Comentário CPB
LIÇÃO 7 – VIDA SANTA
Texto – 1 Tessalonicenses 4:1-12.
Pr. José Silvio Ferreira
Secretário Ministerial
Associação Paulistana
No mundo pagão da antiguidade, a ética não estava sob o domínio dos deuses, mas da filosofia. Isso significa que a religião nada tinha a ver com a vida moral dos adoradores. De fato, vários cultos promoviam o que, do ponto de vista cristão, seria considerado imoral. Dionísio (Baco para os romanos), por exemplo, o deus do vinho e da embriaguez, aparece nos relevos, estátuas e mosaicos com videira e uvas entrelaçadas nos cabelos, uma taça inclinada e vazia nas mãos, símbolo de orgia etílica. Os que bebiam somente água eram criticados severamente e até perseguidos por sua sobriedade.
O deus promovia o consumo do vinho e animava o sóbrio a buscar os prazeres sexuais oferecidos por Afrodite, que era o símbolo da licenciosidade e “madrinha” das prostitutas. Os arqueólogos encontraram no Serapion de Tessalônica uma imagem pequena de Dionísio, a qual acomodava um falo removível. O órgão sexual masculino era usado no culto a Afrodite e a Cabirus (veja na Lição 3) deidade popular na cidade (Notas da Archaeological Study Bible).
Portanto, não é de surpreender que os cristãos de Tessalônica, em sua maioria convertidos do paganismo e idolatria, necessitassem de instrução especial acerca da pureza sexual. Paulo oferece a eles e a nós, cristãos do século 21, essa importantíssima instrução em 1 Tessalonicenses 4:3-8.
Progredir cada vez mais (4:1, 2)
A seção estudada nesta semana trata das necessidades específicas que Timóteo mencionou detalhadamente para Paulo, quando chegou a Corinto, vindo de Tessalônica. A igreja estava bem, mas em alguns itens precisava de orientação, como por exemplo, ética sexual, amor fraternal, e importância do trabalho. Observe que o apóstolo colocou grande solenidade em sua linguagem (“exortamos no SenhorJesus”), a fim de fazer tanto mais impressionantes as exortações seguintes sobre a santificação. Ele conhecia bem o perigo que existe em conhecer sem praticar. A fim de evitar acusações de ser culpado de emitir ordens arbitrárias e desejando dar autoridade à sua exortação, o apóstolo destacou duas questões:
A) Essas instruções não são novas. São ordens dadas anteriormente, enquanto Paulo esteve com eles.
B) São dadas pelo Senhor Jesus, ou seja, por ordem dEle. Daí vem sua autoridade.
A autoridade das exortações não provém do destaque de Paulo e dos outros como fundadores da congregação, mas da “autoridade do Senhor Jesus” (v. 2). A suprema autoridade divina respalda a exortação apostólica.
Primeiro, Paulo rogou a seus irmãos que se dedicassem à santidade da vida, evitassem as paixões impuras a que se entregavam os pagãos. As palavras iniciais “quanto ao mais...” assinalam a transição para um novo assunto. Não indicam que o autor tivesse chegado ao fim de sua exposição. Ele se dirigia aos que eram “irmãos”, membros da mesma família cristã. Portanto a forma da exortação é familiar e informal.
Os verbos principais como “pedir” e “exortar” mostram que Paulo não era arrogante, mas certamente falava com autoridade no Senhor Jesus. A exortação de crescer cada vez mais nas virtudes cristãs aparece como um lema geral, mas focaliza especificamente a atitude a respeito do amor fraternal. O apóstolo queria que os tessalonicenses adotassem certa linha de ação.
O desafio era: “continuem progredindo” em sua conduta moral, especificamente com referência ao amor entre os cristãos. Que alcancem um grau mais alto e excelente de moralidade. O escritor reconhecia que os tessalonicenses tinham aplicado, até certo ponto, o ensino moral que ele lhes havia dado. Parte do conteúdo desse ensino destaca a necessidade de “agradar a Deus”. A expressão “é necessário” (“dei” em grego) indica que essa conduta não é opcional, mas é o que se deve fazer. Trata-se de uma obrigação ou um dever, que é imposto por Deus. Os irmãos deviam “andar” ou comportar-se de tal maneira que agradassem a Deus, ou seja, os interesses divinos são a primeira consideração do crente sincero (Comentário de Eugenio Green).
Apesar desse elogio, Paulo sabia que havia deficiências no comportamento de alguns membros da igreja e que eles precisavam de correções.
A vontade de Deus: a santificação (1Ts 4:3)
Lembre-se de que, longe de proibir a imoralidade sexual, os cultos a Dionísio, Afrodite, Osíris e Ísis, Cabirus e Priapus promoviam a permissividade sexual. Assim, para qualquer membro da igreja em Tessalônica, convertido dessas religiões pagãs, era bastante difícil entender como sua conversão a Deus implicava no abandono dos prazeres que seu culto anterior aprovava abertamente.
Diferentemente da ética grega, a ética judaica e a cristã não se organizam em torno de uma coleção de ideais humanos, mas “da vontade de Deus”. E para o Novo Testamento “a vontade de Deus” é uma expressão de Seu plano moral para o ser humano: aquilo que se deve “fazer” e não somente “saber”. A parte da “vontade de Deus” que Paulo enfatizou aqui é que os tessalonicenses fossem santificados. Esse é o chamado central do plano divino para Seu povo.
A santificação é definida aqui como a pureza moral nas relações sexuais em contraste com a “impureza” (v. 7). A palavra grega é “hagiasmos”, que significa o processo da santificação, que começou na conversão e se realiza por meio do poder do Espírito Santo. Embora o crescimento na santificação somente aconteça por meio da agência divina, os tessalonicenses deviam tomar a firme decisão de alinhar sua conduta com “a vontade de Deus”, assim como nós devemos fazê-lo. Nesse caso, significa: apartar-se “da imoralidade sexual”.O termo grego é “porneia” (termo raiz de pornografia, pornográfico), que implica em qualquer relação sexual fora do matrimônio: fornicação, adultério, homossexualismo, incesto, prostituição e bestialidade. Observe que Paulo não chamou a igreja à moderação parcial com respeito “a imoralidade sexual”, mas categoricamente afirmou que os irmãos deviam “abster-se completamente dela” (Eugenio Green).
Não como fazem os gentios (1Ts 4:4, 5)
A Nova Versão Internacional assim traduz o verso 4: “cada um saiba controlar o seu próprio corpo de maneira santa e honrosa”.
Paulo apresenta aqui um antídoto para a “imoralidade sexual” (v. 3). O que se destaca de início é que esse ensino não é para um grupo seleto da congregação, mas para todos, ou “cada um”. O texto ensina que uma forma de evitar “a imoralidade sexual” é casar-se.
Paulo também deixou claro que o tipo de controle que tinha em mente era aquele que está de acordo com a vontade de Deus: “de maneira santa e honrosa”. A santificação deve dominar todo aspecto do caráter do cristão e especialmente quanto à sua sexualidade. Que não se deixe “levar pelos maus desejos como fazem os pagãos que não conhecem a Deus” (v. 5). A conduta sexual dos irmãos tessalonicenses não deveria ser determinada pelas paixões como ocorria com os pagãos.
O apóstolo estava clamando à igreja do Senhor para que não imitasse a conduta sexual de seus contemporâneos, da qual eles mesmos deveriam ter saído poucos meses antes. Uma vida dominada por paixões lascivas é evidência clara de distanciamento de Deus. Quer dizer, a falta de uma relação com Ele, é a fonte da imoralidade. A fé e a ética estão ligadas de tal maneira que aquele que conhece a Deus não se deixa levar por suas paixões, mas vive conforme “a vontade de Deus”.
De acordo com o plano de Deus (1Ts 4:6-8)
O verso 6 traz a expressão “que ninguém ofenda nem defraude seu irmão”. A expressão encerra a ideia de uma injustiça feita nas relações corriqueiras da vida, e em particular nos negócios do comércio. Tessalônica, com seu comércio tão múltiplo e extenso, certamente oferecia muitas tentações dessa natureza. Os cristãos deveriam dar exemplo da mais escrupulosa honestidade. Cada cristão, e principalmente todo pregador, deve ao mesmo tempo explicar e aplicar a verdade. Mas sempre pelo Senhor Jesus, em Sua autoridade, segundo Sua palavra e Seu Espirito. Fora desse escopo, todo preceito seria letra morta. A palavra “impureza” (v. 7) aqui é tomada em sentido geral e significa as injustiças tanto como os pecados grosseiros da natureza carnal (Bonnet y Schroeder, Comentario del NT, p. 630).
Gostaria de destacar o fato de que Paulo estava falando de santificação e, neste contexto, de abstinência da imoralidade e da impureza. As palavras-chave de todo o parágrafo são: santificação, imoralidade, impureza. Permita-me transcrever aqui um parágrafo de Champlin, a meu ver, muito propício para nossos dias:
“Paulo profere aqui (v. 6) uma ameaça de julgamento divino contra o sexo ilícito e pervertido... O contexto até ao oitavo versículo, parece falar solidamente contra vários abusos sexuais. E até mesmo a exortação ao amor fraternal (v. 9), parece ter sido mencionada em relação a essa questão; pois aquele que seduz a esposa de um irmão, somente porque pode fazê-lo e porque ela o permite, está andando contra todo o amor cristão fraternal. O estudo longo e enfático de Paulo sobre essa questão mostra-nos que a mesma deve ter atingido um ponto crítico na comunidade cristã de Tessalônica, onde era a maior das tentações, tal como se dá hoje em dia entre muitos crentes. Deus é quem Se vinga, tanto nesta vida como na outra, quando um homem defrauda seu irmão em Cristo, seduzindo-lhe a esposa ou de outro qualquer modo maltratando-a. O chamado cristão convoca o indivíduo para a santificação. Ninguém é chamado se também não estiver sendo santificado” (O NT Interpretado Versículo por Versículo).
