer dedicação e muito esforço de todos.
“Se não fizermos nenhum esforço para ganhar almas para Cristo, seremos responsáveis pela obra que poderíamos ter feito, mas que não fizemos por causa de nossa indolência espiritual” (Colportor Evangelista, pág. 12).
4. Que certeza podemos ter em relação ao sucesso das nossas atividades de testemunho, evangelismo e muitas outras coisas? Que princípios e promessas Deus tem para nós diante desses desafios? Sl 37
RESPOSTA: Temos que confiar e nos agradar no Senhor, além de fazer nossa parte em obediência. Ele confirmará nossos planos, não nos deixará cair, satisfará os desejos do nosso coração, nos dará sucesso e seremos uma bênção para outros.
O segredo do sucesso no evangelismo e em outras áreas da vida está na comunhão que mantivermos com Deus e na direção que o Espírito Santo nos inspirar a seguir. Se obedecermos aos princípios divinos e nos entregarmos em Suas mãos, podemos ter a certeza do sucesso pois o Senhor é quem garante esse sucesso. Como Davi, seguindo essa regra, poderemos dizer: “Em Deus faremos proezas” (Salmos 60:l2).
Disse o evangelista Billy Graham: “O mundo de hoje está mais preparado para receber o evangelho do que os cristãos para apresentá-lo”.
Terça (15/maio/2012) | Trabalhando em equipe |
ILUSTRAÇÃO: Havia uma igreja muito bem organizada por um jovem pastor. Os planos de trabalho foram feitos, as duplas treinadas, o local escolhido e o trabalho começou em equipe. O próprio pastor saia ao trabalho missionário. Um domingo à tarde antes do culto, ele chamou o seu companheiro e saíram para o trabalho. Ao passarem por uma rua encontrou-se com um homem grandalhão, conhecido como o valentão do lugar. Era temido, arruaceiro: brigava por qualquer motivo. O pastor perguntou-lhe: “Quer aceitar um folheto?”. O valentão aceitou e leu o convite que estava impresso com o horário dos cultos. Naquela noite, no horário do culto, lá estava o valentão. Preferiu o último banco, mas ouviu atentamente a pregação. Quando o pastor fez o apelo, no final, o valentão se levantou e calmamente dirigiu-se ao púlpito. Levou a mão à cintura, tirou um revólver, segurou-o pelo cano, e entregou-o ao pastor, enquanto dizia: “Pastor, o senhor não sabe o benefício que me fez falando comigo hoje à tarde. Eu estava indo matar uma pessoa quando o senhor me abordou e me convidou para este culto. Olha fique com este revólver, que eu não preciso mais dele. De hoje em diante sou uma nova criatura em Cristo Jesus”. O pastor feliz solicitou voluntários para dar-lhe os estudos e muitos se dispuseram a este encargo solene. Dias depois houve o batismo do grandalhão e de mais pessoas da família que acompanharam os estudos. Isso é trabalho em equipe com resultados para a eternidade.
Quando olhamos para o esforço de Jesus em Seu ministério, vemos que era sempre compensado pelos resultados que alcançava. Ele não trabalhava sozinho, mas Sua equipe realizava uma grande soma de trabalhos, organizando, atendendo pessoas, mães e crianças providenciando coisas básicas para o grupo, acomodações para o Mestre e impedindo que os fariseus atrapalhassem a exposição da Palavra. Quando podiam, pregavam, expulsavam demônios e saiam para o ministério em outros lugares enviados por Jesus.
5. Que lição simples podemos aprender com o fato de que Jesus tinha uma equipe de discípulos? Mt 10:2-4; Mc 3:16-19; Lc 6:12-16
RESPOSTA: Em oração Jesus escolheu, do meio de tantos que O acompanhavam, a equipe que seria treinada para anunciar Sua obra ao mundo, anunciando a salvação; diferentes talentos; necessidades específicas.
Nenhum líder da igreja conseguirá realizar o evangelismo sozinho por mais capacitado ou polivalente que seja. Deus mostrou isto para Moisés no deserto através dos conselhos do seu sogro Jetro, que sugeriu a divisão das responsabilidades com homens consagrados para ajudá-lo e escolhidos dentre o povo. A equipe ajudaria na solução de assuntos pequenos e na condução da disciplina do povo. Na igreja precisa também ocorrer essa distribuição inteligente de atribuições para o sucesso do evangelismo em equipe.
6. Que elogios de Paulo indicam que os cristãos de seu tempo estavam envolvidos no testemunho e evangelismo em equipe? Fp 1:5-18
RESPOSTA: Eles cooperavam com a pregação, participavam, defendiam o evangelho, falavam sem medo e testemunhavam de Jesus; eram participantes da graça ao lado de Paulo.
Quarta (16/maio/2012) | Cada pessoa faz sua aparte |
A igreja é como um organismo vivo que necessita da união e cooperação dos seus membros para que se desenvolva de forma sadia, ampliando sua atuação no evangelismo e testemunho a cada momento, para assim cumprirmos a missão que nos foi confiada. Nem sempre a harmonia é permanente em função dos diferentes temperamentos das pessoas envolvidas, mas Cristo nos orientou a fazermos as coisas sempre uns pelos outros com amor fraternal, espírito perdoador e submissão ao Espírito Santo. Já ouviu ou leu sobre a fábula da carpintaria?
ILUSTRAÇÃO: Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha reunião. Foi uma reunião de ferramentas para tirar as suas diferenças. O martelo exerceu a Presidência, entretanto lhe foi notificado que teria que renunciar. Por quê? Fazia demasiado ruído. E, também, passava o tempo todo golpeando. O martelo aceitou a sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso. Disse que ele necessitava dar muitas voltas para que servisse para alguma coisa. Ante ao ataque, o parafuso aceitou também sua demissão, mas na sua vez pediu a expulsão da lixa. Fez ver que ela era muito áspera em seu tratamento e sempre tinha atritos com os demais. A lixa esteve de acordo, com a condição que também fosse expulso o metro, que sempre ficava medindo os demais segundo sua medida, como se ele fosse o único perfeito. Nisso entrou o carpinteiro, colocou o avental e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente, a grossa madeira inicial se converteu em um lindo móvel. Quando a carpintaria ficou novamente só, a reunião recomeçou. Disse o serrote: “Senhores, se há demonstrado que todos temos defeitos, entretanto o carpinteiro trabalha com nossas qualidades. Isto é o que nos faz valiosos. Assim, superemos nossos pontos negativos e concentremo-nos na utilidade de nossos pontos positivos, pois o trabalho em equipe é o que produz resultados”. Todos aplaudiram e a carpintaria ficou em paz.
