Política de valor mínimo: como afeta quem quer financiar imóveis de baixo custo

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Manoel Bebezeta

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Oct 2, 2024, 8:41:18 AM10/2/24
to Manoel Bebezeta

Buscar a casa própria é o sonho de muitos brasileiros, e para torná-lo realidade, o financiamento imobiliário é a principal solução para a maioria. No entanto, quem deseja financiar imóveis de baixo valor encontra algumas barreiras inesperadas: a política de valor mínimo estabelecida pelos bancos. Esse valor mínimo é uma exigência das instituições financeiras que pode inviabilizar o financiamento de imóveis mais baratos. Se você já se perguntou quanto fica um financiamento de 200 mil para ter uma ideia de suas possibilidades, entender as regras do financiamento de imóveis menores pode ser essencial para não ter surpresas.

Por que os bancos impõem um valor mínimo para financiamento imobiliário?

Os bancos possuem uma política de valor mínimo para o financiamento imobiliário por diversos motivos, e grande parte deles está diretamente relacionada à lógica de rentabilidade e risco. Para os bancos, financiar um imóvel é uma operação complexa e envolve custos administrativos, análises de crédito, formalização de garantias e vários outros processos que têm um custo fixo – independentemente do valor do imóvel.

Imóveis de menor valor acabam representando uma operação que, para o banco, pode não ser rentável o suficiente para compensar os custos administrativos. Em outras palavras, o custo de todo o processo para o banco pode ser proporcionalmente alto demais para um imóvel de valor reduzido, fazendo com que a instituição prefira focar em financiamentos que ofereçam uma maior margem de lucro.

Além disso, imóveis de menor valor podem ser considerados de maior risco de desvalorização, o que não interessa para os bancos. Afinal, no caso de inadimplência, o imóvel é a garantia do financiamento, e sua desvalorização representa um risco financeiro para a instituição.

O impacto para quem deseja financiar imóveis mais baratos

Essa política de valor mínimo acaba impactando diretamente quem deseja financiar imóveis mais baratos. Imagine alguém que está buscando um imóvel pequeno, em uma região mais acessível ou que precisa de poucas reformas. Mesmo que o valor da propriedade esteja dentro das suas condições financeiras, o financiamento pode não ser aprovado simplesmente porque não atinge o valor mínimo exigido pelo banco. Isso pode ser desanimador, especialmente para quem já tinha feito todo o planejamento e buscava a concretização desse sonho.

Outro impacto direto está na entrada necessária para o financiamento. Quando o valor mínimo do banco é maior do que o valor do imóvel, o comprador pode se ver obrigado a aumentar a entrada para atingir esse valor. Isso significa ter que dispor de mais recursos próprios, o que nem sempre é viável, principalmente em um contexto econômico mais apertado.

Como contornar as restrições bancárias para imóveis de baixo valor

Contornar essa barreira imposta pelo valor mínimo do banco não é uma tarefa impossível, mas exige algumas estratégias e um bom planejamento. Uma das opções é procurar alternativas de financiamento em bancos menores ou bancos digitais, que geralmente têm condições mais flexíveis para atrair novos clientes. Esses bancos, na tentativa de conquistar mercado, podem não impor limites mínimos tão altos quanto os grandes bancos tradicionais.

Outra possibilidade é investir em educação financeira para melhorar sua organização pessoal e talvez considerar juntar um pouco mais de recursos antes de buscar o financiamento. Com um valor de entrada maior, as chances de aprovação aumentam, pois o valor a ser financiado diminui, reduzindo o risco para o banco.

Para quem não tem pressa, o consórcio imobiliário pode ser uma alternativa. Diferente do financiamento, o consórcio não depende de uma análise de valor mínimo do imóvel e, por isso, pode ser uma saída viável para adquirir imóveis de menor valor. Contudo, é necessário lembrar que o consórcio depende de sorteios, e o tempo de espera pode ser um fator limitante.

A influência do valor mínimo na escolha dos imóveis

Essa política de valor mínimo não apenas afeta a decisão de financiamento, mas também acaba limitando a escolha dos imóveis disponíveis. Quando uma pessoa tem um orçamento restrito e está em busca de um imóvel de menor valor, as opções de financiamento se tornam mais complicadas e acabam levando-a a reconsiderar o tipo de imóvel que deseja comprar.

Para algumas pessoas, isso pode significar abrir mão de características desejadas em um imóvel, como localização, metragem ou até mesmo o estado de conservação. A dificuldade em financiar imóveis de menor valor faz com que muitos tenham que repensar suas metas financeiras, priorizando a compra de imóveis que sejam financiáveis, mas talvez não atendam totalmente às suas expectativas.

Documentação necessária e outros custos envolvidos

Outro aspecto que deve ser levado em consideração é que, independentemente do valor do imóvel, a documentação necessária para o financiamento é extensa e exige preparação. A Documentação Fiscal para Financiamentos é um processo que envolve custo e tempo. Isso inclui certidões, comprovantes e avaliações, que acabam representando uma parte significativa do processo.

Quando o valor do imóvel é muito baixo, esses custos adicionais, como taxas de cartório e impostos, podem se tornar proporcionalmente mais altos, impactando o custo total do imóvel. Por isso, é fundamental fazer uma boa análise de todos os custos envolvidos para evitar surpresas desagradáveis durante o processo de financiamento.

Impostos e custos adicionais no financiamento de imóveis mais baratos

Além dos custos de documentação, outro ponto que merece destaque são os impostos relacionados à aquisição de imóveis, como o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis). Esses impostos não são proporcionais ao valor do imóvel, ou seja, mesmo que você esteja comprando um imóvel de baixo valor, os custos com o imposto sobre imóveis podem ser significativos e precisam ser considerados no orçamento total da compra.

Esses custos adicionais, somados à política de valor mínimo dos bancos, fazem com que o financiamento de imóveis baratos seja muitas vezes um desafio financeiro. Isso porque, para além do valor do imóvel, há uma série de despesas que precisam ser pagas à vista e não podem ser incluídas no financiamento, como os impostos e taxas cartoriais.

A política de valor mínimo dos bancos afeta diretamente quem deseja financiar imóveis de menor valor, tornando o processo mais difícil e, muitas vezes, limitando as escolhas do comprador. Para quem se encontra nessa situação, é essencial explorar todas as alternativas disponíveis, como procurar bancos menores, aumentar o valor da entrada ou até mesmo optar por consórcios. A preparação financeira é fundamental para enfrentar essas barreiras e transformar o sonho da casa própria em realidade.


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