Entenda bem: Rejeitar o código divino equivale a colocar Deus de lado na vida, tornando-se portador de uma crença inútil. Foi Deus quem nos outorgou o “código moral”, e que nos julgará no tocante ao uso que fizermos dele. Mas Deus mesmo nos oferece o dom do Espírito Santo, que nos dá o poder indispensável para observarmos Seus imperativos morais.
Cuidar do próprio negócio (1Ts 4:9-12)
Nesses versos, Paulo apresentou um novo tema, contudo isso não está isolado do que ele havia acabado de expor. “Amor fraternal” vem do grego “filadélfia”. Enfatiza o sentimento nobre que um ser humano sente por outro, o cuidado que tem pelo outro, assim como cuida de si mesmo. Está em foco o altruísmo. O amor ao próximo é algo “instintivo” se o Espírito Santo habita no indivíduo. Note que Paulo novamente elogiou os crentes de Tessalônica pelos seus pontos positivos, e o fez a fim de que os pudesse exortar a uma prática ainda maior – “a progredirdes cada vez mais...”
O versículo 11 apresenta três breves exortações práticas, todas elas relacionadas ao espírito de fraternidade e às obras da santificação:
A) Que ambicionassem viver tranquilamente,
B) Que se ocupassem de seus próprios afazeres,
C) Que trabalhassem com as próprias mãos.
Fanáticos, intrometidos e ociosos existem em quase todas as igrejas. Às vezes, uma e a mesma pessoa é as três coisas. Por isso as três admoestações se destinam à congregação toda, porque a semente de todos os pecados se acha incrustrada em cada coração (William Hendriksen).
Quando um indivíduo ama, não deseja se tornar uma carga financeira para outros, antes trabalha para que possa doar a outro o que lhe for necessário e que estiver ao seu alcance. Quando alguém ama também se esforça para viver em paz e em tranquilidade, evitando agitação e contendas desnecessárias. Parece que na comunidade cristã tessalonicense havia um grupo de ociosos, com pouca disposição para o trabalho, que preferiam andar à cata de novidades, criando confusão e espalhando maledicências. As três exortações parecem dizer respeito, principalmente, a tais pessoas.
Além do fato de que aquelas pessoas serviam de entrave para a comunidade cristã, porque eram uma sobrecarga financeira, também davam péssima impressão para “os de fora” (v. 12). Estavam prejudicando o conceito que os de fora poderiam fazer do cristianismo. Faltava-lhes continuamente, o que era necessário para si mesmas e para seus familiares, até que a igreja viesse em seu socorro. O trabalho honesto solucionaria muitos desses problemas. O indivíduo que tem possibilidade de trabalhar, mas que por preguiça não o faz, é um estigma para a igreja, uma péssima representação do que significa ser um cristão genuíno (Champlin).
Concluo com Ellen White:
“Agora, como nos dias de Israel, todo jovem precisa ser instruído nos deveres da vida prática. Cada um deve adquirir conhecimentos em algum ramo de trabalho manual que, em caso de necessidade, lhe possa proporcionar um meio de vida. Isso é essencial, não somente como salvaguarda contra as dificuldades da vida, mas em virtude de seu efeito sobre o desenvolvimento físico, mental e moral... A disciplina de serviços bem regulados não é menos essencial em conseguir mente ativa e caráter nobre” (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 307).
Somente a comunhão com Deus pode nos manter vitoriosos no processo da santificação. Muito melhor é entregar a Jesus nossa vida inteira!
O autor dos comentário deste trimestre é o Pr. José Silvio Ferreira, casado com a psicóloga Ellen Ferreira. O casal tem três filhos: Maltom Guilherme, Marlom Henrique e Mardem Eduardo. Doutor em Teologia pelo Unasp, o Pr. José Silvio já trabalhou como distrital, líder de jovens e secretário ministerial, atendendo a igreja nos Estados de Goiás, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, onde atua hoje como Ministerial da Associação Paulistana. É autor do livro Cristo, Nossa Salvação.
O autor dos comentário deste trimestre é o Pr. José Silvio Ferreira, casado com a psicóloga Ellen Ferreira. O casal tem três filhos: Maltom Guilherme, Marlom Henrique e Mardem Eduardo. Doutor em Teologia pelo Unasp, o Pr. José Silvio já trabalhou como distrital, líder de jovens e secretário ministerial, atendendo a igreja nos Estados de Goiás, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, onde atua hoje como Ministerial da Associação Paulistana. É autor do livro Cristo, Nossa Salvação.
Comentário Sikberto Renaldo Marks
Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Terceiro Trimestre de 2012
Tema geral do trimestre: Epístolas aos Tessalonicenses
Estudo nº 07 – Vida santa (I Tess. 4:1-12)
Semana de 11 a 18 de agosto
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - ma...@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para memorizar: “DEUS não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação” (I Tess. 4:7).
Introdução de sábado à tarde
Tessalônica, como já sabemos, era um centro comercial próspero. Aliás, a cidade ainda hoje é próspera. Isso significava grande fluxo de gente e riqueza, que, por sua vez, atrai práticas degenerativas. As principais práticas desse tipo são: imoralidade, violência, liberalismo, glutonaria, festas mundanas, gastança, e outras. E as comunidades situadas nesses ambientes sofrem forte influência. Sempre há quem tente manter um pé na igreja e outro no mundo, imaginando que ainda assim possa se salvar. Há três estágios no simpatizar pelos atrativos ilícitos do mundo. No primeiro, a pessoa está na igreja, sem interesse pelo mundanismo. No segundo, ela está em transição, participa de atrativos que deveriam ser evitados, mas ainda continua na igreja. Nessa fase ela ainda tem interesse em ser salva, mas divide esse interesse pelas atrações de satanás. É a fase de tentar servir a dois senhores. Na realidade, ela está saindo, mas ainda não perdeu de todo o interesse pela salvação. Quer se salvar sim, mas também não quer perder os atrativos do mundo. Se há momento em que outros irmãos e a liderança da igreja devem prestar atenção para socorrer, é esse.
Então vem o terceiro estágio, em que ela saiu da igreja, já está inteiramente no mundo. Mesmo assim, pelo menos por um tempo, embora não participe mais na igreja, ainda sente desejo de retornar. Precisa, para isso, uma força de outra pessoa. Nem tudo está perdido. Mas com o tempo, mergulha tanto no mundão que alguns não sentem mais desejo de retornar.
Algo assim acontecia com alguns irmãos em Tessalônica. Influenciados pelo ambiente que os circundava, ainda neófitos, eram presas fáceis das forças de fora. Essa era uma das fontes de preocupação para Paulo, e por isso ele enviou a primeira carta, e estava com forte desejo de visitá-los para corrigir desvios de conduta.
1. Primeiro dia: Progredir cada vez mais (I Tess. 4:1, 2)
Uma palavra que devemos destacar na oração de Paulo, onde apresenta seus desejos em relação aos novos conversos, é santificação. Ela resume tudo o que um cristão necessita.
O que vem a ser santificação? É o processo de separação do mundo, em especial daquilo que não convém a quem deseja viver eternamente, e ao mesmo tempo, de aproximação de DEUS e de Seu reino. Portanto, quem se santifica vai deixando de ser cidadão desse mundo, e vai se tornando cidadão do reino de DEUS. Assim sendo, os costumes e as leis desse mundo que sejam compatíveis com sua nova cidadania, ele adota, mas as que contrariam, ele não adota. Por exemplo, se aqui é visto como normal uma mentirinha, ou uma piada imoral, para ele isso deve ser evitado. Se aqui a ordem é competir esmagando outros para obter sucesso, isso ele rejeita. E assim vai. A pessoa torna-se diferente ao longo do tempo. Torna-se alguém especial, que defende certas ideias que aqui são vistas como ultrapassadas, como o casamento instituído por DEUS. Deixando de lado as práticas condenadas pela Bíblia, restringe-se muitas vezes a uma vida limitada, mas não trai seus princípios de vida. Jamais se vende por alguma vantagem; a sua mente está voltada para a promessa da vida eterna, coisa que tem valor superior ao que de melhor o mundo pode oferecer em seu lugar.
É nesse estilo de vida que uma pessoa pode progredir cada vez mais, como é o titulo da lição. O progresso aqui significa aproximar-se da vontade de DEUS. E o que é essa vontade? Simples: que vivamos saudáveis e felizes, e que alcancemos a vida eterna. Para isso existem princípios de vida, cujos principais deles estão nos Dez Mandamentos. Não devemos obedecer a esses mandamentos porque é uma obrigação, mas porque por eles se manifesta a vontade de DEUS para a nossa vida. Ou seja, fazer o que DEUS deseja é muito bom para nós, já na presente situação em que nos encontramos.
2. Segunda: A vontade de DEUS: a santificação (I Tess 4:3)
“"Esta é a vontade de Deus", escreve o apóstolo Paulo, "a vossa santificação." I Tess. 4:3. Em todo o Seu trato com o Seu povo, o objetivo de Deus é a santificação da igreja. Ele os escolheu desde a eternidade, para que fossem santos. Deu-lhes Seu Filho para morrer por eles, a fim de que pudessem ser santificados pela obediência à verdade, despidos de toda a mesquinhez do eu. Deles requer trabalho pessoal e pessoal entrega. Deus só pode ser honrado pelos que professam crer nEle, quando são conformes à Sua imagem e controlados por Seu Espírito. Então, como testemunhas do Salvador podem tornar conhecido o que a graça divina fez por eles.