7. Como o trabalho em equipe contribui para o crescimento e edificação da igreja? Ef 4:15, 16
RESPOSTA: Através do amor de Cristo, as pessoas se unem como as partes de um corpo e, assim, pela cooperação de todos a igreja cresce.
A igreja cresce por causa do milagre da união. Embora os membros da igreja cresçam individualmente e de forma diferente uns dos outros, existe um ajuste sobrenatural feito por Deus permitindo que o corpo da igreja absorva os crescimentos e contribuições individuais no contexto do crescimento global. Ou seja, a igreja planeja um objetivo de evangelismo e testemunho e os membros executam as tarefas individualmente segundo os seus dons, contribuindo para o resultado final e isto só é possível se o Espírito Santo estiver unindo as pessoas, os ideais, os sentimentos, os projetos, os testemunhos e as vidas envolvidas no trabalho. Foi assim que a igreja primitiva alcançou tanto sucesso, pois eles tinham: oração, comunhão, unção do Espírito e ação.
“Quando o Espírito Santo trabalha entre nós, almas não preparadas para a vinda de Cristo, sentem-se convictas. Vem a nossas reuniões e convertem-se muitos que por anos não assistiram a reuniões em igreja alguma” (Evangelismo, pág. 532).
ILUSTRAÇÃO: Há duas maneiras de quebrar um ovo. Uma delas é simplesmente quebrá-lo; a outra é colocá-lo em um local quente e confortável para que seja chocado e se abra no devido tempo. O segundo modo preserva o pintinho, ao passo que o primeiro o mata. De igual forma, há duas maneiras de apresentar as boas novas às pessoas. Você pode gritar para tentar enfiar na cabeça delas a mensagem ou amá-las, introduzindo-as na família de Deus. A maneira mais eficiente de falar do evangelho com os incrédulos é cercá-los de amor e aceitação. Um sussurro no coração funciona mais do que um grito na cabeça.
Quinta (17/maio/2012) | A necessidade de unidade coletiva |
O evangelismo tendo resultados positivos como o batismo de pessoas deve ainda promover a integração dessas pessoas na família de Deus. Quem deve ficar encarregado dessa tarefa? Na verdade, não existe na igreja um departamento de socialização de novos membros porque todos têm a responsabilidade de ajudar e promover essa ação fraternal.
ILUSTRAÇÃO: Um membro novo da igreja não conseguiu se adaptar à congregação e decidiu deixar de ir aos cultos. Ele avisou ao pastor que ia provar que poderia viver sem uma vinculação à vida eclesiástica. No primeiro domingo, ele leu a Bíblia, cantou um hino e orou. No segundo domingo, ele leu a Bíblia e cantou. No terceiro domingo, cantou. No quarto domingo, não fez nada. No quinto, saiu a passear no horário do culto. E assim, em pouco tempo estava afastado da igreja e de Cristo. O pastor estava acompanhando tudo e usando de sabedoria foi visitá-lo trazendo-o de volta para a igreja e dando-lhe o cargo de secretário particular. Ele ajudava o pastor em muitas visitas e até nas comissões o pastor chamava-o para auxiliar. A igreja foi vendo-o junto do pastor tantas vezes que começaram a interagir com ele procurando-o para dar recados ao pastor quando não o viam. Hoje ele é a pessoa mais simpática e conhecida da igreja.
8. Que objetivo específico deve ser alcançado na experiência cristã? O que a igreja deve fazer para cumprir esse propósito? Cl 1:28, 29
RESPOSTA: O Objetivo da vida cristã é alcançar a perfeição, a plenitude de Cristo (semelhança). A igreja pode ajudar os membros alcançar essa perfeição, com ensinamentos na sabedoria do evangelho, treinamento, oração e integração de todos.
A maturidade cristã é um dos grandes objetivos da igreja para seus membros. Deve-se investir nessa área porque hoje se comenta muito que sempre que entram 10 membros novos na igreja, 5 saem pela porta dos fundos. A experiência demonstrou que sem maturidade cristã não há envolvimento, interesse, cooperação e vida em grupo. A maturidade acontece em função da comunhão que o crente tem com Deus. A igreja tem que se preocupar em ter um programa de culto e de auxilio aos membros que promova essa maturidade cristã porque não podemos perder nem os novos e nem os membros antigos, porque dá muito trabalho conquistar alguém para Cristo. Envolvê-los com amor pode ser uma boa estratégia.
9. O que é mais importante perguntar, e por quê? Como os novos cristãos podem se envolver na vida da igreja e em seus programas? Como a igreja pode entrar na vida dos novos cristãos e ajudá-los a amadurecer? De que modo esses dois conceitos estão relacionados?
RESPOSTA: A igreja precisa promover programas de culto e trabalho que envolva os novos cristãos para ajudá-los a crescer e incentivá-los a alcançar outras pessoas para Cristo. Membro envolvido é membro conservado.
A crise de energia elétrica tornou obrigatório num certo período do ano de 2001, o racionamento em todo o país. Por causa disto, o apagão passou a ser o assunto do momento em todas as rodas sociais, enfim, em toda parte... Há, entretanto, um apagão muito pior. É aquele que podemos denominar de apagão espiritual. Uma igreja que não se preocupa em ter um programa de adoração e atuação para envolver seus membros novos e antigos estará em pouco tempo condenada ao apagão espiritual, colocando a perder todas as sementes que o Espírito Santo fez germinar no evangelismo. Deus pedirá contas a alguém dessa tragédia.
“Todos devem conservar sempre em mente o grande objetivo da redenção, buscando preencher sua devida posição na igreja, e todos trabalhando unidos em ordem, harmonia e amor” (Testemunhos Seletos, Vol. 2, pág. 79).
Sexta (25/maio/2011) | Conclusão |
Ao encerrarmos o estudo dessa semana devemos meditar sobre as necessidades que temos como igreja que trabalha para a conquista de almas e a conservação daqueles que pertencem ao aprisco do Senhor.
A Igreja que tem plano corporativo de trabalho não fica dependendo do acaso para envolver os membros em atividades de evangelismo e testemunho. O tanque batismal tem que ser o lugar mais usado de uma igreja viva. Em São Paulo existe um pastor que é carinhosamente chamado de “pastor molhado”, porque ele não tira os pés de dentro do tanque batismal. Ele tem umas 3 becas de batismo que são usadas constantemente. Aonde ele chega, a igreja passa por um despertamento espiritual e todos passam a ter foco no evangelismo. Sua instrução é que nunca devemos desperdiçar qualquer oportunidade de mostrarmos Cristo aos corações ansiosos.
