Fichamento Texto de Fernando Tarallo

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lorena nascimento amaro

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Nov 23, 2009, 7:06:02 PM11/23/09
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FICHAMENTO

O FATO SOCIOLINGUÍSTICO

Teoria método e objeto

“[...] A relação entre os três conceitos é óbvia e imperativa: toda a ciência – a lingüística, em nosso caso particular tem uma teoria própria, um objeto específico de estudo e um  método que lhe é característico [...] a teoria e o método de análise deverão ter sido elaborados antes mesmo que o objeto tenha sido escrito”.

“[...] O objeto é o ponto de partida (...). O fato sociolingüístico, o dado da análise, é ao mesmo tempo a base para o estudo lingüístico: o acervo de informações para fins de confirmação ou rejeição de hipóteses antigas sobre a língua e também para o levantamento e o lançamento de novas hipóteses”.

A língua falada. O vernáculo

“[...] A língua falada a que nos temos referido é o vernáculo lingüístico de comunicação usado em situações naturais de interação social.”

“[...] A língua falada é o vernáculo: a enunciação e a expressão de fatos (...) sem a preocupação de como enunciá-los (...). Essas partes  do discurso falado, caracterizadas como vernáculo, constituem o material básico para a análise sociolingüística”.

“ [...] A natureza do objeto de estudo sempre precederá o levantamento de hipóteses de trabalho e, consequentemente a construção do modelo teórico”.

O PARADOXO DO OBSERVADOR

“ Para a análise sociolingüística que segue esse feitio é necessária uma enorme quantidade de dados. (...) Para se chegar a resultados quantitativos, estatisticamente significativos, sobre a variável sintática, precisa-se de mais material de análise. Uma vez que pretendemos estudar a língua falada em situações naturais de comunicação”.

“ (...) O sociolinguista  (...) sentirá a necessidade de controlar tópicos de conversa  e de eliciar realizações da variável lingüística em que esteja interessado. O pesquisador da área de lingüística precisa participar diretamente da interação (...) sua participação direta na interação com os membros da comunidade é (...) uma necessidade imposta pela própria orientação teórica. 

O MÉTODO DE ENTREVISTA SOCIOLINGUÍSTA: A COLETA DE NARRATIVAS DE EXPERIÊNCIA PESSOAL

“ O proposta do método de entrevista sociolingüística  é a de minimizar o efeito negativo causado pela presença do pesquisador na naturalidade de situação de coleta de dados.”

“[...] o pesquisador sociolinguista, (...) deve coletar: 1 situações naturais de comunicação lingüística, 2 grande quantidade de material, de boa qualidade sonora”.

“ O pesquisador ao selecionar seus informantes, estará em contato com falantes que variam segundo classe social , faixa etária, etnia e sexo . (...) Seu objetivo central será (...) aprender tudo sobre a  comunidade e sobre os informantes que a compõem”.

“ Pára atingir (...) propósitos metodológicos podem-se formular módulos (ou roteiros) de perguntas  (...). Esses módulos tem por objetivo homogeneizar os dados de vários informantes para posterior comparação, controlar os tópicos de conversação, é, em especial, provocar narrativas de experiência pessoal.

“(...) O sucesso da aplicação dos módulos poderá variar para cada comunidade de fala, para cada grupo de falantes ou mesmo para cada indivíduo”.

 

A NARRATIVA

“[...] Narrar suas próprias experiências pessoais mais envolventes, ao colocá-las no gênero narrativo, o informante desvencilha-se praticamente de qualquer preocupação com a forma. A desatenção à forma, (...) vem sempre embutida numa linha de relatos a que chamaremos estrutura narrativa”.  

“ Na estrutura narrativa, Labov salientou as seguintes partes: resumo, orientação, complicação da ação, resolução da ação, avaliação e coda. Cada uma dessas subpastas é composta por unidades mínimas de narração, denominadas “orações narrativas”. Especialmente na complicação e na resolução da ação a ordem dessas orações narrativas   não pode ser alterada, pois é sua sequência que marca ordenação dos eventos e não qualquer traço morfológico do verbo”.

“[...] Na s outras subpastas da narrativa a ordem das orações não é tão rígida. Na orientação (...) que consiste na introdução das personagens, do local e do tempo da ação, a orem das orações narrativas pode ser alterada. Assim também na avaliação. No resumo e na coda – o  primeiro introduzindo em linhas gerais da ação e a segunda a marcação final do tempo da narrativa”.

“ A avaliação é a parte é a parte da narrativa através da qual o narrador procura motivar o destinatário (...) a valorizar o fato narrado.”

“[...] Cabe (...) ao narrador (...) evitar que sua narrativa seja mal concebida”.

 

  O DADO NÃO NATURAL

 

“[...] A conquista do vernáculo não é tão imediata, o que fazer com o material que não representa o vernáculo tal como definido  (...)?”

“[...] O  aproveitamento desses dados (...) poderão inspirar novos objetivos”.

“[...] Poderá usar o dado não natural para estabelecer uma  hierarquia estilística do desempenho do informante.”

 

 



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Lorena Nascimento
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