“A verdadeira santificação vem por meio da operação do princípio do amor. "Deus é caridade; e quem está em caridade está em Deus, e Deus nele." I João 4:16. A vida daquele em cujo coração Cristo habita, revelará a piedade prática. O caráter será purificado, elevado, enobrecido e glorificado. A doutrina pura estará entretecida com as obras de justiça; os preceitos celestiais misturar-se-ão com as práticas santas.
“Os que desejam alcançar a bênção da santificação têm de primeiro aprender o que seja a abnegação. A cruz de Cristo é a coluna central sobre que repousa o "peso eterno de glória mui excelente". II Cor. 4:17. "Se alguém quiser vir após Mim", disse Jesus, "renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me." Mat. 16:24. É o perfume de nosso amor aos semelhantes o que revela nosso amor a Deus. É a paciência no serviço, o que traz repouso à alma. É pelo humilde, diligente e fiel labor que se promove o bem-estar de Israel. Deus sustém e fortalece aquele que está disposto a seguir o caminho de Cristo.
“A santificação não é obra de um momento, de uma hora, de um dia, mas da vida toda. Não se alcança com um feliz voo dos sentimentos, mas é o resultado de morrer constantemente para o pecado, e viver constantemente para Cristo. Não se podem corrigir os erros nem apresentar reforma de caráter por meio de esforços débeis e intermitentes. Só podemos vencer mediante longos e perseverantes esforços, severa disciplina e rigoroso conflito. Não sabemos quão terrível será nossa luta no dia seguinte. Enquanto reinar Satanás, teremos de subjugar o próprio eu e vencer os pecados que nos assaltam; enquanto durar a vida não haverá ocasião de repouso, nenhum ponto a que possamos atingir e dizer: "Alcancei tudo completamente." A santificação é o resultado de uma obediência que dura a vida toda” (Atos dos Apóstolos, 559-561).
“Em sua ansiedade para que os crentes de Tessalônica andassem no temor de Deus, o apóstolo suplicava-lhes que revelassem na vida diária a piedade prática. "Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus, que, assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que abundeis cada vez mais. Porque vós bem sabeis que mandamentos vos temos dado pelo Senhor Jesus. Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição." I Tess. 4:3. "Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação." I Tess. 4:7” (Atos dos Apóstolos, 262).
“A obra de transformação da impiedade para a santidade é contínua. Dia a dia Deus opera para a santificação do homem, e o homem deve cooperar com Ele, desenvolvendo perseverantes esforços para o cultivo de hábitos corretos. Deve acrescentar graça à graça; e assim procedendo num plano de adição, Deus opera por ele num plano de multiplicação. Nosso Salvador está sempre pronto a ouvir e responder à oração do coração contrito, e graça e paz são multiplicadas a Seus fiéis seguidores. Alegremente lhes concede as bênçãos de que necessitam em sua luta contra os males que os cercam.
“Há os que buscam galgar a escada do progresso cristão mas, ao avançarem, começam a pôr a confiança na capacidade humana, e logo perdem de vista a Jesus, Autor e Consumador de sua fé. O resultado é fracasso e perda de tudo o que foi ganho. Verdadeiramente lamentável é a condição dos que, perdendo-se no caminho, permitem que o inimigo das almas lhes roube as graças cristãs que lhes estiveram em formação no coração e na vida. "Aquele em quem não há estas coisas", declara o apóstolo, "é cego, nada vendo ao longe, havendo-se esquecido da purificação de seus antigos pecados." II Ped. 1:9” (Atos dos Apóstolos, 532-533).
3. Terça: Não como fazem os gentios ( I Tess. 4:4, 5)
O corpo sempre foi centro das atenções. Essa é uma das características do pecado: cultuar o corpo. Desde os tempos imemoriais, o corpo foi útil para imoralidades, pinturas, para pendurar coisas e em especial, para pornografia. Mas em nossos dias há um exagero em relação ao corpo. Parece que se juntam os costumes relacionados com o corpo de todos os tempos, para dessa vez, tornar o corpo como centro de atenção máxima. Assim, em nossa sociedade, muita coisa é vendida por meio de exposição de corpos, em especial os femininos. Por certo, a sociedade de Sodoma e Gomorra não teve uma gama de alternativas tão grande quando a atual sociedade para a exploração do corpo. Hoje existe sofisticada tecnologia para cultuar e divinizar o corpo. E nós, servos de DEUS, não só vivemos em meio a essa sociedade como temos o dever de dar um testemunho segundo os princípios do Criador e ainda buscar salvar pessoas dessa sociedade. Que tarefa!!! Sem o poder do alto seremos enlaçados. Que ninguém do povo de DEUS tente viver sem DEUS nesses dias.
Paulo advertia os tessalonicenses em relação a esse assunto. A advertência dele só não pode valer para o passado porque esses já morreram, mas se viesse mais cedo, seria importante, pois o problema já existia há milênios. Aliás, em grande parte, os cananeus, que seguiram o costume dos sodomitas, foram eliminados da face da Terra por esse motivo: o culto imoral do corpo. Ele exortou que cada cristão saiba possuir, isto é, usar, cuidar, manter o corpo em santificação. Isso quer dizer, o corpo é algo importante, necessitamos dele para viver e para sermos felizes, para realizarmos as coisas. Aliás, o corpo mais o fôlego, isso é tudo o que somos. Assim sendo, certamente iremos desejar ter um corpo onde a respiração seja fácil, ou seja, saudável, e um corpo onde possamos ter pensamentos nobres, por isso necessitamos de partes do corpo, no caso, o cérebro. Por outro lado, o corpo é uma réplica da imagem de DEUS. Somos parecidos com Ele, o nosso Criador. E isso é um privilégio. Esse é outro motivo para não desvirtuarmos nosso corpo. Mas o mais importante diremos agora. Necessitamos do corpo para viver e sermos felizes. Não somos puramente energia ou espírito, somos um corpo com vida, e nesse corpo temos capacidade de sentir sensações, e na mente somos capazes de ter sentimentos. E acima disso, é no corpo, na parte da mente, que podemos armazenar o vital e indestrutível princípio do amor, essência da vida feliz e eterna. Esse princípio recebemos diretamente de nosso DEUS, que nos criou com essa capacidade, que devemos preservar. E esse é o caminho da felicidade.
Mas, dito isso, agora vem algumas perguntas comprometedoras: Como pode um ser humano buscar a felicidade tendo um corpo abusado, parcialmente destruído, cuja mente se tornou desqualificada para o princípio do amor? Como pode um drogado sentir a pureza da vida, se os seus sentimentos dependem de algo artificial e também mortífero? Como pode alguém que tem a mente repleta de cenas pornográficas sentir prazer no matrimônio puro e santo? Como pode um cristão ser candidato a vida eterna se aqui ele não preserva seu corpo em santidade, o corpo que DEUS lhe deu para nele viver e ser feliz?
O que Paulo estava orientando aos tessalonicenses, que serve também para nós, é simplesmente o óbvio: como usar o corpo para vivermos verdadeiramente felizes. Essa é a principal questão. DEUS quer que vivamos sempre e felizes. E não existe no Universo outra maneira de viver felizes, senão pelos princípios que o Criador nos concedeu na criação, por meio de Adão e Eva.
Quer uma prova elementar do que estamos afirmando? Simples. Os casais que vivem segundo DEUS são felizes, e não encontram motivos para separação. O interessante é que são cada dia mais felizes. Minha esposa e eu podemos servir de testemunho. Quando jovem, chegando a hora de procurar a mulher de minha vida, orei para que essa tarefa DEUS assumisse. E Ele escolheu a moça. Ele sabia bem melhor que eu qual seria a mais indicada para todos os dias de minha vida, e que também ela, tivesse a mesma sorte, ou seja, que nós dois fôssemos felizes. Pois hoje vejo como DEUS não erra. Frequentemente me admiro como essa mulher e eu somos tão sincronizados. Simplesmente não existe nada em que não somos perfeitamente complementares, ou seja, temos os mesmos gostos, os mesmos costumes, o mesmo estilo de vida, e assim por diante. E na medida em que os anos passam, desenvolvemos novos costumes que são do agrado de nós dois. Pode-se dizer: completamo-nos e o grande desejo é vivermos juntos, pela eternidade. Se DEUS resolvesse criar algum outro mundo nesse grande Universo, e nos convidasse para sermos o primeiro casal, como Adão e Eva, aceitaríamos de pronto.
Vivendo como DEUS deseja o que poderíamos pedir mais da vida?