ILUSTRAÇÃO: Uma senhora crente, de classe pobre, que fazia a sua compra, dirigiu-se à fila do caixa para pagar o que comprara. À sua frente, uma senhora elegante, meio madame, inconformada com os preços, reclamava a torto e à direito, reclamava do Brasil, do governo... da fila do caixa... de tudo, chegando quase ao desespero com essa situação. A senhora crente, que ouvia toda aquela enxurrada de insatisfação, aproveitou e disse: “Ainda bem que eu estou me preparando para morar num outro país, onde não existe nada disso”. A reclamona estatelou os olhos e logo quis saber que país era esse. Então a crente aproveitou para uma conversa na igreja com a salvação daquela criatura tornando-se nossa irmã em Cristo, agora com um cântico no coração.
O que não podemos é permitir que o foco do evangelismo e testemunho fique perdido devido aos problemas internos da igreja. Unicamente unidos a Deus podemos unir nossos esforços para um trabalho corporativo que promova resultados e traga união e consagração para a igreja. Quando as pessoas de fora notarem nosso entusiasmo por Jesus e Sua Palavra, vão querer saber por que e como poderão obter a mesma alegria.
“Aquele que bebe da água viva, faz-se fonte de vida. A graça de Cristo na alma é uma vertente no deserto, fluindo para refrigério de todos, e tornando os que estão prestes a perecer, ansiosos de beber da água da vida” (Desejado de Todas as Nações, pág. 195).
ILUSTRAÇÃO - VISÃO DE CRESCIMENTO: Um pastor assumiu uma igreja no interior de São Paulo e comunicou a todos que o novo projeto para a igreja chamava-se “Visão do Crescimento”. A idéia pegou e todos pareciam felizes com o plano de crescimento. Uma irmã, porém, veio falar com o pastor dizendo: “Ah, pastor” Eu acho que não estou na visão, não!”.O pastor olhou para ela e murmurou baixinho: “Huummm, vamos ver Irmã. Vou lhe fazer apenas uma pergunta. Depois que me responder, então saberemos se a irmã está ou não está na visão. A pergunta é a seguinte: ‘Você deseja ganhar almas para Jesus?’” De imediato ela respondeu: “Sim, pastor! É o que eu mais quero!” O pastor respondeu: “Ah! Então, quero abraçá-la bem forte, porque a irmã é daquelas que está 100% (cem por cento) na visão do crescimento!”. No domingo seguinte, lá estava aquela irmã na igreja, se fazendo acompanhar de uma dúzia de convidados.
Oremos ao Senhor como nunca oramos antes, derramando nosso coração na Sua presença para que Ele inflame a igreja da visão do crescimento. Que os lideres tenham preocupação com planejamento, treinamento e avaliação. Que ajudemos na integração dos membros novos e na conservação de todos. Que Deus nos abençoe.
“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações” (Salmos 46:1). |
Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 07 – 2º Trimestre 2012
(12 a 19 de maio)
Comentário: Gilberto G. Theiss
SÁBADO, 12 DE MAIO
Evangelismo corporativo e testemunho
“E as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar outros” (2Tm 2:2)
Pensamento Chave: Todos tem um chamado a aceitar e uma missão a cumprir.
Imagine um grande quebra cabeça com muitas peças, talvez umas 200. Com muito ânimo, você começa a montar uma por uma. O tempo vai passando e as peças, cada vez mais, vão se encaixando até que, de-repente, para sua surpresa, as peças acabaram, mas algumas lacunas do quebra cabeça ainda permaneceram. O que houve? Certamente o jogo veio sem algumas peças, ou elas, de alguma forma se perderam. Quanta frustração. Seu ânimo em conseguir montar todo o quebra cabeça foi por água abaixo. Na igreja, no aspecto missionário, não é muito diferente deste quebra cabeça. Muitas das estratégias realizadas na igreja, se tivesse o apoio e envolvimento de todos os membros, os resultados seriam bem mais eficientes. Todas as pessoas podem ser úteis no evangelismo e testemunho, mas claro, antes de serem úteis, elas precisam ser encorajadas, treinadas e confiadas ao sacerdócio de todos os crentes. A corporatividade da obra missionária é estratégia divina, pois, além de evangelizar os outros, elas mesmas são avivadas por estarem se envolvendo. A igreja como um todo é beneficiada e a unidade e aproximação é exercitada. Se não conseguirmos envolver o máximo de pessoas, no final, embora seja possível montar todo o quebra cabeça evangelístico, algumas lacunas permanecerão. Reconheço que, infelizmente, nem todos desejam se envolver. Mas, veja bem, você alguma vez já perguntou a essas pessoas de que forma elas poderiam se envolver? Às vezes devemos deixar nossa indução evangelística, ou seja, deixa de pressionar as pessoas para permitir que façam o que gostariam. Creio que desta maneira os dons poderiam ser mais bem aproveitados e a igreja seria mais beneficiada, pois teríamos mais pessoas envolvidas.
DOMINGO, 13 de MAIO
Permitindo que a mão esquerda e a direita saibam
(Ec 4:9-12; At 16:14,15,33,34)
Lembro-me de algumas poucas pessoas que tinham o costumes de, todos anos, montar um programa missionário na igreja. Os programas em si eram excelentes, mas, o detalhe é que, geralmente poucos participavam desta estratégia evangelística, além de quase ninguém ficar sabendo. Somente nos dias de batismos é que a igreja como um todo, ficava conhecendo os motivos de alguns interessados estarem descendo às águas.
Às vezes reclamamos que os membros não se envolvem e não patrocinam os programas evangelísticos da igreja. Mas, não seria por menos, pois muitas das vezes eles nem ficam por dentro do que está rolando. Em alguns casos até sabem, mas, este saber, é pouco mais que os que não sabem absolutamente nada. Os líderes, quando pensarem em algo a ser executado, precisam exercitar a necessidade de, de alguma forma, envolver o máximo de membros possível. Com este objetivo, permitir que a igreja tenha conhecimento dos novos projetos e da necessidade do envolvimento de todos. Muitas das vezes o que falta para algumas igrejas é exatamente aquele tipo de comunicação capaz de mover até os mais preguiçosos e desencorajados. Muitos projetos não passam da primeira fase justamente pela maneira tão mediana em que são executados. A igreja sofre quando, em sua liderança, homens e mulheres trabalham com objetivos tão egoístas. Também existem aqueles que, infelizmente, pensando somente na glória da conquista, hesitam em dividir a estratégia e as funções. Desta forma, se tudo funcionar muito bem, não terá que dividir a glória. Temos que ter em mente que, o trabalho foi dado a todos, mas a glória só pertence a Deus. Àqueles que pretenderem fazer o trabalho do Senhor com objetivos egoístas, será muito melhor não fazer absolutamente nada, pois a mão do Senhor, poderá pesar sobre estes desafortunados.
