MANÁ DA SEGUNDA
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1 de setembro de 2025
Vinte e sete anos servindo às comunidades empresarial e profissional
Você Sofre do 'Reflexo de Semmelweis'?
Por Rick Boxx
Ignaz Semmelweis foi um médico e cientista húngaro que, em meados do Século XIX, implementou procedimentos de lavagem das mãos para médicos no Hospital Geral de Viena. Essa prática fez cair o número de mortes maternas, devido à então chamada de “febre puerperal”, de 18% para 2%. Semmelweis, o “salvador de mães”, foi pioneiro nas políticas e práticas antissépticas médicas, tão comuns atualmente.
Na época, porém, muitos membros da comunidade médica se sentiram ofendidos ao ouvir que as mãos de um “cavalheiro” poderiam, possivelmente, transmitir doenças. Devido a essa atitude e da resistência à mudança de hábitos, os médicos, unanimemente, continuaram com seus procedimentos mortíferos. Felizmente, a sabedoria demonstrada pelo “pai da higiene das mãos” não foi ignorada para sempre, e as taxas de mortalidade durante o parto diminuíram drasticamente.
A resistência que Semmelweis enfrentou não é um caso isolado. Muitos dos grandes avanços da história foram inicialmente rejeitados e sofreram oposição por serem contrários à sabedoria convencional. Esse comportamento, às vezes chamado de “pensamento de grupo” ou “viés de confirmação”, é conhecido como Reflexo de Semmelweis.
Observamos isso o tempo todo no mercado de trabalho. Talvez você mesmo já tenha reagido de modo similar. Aparentemente, não nos incomodamos em mudar quando somos nós que iniciamos a mudança, mas quando uma mudança significativa nos é imposta, fincamos pé e reclamamos: “Mas nós sempre fizemos isso assim!”
Isso acontece com as novas tecnologias. Quando os telefones celulares foram introduzidos, muitos relutaram em experimentá-los, não apenas pelo custo, mas também pela falta de familiaridade. Um amigo escritor, quando recebeu seu primeiro desktop, inicialmente ele resistiu. Ele pensou: “Minha máquina de escrever elétrica funciona perfeitamente bem.” No entanto, depois de experimentar o computador, rapidamente se livrou de sua confiável máquina de escrever.
Na Bíblia, vemos muitos exemplos de mentes presas a velhos hábitos resistentes à mudanças. Especialmente, entre os fariseus e saduceus – líderes religiosos rígidos e duros de coração. Talvez nunca tenham ouvido falar do Reflexo de Semmelweis, mas agiam como se o tivessem inventado.
Nos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, vemos inúmeras ocasiões em que esses “peritos da Lei” apresentaram uma forte oposição ao ministério e aos ensinamentos de Jesus Cristo, considerando-O um radical e encrenqueiro, uma ameaça às práticas e rituais religiosos que eles defendiam.
Quando resistiram aos Seus ensinamentos sobre arrependimento, perdão e misericórdia, proferiram muitas acusações contra Ele. Em resposta, Jesus disse coisas como: “Raça de víboras, como podem vocês, que são maus, dizer coisas boas?...” (Mateus 12:34). De outra feita, Ele repreendeu os líderes por sua hipocrisia: “Serpentes! Raça de víboras! Como vocês escaparão da condenação ao inferno?” (Mateus 23:33).
Jesus, porém, falou de modo gentil aos Seus compassivos discípulos: “...Felizes são os olhos que vêem o que vocês vêem.” (Lucas 10:23). Isso é especialmente importante quando lidamos com verdades espirituais, mas é igualmente válido quando enfrentamos mudanças no ambiente de trabalho. Quando ideias novas surgirem, busquemos ver o que o Senhor vê, e não apenas o que nossa atividade adota.
Sabendo que Deus é conhecedor das circunstâncias que enfrentamos, podemos encontrar segurança em Provérbios 3:5-6, que nos diz: “Confie no Senhor de todo o coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e Ele endireitará as suas veredas.”
Próxima semana tem mais!
© 2025 Rick Boxx é presidente e fundador da "Integrity Resource Center", escritor internacionalmente reconhecido, conferencista, consultor empresarial, CPA, ex-executivo bancário e empresário. Adaptado, sob permissão, de "Momentos de Integridade com Rick Boxx", um comentário semanal acerca de integridade no mundo dos negócios, a partir da perspectiva cristã. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto (jcni...@gmail.com).
MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC - Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2025 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL - E-mail: adm.mana@cbmc.org.br -Desejável distribuição gratuita na íntegra. Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol, inglês,e japonês.
Questões Para Reflexão ou Discussão
1. O "Reflexo de Semmelweis” é definido como “o fenômeno psicológico em que as pessoas rejeitam novas evidências ou conhecimentos por serem contrários às normas ou crenças já estabelecidas...o que as leva a desconsiderar ideias novas ou transformadoras.” Você já tinha ouvido falar nisso antes de ler este “Maná”? Você já observou algo assim acontecendo no ambiente de trabalho?
2. Por que, em sua opinião, tantas pessoas se sentem incomodadas ou até mesmo ameaçadas quando novas ideias, princípios ou práticas são introduzidos?
3. De que modo o Reflexo de Semmelweis pode estar envolvido quando o conceito de integração entre crenças espirituais e as práticas diárias no ambiente de trabalho são introduzidas? Como você reage quando alguém diz que a Bíblia e a fé em Jesus Cristo não são relevantes para o ambiente de trabalho?
4. Como você geralmente reage ao ser confrontado com mudanças indesejadas? A confiança em Deus e o Seu envolvimento em todas as áreas da vida ajuda você a lidar com tais desafios? Explique sua resposta.
Nota.: Desejando considerar outras passagens relativas ao tema sugerimos Isaías 26:3; 41:10; Jeremias 29:11; Salmos 37:4-5; Mateus 6:33-34; Filipenses 2:14-15.
Desafio para a semana
Você está enfrentando, neste momento, mudanças impostas em seu ambiente de trabalho? Ou talvez esteja encontrando resistência ao tentar implementar transformações que acredita serem benéficas? Se esse for o seu caso, busque um amigo de confiança, um mentor ou conselheiro com quem possa compartilhar sua situação. Juntos, orem para que Deus lhe conceda sabedoria e discernimento sobre como reagir diante de tudo isso.
E, se neste momento você não estiver passando por mudanças difíceis, talvez possa ser um instrumento de encorajamento para alguém que esteja enfrentando tais desafios. Afinal, em nosso ambiente profissional, as mudanças são inevitáveis. A questão não é se teremos de lidar com situações incômodas, mas quando elas chegarão — e como vamos nos posicionar diante delas.