4. Quarta: De acordo com o plano de DEUS (I Tess 4:6-8)
Qual é a causa da imoralidade no mundo de hoje? Naqueles tempos antigos, os dias de Sodoma e os dias de Paulo, e em outras épocas também, era o desconhecimento dos princípios divinos. Nos dias de hoje essa causa se aprofundou: é o deliberado desconhecimento de DEUS, quando para isso não há mais desculpa, pois a ciência vem descobrindo uma infinidade de coisas sobre DEUS, porém, mesmo assim negam a Sua existência e combatem aqueles que creem. Podemos entender isso em Romanos capítulo um. Seria bom ler do verso 18 ao 32. Por exemplo, nos versos 18 a 22 explica que os homens têm conhecimento de DEUS por meio da natureza, uma das maneiras pelas quais DEUS Se revela. Em vez de aceitar a DEUS como Criador de toda a natureza, pois nela se encontram leis complexas que necessitam da pré-existência de uma inteligência superior, criaram uma tentativa de explicação que é o Evolucionismo de Darwin. No verso 22 diz que “inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos”, isto é, atribuem-se títulos de doutores e pós-doutores, cientistas, no entanto, na realidade, são loucos, pois tão grande é seu erro. Ora, é sobre o que pensam e ensinam essas pessoas que a atual sociedade está sendo alicerçada. Nas escolas se ensina que o homem é descendente do macaco, e que não existe DEUS. Portanto, os princípios bíblicos não são mais vistos como fonte da verdade, como a humanidade tendo origem de uma divindade. E assim a sociedade se torna no que estamos vendo. Se ler os versos 25 a 27, vai entender porque cada vez mais as pessoas mudam a ordem natural de suas intimidades, para uniões de pessoas do mesmo sexo: é o Evolucionismo, que trocou a verdade de DEUS em mentira (verso 25). A sociedade está perdendo todos os referenciais da verdade bíblica por algo assim: “faça o que desejar.” E como diz no verso 31, a televisão, a mídia, a própria ciência, defende isso tudo e aprovam e incentivam. Dos versos 28 a 31 relata as consequências disso tudo. Esse contexto explica a situação enfrentada por Paulo em seus dias, e mais ainda, dos nossos dias. É por isso que a preocupação de Paulo com a imoralidade faz mais sentido hoje que naqueles tempos, porque também a ciência do mal se desenvolveu muito mais.
DEUS nos chamou para a pureza e para a santificação, isto é, para sermos separados do mundo. Se nos tempos de Paulo era vital para alguém se salvar separar-se do mundo, então imagine como isso é importante em nossos dias! Nós, cidadãos celestes, não devemos viver para a imoralidade. O que isto significa? Cuidado com o que lê nas revistas ou com o que assiste na televisão. A imoralidade possibilita dinheiro fácil. Tempos atrás, as cafetinas ganhavam dinheiro fácil vendendo os corpos de moças, mas hoje é a indústria da moda, da comunicação, etc., que ganha dinheiro fácil, pois as pessoas (quase todo mundo) compra e muito. Essa é a mensagem que Paulo dava, e que nós devemos dar, com nome e sobrenome. Hoje é alto tempo de pararmos de pregar algo assim: “irmãos, o salário do pecado é a morte!”, mas dizer “o salário de assistir o Big Brother é a morte!” Pois, se continuarmos dizendo e ensinando de modo genérico, quase ninguém entenderá, e continuarão pensando que assistir filmes de terror, filmes imorais, filmes de violência não tem problema, que isso não mata. Continuarão assistindo derramamento de sangue na telinha e depois indo ao culto pedir perdão, nem sabem de quê, pois pedem um perdão genérico, do tipo, “perdoa-nos os nossos pecados” e não, “perdoa-me por ter assistido o programa “A Fazenda e me ajude a não assistir nunca mais”.
É esse o enfoque de Paulo, na carta aos tessalonicenses. Ele não foi genérico, mas nomeou os pecados que havia entre eles: prostituição, lascívia, ofender o irmão, defraudar o outro. Hoje também, quem ensina tem que ser direto, e ele mesmo, como Paulo, deve dar testemunho que vive o que ensina. Temos que nos acostumar a chamar o pecado pelo seu nome exato, como diz Ellen G. White: “A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus” (Educação, 57).
5. Quinta: Cuidar do próprio negócio (I Tess 4:9-12)
Os negócios, nesse mundo, são o meio de subsistência. Mas nós cristãos, precisamos saber como utilizar esse meio de subsistência.
Esse é um planeta onde todos competem. Animais marcam seus territórios, há os predadores que vivem da caça, e em geral eles têm artifícios para inibir os animais inimigos que os atacam. Até entre os animais há competição. Outro exemplo são os mosquitos que nos perseguem para nos picar. Até as minúsculas pulgas perseguem outros animais e a nós também.
Entre os seres humanos encontramos a mais forte competição. O ser humano compete por emprego, as empresas por mercado disputando os clientes, etc. A competição é cada vez mais acirrada com a globalização. Não importa se alguma outra empresa vai fechar, aliás, as que sobram fazem festa e se regozijam com isso.
Mas nós cristãos temos que ser como o malabarista, para em equilíbrio, não cair na tentação de sermos como o mundo nem de sermos fanáticos puritanos.
Na lição de hoje se explica isso. A pergunta 5 nos faz meditar sobre a necessidade de crescermos no amor mútuo, na santidade entre os irmãos. Então, em relação aos negócios, Paulo explica que devemos viver tranquilamente, sem o tal desejo mundano de tirar dos outros. Cada um deve cuidar de seu próprio negócio, não dependendo dos outros, e também não tirando dos outros, pois aí já não há mais como cultivar o amor fraternal. Isso para nós é um desafio que, sem o poder do ESPÍRITO SANTO, jamais conseguiremos superar. Sei disso, pois sou professor em curso de Administração, já fui empresário e consultor de empresas. É bem difícil para um adventista ter sua empresa, não sonegar nada (como fazíamos), não explorar os empregados (como fazíamos) e não ambicionar tirar dos outros empresários (como fazíamos), quando na verdade muitos deles competem de forma desonesta, sonegando, explorando seus empregados e mentindo em relação aos produtos.
Mas Paulo nos dá a orientação, não do sucesso que tanto se fala hoje, mas do equilíbrio, que não se houve falar por esse mundo. Nós, que temos a incumbência de levar a mensagem ao mundo, como o faremos, se não formos corretos em relação àqueles a quem devemos dar essa mensagem, se não formos exemplos daquilo que pregamos? Por certo, se seguirmos as orientações de Paulo, nunca enriqueceremos, mas também nunca nos faltará o necessário de forma digna, e estaremos nos qualificando para sermos cidadãos num reino onde não se compra nem se vende (como já antecipará, ironicamente, o decreto dominical), onde não se compete, mas onde se terá perfeitas condições de servirmos uns aos outros curiosamente sem a menor necessidade de um depender do outro. Como será isso, sem haver dependência entre as pessoas, mesmo assim, servirmo-nos mutuamente? Esse é realmente um reino incrível!
6. Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Em três parágrafos a lição, hoje, explica a condição do mundo atual. Quase não há mais amor em nosso planeta, ele está sendo substituído pela paixão.
O que é o amor verdadeiro? “O verdadeiro amor é um princípio elevado e santo, inteiramente diferente em seu caráter daquele amor que se desperta por um impulso e que subitamente morre quando severamente provado” (Patriarcas e Profetas, 176). “O verdadeiro amor não é uma forte, ardente e impetuosa paixão. Ao contrário, é calmo e profundo em sua natureza. Olha para além das meras exterioridades, sendo atraído pelas qualidades apenas. É sábio e apto a discernir, e sua dedicação é real e permanente” (Testemunhos Seletos, vol. 1, 208). “É o amor um dom precioso, que recebemos de Jesus. A afeição pura e santa não é sentimento, mas princípio. Os que são movidos pelo amor verdadeiro não são irrazoáveis nem cegos” (A Ciência do Bom Viver, 358). “A brandura, a gentileza, a paciência e a longanimidade, o não se ofender facilmente, o sofrer tudo, esperar tudo, tudo suportar - estes são os frutos dados pela preciosa árvore do amor, árvore de origem celeste. Esta árvore, se nutrida, demonstrar-se-á daquelas que estão sempre verdes. Seus ramos não secarão, não lhe murcharão as folhas. É imortal, eterna, continuamente regada pelos orvalhos celestes” (Testemunhos Seletos, vol. 1, 209).
“O amor é uma planta de origem celeste, e precisa ser cultivada e nutrida. Corações afetivos, palavras verdadeiras, amoráveis, farão famílias felizes e exercerão influência própria para elevar em todos quantos entram na esfera dessa influência” (O Lar Adventista, 50).
“O amor é poder. Nesse princípio acha-se envolvida força intelectual e moral, que dele não se pode separar. O poder da riqueza tem a tendência de corromper e destruir; o poder da força é potente para causar dano; a excelência e o valor do amor puro, porém, consistem em sua eficiência para fazer bem, e nada senão bem.
“Tudo quanto é feito por puro amor, por mais pequenino ou desprezível que seja aos olhos dos homens, é inteiramente frutífero; pois Deus olha mais a quanto do amor alguém põe no que faz, do que na quantidade que realiza.
“O amor é de Deus. O coração não convertido é incapaz de originar ou produzir esta planta de procedência celeste, que só vive e floresce onde Cristo reina. ... O amor não trabalha pelo proveito nem pela recompensa; todavia foi ordenado por Deus que grande ganho acompanhe seguramente toda obra de amor. Este é difusivo em sua natureza e sem ruído em sua maneira de agir, e todavia forte e poderoso em seu desígnio de vencer grandes males. Sua influência é de molde a abrandar e a transformar, e tomará posse da vida dos pecadores e lhes tocará o coração quando todos os outros meios se houverem demonstrado infrutíferos.
“Onde quer que seja empregado o poder do intelecto, da autoridade ou da força, e não se achar manifestamente presente o amor, as afeições e a vontade daqueles a quem buscamos alcançar tomam uma atitude defensiva ou de repulsa, e acresce-lhes a força de resistência. ...
“O amor puro é simples em suas maneiras de agir, e distingue-se de qualquer outro princípio de ação. O amor da influência e o desejo de fruir a estima dos outros talvez produzam uma vida bem ordenada e, frequentemente, uma conduta irrepreensível. O respeito de nós mesmos nos pode levar a evitar a aparência do mal. Um coração egoísta pode praticar ações generosas, reconhecer a verdade presente, e exprimir humildade e afeição de maneira exterior, não obstante os motivos podem ser enganosos e impuros; as ações que nascem de um coração assim podem ser destituídas do sabor da vida, dos frutos de verdadeira santidade, dos princípios do amor puro.