SEGUNDA, 14 DE MAIO
Planejando juntos
(1Co 14:40; Sl 37)
Pessoas que não possuem um alvo e planejamento na vida, com certeza não irão muito longe e jamais surpreenderão suas próprias expectativas. No entanto, se os cristãos apreciam ser medianos (medíocre), em suas vidas pessoais, que não sejam da mesma maneira com a obra de Deus. Às vezes queremos forçar a igreja ser exatamente da maneira como somos, e isto se constitui num grave erro. Quando digo em alvos, não estou limitando a batismos, pois, nossos alvos podem e devem ser planejados de acordo com as maiores necessidades da igreja em questões evangelísticas. Não vejo mal no alvo de batismos, mas vejo grande perigo quando o batismo se torna nosso único alvo. Um planejamento que visa batizar muitas pessoas deve conter também uma estratégia de doutrinamento para conter a evasão pelas portas do fundo. Uma estratégia bem montada visará uma séria manutenção dos membros que já fazem parte da igreja para que ela cresça em membros e ao mesmo tempo cresça em fortalecimento da identidade cristã. Uma igreja saudável é aquela que batiza muitas pessoas, mas, ao mesmo tempo consegue efetuar o trabalho de conservação. Quando os líderes, reunidos em grupos, elaboram sua estratégia para aquele determinado ano evangelístico, agora, com o alvo e o plano estabelecido, devem expor à igreja de maneira sólida e envolvente. Os membros da igreja precisam sentir o calor, determinação e paixão pela estratégia construída, e se assim forem motivados, com certeza, o que nasceu e se construiu com poucos, agora será abraçado por muitos.
TERÇA, 15 DE MAIO
Trabalhando em equipe
(Mt 10:2-4; Mc 3:16-19; Lc 6:12-16; Fp 1:5-18)
Não haverá resultados grandiosos em trabalhos solitários. Nunca foi plano de Deus que as pessoas, em questões missionárias e evangelísticas, se dividissem e trabalhassem ilhadas. O ditado popular que diz, “a união faz a força”, além de um ditado, é na verdade a mais pura realidade. Alguns profissionais admitem que, quando uma pessoa não aceita trabalhar em grupo, ela, provavelmente tenha algum tipo de dificuldade para se relacionar ou então, não confia que outros poderiam desempenhar o mesmo papel, em excelência, como ele.
Se olharmos para a palavra de Deus, perceberemos que, somente unidos em propósito é que eles conseguiram fazer grandes proezas evangelísticas. As maiores campanhas evangelísticas aconteceram justamente quando estavam unidos em equipe. O pentecostes é um exemplo do poder de Deus e ao mesmo tempo do poder da unidade – trabalho em equipe. Não quer dizer que você não deva dar um estudo bíblico, ou não deva visitar alguém sozinho. A lição aqui se refere ao trabalho baseado em empenho, planos e objetivos centralizados no mesmo propósito e estratégia. Uma igreja que não se envolve em equipe, poderá oferecer grande frutos evangelísticos, mas, se ela trabalhar, pra valer, em equipe, munida do poder de Deus, ela será invencível.
QUARTA, 16 DE MAIO
Cada pessoa faz sua parte
(Ef 4:15, 16)
No trabalho em equipe não significa que todos devam fazer exatamente a mesma coisa. O corpo humano contém muitos membros que trabalham ao mesmo tempo em plena harmonia com um único propósito. Da mesma maneira, a igreja, como um grande corpo que possui muitos membros, deve trabalhar sob a mesma bandeira. O programa proposto, ou a estratégia elaborada, deve ser construído sobre os diversificados dons que compõe a igreja. Todas as pessoas envolvidas devem realizar uma parte muito peculiar, porém que seja capaz de unificar os propósitos. Por exemplo: Uma equipe de oração é bem diferente de uma equipe de duplas missionárias, mas, embora muito diferentes, os dois se completam sob o mesmo objetivo e propósito, o de alcançar pessoas para o reino de Deus. Cada pessoa faz sua parte, porém estas partes, de alguma forma estão entrelaçadas e ligadas a um único desígnio. Os líderes das igrejas precisam dar extrema atenção a estas questões. Ignorá-las trará grandes prejuízos para a igreja. Admiti-las redundará em grandes bênçãos. Aliás, a igreja é exatamente formada pelo líder que tem. Eu diria até que, a igreja merece o tipo de líder que escolhe. Se o líder é um homem ou mulher de visão, de oração, comprometido com Deus, e que abraça os melhores métodos, não tenho dúvidas que esta igreja será vibrante e saudável. Todavia, se o líder não possui grandes virtudes e ainda não passa de um indivíduo mediano (medíocre), esta igreja com seus membros também não irá muito longe.
QUINTA E SEXTA 17 e 18 DE MAIO
A necessidade de unidade coletiva
(Cl 1:28, 29)
Gostaria de ressaltar uma preocupação muito particular. A necessidade de unidade coletiva é importante para o crescimento da igreja, mas também deve ser importante para a conservação da mesma. A preocupação com batismos é saudável, mas deixará de ser saudável se a preocupação não passar disso. A triste realidade é que, muitos tem se preocupado apenas com batismos, o que não é errado, mas pode se tornar errado quando não há preocupação com os que estão saindo pelas portas do fundo. A falta de preparação adequada do candidato é uma das razões de grande apostasia. Infelizmente, alguns batizam, batizam e batizam, apenas para garantir uma posição supostamente melhor no ministério ou para ser bem visto pelo presidente do campo. Enquanto isto, voltando à vida real, muita gente vai saindo da igreja como se nunca nela estivesse. Precisamos com urgência ser unidos na coletividade com propósitos também de conservação. Quando os líderes sentarem-se juntos para elaborar estratégias missionárias para o determinado ano, que se lembrem da necessidade de um bom plano de conservação dos que ainda não criaram uma identidade sólida na igreja. Eu faço um apelo para que levem isto a sério, pois, se alguém se apostatar devido ao descuido proposital, o sangue destes clamará diante de Deus por justiça, e ai dos que negligenciaram esta tarefa. A realidade é que, os líderes foram inseridos nesta posição para batizar, mas também para conservar. Pense nisso...
RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 7 – EVANGELISMO E TESTEMUNHO COLETIVOS
RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 7 – EVANGELISMO E TESTEMUNHO COLETIVOS
VERSO ÁUREO: “E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros.” II Timóteo 2:2
OBJETIVOS DESTA LIÇÃO: Valorizar os benefícios que resultam da cooperação com uma equipe na divulgação do evangelho. Sentir a alegria de participar de algum projeto missionário promovido pela liderança da sua igreja. Manter-se em oração constante para que o Espírito Santo possa dirigir cada ação individual e colectiva da igreja.
INTRODUÇÃO: Com certeza, a divulgação da Palavra de Deus não pode se limitar somente às iniciativas e ações pastorais. Para que a mensagem seja pregada a todo o mundo, é necessário o envolvimento de todos os membros.
É importante que cada crente descubra os seus dons espirituais e esteja disposto a usá-los para a glória de Deus. Nos tempos bíblicos, quando a igreja cristã primitiva iniciava, vemos ações missionárias em conjunto. Logo no Pentecostes nos é dito: “E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.” Atos 2:44. Além de orarem em conjunto, também faziam o trabalho missionário em equipe, como vemos nos versos seguintes:
Equipe missionária: “E, partindo de Pafos, Paulo e os que estavam com ele chegaram a Perge, da Panfília. Mas João, apartando-se deles, voltou para Jerusalém.” Atos 13:13
Dupla missionária: “Mas os judeus incitaram algumas mulheres religiosas e honestas, e os principais da cidade, e levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé, e os lançaram fora dos seus termos.” Atos 13:50
Temos o exemplo de João Marcos que fracassou na primeira tentativa missionária, e não acompanhou Barnabé e Paulo, mas depois ele se reergueu e foi para Chipre com Barnabé; e, mesmo Paulo disse que ele era útil para o ministério. Ver Atos 15:36-39 e II Timóteo 4:11
Tendo em conta o exemplo negativo de Marcos, reavalie a sua vida missionária e procure ser útil em algum projeto da sua igreja.
“Os pastores não devem fazer a obra que pertence à igreja, fatigando-se assim, e impedindo que outros cumpram seu dever. Eles devem ensinar os membros a trabalharem na igreja e entre a vizinhança.” Serviço Cristão, 52
DOMINGO (13 de maio) - DEIXAI QUE A MÃO ESQUERDA E DIREITA SAIBAM – Ninguém melhor do que Salomão para nos dar dicas de como devemos trabalhar em equipe. Veja o seguinte texto: “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará? E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa.” Eclesiastes 4:9-12
Qual é a melhor maneira de envolver toda a igreja no trabalho? É contando para a igreja as atividades propostas pelo conselho/comissão da igreja ou comissão missionária. O ideal é encontrar estratégias de trabalho onde até as crianças podem ser envolvidas. Aqui em Portugal o departamento de Saúde e Temperança apoia as igrejas que desejam realizar expos-saúde. Este projeto envolve aproximadamente 100 voluntários. Há vários projetos sociais e missionários que podem ser desenvolvidos através dos membros da igreja.
“O pastor não deve sentir ser seu dever fazer todas as pregações e todos os trabalhos e todas as orações; cabe-lhe preparar auxiliares, em todas as igrejas. Que pessoas diferentes se revezem na direção das reuniões, e em dar estudos bíblicos; assim fazendo, estarão empregando os talentos que Deus lhes deu, e, ao mesmo tempo, recebendo o preparo para serem obreiros” Obreiros Evangélicos, 197.
Analise os seguintes versos e veja como todos podem participar, e de várias maneiras:
Como podemos apoiar? Apoio da hospitalidade: “E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia. E, depois que foi batizada, ela e a sua casa, nos rogou, dizendo: Se haveis julgado que eu seja fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e ficai ali. E nos constrangeu a isso.” Atos 16:14-15. Ver também Atos 16: 33 e 34
SEGUNDA-FEIRA (14 de maio) – PLANEJAMENTO EM CONJUNTO – O que Paulo nos mostra sobre a necessidade de termos um planejamento de ação missionária e de evangelismo?
“Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.” I Coríntios 14:40. A igreja de Corinto estava passando por problemas de ordem espiritual, interna e litúrgica. A impressão que se tem é que cada crente falava o que desejava e na hora que queria; e Paulo procurou colocar ordem na igreja. A igreja que tem problemas até com a liturgia, dificilmente vai ter algum sucesso no evangelismo. É necessário planejar para se ter bons resultados.
É comprovado cientificamente que o planejamento familiar ajuda na redução da violência, pois uma criança que recebe todas as condições básicas de sobrevivência como saúde, educação e habitação dificilmente entra para o mundo do crime. Além disso, o planejamento familiar evita aborto e abandonos.
É necessário também se fazer um planejamento pessoal ou familiar. Ter um orçamento escrito e formalmente organizado é apenas uma condição necessária para se ter um planejamento financeiro satisfatório. Muitas pessoas chegam a elaborar um orçamento, mas desistem ao verificar que ele não funciona a contento. Um bom planejamento financeiro pessoal começa pela criação de um orçamento pessoal confiável.
A igreja de Deus necessita também de ter planejamento para as suas atividades, e um orçamento para as suas despesas. Deus merece o nosso melhor!
TERÇA-FEIRA (15 de maio) – TRABALHAR EM EQUIPES – Certa vez um pastor disse-me que a melhor maneira de envolver toda a igreja em algum trabalho é através dos ministérios da igreja. E eu concordo com ele. Há o ministério da música; da criança, da Adra, dos jovens, da recpção, etc…
E podemos envolver os outros seguimentos da igreja como; diáconos, diaconisas e anciãos; para além dos ministérios específicos. Assim toda a igreja fica envolvida com a missão de pregar. Por exemplo. Cada ministério pode ser desafiado à desenvolver, durante o ano, um pequeno grupo, para além de outras atividades, dentro da capacidade de cada ministério.
“A formação de pequenos grupos como base de esforço cristão, foi-me apresentada por Aquele que não pode errar.” Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 84.