“O amor deve ser nutrido e cultivado, pois sua influência é divina” (Carta aos jovens namorados, 31 e 32).
Assista o comentário clicando aqui.
O comentário em vídeo tem ênfase evangelística.
Talvez necessite segurar control mais um clike sobre o link.
escrito entre 04 e 10/07/2012
revisado em 11/07/2012
corrigido por Jair Bezerra
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.
Comentário Luis Fonseca
RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 7 – VIVER UMA VIDA SANTA
VERSO ÁUREO: “Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação.” I Tessalonicenses 4:7
INTRODUÇÃO - Santo significa algo ou alguém que é “separado para uso sagrado.”
O sábado foi designado um dia como santo. Ver Gênesis 2:3. Deus criou o mundo em seis dias, cada dia sendo peculiar em si mesmo.
Mas o dia, após a criação ter sido completada se tornou o mais importante entre todos. Deus o separou como um dia santo, um dia de descanso para Si e para as pessoas que Ele tinha acabado de criar. Ele abençoou e santificou o sábado, como um dia especial, para as pessoas estarem com Ele de maneira especial. Ele estabeleceu que o sábado fosse santo através de todo o tempo e eternidade. A santidade do sábado aponta para a santidade de seu Criador.
Pessoas chamadas à santidade e ação:
Jó - Da experiência de Jó, podemos aprender muito sobre a misericórdia e perdão de Deus. Uma coisa que podemos admirar sobre Jó é a sua submissão a Deus, mesmo após múltiplos desastres o terem assolado. Depois de seu período de grande sofrimento, ele concluiu que precisava ser purificado por Deus dos muitos pecados que havia cometido involuntariamente. Então, arrependido e com o coração sincero e contrito, ele permitiu que Deus tomasse o controle de sua vida. Ver Jó 42:5, 6;
Isaías – Ele foi chamado por Deus e, quando o chamado chegou, Isaías compreendeu quão pecador e indigno realmente era para realizar a obra de Deus. Viu como as hostes celestiais reverenciam a Deus, e se achou impuro para permanecer diante dEle. Deus quer que compreendamos duas coisas: 1) Não temos justiça própria e, portanto, jamais deveríamos nos vangloriar de nossas boas obras; e 2) somente a justiça de Deus pode nos levar a vê-Lo claramente. Quando Deus nos chama para fazer algo para Ele, também nos capacita a fazer o que pede de nós. Ver Isaías 6:1-3;
Lucas - Em Lucas 5:1-11, lemos como foi necessário um milagre para que Pedro reconhecesse quanto Jesus realmente era santo. Na verdade, esse milagre, o da pesca maravilhosa, convenceu os envolvidos a deixar tudo o que possuíam para segui-Lo. Depois de terem trabalhado toda a noite sem pescarem nada, Pedro provavelmente tivesse pensado que sair novamente seria um desperdício de tempo.
Mas ele fez conforme Jesus havia ordenado. Imagine seu espanto quando pegaram tantos peixes que foi necessário pedir aos pescadores de outro barco que os ajudassem! Certamente, Pedro ficou tão maravilhado que imediatamente reconheceu a santidade do Homem a quem ele havia acabado de chamar “Mestre”. O senso de indignidade de Pedro é indicação da primeira reação no coração humano quando Deus, através de Seu Espírito, começa Sua obra de transformar a vida e o caráter.
Moisés - Ele contemplou a santidade de Deus quando se encontrou com Ele na sarça-ardente. Êx 3:1-5. Ele “viu uma sarça em chamas, estando ramos, folhagem e tronco tudo a arder, todavia, ela não se consumia. Aproximou-se para ver a maravilhosa cena, quando uma voz da labareda o chamou pelo nome. Com lábios trêmulos respondeu: ‘Eis-me aqui.’ Foi advertido a não se aproximar irreverentemente: ‘Tira os teus sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa....Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó.’ Era Aquele que, como o Anjo do concerto, Se revelara aos pais nos séculos passados. ‘E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus” Gên 28:17.
Povo de Israel - O povo de Israel também foi chamado para ser santo, “separado”, mas como falhou, Deus escolheu cada crente salvo: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” I Pedro 2:9
DOMINGO: (12 de agosto) – PROGREDINDO CADA VEZ MAIS – A lição de hoje é muito curiosa, pois pode levantar a antiga polêmica: É possível alguém ser perfeito?
Os crentes ficam divididos quanto a esta questão. Os mais afoitos na fé dizem que temos condições de ser perfeitos como Cristo o foi. Já, outros dizem que nunca podemos nos igualar à Cristo.
Entendendo melhor os textos:
“Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste”. Mateus 5:48
“Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus, que assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que possais progredir cada vez mais.” I Tessalonicenses 4:1
“Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.” I Pedro 1:16
Deus nunca propõe aos Seus filhos padrão baixo. Os versículos acima, entretanto, não querem dizer ser perfeito em sabedoria, como Deus o é, pois somos finitos. Não quer dizer perfeito em poder como Ele o é, porquanto Sua esfera é infinitamente mais alta que a nossa. Quer, porém, dizer que devemos amá-Lo perfeitamente, de todo o coração, entendimento, alma e forças. Isto é o que Deus deseja, pois Seus olhos “passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele”. Em algumas traduções encontramos: “cujo coração é perfeito para com Ele”. II Crôn. 16:9.
A palavra grega que aparece em Mateus 5:48 é teleios, literalmente significando, maduro, completo, que atingiu o alvo. Em I Cor. 14:20 Paulo emprega teleioi denotando física e intelectualmente homens amadurecidos. O sentido de perfeito em Mateus 5:48 é que Deus exige de nós perfeição em nossa esfera como Deus o é na Sua. Deus deseja de nós o serviço mais perfeito que nos é possível prestar a Ele.
SEGUNDA-FEIRA (13 de agosto) – A VONTADE DE DEUS, A SANTIFICAÇÃO - Este é o texto para hoje: “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da prostituição.” I Tessalonicenses 4:3.
É claro que Paulo estava tratando de casos de pessoas que tinham se desviado da fé e estavam em falta com Deus, pois haviam caído até em prostituição.
Cada crente deve saber usar o seu corpo para a glória de Deus, e nunca para o uso do sexo fora do casamento ou intemperança. Deus nos promete a presença e poder o Espírito Santo para nos livrar das tentações da carne, e menciona que o corpo é o templo do Espírito Santo. Ver I cor. 3:16, 17.
O conceito de santificação que Paulo solicita aos tessalonicenses é que deviam estar prontos para a transladação ou ressurreição aquando da segunda volta de Jesus. Mas, é claro que para chegarmos a este momento devemos caminhar com Cristo diariamente.
Analise estes textos: “Os que não querem cair presa dos enganos de Satanás devem guardar bem as vias de acesso à alma; devem-se esquivar de ler, ver, ou ouvir tudo quanto sugira pensamentos impuros.” Atos dos Apóstolos, 518.
“Homens de princípios não precisam da restrição de chaves e fechaduras; não necessitam ser vigiados nem guardados. Eles lidam de maneira verdadeira e honrosa em todos os momentos, tanto sozinhos, sem nenhum olhar sobre eles, como em público.” Testemunhos Para a Igreja, v.4. Pág. 573, 574.
“A santificação não é obra de um momento, de uma hora, de um dia, mas dá vida toda. Não se alcança com um feliz voo dos sentimentos, mas é o resultado de morrer constantemente para o pecado, e viver constantemente para Cristo.” Atos dos Apóstolos, 560
TERÇA-FEIRA (14 de agosto) – NÃO COMO OS GENTIOS – Este é o texto para hoje: “Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra; não na paixão da concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus.” I Tessalonicenses 4:4-5
No Antigo Testamento a idolatria estava associada com a prostituição autorizada; havia as prostitutas cultuais, e muitos do povo de Deus caíram em apostasia, por este motivo. No Novo Testamento a prostituição continuou, embora, mais discreta, também associada aos cultos pagãos. Um pagão que se convertia ao cristianismo, continuava com este pensamento também. E alguns que não vigiavam a sua alma, caíam neste pecado. Foi aí que Paulo exortou os crentes para abandonarem este pecado de uma vez por todas.
O orador pagão Cícero disse assim: “Se há alguém que pensa que a juventude deve ser proibida de se envolver com cortesãs, essa pessoa é sem dúvidas eminentemente austera.” O liberalismo era grande!
Até que ponto os pecados da velha vida nos acompanha? Que pecados os gentios de hoje praticam, e que os verdadeiros filhos de Deus devem evitar?
“Satanás está sempre pronto para ocupar aquele que não se ocupa.” Testemunhos Para a Igreja, vol. 4, 412.
“Os que desejam alcançar a bênção da santificação têm de primeiro aprender o que seja a abnegação. A cruz de Cristo é a coluna central sobre que repousa o "peso eterno de glória mui excelente". II Cor. 4:17.” A. Apóstolos, 560
QUARTA-FEIRA (15 de agosto) DE ACORDO COM A VONTADE DE DEUS – Qual é o plano de Deus para o sexo? O sexo deve ser praticado entre duas pessoas, não mais que duas e não menos que duas. Apenas entre um homem e uma mulher, e dentro do matrimônio. Fora disso é fugir do plano original de Deus.
Este é o texto para hoje: “Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos. Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação. Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas sim a Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo.” I Tessalonicenses 4:6-8.
O apóstolo continua com o tema do sexo. Ele apresenta que viver de acordo com a vontade de Deus é a melhor opção.
Certo homem que, na sua juventude, tinha sido sexualmente ativo, disse a um pastor: “Aprendi a ver o sexo e o amor como uma e a mesma coisa. Quando me casei, porém, descobri que o sexo antes do casamento destrói não só o nosso corpo (apanhei uma doença sexualmente transmissível), mas também o nosso espírito. Embora sejamos agora cristãos, a minha esposa e eu temos tido de nos confrontar com os comportamentos mentais e emocionais que eu trouxe do passado para o nosso casamento.”
O sexo é manifestação do amor. Sem este, ele fica vazio, desvirtuado e perigoso como aquela faca na mão do assassino, faz muitas vítimas. O que é a prostituição, senão o sexo sem amor? É apenas um ato de prazer, comprado, com dinheiro ou outros meios. No plano de Deus a vida sexual só tem lugar no casamento. Paulo, há dois mil anos, já ensinava aos coríntios: "A mulher não pode dispor do seu corpo: ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa" I Cor 7: 4.
QUINTA-FEIRA (16 de agosto) – TRATAI DOS VOSSOS PRÓPRIO NEGÓCIOS –
“Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros; porque também já assim o fazeis para com todos os irmãos que estão por toda a Macedônia. Exortamo-vos, porém, a que ainda nisto aumenteis cada vez mais. E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado; para que andeis honestamente para com os que estão de fora, e não necessiteis de coisa alguma.” I Tessalonicenses 4:9-12
Versos correspondentes:
“Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos, e sê sábio.” Provérbios 6:6
“Pela muita preguiça desaba o teto e da frouxidão das mãos a casa goteja” Eclesiastes 10:18
“O que encolhe a mão empobrece, a mão do diligente enriquece” Prov. 10: 4
“É melhor ser uma pessoa comum e trabalhar para viver do que bancar o rico e passar fome” provérbios 12.9
“Não perca tempo com coisas inúteis” Prov. 12: 11
“Não ames o sono, abre bem os teus olhos e te fartará do próprio pão.” Provérbios 20:13
O contexto da admoestação de Paulo é que alguns estavam esperando a volta de Cristo para os seus dias, e já não trabalhavam mais. Esta não foi a primeira vez que Paulo necessitou exortar alguns para que trabalhassem: “trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado.”
Que diferença você encontra entre os pré-mileritas (1844), que já não trabalhavam, pois aguardavam a volta de Cristo, e alguns dos tessalonicenses?
O que você tem feito para ajudar pessoas do seu convívio que não gosta de trabalhar? Criticar não vale!
SEXTA-FEIRA (17 de agosto) - “A humildade e a reverência devem caracterizar o comportamento de todos os que vão à presença de Deus. Em nome de Jesus podemos ir perante Ele com confiança; não devemos, porém, aproximar-nos dEle com uma ousadia presunçosa, como se Ele estivesse no mesmo nível que nós. Há os que se dirigem ao grande, Todo-poderoso e santo Deus, que habita na luz inacessível, como se falassem a um igual, ou mesmo inferior. Há os que se portam em Sua casa conforme não imaginariam fazer na sala de audiência de um governador terrestre. Tais pessoas devem se lembrar de que se acham à vista dAquele a quem serafins adoram, perante quem os anjos velam o rosto. Deus deve ser grandemente reverenciado. Todos os que em verdade se compenetram de Sua presença, se prostrarão com humildade perante Ele, e, como Jacó, ao contemplar a visão de Deus, exclamarão: “Quão terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a casa de Deus; esta é a porta dos Céus.” Patriarcas e Profetas, 252.
Comentário Prof. Brasiliano
2012 = 3º Trimestre: Epístolas aos Tessalonicenses |
Lição 07 –11 a 18/agosto/2012 Vida santa (1Ts 4:1–12) |
Verso: “Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação” (1Ts 4:7).
Pensamento principal: Embora a sexualidade humana seja um dom de Deus, assim como todos os dons, ela pode ser mal utilizada. “Nenhum homem que vive perto de Deus viverá em vão, pois viverá muito próximo da Santificação” (Horatius Bonar).
Sábado (11/agosto/2012) | Introdução: Amizade e santificação |
Deus deseja que alcancemos a santificação, porque desta forma estaremos mais próximos dEle e longe de cometer pecados, principalmente aqueles relacionados com o prazer, como por exemplo, a alimentação, as diversões, a sexualidade, que podem aniquilar nossa vida espiritual.
ILUSTRACÃO: Guam (uma pequena ilha no Pacífico) está cheia de cobras. Deslizando sorrateiramente pelas árvores, as cobras estão a matar os pássaros da bonita ilha e estão a ameaçar o tipo de vida dos habitantes. Claro que os habitantes querem manter as cobras afastadas. Estas cobras não são nativas de Guam. Elas vieram como passageiros clandestinos nos aviões vindos da Micronésia, e têm-se multiplicado aos milhares. Conhecidas pelo apetite voraz, as cobras aniquilaram já 9 das 11 espécies nativas de pássaros. Elas ameaçam também outras ilhas, próximas a Guam. Tal como estas cobras mortais são um perigo para Guam, assim os nossos pecados são um perigo para nós, se não lidarmos decididamente com eles. Pecados como a cobiça, impureza sexual, avareza, raiva, ira, malícia, blasfêmia, linguagem suja e mentira podem surgir na vida dos crentes. Como as cobras, os pecados podem também crescer, multiplicar-se e eventualmente dominar-nos. Podem também destruir a nossa eficácia em servir a Cristo, e provocar danos no nosso testemunho para Ele.
O apóstolo Paulo ao escrever aos tessalonicenses sua primeira carta, mostrou muito amor fraternal e muita amizade, mas teve que escrever-lhes alertando sobre o perigo de alguns pecados de má conduta e excesso sexual que estavam sendo cometidos por pessoas da igreja, enfraquecendo assim a vida espiritual de todos. Ele apelou então para uma santificação, que Deus estava disposto a ajudar os crentes a obterem por Sua graça e benevolência.
“O excesso sexual destruirá com efeito o amor para com a devoção a Deus, pois tirará do cérebro a substância necessária para nutrir o organismo, vindo positivamente a destruir a vitalidade” (Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 272).
Vejamos nesta lição como Paulo lidou com esse problema e como aconselhou a igreja.
Domingo (12/agosto/2012) | Progredir cada vez mais (1Ts 4:1, 2) |
O bom líder espiritual é aquele que deseja ver cada vez mais em evidência a consagração de sua igreja, da sua comunidade cristã através da santificação vinda de Deus àqueles que são obedientes às Suas normas e princípios. Porque ninguém conseguirá ser santificado por Deus se a vida não corresponder. Como disse Isaías: “À lei e ao testemunho, se não obedecerem a isto, jamais verão a alva” (Isaías 8:20). Paulo desejava que a igreja dos tessalonicenses progredisse cada vez mais.
1. Como os princípios da oração de Paulo em 1 Tessalonicenses 3:11-13 poderiam ser aplicados na vida dos cristãos? Qual é a relação entre essa oração e as instruções de 1 Tessalonicences 4:1-18?
RESPOSTA: Os líderes devem estar perto dos fiéis e orar para que o Senhor produza neles o crescimento no amor, na santidade e na pureza, a fim de evitar a conduta pecaminosa e os enganos teológicos que surgirão antes da vinda de Jesus.
Aplicar o que Paulo sugeriu para a vida cristã só é possível através da submissão do crente à vontade divina, sendo obediente à lei de Deus. Foi por isso que Davi perguntou: “Como o jovem (adolescente, adulto, o cristão) conservará puro o seu caminho? Observando-O de acordo com a tua palavra” (Salmos 119:9). Foi o que Paulo aconselhou aos tessalonicenses com regras específicas como: abster-se da imoralidade sexual em todas as suas formas, evitando inclusive enganar os próprios irmãos de fé, conquistando pessoas comprometidas e tendo relacionamento sexual ilícito causando escândalos dentro da igreja. O amor fraternal sincero impediria tal prática por causa do respeito ao próximo. Paulo aconselhou ainda que houvesse ética pessoal através do trabalho e que cada um pudesse ganhar o seu próprio sustento. E finalizou aconselhando todos a terem uma vida santificada sabendo que Cristo voltaria para levar para o céu aqueles que vivessem segundo essas regras.
“A verdadeira santificação significa perfeito amor, perfeita obediência, perfeita conformidade com a vontade de Deus. Devemos santificar-nos para Deus mediante a obediência à verdade” (Atos dos Apóstolos, pág. 565).
ILUSTRACÃO: Um família mudou-se para uma nova casa em uma localidade rural. Havia uma paisagem muito linda e, próximo da casa, havia um grande lago que a mãe proibiu a filha pequena de 10 anos de andar sozinha perto dele, por considerar isto muito perigoso. Um dia que a mãe estava distraída lavando roupas, a menina resolveu excursionar e verificar como era o lago. Andou em sua margem com muito cuidado e na hora de voltar para casa, lembrou-se da recomendação da mãe e estremeceu. Resolveu então colher uma cestinha de lindos morangos para levar para a mãe. A mãe ao ver a filha vir da direção do lago, ralhou com ela, mas ela estendeu as mãos e deu para a mãe a cestinha cheia de belos morangos. A mãe colocou-os sobre a mesa e disse: “Filha, nunca se esqueça que obedecer é melhor do que dar presentes. O presente não elimina a desobediência, só agrava o problema”.