Que lição simples podemos lembrar no seguinte texto? A escolha dos discípulos. Cada igreja deve escolher as pessoas com os diversos dons espirituais. Foi aquilo que Jesus fez, e os discípulos trabalharam em equipe.
“Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; Simão o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.” Mateus 10:2-4
Como cada membro da igreja de Filipos estava comprometido com o trabalho de Deus? Em Filipenses Paulo mostra o envolvimento que cada um tinha no evangelho:
“Pela vossa cooperação no evangelho desde o primeiro dia até agora.” Filipenses 1:5
“Como tenho por justo sentir isto de vós todos, porque vos retenho em meu coração, pois todos vós fostes participantes da minha graça, tanto nas minhas prisões como na minha defesa e confirmação do evangelho.” Filipenses 1:7
“E muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor.” Filipenses 1:14
QUARTA-FEIRA (16 de maio) – CADA UM FAZ A SUA PARTE - Podemos perfeitamente trabalhar em grupo mas sem perder a nossa individualidade, em função do uso dos nossos talentos pessoais e dons espirituais.
Como o texto para hoje mostra que o trabalho individual, dentro do todo, contribui para a edificação da igreja? - “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.” Efésios 4:15-16.
“Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais o Titanic.” Luís Fernando Veríssimo.
Este pensamento secular mostra-me a lição da dependência de Deus. A exemplo de Noé que trabalhou em união com Deus, e foi bem sucedido; quando nós o fazemos também, os resultados em equipe são maravilhosos. Mas quando não somos consagrados a Deus, as desavenças, críticas, acusações e problemas logo aparecem para frustrar o planejamento evangelístico feito. Aí o Titanic afunda. Por isso é bom atentarmos para o texto de salmo 37, de que gosto muito, e que é fundamental para o sucesso individual e colectivo da igreja.
“Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado. Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará. E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia. Descansa no Senhor, e espera nele; não te indignes por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que executa astutos intentos. Deixa a ira, e abandona o furor; não te indignes de forma alguma para fazer o mal. Porque os malfeitores serão desarraigados; mas aqueles que esperam no Senhor herdarão a terra.” Salmos 37:3-9
Veja este texto: “A religião da Bíblia não deve ser confinada dentro da capa de um livro, ou entre as paredes de uma igreja, nem ser manifestada acidentalmente, para nosso proveito, sendo então posta de novo à margem. Cumpre santificar a vida diária, manifestar-se em toda transação de negócio, e em todas as relações sociais.” O Desejado de Todas as Nações, 224
QUINTA-FEIRA (17 de maio) - A NECESSIDADE DA UNIDADE COLETIVA – O que significa agir em grupo? É um modo de pensar no qual as pessoas se empenham quando estão profundamente envolvidas num objetivo comum e coeso, e quando os esforços dos membros em prol da unanimidade sobrepujam suas motivações pessoais.
Como o exemplo dos gansos que voam longas distâncias mostram a necessidade de estarmos, como igreja de Cristo, fazendo a nossa parte na unidade coletiva?
Os gansos voam juntos; não voam separados e sem rumo, pois nenhum ganso sozinho consegue percorrer longas distâncias. Eles estão preparados para voar na sua característica formação em V. Quando uma ave bate as suas asas, o movimento do ar criado provoca uma elevação, aliviando a carga de trabalho da ave que vem atrás. O fato de estarem juntos aumenta a sua capacidade de voo cerca de 71%.
Até os gansos mais jovens, mais fracos e mais velhos conseguem aguentar a viagem. Alcançam juntos o que nunca conseguiriam alcançar separados. Há lições aqui: quando a Bíblia diz: "Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros.” Hebreus 10:25.
"E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós!" I Coríntios 12:21.
Ocasionalmente, um ganso dispersa-se, mas rapidamente fica exausto, perde altitude e acaba por voltar à formação. É curioso que os gansos trocam de posição, pois aquele que vai na frente cansa-se logo, e é substituído por aquele que vem atrás. Assim também é importante na liderança cristã cooperarmos uns com os outros.
Que objetivo Paulo colocou diante dos novos conversos?
“A quem anunciamos, admoestando a todo o homem, e ensinando a todo o homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo o homem perfeito em Jesus Cristo; e para isto também trabalho, combatendo segundo a sua eficácia, que opera em mim poderosamente.” Col. 1:28 e 29. Você já participa de algum projeto missionário da sua igreja?
SEXTA-FEIRA (18 de maio) – Por que é importante avaliar o trabalho das equipes? É importante avaliar o trabalho missionário para diagnosticar e analisar o desempenho individual e grupal de cada membro, promovendo o crescimento pessoal e vocacional, bem como para melhorar o desempenho. A avaliação fornece à liderança da igreja elementos de informações para tomadas de decisões acerca de novas funções a serem desempenhadas pelos membros.
Veja estes textos: “Longamente tem Deus esperado que o espírito de serviço se apodere de toda a igreja, de maneira que cada um trabalhe para Ele segundo sua habilidade.” Atos dos Apóstolos, 111.
“Façam os comerciantes seus negócios de maneira a glorificar seu Senhor, mediante sua fidelidade. Que liguem sua religião a tudo quanto fizerem e revelem aos homens o Espírito de Cristo. O mecânico seja um fiel e diligente representante dAquele que lidou nas humildes tarefas da vida, nas cidades da Judéia. Todo aquele que toma em seus lábios o nome de Cristo proceda de tal modo que os homens, vendo suas boas obras, sejam levados a glorificar seu Criador e Redentor. “ Serviço Cristão.
“Haja em toda igreja grupos bem organizados de obreiros para trabalharem nas vizinhanças dessa igreja.” Review and Herald, 29 de setembro de 1891.
“Em toda cidade deve haver um corpo de obreiros organizados, bem disciplinados; não meramente um ou dois, mas dezenas e dezenas devem ser postos a trabalhar. Testemunhos Seletos, vol. 3, 84.
Evangelismo Corporativo e Testemunho
Pr. Marcelo E. C. Dias
Professor do SALT/UNASP
Doutorando (PhD) em Missiologia pela Universidade Andrews
mec...@hotmail.com
I. O modelo bíblico
Tanto no Antigo como no Novo Testamento, encontra-se a ideia do evangelismo e testemunho corporativo. Dentro de uma dinâmica que reflete a cosmovisão bíblica, o evangelismo pessoal (tratado na semana passada) e o evangelismo corporativo se harmonizam, se complementam, se seguem, mas não se substituem. No contexto específico da igreja do primeiro século, como descrito no livro de Atos e demais livros do Novo Testamento, esse conceito fica ainda mais evidente e se torna um modelo para todos os grupos de cristãos.