Segunda (13/agosto/2012) | A vontade de Deus: a santificação (1Ts 4:3) |
“Cristo está pronto a vos perdoar, a tirar-vos os pecados e tornar-vos livres. Ele está pronto a purificar vosso coração, e dar-vos a santificação de Seu Espírito” (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 490).
ILUSTRACÃO: Na cidade de Wellington, na África do Sul, existe uma estátua de Andrew Murray em frente à igreja a que consagrou quarenta anos de seu nobre ministério. Foi um cristão tão fiel à Palavra, que guardava todos os mandamentos de Deus em espírito de oração. Confessou, depois, que muitas vezes tinha fugido do pecado e se amparou nos braços de Jesus pela graça. Derramou muitas lágrimas para não fraquejar e sentiu a mão de Deus fortalecê-lo em todas as lutas. Isso é santificação dada por Deus.
2. Leia 1 Tessalonicenses 4:3 e 7. Qual é a relação entre os dois versos? Qual é a mensagem básica de ambos? Qual é a importância dessa mensagem para nós hoje?
RESPOSTA: Paulo disse que Deus deseja a nossa santificação e que para isto devemos rejeitar toda impureza sexual, toda prostituição e imundícia, pois quando buscamos o Deus santo, abandonamos as coisas impuras.
Andar em conformidade com a vontade divina significa deixar de lado tudo aquilo que pode nos separar dEle para que sejamos santificados. A santificação não é uma obra que conquistamos com um monte de obras boas, ou desvios dos pecados, mas é o resultado de estarmos na presença de Deus e fazermos a Sua vontade. Se fosse apenas “fazer” ou “não fazer”, a santificação seria um produto da ação humana, pois seria só fazer isto, não fazer aquilo, evitar mais isso, deixar de lado aquilo, e pronto. Mas a santificação tem a ver com “ser” e “ter”. Ser guiado por Deus, ser obediente pelo Seu poder em nós, ter o Espírito Santo na vida, ter comunhão com Ele. Sobre a santificação, lemos:
“A santificação não é obra de um momento, de uma hora, de um dia, mas da vida toda. É o resultado de morrer constantemente para o pecado, e viver constantemente para Cristo. Não se podem corrigir os erros nem apresentar reforma de caráter por meio de esforços débeis e intermitentes. Só podemos vencer mediante longos e perseverantes esforços, severa disciplina e rigoroso conflito” (Atos Apóstolos, pág. 560).
ILUSTRACÃO: Entre as lendas da Idade Média há uma a respeito de um dragão feroz que saia do mar e devorava homens, mulheres e crianças. Alguns homens bravos decidiram atacá-lo, mas seus cavalos e cachorros fugiam à vista do monstro, de cujo olhar saía chamas, que podiam matá-los. Era o dragão considerado invencível, e o Mestre da Ordem dos Guerreiros de Deus na época, proibiu que qualquer cavaleiro pusesse em perigo sua vida no esforço inútil de matar o monstro. Havia um cavaleiro, todavia, que pensou em libertar o mundo de tal flagelo. Foi a uma ferraria e fez um dragão de aço, exatamente igual ao verdadeiro. Então, arremeteu seu cavalo e seus cães contra o dragão artificial, até que se acostumaram com ele, julgando-o inofensivo. Quando não mais tinham medo, ele saiu para matar o dragão verdadeiro e o matou em uma única luta. O povo, então, alegrou-se grandemente e louvou o herói de maneira extraordinária. Contudo, quando o cavaleiro trouxe a cabeça do dragão ao Mestre da Ordem, foi censurado duramente porque a obediência era a mais importante de todas as virtudes, e o Mestre lhe disse: “Você foi desobediente. Você quebrou o voto de obediência aos regulamentos. Doravante você não é mais membro desta Ordem”. O cavaleiro abaixou a cabeça envergonhado e, assim, humildemente retirou-se. E então, diz a lenda, que o Mestre chamou-o com lágrimas nos olhos e exclamou: “Você é digno de ser um Mestre entre nós, porque tem verdadeira humildade. O homem que vence seu próprio espírito é maior do que aquele que mata muitos dragões”. O primeiro requisito para chegarmos à santificação é a humildade, depois a obediência a Deus e aos Seus princípios. Só assim seremos santificados e venceremos os dragões do pecado em suas várias formas quer sejam de prazeres, de enganos ou de sentimentos.
Terça (14/agosto/2012) | Não como fazem os gentios (1Ts 4:4, 5) |
ILUSTRAÇÃO: A Revista Época na edição de 29 de abril de 2002 divulgou que nos anos 70 a primeira relação sexual ocorria aos 20 anos. Hoje está ocorrendo entre os 14 e os 16 anos. Uma pesquisa exclusiva do Ibope para Época mostrou que 34% dos adolescentes brasileiros de classe média têm autorização dos pais para fazer sexo em casa. Esses dados querem dizer que, se isso não acontece em sua casa, ocorre na casa de seu vizinho, quem sabe na dos primos... (ou sabe-se lá onde).
O apóstolo Paulo ao falar aos tessalonicenses sobre a questão da imoralidade e dos excessos do sexo, aconselhou-os a não fazerem como aqueles que não conhecem a Deus, os gentios. Paulo salientou em várias ocasiões que o corpo tem que ser usado de forma honrosa diante de Deus.
3. O que devemos fazer com nosso corpo? Que exemplo devemos evitar? Que lição esse texto traz para nós? 1Ts 4:4, 5
RESPOSTA: Devemos usar o corpo em santidade e honra e evitar a perversão e imoralidade, como fazem os que não conhecem a Deus. A presença divina em nós impede que sejamos dominados pelo por paixões pecaminosas.
Alguns pensadores e mesmos críticos admitem que as palavras de censura do apóstolo Paulo a respeito da sexualidade excessiva e pervertida não se adapta ao mundo de hoje tão liberal e com total liberdade de pensamento. Hoje alguns pais permitem que os filhos durmam em casa com namoradas (ou as filhas com os namorados) e tenham relações sexuais sem constrangimento, como se diz na linguagem vulgar: “numa boa, sem crises”. E ainda dizem: “É melhor que façam com o nosso consentimento, do que às escondidas”. O preço disto virá a curto prazo porque fere o princípio de santidade exposto por Deus tanto para os indivíduos como para a família. Uma família cristã nunca deveria admitir tamanha permissividade. O apóstolo Paulo mostrou que esse comportamento e outros, ligados à imoralidade sexual, impediriam a santificação. E.G.White nos aconselhou a lutarmos contra as tentações sexuais, evitando pensar muito nisto, mas buscando poder em Cristo:
“Não vos detenhais por um momento para arrazoar. Satanás se regozijaria ao ver-vos vencidos pela tentação. Não pareis para discutir o caso com vossa consciência enfraquecida. Desviai-vos do primeiro passo da transgressão” (Conselhos sobre Saúde, pág. 587).
A imoralidade nos dias de hoje caminha de forma virtual também e vem crescendo o número de relacionamentos via computador. Homens e mulheres, casados, trocando sentimentos e outras coisas através da tela da evolução de um computador ou de um celular avançado. Muitos acabam filmando a si mesmo em poses eróticas, permitindo comentários licenciosos e marcando encontros, e aí... por diante. O que nós precisamos hoje, é também evitar a prostituição virtual que tem arrastado milhares como uma avalanche.
ILUSTRACÃO: Outro dia um palestrante familiar de outra denominação revelou um fato estarrecedor ocorrido em sua igreja. A pastora da sua igreja, mulher consagrada e dirigente moral de muito pulso, pelo menos aparentemente, como foi visto depois, ficou possessa e neste estado confessou várias práticas sexuais e perversões arrepiantes para uma serva de Deus. Os irmãos tiveram acesso ao seu computador e viram pelo “histórico” da internet que ela visitava, geralmente depois das 23 horas, sites pornográficos, sites de relacionamento e marcava encontros de orgias com várias pessoas. O diabo não demorou a mostrar que tinha a posse daquele corpo e daquela mente. Foi só com muita oração e jejum que a pastora foi liberta, mas teve que renunciar todos os encantamentos que possuía. Ela vendeu o computador e hoje não tem nem celular e nem olha mais para bancas de jornais. Deus a curou da doença da imoralidade sexual e ela é muito grata por essa liberdade física e espiritual. Se Paulo aconselhou naquela época a que se evitasse a imoralidade, imagine hoje no mundo em que vivemos e como devemos nos manter vigilantes por nós e por aqueles a quem amamos.
Quarta (15/agosto/2012) | De acordo com o plano de Deus (1Ts 4:6-8) |
O apóstolo Paulo ao escrever aos tessalonicenses e expor sua preocupação com a vida espiritual deles, sabia porque o fazia. A história nos conta que os gentios achavam normal o excesso sexual e isto se tornou um problema quando aceitaram o evangelho e se viram podados daquilo que eles achavam que era normal. Paulo queria resolver essa situação mostrando que esses atos eram feitos por pessoas que não conheciam a Deus e que o plano divino era outro. A santificação seria um presente divino, mas seria necessário que houvesse uma consagração da mente e do corpo diante do Senhor.
4. O que Paulo disse sobre a imoralidade sexual? 1Ts 4:6-8
RESPOSTA: Paulo advertiu que aquele que usasse de imoralidade contra um irmão de fé, teria o próprio Deus como vingador. Deus não admite a imoralidade, pois nos chamou para a santificação, como solução contra as paixões sexuais.
O homem pode até argumentar que necessita de prazer e Deus não nega isso a ninguém, pois Ele conhece o nosso corpo, as glândulas, os hormônios, os desejos e por isso nos abre a porta da santificação, para que tudo isto seja feito e obtido da forma oficial. Quem passa por cima do que Deus estabeleceu, tornando-se um pervertido e brincando com as emoções alheias, estará zombando de Deus e escarnecendo do Espírito Santo que trabalha em nosso coração para nos equilibrar através da consciência. Inclusive Paulo deixou claro que alguns fazem coisas às escondidas, conquistando pessoas comprometidas e promovendo traição até mesmo com um irmão de fé. Deus não admite isto e Paulo disse que a pessoa estará fazendo de Deus um inimigo em potencial, porque Ele ficará do lado da pessoa que foi enganada.
“A imoralidade está em toda parte. A licenciosidade é o pecado especial deste século. A superabundante iniqüidade não está confinada meramente ao incrédulo e escarnecedor. Muitos homens e mulheres que professam a religião de Cristo são culpados. Mesmo alguns que professam estar esperando o Seu aparecimento não estão melhor preparados para este evento que o próprio Satanás. Por tanto tempo eles têm estado a servir a seus desejos sensuais que lhes parece natural ter pensamentos impuros e imaginação corrompida” (Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 59 /Meditações Matinais, 1977, pág. 166).
O desejo divino é que alcancemos uma maturidade cristã que nos faça resistir pela confiança em Deus aos ataques do inimigo nesta área da sexualidade e dos sentimentos.
ILUSTRACÃO: Certo dia, em alto mar, a caminho de casa, um oficial da Marinha que era um cristão, vencido pelos conselhos de amigos mundanos e os apelos sensuais das mulheres que conhecia em diversos portos, resolveu abandonar a sua esposa, que vivia em Nova Iorque. Sob o domínio daquele ímpeto, lançou ao mar a Bíblia que ela lhe havia dado de presente e se preparou emocionalmente para sua nova vida de prazeres. Depois de várias semanas de vida pecaminosa e infeliz de porto em porto, por curiosidade, ele entrou em uma galeria onde havia muitas casas de prostituição e viu no fundo da galeria, uma igreja. Ele entrou e ouviu a pregação do evangelho naquela igreja e começou a pensar seriamente na loucura que tinha cometido. Então, foi até a frente, chorando, confessando seus pecados e pedindo ao evangelista que o aconselhasse. Este, imediatamente, respondeu: “Escreva para sua esposa; conte-lhe o que se passou com o senhor hoje, aqui. Se ela for cristã, ela o perdoará”. Alguns dias depois, com a face radiante pelo gozo da nova vida que encontrara, o oficial procurou o pregador para mostrar- lhe uma carta, na qual a sua esposa lhe assegurava seu perdão e seu amor. Isto é o que Deus quer para Seus filhos, uma vida de felicidade através da obediência aos Seus preceitos e isto inclui entregar o controle dos nossos hormônios e da nossa mente fértil em Suas mãos.
Quinta (16/agosto/2012) | Cuidar do próprio negócio (1Ts 4:9-12) |
Paulo sabia que mãos ociosas são ferramentas da maldade usadas pelo diabo. Por isso admoestou as pessoas preguiçosas em Tessalônica a cuidarem do seu próprio sustento. Outro dia um preguiçoso disse o seguinte: “Prefiro a mão inchada, do que a enxada na mão”. E outro fez esta declaração: “A pessoa preguiçosa nunca será um bom cristão”.
5. Que aspectos de 1 Tessalonicenses 3:11-13 são reafirmados no texto de 1 Tessalonicenses 4:9-12?
RESPOSTA: Paulo aconselhou que eles promovessem cada vez mais o amor fraternal como vinham fazendo e que as pessoas trabalhassem para que não fossem fardos pesados a ninguém, na proteção da honra uns dos outros e que dessem bom testemunho diante de todos.
uns dos outros.
O apóstolo Paulo salientou muito a questão do amor fraternal, mostrando que a maioria dos problemas de relacionamento entre pessoas de qualquer comunidade se resolve através do amor fraternal. Sentimentos como egoísmo, orgulho, ambição, traição e outros podem ser superados com a presença do amor fraternal que promove o bem-estar, o equilíbrio e o respeito aos direitos alheios, principalmente e muito mais entre os cristãos.
“O amor a Deus e ao próximo constituem todo o dever do homem. Sem amor fraternal não podemos manifestar a graça do amor a Deus e ao próximo (Meditações Matinais, 1962, pág. 71).
6. Que admoestação Paulo fez aos tessalonicenses sobre negócios e ocupação no contexto urbano? 1Ts 4:11, 12
RESPOSTA: O conselho de Paulo era para que as pessoas deixassem de ser preguiçosas, que não dependessem de outros e cada um cuidasse de sua vida, ganhando por si mesmo o pão de cada dia, dando bom exemplo aos não cristãos.
A doutrina da volta de Jesus, fez com que alguns abandonassem seus afazeres e começassem a viver às custas da igreja e da bondade dos irmãos e dos gentios. Isso estava trazendo vergonha para a igreja. Foi por isso que Paulo deu esse conselho, já que havia tanto amor fraternal, não era para abusar, mas para que cada um respeitasse o irmão de fé ganhando o seu próprio sustento e dando bom exemplo aos que estavam de fora, os gentios sem Deus.
ILUSTRACÃO - OS 10 MANDAMENTOS DO PREGUIÇOSO: 1- Viva para descansar; 2- Ame a sua cama, ela é o seu templo; 3- Se ver alguém descansando, ajude-o; 4- Descanse de dia para poder dormir à noite; 5- O trabalho é sagrado, não toque nele; 6- Nunca faça amanhã, o que você pode fazer depois de amanhã; 7- Trabalhe o menos possível; o que tiver para ser feito, deixe que outra pessoa faça; 8- Calma, nunca ninguém morreu por descansar, mas você pode se machucar trabalhando; 9- Quando sentir vontade de trabalhar, sente-se que a vontade passa; 10- Não se esqueça, trabalho é saúde; deixe o seu para os doentes.
Sexta (17/agosto/2012) | Conclusão |
O encerramento de uma lição como essa nos deixa ainda com o desejo de garimparmos mais informações a respeito da vida santificada que Paulo tanto fez questão que os membros da igreja de Tessalônica e outras regiões pudessem desenvolver.
A expressão de que a “Santificação é a vontade de Deus” é muito profunda em seus efeitos porque podemos ter a garantia de que se nos aproximarmos de Deus pela comunhão, pela oração, pela obediência aos seus preceitos, com certeza teremos nossa vida enriquecida com esta virtude que é produzida pelo Espírito Santo na vida, a saber a “santificação”.
ILUSTRACÃO: Conta-se que certo dia Michelangelo estava envolvido no trabalho de esculpir uma pedra bruta para fazer uma estátua de um grande leão. Semanas após semanas ele se pôs ao trabalho. Quando terminou alguém o parou e perguntou-lhe: “Como você transformou aquela pedra em um lindo leão?” E Michelangelo respondeu pacientemente: “Foi fácil, eu tirei da pedra tudo o que não parecia com um leão”. É isso o que Deus pretende fazer em nossa vida: Tirar de nós tudo o que não se parece com um santo. Só assim seremos em breve a obra prima espiritual do escultor divino, uma vida santificada.
“A santificação não é uma obra instantânea, e, sim, progressiva, assim como a obediência é contínua” (Meditações Matinais, 1980, pág. 146).
O apóstolo Paulo mostrou aos irmãos tessalonicenses que era preciso melhorar na questão da sexualidade incontrolada para que não houvesse escândalos na igreja produzidos por essa situação que fazia parte do passado de muitos gentios convertidos. O plano divino era que entendessem que o sexo é uma bênção de Deus, dado para ser usufruído através do casamento. Fora disto, passa a ser imoralidade e promiscuidade que se toma em muitos casos, incontrolável arruinando vidas e destruindo a fé de muitos. Finalmente o apóstolo Paulo exerceu em seus escritos, forte resistência contra aqueles que estavam se “encostando” preguiçosamente na igreja e até em pessoas de fora da igreja para viver de favores, trazendo vergonha ao evangelho. O preguiçoso tem que aprender que na igreja ele desonra a Deus e mancha o nome de cristão. Gosto da história que mostra como algumas pessoas são preguiçosas e que morrerão na preguiça se não houver ninguém que a desperte dessa situação. Vejamos a história dessa mulher:
ILUSTRACÃO: Havia em certa localidade uma mulher muito preguiçosa, deitada na rede, e que de repente pergunta pro marido: “Meu bem... Tem aí remédio pra mordida de tartaruga?” - “Tem não, minha linda. Por quê? Você foi mordida?” - “Ainda não, mas ela está vindo na minha direção...”. Isso é que é preguiça; até para fugir de uma tartaruga.
“Deus não emprega homens preguiçosos em Sua causa; Ele quer obreiros atenciosos, bondosos, afetivos e diligentes” (Obreiros Evangélicos, pág. 277).
Temos que ficar alertas de que o trabalho traz benefícios às pessoas e à igreja e que todos precisamos entender que a sexualidade é um assunto muito pessoal e que a igreja corre perigo se a imoralidade sexual não for contida, confrontada. Oremos todos em favor da nossa igreja e dos membros, para que todos sejamos santificados por Deus e que honremos a Deus com nosso corpo, com nosso trabalho, enfim, com nossa vida.
Resumo da Lição: A sexualidade é um assunto muito pessoal; no entanto, há muito perigo para a igreja quando a imoralidade sexual não é confrontada. Igualmente importante é o tipo de igreja que o mundo vê na vizinhança e no local de trabalho. As diretrizes de Paulo nesses assuntos são tão importantes hoje como foram em seu tempo.
“O Senhor dará força ao Seu povo; o Senhor abençoará o Seu povo com a paz” (Salmos 29:11). |