João Batista e Jesus, exemplos missionários do Novo Testamento, têm discípulos que, como grupo, seguem o trabalho do mestre proclamando o evangelho. Raramente, os discípulos são mencionados testemunhando sozinhos. Jesus estabelece que a eficácia do testemunho dos Seus discípulos depende da relação de uns para com os outros – um testemunho corporativo (Jo 13:35). Na oração sacerdotal, Jesus reforçou a importância do testemunho da igreja para que a missão fosse realizada com eficiência – “para que o mundo conheça que Tu Me enviaste e os amaste” (Jo 17:20-23). Se o testemunho pessoal coerente é fundamental no evangelismo pessoal, o testemunho corporativo igualmente coerente é essencial para o evangelismo corporativo.
Uma das principais marcas da igreja apostólica, descrita no livro de Atos, é sua convivência como comunidade. Lucas parece traçar uma relação estreita entre o testemunho corporativo e a missão, ao escrever sobre os cristãos primitivos: “diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”(At 2:46-47). E também ao mencionar que “com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles” (At 4:33-34). Essa unidade era parte integral da igreja e influenciava o dia a dia, refletindo-se nas atividades missionárias.
Paulo, apesar de normalmente ser visto como um evangelista itinerante solitário, também ministrava em associação com outros, num modelo de evangelismo corporativo, e sempre esteve inserido no contexto da igreja. Talvez Romanos 1:11, 12, 15 seja uma das explicações mais claras da visão de Paulo sobre a dinâmica da comunhão com o testemunho: “Muito desejo ver-vos, a fim de repartir convosco algum dom spiritual, para que sejais confirmados, isto é, para que em vossa companhia, reciprocamente nos confortemos por intermédio da fé mútua, vossa e minha. ... Estou pronto a anunciar o evangelho também a vós outros, em Roma”.
Segundo o estudo de George W. Murray, Paulo se engajou no evangelismo corporativo por 8 razões:
1. Comunhão (At 9:19, 26-28)
2. Companhia (At 18:18; 19:29; 20:34; 27:1-2; 28:15)
3. Proteção (At 9:30; 17:15; 20:2-4)
4. Encorajamento (At 28:15)
5. Combater a fome (At 11:30; 20:4)
6. Suprir necessidades materiais (At 18:1-3; 24:23; 27:3; 28:14)
7. Ministério da edificação (At 11:25-26; 14:21-23; 15:35; 15:40-41; 16:4-5; 19:9; 20:6-38)
8. Ministério do evangelismo (At 9:28-30; 13:1-5, 13-16, 44-46; 14:1, 7, 20-21, 25; 17:1-15; 18:5-8)
Nestas breves considerações é importante mencionar o texto de 1 Pedro 2:9 novamente (ele apareceu no comentário da lição 2). Pedro, na sua descrição multifacetada da igreja, utilizou imagens coletivas em conexão com a missão. Quando ele escreveu “vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz”, o apóstolo enfatizou o testemunho como evangelismo corporativo. O verso 12 é igualmente elucidativo: “Vivam entre os pagãos de maneira exemplar para que, mesmo que eles os acusem de praticarem o mal, observem as boas obras que vocês praticam e glorifiquem a Deus no dia da Sua intervenção.”
II. A Igreja “corporativa”
O subtítulo desta seção poderia ser somente um pleonasmo (repetição desnecessária). No entanto, desde o início da era cristã a igreja tem enfrentado cinco desafios para manter sua identidade segundo o modelo bíblico, o que tem minado o potencial da igreja para o evangelismo corporativo (Handbook of Evangelism, p. 368).
1. Individualismo. O individualismo prega a independência da vida espiritual do cristão e o leva a questionar a própria noção de igreja. O indivíduo se torna o único responsável pela espiritualidade e missão. Não basta a igreja ser uma comunidade de testemunhas, tem que ser uma comunidade testemunhadora.
2. Institucionalização. A ênfase exagerada no aspecto geográfico da igreja a torna somente um lugar em que cristãos se reúnem para adoração e enlevo espiritual. No entanto, a igreja funciona dentro de uma dinâmica fascinante em que em alguns momentos a igreja está reunida numa localização geográfica, como por exemplo nos cultos, e nos demais momentos ela é uma igreja dispersa que alcança extensões geográficas e culturais.
3. Pragmatização. Os cristãos também têm sido desafiados a seguir o modelo encarnacional de Jesus em vez de se apoiar num modelo pragmático, no qual eles se acomodam e, no máximo, colaboram assistindo a um programa da igreja.
4. Compartimentalização. O desafio da igreja é trabalhar de forma a ter todos os membros do corpo com um foco único. O modelo de Atos incluía testemunho, comunhão, adoração e ensino no contexto diário, como um ministério integral.
5. Consumismo. Finalmente, a igreja tem sido desafiada a conduzir as pessoas do modo consumista para o de serviço. A igreja não é um produto de propaganda comercial.
Expressões comuns do dia a dia refletem essas ideias: “Vou à igreja”, como vou ao supermercado; “frequento a igreja”, como frequento a escola; “pertenço a uma igreja”, como pertenço a um clube. A correção para essas ênfases unilaterais passa pela ideia de que a igreja é um grupo de pessoas numa missão santa. A igreja não pode perder suas características de organismo e movimento, de acordo com o modelo bíblico.
III. Evangelismo corporativo
Quando a igreja se conhece e entende sua identidade, o evangelismo corporativo se torna algo natural. A vida dinâmica do Corpo de Cristo só permanece saudável quando cumpre seus propósitos.
Um modelo aponta para cinco categorias gerais:
(1) Adoração: Ama ao Senhor, teu Deus, de todo o coração,
(2) Ministério: Ame seu próximo como a si mesmo,
(3) Evangelismo: Vá e faça discípulos,
(4) Comunhão: Batizando-os.
(5) Discipulado: ensinando-os a obedecer. (Rick Warren, The Purpose Driven Church).
Ao focalizar a atividade evangelística da igreja, de forma prática, percebe-se que ela segue os mesmos passos do evangelismo pessoal. O evangelismo corporativo deve:
(1) Seguir os princípios bíblicos,
(2) Ser dependente da orientação espiritual (através da oração e do Espírito Santo),
(3) Estar centralizado no evangelho,
(4) Apresentar Jesus,
(5) Atentar para o contexto,
(6) Envolver todos de forma integral.
(5) Convidar as pessoas à conversão e à comunhão da igreja.
Há diversas estratégias para o evangelismo corporativo, ou seja, que envolve a igreja como um todo. Entre elas, as mais conhecidas são as séries de conferências, pequenos grupos, classes bíblicas, distribuição de literatura, projetos comunitários e duplas missionárias. Vale lembrar, no entanto, que nem todo evangelismo corporativo precisa ser atracional. O contexto atual favorece esforços para evangelismo corporativo missional, que vai ao alcance das pessoas onde elas estão, demonstrando também, nesse processo, o verdadeiro interesse.
Observa-se na prática diversas importantes vantagens do testemunho corporativo. Aqui estão três delas:
Primeiramente, as pessoas que se convertem no contexto de uma comunidade são as que têm maiores chances de permanecer na igreja. O Crer e o pertencer devem fazer parte de uma só experiência. Alguns sugerem que pertencer deve vir até mesmo antes de crer. Portanto, o evangelismo corporativo deveria se concentrar em ajudar pessoas a pertencer e crer.
Em segundo lugar, nessa dinâmica de crer e pertencer, a maioria das pessoas que foram alcançadas com o evangelho através de evangelismo corporativo reconhece a importância do evangelismo pessoal, de alguma forma, no processo da sua conversão, demonstrando a dependência entre as duas realidades.
Finalmente, o evangelismo corporativo é capaz de modelar exatamente o que se busca recriar: uma comunidade de cristãos. Outras vantagens dessa abordagem coletiva incluem a incomparável glorificação a Deus, a maior credibilidade de um grupo de testemunhas, a possibilidade de unir os dons espirituais, o apoio mútuo em face da batalha espiritual, a responsabilidade compartilhada, alcance incalculável nas missões mundiais e resultados mais abundantes (George W. Murray, Paul’s Corporate Evangelism in the Book of Acts).
A crença fundamental adventista número 12 define que “a Igreja é a comunidade de crentes que confessam a Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Unimo-nos para prestar culto, para comunhão, para instrução na Palavra, para a celebração da Ceia do Senhor, para o serviço a toda a humanidade e para a proclamação mundial do Evangelho”.
Isso nem sempre aconteceu ou acontece assim. Muitas vezes, o contato com a comunidade ficava quase que reservado para a fase pós-batismo. Hoje, as igrejas buscam integrar as pessoas através do Clube de Desbravadores, Assistência Social, Classe Bíblica, JA e Ministério da Mulher, numa visão integral de comunidade.
IV. O nosso evangelismo
Uma das características principais do fenômeno das redes sociais é a formação de comunidades fundamentadas em interesses comuns. Pertencer a essas comunidades significa estar ligado à identidade daqueles que pertencem a essa rede social. É assim que a sociedade atual supre essa necessidade universal.
Curiosamente, já em 1958, Suzanne de Dietrich identificava uma fome e sede por uma comunidade no mundo, e isso aponta para a igreja. Uma parte essencial do chamado da igreja é mostrar ao mundo o que é uma verdadeira comunidade: uma comunhão de pessoas livres, embora subjugadas umas às outras por um chamado e um serviço comuns (The Witnessing Community, p. 13).
Fazer parte da família de Deus supre nossa necessidade de pertencer e transforma nossa identidade. Rick Richardson explica que “toda vez que pessoas aderem a uma nova identidade — a transformação que ocorre na conversão — elas estão abraçando a comunidade que torna aquela identidade possível” (Reimagining Evangelism, p. 52). Palavras como Deus, oração, devoção, adoração, confissão, obediência e pecado são conceitos e disciplinas que não significam nada quando desconectados das práticas de uma comunidade.
Se você entender isso, saberá testemunhar corporativamente. Aqui estão algumas dicas:
1. Promova a unidade e o amor cristãos na sua igreja.
2. Ajude os membros da sua igreja a testemunhar.
3. Planeje projetos missionários na igreja com seu grupo de amigos.
4. Participe dos projetos missionários corporativos da igreja.
5. Exponha seus amigos que não são da igreja à vida corporativa da sua igreja.
Deixe que eles notem como a igreja faz parte do seu dia a dia e as bênçãos relacionadas a isso. Por exemplo, não esconda seu compromisso com o ensaio do coral da igreja ou uma distribuição de alimentos do Mutirão de Natal.
6. Fale aos seus amigos sobre as atividades da igreja. Talvez, você possa compartilhar sua impressão sobre os talentos do novo pastor ou sua empolgação com o novo projeto comunitário. Eventualmente será possível falar diretamente sobre o que é a igreja e a importância dela na sua vida.
7. Convide seus amigos para conhecer amigos da igreja e visitar sua igreja.
O Pacto de Lausanne define que “a evangelização também nos convoca à unidade, porque o ser um só corpo reforça nosso testemunho ... Reconhecemos, entretanto, que a unidade organizacional pode tomar muitas formas e não ativar necessariamente a evangelização. Contudo, nós, que partilhamos a mesma fé bíblica, devemos estar intimamente unidos na comunhão uns com os outros, nas obras e no testemunho.”
Ilustração
John Stott descreve o evangelismo através da igreja local como “o método mais normal, natural e produtivo de espalhar o evangelho hoje”. Por outro lado, Francis Schaeffer argumenta que, se faltar o principal, não se pode esperar que o mundo ouça a igreja, mesmo que ela tenha as respostas corretas. As respostas são essenciais, mas é necessário lembrar que a “apologia final”, como ele chama, é o amor observável entre verdadeiros cristãos.
Para isso, uma mudança radical na mentalidade é sugerida por Alan Hirsch. De “comunidade para mim” para “eu para a comunidade e a comunidade para o mundo”. Faz-nos tristes a reflexão sobre o fato de que, se algumas de nossas igrejas deixassem de existir subitamente, a comunidade não sentiria sua falta. O evangelismo corporativo muitas vezes não tem sido eficaz nem com os de mais perto. Mas talvez devêssemos perguntar também o que aconteceria conosco se a comunidade deixasse de existir. Se isso não deixar um vazio, certamente o foco da nossa vida não tem sido missionário.
“Nossa maior necessidade é o coração puro, limpo e a mente compreensiva. Todos os tipos de falsidades maliciosas foram apresentados para tentar a Cristo, e também serão utilizados contra o povo que guarda os mandamentos de Deus. Como vamos provar que tudo isso é falso? Por acaso temos que construir uma parede entre nós e o mundo?’ (Ellen G. White, Pastoral Ministry, p. 91).